Após 50 anos, fundador do Fórum de Davos está de saída do cargo de presidente executivo

Há 50 anos a dirigir um dos maiores eventos que reúne a elite mundial, Klaus Schwab irá passar a desempenhar o cargo de presidente não executivo a partir de 2025.

O fundador e presidente executivo do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, vai renunciar ao cargo de presidente executivo, cita o Semafor um memorando interno a que teve acesso.

De acordo com a comunicação interna, divulgada esta terça-feira, o dirigente anunciou que irá passar a desempenhar um papel de presidente não-executivo a partir de janeiro de 2025, mas a decisão ainda está pendente de aprovação do Governo suíço.

Num comunicado citado pelo jornal, um porta-voz do fórum anual em Davos explicou que a organização está “a transitar de uma plataforma de encontro para a principal instituição global de cooperação público-privada“, e que isso implica mudanças a nível da sua estrutura organizacional.

Assim, Schwab que está a frente do Fórum Económico Mundial há 50 anos, passará de presidente executivo a não executivo do conselho de administração, num processo de transição que será levado a cabo até janeiro de 2025. Não foram nomeados sucessores, indica o comunicado.

Inicialmente conhecido como Fórum Europeu de Gestão, a reunião anual do Fórum de Davos atrai centenas de líderes mundiais e diretores executivos de alto nível todos os anos, com mais de 50 chefes de Estado a participarem em 2024, de acordo com a organização.

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“Portugal não tem que ter medo do alargamento”, diz Elisa Ferreira

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

"A política de coesão tem de ser reforçada para poder acomodar de uma forma normal, à semelhança do que aconteceu em todos os outros alargamentos, o alargamento à Ucrânia", diz a comissária europeia.

Elisa Ferreira, a comissária para a Coesão e Reformas, afirma que Portugal não tem de recear o alargamento da União Europeia à Ucrânia, o qual, pelo contrário, tem de ser pensado como “um terreno de novas oportunidades”. Numa entrevista à Lusa, a comissária afirma-se convicta de que “esse alargamento vai existir” e considera que a própria reconstrução da Ucrânia vai dinamizar toda a economia europeia.

Mas, para que tal aconteça, diz, “a política de coesão tem de ser reforçada para poder acomodar de uma forma normal, à semelhança do que aconteceu em todos os outros alargamentos, o alargamento à Ucrânia e aos outros países”. Citando o exemplo dos países que aderiram à União desde 2004, cuja média de rendimento por habitante era de cerca de metade do da União, e que passou para 80%, a comissária vinca que “foi a política de coesão o grande ator que os estimulou a crescer”.

Portanto, diz, “é importante que os fundos que neste momento estão disponíveis sejam utilizados de forma a aumentar a resiliência, a capacidade da competitividade, toda esta economia, o próprio equilíbrio interno”. Para Elisa Ferreira, “há todo um processo de adaptação que tem o seu calendário”, mas deve pensar-se que a longo prazo se está “a abrir ainda mais o mercado europeu e a dar oportunidades para a própria reconstrução da Ucrânia, que é um mini-Plano Marshall, mas que é bem-vindo para redinamizar toda a economia europeia”.

Quanto ao papel de Portugal neste campo, a comissária considera que o país tem de ser “interventor” tanto no calendário, como nas condições prévias, para que se concretize “um efetivo mercado interno (…) em que as empresas não distorçam a concorrência” e cumpram “as normas habituais de contratação pública”. Elisa Ferreira não deixou, porém, de ser crítica relativamente à maneira como o próprio país geriu e gere os fundos de coesão disponíveis, interrogando-se se, efetivamente, Portugal não pode fazer melhor. E pode, no seu entender.

A comissária considera que os portugueses já ultrapassaram “os problemas históricos relativos à criação de infra-estruturas do país”, chamando porém a atenção “para a importância da completar a ferrovia, porque de facto é essencial”. Elisa Ferreira apela a que se “pense de outra forma, nomeadamente criando no país vários “polos de concorrência”, porque não se pode “depender só de uma indústria, só de um setor, ou só de uma cidade, ou região”.

