Áreas menos povoadas têm maior risco de pobreza

As áreas menos povoadas de Portugal são as que apresentam maior risco de pobreza, com uma taxa de 24,3%. Mais de dois milhões de portugueses estão em risco de pobreza.

Em Portugal mais de dois milhões de pessoas vivem em risco de pobreza ou exclusão social. As áreas menos povoadas são as que apresentam os indicadores mais preocupantes, com um risco de pobreza ou exclusão social 4,2 pontos percentuais superior à média nacional, segundo dados do Relatório Pobreza e Exclusão Social da Rede Europeia Anti-Pobreza, referentes a 2023.

As regiões com menor densidade populacional têm o maior indicador de risco de pobreza ou exclusão social, com 24,3%. É nestas áreas que se regista também o maior valor no indicador de pobreza monetária, com 21,7%. Na intensidade laboral, as áreas medianamente povoadas ultrapassam os 7,2% das pouco povoadas, com um valor de 9,3%.

As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira destacam-se com as taxas de risco de pobreza mais elevadas, 26,1% e 24,8%, respetivamente. No continente, o Norte e o Algarve são as regiões mais afetadas, com 22,0% e 22,6% na taxa de risco de pobreza ou exclusão social. Em termos de pobreza monetária, a situação é mais negativa no Norte (18,8%) e Algarve (19,7%).

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresenta os valores mais elevados no que toca a privação material e social severa, com 5,3%, e também lidera no indicador de intensidade laboral per capita muito reduzida, com 8,3%.

Em comparação com a Europa, Portugal tem demonstrado melhorias no combate à pobreza, sendo que, entre 2015 e 2023, o país registou uma diminuição média de 23,9% no risco de pobreza ou exclusão social, enquanto a nível da UE-27, a redução média foi de 11,3%. Entre os países europeus, Portugal passou do 9º país com maior risco de pobreza, em 2015, para a 13º posição em 2023, com uma taxa de risco de 20,1%, abaixo da média europeia (21,3%).

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