PS acusa Governo de estar a “arranjar desculpas” para não aumentar pensões
O PS vai "bater-se" pelo aumento das pensões, diz Pedro Nuno Santos, que tem a "expectativa de que esse aumento vá mesmo acontecer porque é devido" aos reformados".
O secretário-geral do PS acusou esta terça-feira o Governo de estar a “arranjar desculpas” para chumbar o aumento das pensões proposto pelo seu partido, garantindo que se “vai bater” para que ele fique inscrito no Orçamento do Estado.
“O Governo que nós temos neste momento em funções está a arranjar desculpas, a tentar procurar desculpas para chumbar este aumento das pensões. O PS vai bater-se para que ele aconteça e temos mesmo a expectativa de que esse aumento vá mesmo acontecer porque é devido aos nossos reformados”, defendeu Pedro Nuno Santos, na Maia, no distrito do Porto, à margem de uma visita a uma empresa da área da metalomecânica.
O líder socialista reagiu assim à notícia de que o PSD pediu à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que avalie o impacto no Orçamento do Estado da proposta do PS para aumentar as pensões mais baixas – até pouco acima dos 1.500 euros – em 1,25 pontos percentuais, além do aumento regular que decorre da lei, no próximo ano.
“Nós hoje sabemos também que o país tem uma boa situação financeira orçamental, fruto da governação socialista. Essa boa situação financeira e orçamental permite-nos dar mais um passo em frente na melhoria das pensões dos nossos reformados”, sustentou Pedro Nuno Santos.
O também ex-ministro das Infraestruturas defendeu que o Governo liderado por Luís Montenegro tem margem para aquele aumento. “Ainda há poucos dias o Governo se disponibilizou para viabilizar a redução do IRC em dois pontos percentuais. Cada ponto percentual custa cerca de 300 milhões de euros. Se estavam disponíveis para reduzir dois pontos e só se vai reduzir um, têm ai uma boa margem para pagarem o aumento das pensões”, argumentou.
Questionado ainda sobre os 1.000 dias de guerra na Ucrânia e a discussão atual sobre a segurança da Europa, o líder do PS defendeu que Portugal deve ter voz nessa discussão. “É motivo de preocupação e é um tema sobre o qual há um consenso nacional. Portugal deve continuar a ter um papel importante na discussão europeia sobre a defesa do espaço europeu e da Europa. Temos esse dever para proteger todos os cidadãos europeus”, disse.
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