Por isso reclama que “mais do que discutir dinheiro, temos de discutir políticas económicas” e não necessariamente políticas partidárias, porque “esse é outro tema”. “O centro da preocupação” agora – diz – tem de ser criar valor acrescentado e empregos de qualidade bem pagos, que “contrariem esta tendência de perdermos os nossos melhores”.

Questionada sobre a “fuga de cérebros” dos jovens portugueses, Elisa Ferreira considera que esse facto entrava o desenvolvimento do país, até porque Portugal é um dos países que está a envelhecer mais rapidamente. “Isto significa que Portugal precisa não só de ser, digamos, cuidadoso, e não estou a dizer protetor, estou a dizer que tem de tratar a imigração e acolher imigrantes porque no curto prazo a situação não vai mudar”, diz.

Segundo a comissária para a Coesão, seria ainda mais grave que isto acontecesse “ao mesmo tempo que as pessoas em que o país mais investiu, os nossos jovens, não encontrem espaços para se realizarem”, o que, no seu entender, também tem uma dimensão empresarial e territorial”. E remata: “há realmente que pensar coletivamente se de facto o reequilíbrio territorial não será um dos fatores essenciais para redinamizar a economia portuguesa e contrariar tendências como essa de perda dos melhores”.

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Menos juízes em efetividade de funções em 2023

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

Ao nível das comarcas, Lisboa e Porto são as que concentraram maior número de juízes colocados, com 168 e 173 respetivamente. Já Bragança e Portalegre são as que têm menos magistrados.

No final de 2023 havia 1.917 juízes, dos quais 1.777 em efetividade de funções, menos 13 do que no final de 2022, segundo dados oficiais que apontam ainda 135 magistrados em comissões de serviço e 52 aposentações.

De acordo com o relatório de atividade anual do Conselho Superior da Magistratura (CSM), entregue esta terça-feira na Assembleia da República, 1.325 juízes em efetividade de funções estavam nos tribunais de primeira instância (38 dos quais em regime de estágio), 394 desembargadores nos tribunais da Relação e 58 juízes conselheiros no Supremo Tribunal de Justiça.

Ao nível das comarcas, Lisboa e Porto são as que concentraram maior número de juízes colocados, com 168 e 173 respetivamente. Já Bragança e Portalegre são as que têm menos magistrados, cada uma das comarcas com 15. Em 2023 cessaram funções por aposentação ou jubilação 52 juízes, menos 13 do que em 2022.

Já no que diz respeito a comissões de serviço, em 2023 havia 135 juízes a exercer outras funções, sendo que só 26 das 135 comissões de serviço tiveram início nesse ano. Ainda segundo o relatório do CSM, houve ainda 25 comissões de serviço que terminaram no ano passado.

Parte das comissões são para gestão da magistratura, dentro do próprio do CSM, com 53 juízes em funções neste conselho, ou para o Centro de Estudos Judiciários (CEJ), de formação de juízes, com 15 magistrados em comissão de serviço neste órgão em 2023. Há também dezenas de juízes colocados como assessores em tribunais superiores.

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ERC aposta em campanha contra a desinformação a propósito das Eleições Europeias

  • + M
  • 21 Maio 2024

Além do vídeo que visa sensibilizar para os riscos da desinformação e da manipulação da informação, a ERC produziu e disponibilizou no seu site materiais informativos ajustados a diferentes públicos.

A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) lançou uma campanha de sensibilização para os riscos da desinformação no período eleitoral, a propósito das Eleições Europeias, que decorrem a nível europeu entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, os cidadãos são chamados a votar no dia 9.

No âmbito desta campanha, uma das ações passa pela divulgação em televisão de um spot que visa sensibilizar para os riscos da desinformação e da manipulação da informação, tendo a ERC contado com a colaboração de operadores de televisão nacionais na divulgação.

