“Aceitamos a escolha que o país fez.” Biden assegura “transição pacífica” de poder nos EUA
Atual Presidente da maior economia do mundo já falou com Donald Trump ao telefone, assumindo a derrota Democrata nas eleições. "Não podemos amar o nosso país só quando vencemos."
Joe Biden reconheceu esta quinta-feira a derrota dos Democratas nas eleições Presidenciais norte-americanas, garantindo uma “transição pacífica” do poder no próximo dia 20 de janeiro. É a primeira reação do ainda Presidente dos EUA à reeleição de Donald Trump, que tomará posse como o 47.º Presidente, e com quem Biden já falou ao telefone.
“Para algumas pessoas, é tempo de vitória, para dizer o óbvio. Para outras, é tempo de derrota. As eleições são como uma competição de ideias, escolhemos uma ou outra. Aceitamos a escolha que o país fez”, afirmou Joe Biden numa declaração ao país esta quinta-feira.
O atual Presidente já deu ordem à sua Administração para trabalhar com a equipa de Trump e assegurar a passagem do testemunho: “Cumprirei o meu dever de Presidente. No dia 20 de janeiro, teremos uma transição pacífica de poder aqui na América.”
A declaração contrasta com o ocorrido no final de 2020, quando Biden derrotou o então Presidente Trump e este não assumiu a derrota, provocando uma sequência de eventos que levaram à histórica invasão do Capitólio a 6 de janeiro de 2021.
“Disse muitas vezes: não podemos amar o nosso país só quando vencemos. Não podemos amar o nosso vizinho apenas quando estamos de acordo”, continuou Biden, que também elogiou a campanha da atual vice-presidente Kamala Harris. A democrata assumiu as rédeas da candidatura democrata há cerca de quatro meses, quando Biden foi forçado a desistir das eleições em julho, depois de uma performance fraca num debate televisivo.
Agora é tempo de “baixar a temperatura” da política norte-americana, rematou Biden, que reconheceu que a reeleição de Trump foi legítima, mostrando que o sistema eleitoral dos EUA é “íntegro, honesto, justo e transparente”.
Com a contagem dos votos ainda a decorrer em alguns Estados, Donald Trump soma já 295 votos do colégio eleitoral, bem mais do que os 270 de que necessitava para ser eleito Presidente. O Partido Republicano também conseguiu reconquistar o controlo do Senado e está a poucos mandatos de alcançar a maioria na Câmara dos Representantes, com 214 lugares dos 218 que lhe dão a maioria, segundo os dados em tempo real disponibilizados pela The Economist.
(Notícia atualizada pela última vez às 16h58)
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