“Como é que as pessoas vão confiar na tecnologia?”
A questão é colocada por Mafalda Rebordão, Executive Board Member da AI Talent Hub Lead, na primeira Prosegur Talk - Cipher Desafios Empresariais Séc. XXI, onde se debateu o futuro da cibersegurança.
Embora, o tema da inteligência artificial possa parecer novo, Mafalda Rebordão, Executive Board Member da AI Talent Hub Lead, relembra, na Talk Cipher: Desafios Empresariais do Século XXI, que este tipo de inteligência já existe há cerca de 68 anos e tem vindo a ser explorada pelas empresas e instituições de diferentes formas.
Uma das áreas em que está a ser aplicada este tipo de inteligência é a cibersegurança, onde já se começam a ver algumas vantagens desta união. Como em outros domínios, “a Inteligência Artificial pode sobretudo ajudar a automatizar processos que quando são realizados por pessoas tornam-se cansativos. Nas equipas de respostas a incidentes, por exemplo, é conhecido o facto de acontecerem muitos burnouts, fruto de tarefas repetitivas e pouco interessantes”, explica Pedro Xavier Mendonça, responsável pelo Observatório do Centro Nacional de Cibersegurança.
Ao encontro desta ideia vai Luís Martins, Diretor Geral da Cipher Portugal, refere que na Cipher foi desenvolvida uma plataforma própria para a deteção e resposta a incidentes. “Toda a parte de monitorização é uma parte de muito significativa dessas tarefas, que são executadas por seres humanos (…) e aquilo que nós notámos é que existe uma saturação ao fim de algum tempo a executar tarefas que são repetitivas”, afirma.
"A Inteligência Artificial pode sobretudo ajudar a automatizar processos que quando são realizados por pessoas tornam-se cansativos”
Luís explica que o facto de aplicarem a inteligência artificial generativa a estes processos faz com que seja possível libertar essas pessoas para executar outras tarefas que sejam mais interessantes e, ao mesmo tempo, que também sejam de valor acrescentado para a organização.
Outro dos temas em destaque, trazido por Mafalda Rebordão, foi a confiança relativamente à tecnologia. “Como é que as pessoas vão confiar na adoção da tecnologia? Uma vez que esta tecnologia, no fundo, lhes lê e tem acesso aos seus dados, que é a única forma do algoritmo se tornar cada vez mais fiável. Eu acho que este é um tema com o qual nos devemos preocupar, em especial, como é que o fazemos de forma responsável”, afirma a especialista.
Além disso, durante esta Talk organizada pelo ECO em parceria com a Prosegur, destacou-se o papel da IA na proteção das redes empresariais, o desafio privacidade de dados, a falta de profissionais na área de cibersegurança, e o potencial de Portugal em atrair talento neste setor. A regulação e o impacto da IA na literacia digital também foram pontos essenciais da discussão.
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