O vídeo faz parte de uma campanha conjunta do Grupo de Reguladores Europeus dos Serviços de Media Audiovisuais (ERGA), que apresenta recomendações sobre formas de combate à desinformação e proteção dos valores democráticos. O mesmo foi desenvolvido pela DG CNECT – Communications Networks, Content and Technology, uma divisão da Comissão Europeia.

Além do vídeo, o regulador português produziu e disponibilizou no seu site materiais informativos “ajustados a públicos de diferentes idades, com sugestões concretas sobre o modo como se podem defender de narrativas falsas ou manipuladas que circulam no espaço público com intenção de influenciar”, refere-se em nota de imprensa.

Estes materiais vão também ser enviados para escolas, associações de consumidores e outros organismos orientados para o serviço aos cidadãos.

Com esta nova campanha, a ERC vem intensificar a sua intervenção na melhoria dos níveis de literacia mediática dos cidadãos portugueses, com particular foco no período eleitoral, e reforçar o compromisso de garantir que o espaço público não é contaminado pela desinformação, em linha com os eixos estratégicos propostos pelo Regulador para o mandato 2023-2028″, refere ainda o regulador.

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“Inteligência artificial pode ser grande aliada para enfrentar desafios”, diz CFO da EDP

  • ECO
  • 21 Maio 2024

Rui Teixeira, chief financial officer da EDP, diz que as empresas de energia estão cada vez mais a aproveitar ferramentas da inteligência artificial para melhorar a eficiência e a sustentabilidade.

Rui Teixeira, administrador financeiro da EDP.

Rui Teixeira, administrador financeiro da EDP, é um dos nomeados para o prémio de melhor CFO da 36.ª edição dos Investor Relations and Governance Awards, da consultora Deloitte. Em resposta por escrito a questões do ECO, afirma que o grupo foi capaz de mitigar a subida da taxa juro média, ainda que a descida dos preços da energia tenha obrigado a EDP a atualizar o plano de negócios.

O chief financial officer (CFO) aponta outras desafios que a elétrica enfrenta, como condicionamentos de natureza regulatória, fiscal e logística que afetam os mercados mais relevantes para o grupo, com destaque para os EUA.

Rui Teixeira considera que a inteligência artificial “pode ser uma grande aliada para enfrentar desafios” e aponta exemplos de como a EDP a estar a aplicar em projetos como o Analytics4Vegetation e o Electrial Dots.

A persistência de taxas de juro mais elevadas por mais tempo é o principal desafio que os administradores financeiros irão enfrentar este ano? Que outros destacaria?

Taxas de juros mais elevadas por um período mais prolongado de tempo são efetivamente uma preocupação essencial pela pressão que colocam no custo de capital e consequentemente nas decisões a tomar quanto à sua alocação, de forma a preservar a robustez do balanço das empresas, em particular da EDP.

No entanto, no contexto atual também há que ter em consideração outras preocupações igualmente importantes e específicas do nosso setor, com as taxas de inflação igualmente elevadas e persistentes, nomeadamente na Europa e principalmente nos EUA, pelo impacto nos custos operacionais e de investimento. Assistimos ainda a uma redução das curvas forward dos preços de energias, com impacto nas receitas esperadas, bem como a condicionamentos de natureza regulatória, fiscal e logística que afetam os mercados mais relevantes para o grupo, com destaque para os EUA, onde se tornou premente um reposicionamento na cadeia de fornecimento dos painéis solares, favorecendo fornecimento e montagem local, bem como a diversificação do número de fornecedores.

Como é que a EDP se adaptou a este contexto de taxas de juro mais altas? Os níveis de investimento tiveram de ser revistos? Foi necessário cortar custos?

Começaria por destacar que foi possível mitigar de forma muito relevante a subida da taxa juro média do grupo em resultado de diferentes fatores. Por um lado, a política de gestão financeira do grupo, que considerando o seu perfil de negócio, preconiza uma elevada proporção de taxa fixa (em 2023/24 entre 70/80%), o que permite diferir de forma muito material o impacto em cash flow da subida de taxas de juro.

