Ministro diz que ter jovens portugueses “nas melhores empresas mundiais” confirma “qualidade da educação”

Depois de Mário Centeno ter garantido que há "números enganadores" sobre a emigração de jovens, o ministro da Educação sublinha que ter portugueses a trabalhar em grandes empresas é um bom sinal.

O ministro da Educação defendeu esta quinta-feira que o facto de os jovens portugueses estarem a ser recrutados pelas “melhores empresas do mundo” confirma a qualidade do sistema de ensino nacional. Numa intervenção na Web Summit, cimeira que termina esta tarde, Fernando Alexandre sublinhou que Portugal é um “ótimo lugar para estudar, trabalhar e criar novas empresas“, mostrando-se confiante quanto à capacidade de o Governo de que faz parte criar condições para os jovens fiquem no país, em vez de emigrarem.

“Portugal é um ótimo lugar para estudar, trabalhar e criar novas empresas. Não acho que tenhamos um problema nessa dimensão. Vamos conseguir criar condições para que os nossos jovens fiquem e para que outros venham para o país“, começou por salientar o governante.

Fernando Alexandre argumentou, logo de seguida, que, se o país conseguir efetivamente criar essas condições, retendo os profissionais mais qualificados, gerar-se-á um ciclo virtuoso: uma vez que esse talento contribuirá para a economia, serão criadas novas oportunidades de emprego, atraindo-se, à boleia mais profissionais com competências.

Por outro lado, o ministro foi questionado sobre as parcerias entre as instituições de ensino superior portuguesas e as norte-americanas, tendo apontado que centenas de investigadores lusos têm beneficiados desses laços.

Uma das vantagens tem sido a própria mudança de mentalidade, identificou Fernando Alexandre, detalhando que esses especialistas e estudantes regressam a Portugal com um foco maior no mercado e na aproximação entre o que desenvolvem no laboratório e aquilo que pode ser transformado em negócio.

E apesar do ciclo político norte-americano estar agora a mudar — com a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos –, o governante mostrou-se confiante na continuação dessas parcerias, adiantando que já está a ser trabalhada uma nova fase.

Já quanto à escassez de professores em Portugal, o ministro da Educação destacou que é preciso valorizar a profissão e motivar os docentes, além de atrair novos perfis. A isto, Fernando Alexandre somou ainda o investimento que está a ser feito atualmente em recursos digitais para a educação, que permitirá às escolas usar inteligência artificial para criar “estratégias individuais” de ensino.

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