O projeto Catalina green hydrogen anuncia um fundo para projetos de desenvolvimento local

O projeto Catalina de hidrogénio verde anunciou as primeiras medidas a serem implementadas pelo projeto e que visam maximizar o seu impacto social positivo e direto nos municípios onde será desenvolvido.

Assim, os promotores do projeto Catalina anunciaram a criação de um Plano de Desenvolvimento Local que será lançado após o início da fase de construção, prevista para o final de 2025. Este plano será financiado por um fundo cuja dotação económica será renovada a cada três anos e que será atribuído a iniciativas de interesse local com um elevado impacto social nos diferentes municípios.

O fundo incluirá uma dotação mínima por município para garantir que todos os municípios, incluindo os mais pequenos, possam desenvolver iniciativas com um impacto positivo. Os pormenores específicos desta medida serão comunicados durante o primeiro trimestre do próximo ano.

Além disso, e com o objetivo de formar os futuros perfis profissionais requeridos pelo projeto, o Projeto Catalina criou um fundo de bolsas de formação que financiará os estudos de estudantes aragoneses em diferentes especialidades de Engenharia, Administração e Gestão de Empresas, Manutenção Elétrica e Mecânica, Energias Renováveis e pessoal administrativo.

Esta medida, em colaboração com a Universidade de Saragoça e a Direção-Geral de Planeamento, Centros e Formação Profissional de Aragão, destina-se a estudantes de mestrado, licenciatura e formação profissional intermédia e superior.

O regulamento da convocatória de bolsas, que terá início em setembro de 2025, será tornado público no final do primeiro trimestre do próximo ano e dará prioridade ao acesso a estudantes de Teruel nas zonas onde se desenvolverá o projeto. O fundo de bolsas do Projeto Catalina cobrirá a formação completa dos estudantes selecionados, a fim de facilitar o seu posterior acesso a um emprego permanente no projeto.

PONTO DE INFORMAÇÃO

Como medida mais imediata, a partir de fevereiro e até maio, será instalado um ponto de informação itinerante nos municípios de Teruel onde o projeto Catalina será implementado, para que os residentes interessados possam conhecê-lo em primeira mão.

Este ponto de informação mostrará, através de modelos 3D, infografias e vídeos, como este projeto pioneiro transformará Teruel num dos pólos mais avançados de geração de hidrogénio no nosso país. Além disso, especialistas da Fundação Hidrogénio de Aragão realizarão um trabalho informativo neste ponto itinerante para explicar o processo de eletrólise aos vizinhos, bem como os diferentes usos do hidrogénio.

O ponto de informação itinerante também organizará visitas aos centros educativos da zona como forma de gerar interesse pela indústria do hidrogénio e despertar vocações desde cedo num setor com uma elevada empregabilidade futura na região.

PROJETO CATALINA

O Projeto Catalina inclui uma central industrial de produção de hidrogénio renovável de 500 MW no município de Andorra (Teruel) e as infra-estruturas necessárias para o seu desenvolvimento, bem como os ativos de geração próximos da central de hidrogénio renovável, que combinam centrais eólicas onshore e solares fotovoltaicas com uma capacidade instalada de 1, 1 GW, situados nos municípios de Alcañiz, Alcorisa, Alloza, Andorra, Ariño, Calanda, Cañizar del Olivar, Castel de Cabra, Crivillén, Estercuel, Foz-Calanda, La Mata de los Olmos, Los Olmos, Obón, Torres de las Arcas, todos situados na província de Teruel e a maioria numa zona de Transição Justa.

Terá capacidade para produzir até 84 000 toneladas de hidrogénio verde por ano, o que corresponde a mais de 15% do atual consumo total de hidrogénio em Espanha e evitará a emissão de, pelo menos, 3 milhões de toneladas de CO₂ nos primeiros dez anos de funcionamento. O hidrogénio produzido será ligado à rede europeia de hidrogénio através da espinha dorsal do hidrogénio e será utilizado para descarbonizar várias atividades industriais, contribuindo para o desenvolvimento industrial da Baixa Aragão.

O Projeto Catalina é desenvolvido pela Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), a maior gestora de fundos do mundo dedicada exclusivamente a investimentos em energias renováveis, e pela Enagás Renovable, líder no desenvolvimento de projetos de geração de gás renovável, especializada na produção de hidrogénio verde e biometano.