Por outro, no início do ano de 2023, considerando a forma como se perspetivava a evolução dos mercados, foi tomada a decisão de executar uma pré-cobertura de cerca de 50% das necessidades de refinanciamento em 2023 e 2024, para euros e dólares, assegurando assim uma mitigação adicional do impacto da subida das taxas de juro (mil milhões de euros a 1,8% e mil milhões de dólares a 2,6%).

Adicionalmente, a reavaliação dos targets de cobertura do investimento líquido em moeda estrangeira resultou no rebalanceamento da dívida em dólares, mediante redução do seu peso na dívida do grupo (de quase 40% em março de 2023 para pouco mais de 20% a março de 2024), o que tem impacto positivo nos custos financeiros da empresa.

Além disso, o plano de financiamento que foi definido no âmbito do Plano de Negócios 2023-26 contemplava como principais fontes de financiamento o cash-flow operacional, os aumentos de capital, o programa de asset rotation e tax equity, sendo o crescimento de dívida financeira uma variável mais residual (em média mil milhões ao ano), o que também mitiga o impacto do contexto atual de taxas de juro.

E, por fim, é importante referir que a porção de dívida a taxa variável está alinhada com o nível de exposição dos nossos ativos à inflação no Brasil, onde prevalece um princípio de cobertura natural, onde a subida das taxas de juro se vê compensada pela subida das receitas.

Numa perspetiva mais abrangente, o contexto de mercado mudou rapidamente nos últimos 12 meses, não apenas no que se refere ao comportamento das taxas de juro e de inflação, mas sobretudo no que diz respeito ao contexto dos mercados energéticos – em particular da queda dos preços da energia. Estas alterações levaram a EDP a atualizar o seu Plano de Negócios para reforçar a posição do grupo e manter o balanço forte num contexto desafiador, aliando uma revisão de targets e o adiamento do plano de investimento a medidas de eficiência e otimização capazes de acelerar a execução, extrair mais sinergias das operações e maximizar a extração de valor do portefólio dos nossos negócios.

Prevê um alívio nas condições financeiras ainda este ano?

Existe ainda alguma incerteza quanto ao ritmo de redução das taxas de referência, antecipando-se, no entanto, que o movimento esteja mais eminente na Europa que nos Estados Unidos, muito ligado ao diferente comportamento dos indicadores de inflação em cada uma dessas regiões, ligando também à diferente origem da inflação que as afeta.

Espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) possa começar a reduzir a taxa de referência já em junho de 2024. O mercado antecipa um intervalo provável de 2 ou 3 cortes de 25 pontos base para este ano, sendo que a taxa de referência poderá ficar entre os 2% a 3% no final de 2025, nomeadamente em função da evolução da taxa de inflação.

O contexto parece estar a evoluir favoravelmente, esperando-se que a inflação regresse de forma sustentável ao objetivo em meados de 2025.

Que impacto é que os avanços na inteligência artificial poderão ter no negócio?

A inteligência artificial (IA) é um tema com cada vez mais importância, que já está a transformar as nossas vidas e traz reflexões profundas, nomeadamente sobre novas abordagens de trabalho. É fundamental entender que a IA veio para ficar e que pode ser uma grande aliada para enfrentar desafios. Para a EDP, a IA é fundamental para os nossos compromissos de transição energética e a nossa ambição de sermos uma organização global ágil e preparada para o futuro.

A IA tem várias aplicações altamente relevantes no nosso setor e, por isso, as empresas de energia estão cada vez mais a aproveitar estas ferramentas para melhorar a eficiência e a sustentabilidade das suas operações, seja no aperfeiçoamento das previsões de oferta e procura, na identificação de locais para investimento, na melhoria da experiência dos clientes ou na gestão das redes de distribuição.

