Exportações de componentes automóveis caem 3,8% até junho
"A tendência de queda da produção para o mercado externo continua a ser negativa”, indica AFIA. As “encomendas provenientes da Europa continuam a ser menores do que foram no ano anterior”, acrescenta.
As exportações de componentes automóveis caíram 3,8% no primeiro semestre deste ano, para 6.400 milhões de euros, em termos homólogos, devido à “queda das vendas da indústria europeia”, adiantou a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel. Num comunicado, divulgado esta sexta-feira, a entidade deu conta ainda de uma queda, no mês de junho, face ao período homólogo, de 11% para 1.000 milhões de euros.
“A tendência de queda da produção para o mercado externo continua a ser negativa”, explicou, indicando que as “encomendas provenientes da Europa continuam a ser menores do que foram no ano anterior”.
Desta forma, “as exportações de componentes nacionais para a indústria automóvel totalizaram em junho 1.000 milhões de euros, registando uma derrapagem de 11% face ao mesmo mês do ano passado”, sendo que no acumulado das exportações até junho, o setor atingiu os 6.400 milhões de euros, uma diminuição de 3,8% em comparação com o mesmo período de 2023.
“Este comportamento é essencialmente determinado pela queda das vendas da indústria europeia”, destacou, indicando que representa 88,5% das vendas, e, com uma queda de 5,1%, condiciona “a produção da indústria nacional de componentes”, disse a AFIA. Segundo a associação, “Espanha continua a liderar a lista dos principais destinos dos componentes fabricados em Portugal, registando uma quota de 27,9%, seguida da Alemanha e França com 23,4% e 8,3%, respetivamente”.
A associação referiu, no entanto, que as exportações de componentes automóveis se mantêm responsáveis por 16% das exportações nacionais de bens transacionáveis.
“Estes resultados deixam-nos pouco otimistas em relação aos tempos que se aproximam, reforçando a necessidade de rever em baixa as expectativas de crescimento que tínhamos inicialmente previsto para 2024”, disse o presidente da AFIA, José Couto, citado na mesma nota. Segundo o dirigente associativo, “esta situação afeta toda a Europa, logo por arrasto afeta Portugal”, porque o país está dependente da produção europeia.
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