Siemens atinge lucro recorde e prevê continuar a apostar em aquisições
Resultados beneficiaram com a elevada procura no mercado da eletrificação, nos transportes e com as ofertas no mercado de software industrial. Empresa diz que vai continuar a investir em aquisições.
A multinacional alemã Siemens fechou o ano fiscal de 2024, terminado em setembro, com um resultado líquido recorde de nove mil milhões de euros, acima dos 8,5 mil milhões de euros registados no período homólogo. A empresa prevê um crescimento das receitas entre 3% e 7% e antecipa que vai continuar a apostar em aquisições para alavancar o seu crescimento.
“Em mais um ano fiscal bem-sucedido, obtivemos lucros recorde e executámos com rigor a nossa estratégia”, refere Roland Busch, presidente e CEO da Siemens AG, acrescentando que a empresa continuou “a beneficiar da elevada procura no mercado da eletrificação, dos transportes e pelas nossas ofertas no mercado de software industrial”, citado em comunicado.
Já no que diz respeito ao setor da automação industrial, o líder da empresa, cuja atividade em Portugal é liderada por Fernando Silva, que vai acumular a liderança do negócio espanhol, “manteve-se desafiante”.
Vamos continuar a investir na área de investigação e desenvolvimento (R&D) e em fusões e aquisições (M&A) para assegurar um crescimento mais rápido tirando partido das nossas vantagens tecnológicas e da nossa capacidade de expansão em todas as indústrias.
Olhando para o ano fiscal de 2025, que arranca no quarto trimestre de 2024, o CEO da companhia germânica diz que a multinacional vai “continuar a investir na área de investigação e desenvolvimento (R&D) e em fusões e aquisições (M&A) para assegurar um crescimento mais rápido tirando partido das nossas vantagens tecnológicas e da nossa capacidade de expansão em todas as indústrias.”
Roland Busch realça ainda que “a planeada aquisição da Altair [anunciada no final de outubro por 10,6 mil milhões de dólares] reforça a nossa liderança no mercado de software industrial e da inteligência artificial. A nossa capacidade de combinar o mundo real e digital é incomparável”, rematou presidente e CEO da Siemens AG.
Apesar do aumento das receitas, as encomendas diminuíram 4% numa base comparável para 84,1 mil milhões. Ainda assim, a Siemens destaca que o rácio de encomendas recebidas e faturação (book-to-bill) manteve-se num nível sólido, com um rácio de 1,11.
Já o lucro do negócio Industrial subiu 1% para 11,4 mil milhões de euros. “Com uma
margem de lucro de 15,5%, alcançámos o nível muito forte registado no ano fiscal de 2023”, aponta a empresa em comunicado.
“Com 9,5 mil milhões de euros em free cash-flow voltamos a atingir um valor excelente no ano fiscal de 2024. Além disso, estamos comprometidos em manter a nossa trajetória de alocação rigorosa de capital, utilizando o nosso sólido balanço como base para continuarmos os nossos investimentos orientados para o crescimento rentável, ao mesmo tempo que continuamos a criar retorno atrativo para os acionistas da nossa empresa”, explicou o CFO Ralf P. Thomas.
Crescimento das receitas entre 3% e 7%
A multinacional alemã, que vai distribuir um dividendo para 5,20 euros, que corresponde a um retorno de dividendo de 2,9%, prevê que as receitas registem um crescimento entre os 3% e os 7% e obter um rácio de encomendas recebidas e faturação acima de 1%, no ano fiscal que agora arranca.
A companhia acrescenta que as perspetivas para o próximo ano têm como pressuposto um crescimento macroeconómico moderado no ano fiscal de 2025, devido, em parte, à contínua incerteza geopolítica, incluindo conflitos comerciais, e também aos desafios persistentes no setor da indústria transformadora, resultado de um excesso de produção e fraca procura.
“Ao mesmo tempo, o mercado das infraestruturas, particularmente a eletrificação e a mobilidade, vai manter-se robusto”, antecipa.
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