A EDP também tem trabalhado para estabelecer um caminho claro para acelerar a implementação de aplicações de IA e apoiar a democratização do acesso a esta tecnologia, com uma forte cultura e governança de dados.

Um dos projetos mais relevantes e já com resultados visíveis para o negócio é o Analytics4Vegetation, que tem como objetivo controlar, gerir e melhorar a deteção da vegetação ao redor das linhas de alta e média tensão para evitar falhas de energia e aumentar a eficiência operacional, garantindo a continuidade do fornecimento de energia e a proteção da floresta. Mas há outros exemplos, como o PREDIS, que usa inteligência artificial com tecnologia de Big Data para prever o consumo e a geração de energia para todos os clientes e ativos de rede em tempo real, através diagramas de carga. Ou o Electrial Dots, que tem como objetivo definir, com ajuda da IA, um plano eficaz de expansão da rede pública de carregamento elétrico para alinhar a procura e as necessidades dos utilizadores de veículos elétricos com os planos de investimento das empresas.

Como é que os temas do ESG estão a mudar o papel dos CFO?

As questões ESG estão a desempenhar um papel cada vez mais importante nas decisões dos CFO, uma vez que existe uma maior procura de informações ESG, incluindo políticas, boas práticas e metas ambiciosas por parte de investidores, compradores, analistas e legislação. Recentemente, surgiram vários enquadramentos regulatórios e normas como o CSRD, TCFD e a Taxonomia da UE, com vários aspetos em comum.

Exigem direção, supervisão e controlo de alguém que possua as habilidades de gestão necessárias, e uma extensa rede entre departamentos e unidades de negócios para ativar os stakeholders internos e externos corretos. Identificam a necessidade de existir um gestor experiente em garantir a precisão e transparência de indicadores-chave, bem como um responsável com experiência em gestão de riscos e planeamento de cenários para criar uma estratégia sólida. E exigem ainda alguém que possua as capacidades de comunicação adequadas para traduzir números em argumentos convincentes, de maneira a garantir a adesão dos stakeholders.

Os CFO já possuem essas capacidades e, por isso, devem encarar a integração dos aspetos ESG nas suas tarefas e responsabilidades como uma oportunidade para gerar vantagens competitivas, antecipar os impactos financeiros do ESG e, assim, garantir o sucesso a longo prazo do negócio.

Para além disso, os temas ESG são assim cada vez mais importantes para atrair capital nomeadamente para a EDP, uma vez que há um aumento de acionistas que investem em função das nossas políticas, práticas e objetivos ESG, a maior parte da nova dívida da EDP é financiamento verde e recebemos RFPs com critérios de sustentabilidade, principalmente para PPAs.

Em linha com este contexto, e tendo em conta a crescente relevância de temas ESG para os nossos investidores, a EDP integrou as equipas de ESG e de Investor Relations em 2022. Assim, a pessoa responsável pela supervisão dos temas de ESG na EDP é o CFO, o que permite ao grupo ter uma visão mais completa e transversal dos aspetos ESG e financeiros, e de como interagem.

Neste sentido, a EDP reporta informação não-financeira em conjunto com a informação financeira, adotando o modelo de Reporte Integrado, o que dá também uma melhor visibilidade de como os temas ESG estão integrados na estratégia da EDP.

Isto é particularmente importante para a EDP tendo em conta que, como refletido no Plano de Negócios, a nossa missão enquanto empresa é liderar a transição energética enquanto contribuímos para todas as vertentes do ESG, tendo como objetivo principal a descarbonização enquanto empoderamos as nossas comunidades, protegemos o nosso planeta, envolvemos os nossos parceiros, e fomentamos uma cultura ESG internamente.

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Rússia inicia exercício com armas nucleares táticas

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

O Ministério da Defesa explicou que os soldados russos treinam o transporte de "munições especiais" em baterias de mísseis Iskander, e também a sua movimentação "de forma oculta".

