Salários devem abrandar em 2025. Empresas estão “mais conservadoras”

Salários estão a crescer cerca de 4% este ano, mas deverão abrandar no próximo. Consultora WTW aponta para aumento médio de 3,7% em 2025, com as empresas a lidar com o aumento dos custos.

Os salários praticados em Portugal deverão abrandar no próximo ano. De acordo com um inquérito da consultora WTW, as empresas estão “mais conservadoras” e estão a apontar para orçamentos mais pequenos para os vencimentos dos seus trabalhadores. O aumento dos custos e os resultados financeiros “mais fracos” justificam-no.

“Cerca de 41% das organizações com atividade no nosso país relatam que os seus orçamentos salariais para o ciclo de 2024 são inferiores aos do ano passado. Se 2024 regista um aumento médio de salários de 4%, para 2025 espera-se um aumento médio de 3,7%“, indica a WTW, no seu inquérito “2024 Salary Budget Planning”.

De acordo com a consultora, os empregadores que estão a emagrecer os seus orçamentos referem as pressões inflacionistas, a gestão de custos e os resultados financeiros mais fracos como justificação.

Mas há também organizações que, face à evolução dos preços, estão a seguir o caminho inverso, isto é, preparam-se para acelerar os salários, até tendo em conta que o mercado de trabalho está próximo do pleno emprego (o que tem dificultado o recrutamento).

Sandra Bento, da WTW, acrescenta que, perante o cenário atual, as empresas estão a adotar uma “abordagem mais holística” aos vencimentos, somando ao tradicional salário incentivos e outros benefícios de saúde e bem-estar, bem como prémios.

O inquérito da WTM — que contou com respostas de 375 organizações com presença em Portugal — mostra também que os empregadores estão, neste momento, focados na estabilidade, no que diz respeito às suas equipas.

“As entidades empregadoras referem que o período de elevadas demissões e rotatividade já passou e que as organizações mantêm o número de efetivos“, é explicado na análise conhecida esta quarta-feira.

Assim, cerca de 80% das empresas em Portugal estão a contar com estabilidade nas suas equipas, e só 14% pretendem aumentar o recrutamento nos próximos 12 meses. Já 6% estão a prever reduções.

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