Privatizada a 30%, a seguradora ENSA é estrela na bolsa de Luanda
Um mês após a privatização de 30% do capital e da entrada em bolsa, a cotação das ações da ENSA fechou esta quarta-feira num valor 40 % acima do realizado no IPO.
A ENSA, seguradora líder do mercado de Angola, concluiu a venda de 30% do seu capital pelo Estado em 25 de outubro passado, obtendo uma receita de cerca de 8.973 milhões de Kwanzas ou 9,33 milhões de euros.
Este valor coloca a ENSA com um valor de mercado de 31,1 milhões de euros para uma seguradora que em 2023, sempre ao câmbio desta quarta-feira, emitiu prémios de cerca de 100 milhões de euros com um resultado líquido de 5,6 milhões de euros. A margem técnica líquida de resseguro ascendeu a 29,3 milhões de euros.
O ativo da empresa no final de 2023 era de quase 280 milhões de euros, com capitais próprios de 56 milhões de euros, apontando-se um retorno para o, então único, acionista Estado angolano de 10%.
A ENSA foi criada em 1978 e tem uma quota de 27% do mercado angolano sendo a 46.ª maior no top das seguradoras africanas. Tem 30 agências em todo o país vendendo também através do canal bancário do BFA, Millennium Atlantico, Banco Poupança e Crédito e BAI. Tem rede de mediadores exclusivos e tem ainda parcerias com agências de viagem, concessionárias de automóveis e superfícies comerciais.
Sucesso em bolsa
A ENSA entrou na bolsa no passado dia 1 de novembro com uma cotação de 12.499 kwanzas (cerca de 13 euros) mas sete dias depois já atingia 28.000 kwanzas (29 euros) tendo entretanto descido para 18.300 kwanzas (19 euros) esta quarta-feira.
Na Oferta Pública de Venda (OPV) colocou 720.000 ações correspondentes a 30% do capital sendo 28% destinado ao público em geral e 2% a trabalhadores.
De qualquer forma, a ENSA tornou-se uma estrela na BODIVA, a Bolsa de Valores de Angola, que também esta semana colocou 30% do seu próprio capital no mercado através de uma OPV que resultou numa procura 778% superior à oferta da OPV.
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