A Rússia iniciou um exercício militar com armas nucleares táticas na fronteira com a Ucrânia, anunciou esta terça-feira o Ministério da Defesa russo, alegando que se trata de uma resposta a ameaças do Ocidente. Segundo o executivo de Moscovo, o exercício corresponde a uma ordem dada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no início de maio, na Região Militar Sul, na fronteira com a Ucrânia, e abrange regiões ucranianas anexadas.

“A primeira fase de exercícios (…) sobre a preparação e utilização de armas nucleares não estratégicas já começou”, afirmou o Ministério da Defesa russo em comunicado. O Ministério da Defesa explicou que, durante esta fase, os soldados russos treinam o transporte de “munições especiais” em baterias de mísseis Iskander, e também a sua movimentação “de forma oculta” para zonas de tiro.

Esses exercícios envolvem a aviação e mísseis hipersónicos Kinzhal, segundo o comunicado. “O exercício atual visa manter a prontidão do pessoal e do equipamento (…) para a utilização de armas nucleares não estratégicas, para responder e garantir a integridade territorial e a soberania do Estado russo em resposta (…) às ameaças de certas autoridades ocidentais”, disse o Ministério.

Vladimir Putin ordenou a realização destes exercícios nucleares no início de maio, em resposta, segundo o Kremlin, às ameaças ocidentais, nomeadamente à possibilidade levantada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, de enviar tropas para a Ucrânia. Desde o início do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin tem falado veementemente sobre um possível uso de armas nucleares.

A Rússia implantou armas nucleares táticas no verão de 2023 na Bielorrússia, o seu aliado mais próximo, que também anunciou em maio um exercício sincronizado com Moscovo para verificar os seus lançadores. A doutrina nuclear russa prevê um uso “estritamente defensivo” de armas atómicas, no caso de um ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em caso de agressão com armamento convencional “ameaçando a própria existência do Estado”.

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Betclic dá taça de campeão ao Sporting em filme assinado pela FunnyHow

  • + M
  • 21 Maio 2024

Assinado pela FunnyHow, o filme contou com a produção da Shot and Cut Films e realização de Filipe Correia Santos. Marca presença em digital nas redes sociais da Betclic Portugal e televisão.

O Sporting celebrou o título de campeão este sábado em Alvalade, após vencer o Chaves por 3-0. A taça, que ainda não tinha sido entregue, entrou no relvado após a transmissão nos ecrãs gigantes de um filme da Betclic, assinado pela FunnyHow.

A ação do filme passa-se na Tasquinha do Lagarto, aquele que é considerado um “templo para os sportinguistas”, onde, entre bebidas e petiscos, é gravado o nome do Sporting na taça, que é depois entregue a Nélson Pereira, antigo guarda-redes da equipa leonina e embaixador da Liga Portugal Betclic, para a levar até Alvalade.

Após a transmissão do filme, o troféu foi então entregue aos campeões nacionais da Liga Portugal Betclic no Estádio José Alvalade, pelas mãos de Nélson Pereira.

O filme foi pensado ao pormenor para trazer diversos símbolos e até uma personagem histórica do clube, sendo não apenas uma homenagem ao novo campeão da Liga Portugal Betclic, como a toda a sua trajetória e adeptos“, refere-se em nota de imprensa.

Assinado pela FunnyHow, o filme contou com a produção da Shot and Cut Films e realização de Filipe Correia Santos. Inserido na campanha “Só No Futebol Português”, marca presença em digital nas redes sociais da Betclic Portugal e televisão. O vídeo pode ser visto aqui.

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Quatro grandes petrolíferas interessadas em parceria com Galp na Namíbia

Exxon Mobil, Shell, TotalEnergies e Equinor estão entre as empresas interessadas em adquirir parte da posição da Galp no projeto de exploração de petróleo na Namíbia.

Exxon Mobil, Shell, TotalEnergies e Equinor estão entre as empresas interessadas em adquirir parte da posição da Galp num campo petrolífero na Namíbia, cujo valor comercial foi divulgado há exatamente um mês. Esta informação está a ser avançada pela Bloomberg, com base em fontes ligadas ao processo de venda da participação, que preferiram não ser identificadas.

