Exportações e importações de bens voltam a cair em junho

Défice da balança comercial atingiu 1.892 milhões de euros em junho de 2024, refletindo uma diminuição de 323 milhões de euros, em termos homólogos.

As exportações e importações de bens voltaram a cair em junho, tendo registado quedas de 3,8% e 6,4%, respetivamente, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O comércio internacional de bens em Portugal voltou assim a arrefecer, seguindo a tendência verificada em maio.

A influenciar o comportamento das exportações face ao mês homólogo estiveram as exportações de material de transporte, com um recuo de 18,5%, influenciado sobretudo pelos automóveis para transporte de passageiros. Em sentido contrário, salienta-se o acréscimo de 8,6% das exportações de fornecimentos industriais, sobretudo medicamentos para os Estados Unidos.

Já nas importações destacou-se a queda de 19,9% dos combustíveis e lubrificantes, devido, essencialmente, ao decréscimo em volume (-42,1%) dos óleos brutos de petróleo e de 11,5% nas máquinas e outros bens de capital, nomeadamente células fotovoltaicas. Descontando os combustíveis, as exportações caíram 4,7% e as importações 4,6%, o que compara com -1,5% e -4,3%, respetivamente, em maio.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Os dados do INE indicam que o défice da balança comercial atingiu 1.892 milhões de euros em junho de 2024, uma diminuição de 323 milhões de euros face a junho de 2023. Excluindo Combustíveis e lubrificantes, o défice recuou 68 milhões, para 1 533 milhões de euros.

Entre os principais países parceiros de Portugal, nas exportações, destacam-se o decréscimo das transações de bens com França (-11,8%), sobretudo máquinas e aparelhos e veículos e outro material de transporte, e o acréscimo nos movimentos com destino aos Estados Unidos (+47,9%), principalmente medicamentos. Nas importações, salientam-se, os decréscimos das transações de bens com o Brasil (-46,8%) e os Estados Unidos (-45,9%), sobretudo de óleos brutos de petróleo em ambos, e com Espanha (-5,4%), maioritariamente de fornecimentos industriais.

No conjunto do ano de 2023, as exportações e as importações de bens diminuíram, respetivamente, 1,4% e 4% em relação ao ano anterior, o que compara com o crescimento de 23,2% e 31,8%, pela mesma ordem, em 2022, tendo o défice da balança comercial atingido 27.808 milhões de euros, uma queda de 3.351 milhões de euros face ao ano anterior, com um aumento de 2,0 p.p. na taxa de cobertura (73,6% em 2023).

(Notícia atualizada pela última vez às 11h52)

 

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