Tal como já havia sido noticiado, a Galp está a considerar vender um afatia de 40% da posição que detém neste projeto, ou seja metade da participação de 80% que detém. No entanto, a petrolífera portuguesa poderá decidir manter a posição de 80% caso não chegue a acordo com os potenciais parceiros, indica a agência de notícias.

A Galp manterá uma posição significativa na exploração da Namíbia”, garantiu o CEO, Filipe Silva, numa chamada com analistas a 30 de abril, após a publicação dos resultados do primeiro trimestre.

O valor do ativo petrolífero em causa deverá rondar os 20 mil milhões de dólares, indicam as mesmas fontes à Bloomberg. Em meados de junho é esperado que a primeira ronda de manifestações de interesse seja iniciada.

No domingo 21 de abril, a Galp enviou uma nota à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a dar conta da conclusão da primeira fase da campanha de exploração de um bloco na Namíbia. Os trabalhos “potencialmente posicionam” este projeto como “uma importante descoberta comercial”, afirmou a empresa no comunicado, no qual avançava a estimativa de que o projeto irá entregar mais de 10 mil milhões de barris.

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Marcelo alerta que “crise orçamental” não será “boa notícia” para execução de fundos europeus

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

"Eu disse que foi bom ter sido votado o Orçamento de 2024, está votado, e valer para todo o ano. Eu penso exatamente o mesmo em relação a 2025: é bom que seja votado o Orçamento de 2025", diz Marcelo.

O Presidente da República alertou esta terça-feira que Portugal poderá ter problemas na execução dos fundos europeus se houver uma “crise orçamental” entre este ano e o próximo. “É preciso executar os fundos europeus, recuperar algum tempo perdido e acelerar a execução. E os anos decisivos são este e o de 2025. Tudo o que seja pelo meio haver uma crise orçamental não é boa notícia”, alertou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas à margem das comemorações do 30.º aniversário do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa. “Por isso é que eu disse que foi bom ter sido votado o Orçamento de 2024, está votado, e valer para todo o ano. Eu penso exatamente o mesmo em relação a 2025: é bom que seja votado o Orçamento de 2025 porque, se não é assim, pode-se correr o risco de isso criar problemas na prática na execução dos fundos europeus”, avisou.

Um dia depois de ter participado no almoço das comemorações dos 40 anos da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), que decorreu no Convento São Francisco, em Coimbra, Marcelo salientou que os autarcas “estão muito empenhados na execução dos fundos europeus”.

Interrogado sobre se esta é uma preocupação dos autarcas socialistas, Marcelo considerou que “é uma preocupação de todos os autarcas, porque os autarcas são o fundamental, todos eles, qualquer que seja o partido, com ou sem partido, são fundamentais para pôr a obra no terreno”.

“E, portanto, para eles é importante saber que tudo o que é recebido de Bruxelas e está contratualizado chega ao terreno. Para chegar ao terreno, que não há ruídos que resultem em de repente haver uma crise política a propósito do Orçamento”, insistiu. O próximo Orçamento do Estado, para 2025, é entregue à Assembleia da República pelo Governo minoritário PSD/CDS-PP em outubro.

Na segunda-feira, em declarações aos jornalistas em Coimbra, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “valeu a pena ter havido o Orçamento do Estado aprovado para este ano” para que possa haver uma rápida execução dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030. O chefe de Estado defendeu que, pelo mesmo motivo, “também que é importante que o Orçamento do Estado para o ano que vem possa na altura devida ser ponderado e ser aprovado”, acrescentando: “Isso é muito, muito prioritário”.

O Presidente da República assumiu esta posição ao ser questionado sobre a regionalização, processo em relação ao qual disse concordar com o entendimento do primeiro-ministro, Luís Montenegro, de que não é “prioridade imediata”. “Parece sensato não perdermos a prioridade e o foco nos fundos europeus em 2024 e 2025. Não quer dizer que na legislatura do atual Governo – que como todas as legislaturas é suposto durar quatro anos – depois não possa haver o debate e eventualmente a ponderação da regionalização. Mas já é fora do meu mandato presidencial”, disse.

Já há uma semana, na Rádio Observador, Marcelo Rebelo de Sousa tinha defendido a estabilidade do atual executivo minoritário PSD/CDS-PP: “É aquilo que desejo. Aquilo que desejo é que seja estável, mas além de desejar, se quer que lhe diga, acho que a água pode correr nesse sentido. Vamos ver”.

Interrogado sobre a possibilidade de dissolver novamente o parlamento na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2025, respondeu: “Muita água vai correr debaixo das pontes, e acho que não está a correr nesse sentido, mas no outro sentido”.

(Notícia atualizada às 18h43 com mais informação)

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Conselho da UE chega a acordo sobre uso de lucros de bens russos para ajudar Ucrânia

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

A presidência belga ainda não disponibilizou em detalhe o acordo aprovado. No final de março, von der Leyen admitiu a possibilidade de enviar, já em julho, os primeiros mil milhões de euros para Kiev.

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou esta terça-feira o acordo entre os 27 Estados-membros para utilizar os lucros dos ativos russos congelados para apoiar militarmente a Ucrânia e a reconstrução deste país. Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), a presidência belga do Conselho da UE anunciou o acordo entre os países do bloco político-económico.

A presidência belga ainda não disponibilizou em detalhe o acordo aprovado. No final de março, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu a possibilidade de enviar, já em julho, os primeiros mil milhões de euros para a Ucrânia utilizando os lucros inesperados de ativos russos congelados no espaço comunitário.

Em março, o executivo comunitário tinha apresentado uma proposta para mobilizar lucros inesperados com os bens russos congelados na UE, na sequência das sanções à Rússia, para apoiar a Ucrânia com armamento e não só. Previsto está que 90% sejam afetados para a Ucrânia através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (que financia a compra de armas e munições de proteção) e 10% através do orçamento da UE (apoio não militar).

Segundo os últimos cálculos, esta iniciativa deverá permitir arrecadar três mil milhões de euros em juros e vencimentos este ano, num ‘bolo’ total de mais de 10 mil milhões de euros por ano até 2027. A proposta surgiu depois de, em meados de fevereiro, o Conselho da UE (no qual se juntam os Estados-membros) ter adotado uma decisão preliminar para se poder vir a usar os lucros dos ativos e reservas do banco central russo, congelados pelos países europeus, para apoiar a Ucrânia.

Antes, a UE tinha decidido, como uma das sanções impostas à Rússia pela invasão da Ucrânia, proibir quaisquer transações relacionadas com a gestão das reservas e dos ativos do banco central russo, com os restantes ativos relevantes detidos por instituições financeiras nos Estados-membros a ficarem congelados. Os 27 Estados-membros da UE (principalmente a Bélgica) já congelaram mais de 200 mil milhões de euros em ativos russos devido à política de sanções.

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“Café da Sorte”, a maior ação de sempre do Grupo Nabeiro, tem seis mil prémios para oferecer

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  • 21 Maio 2024

O prémio final, um Volkswagen T-Roc, é sorteado no dia 31 de julho, e atribuído mediante a exibição da fatura que serviu de base à participação na campanha.

Naquela que é a maior ação de sempre da história do Grupo Nabeiro, a Delta lançou a campanha “Café da Sorte“, no âmbito da qual vai atribuir mais de seis mil prémios. O objetivo passa por reforçar a ligação com os clientes e consumidores.

A iniciativa, recentemente lançada, já atribuiu mais de mil prémios aos consumidores e contabilizou mais de 240 mil participações. Mas, até dia 28 de julho, o grupo vai oferecer mais de seis mil prémios imediatos, como vales no valor de 20 e 40 euros (para descontar em compras na loja online mydeltaq.com), máquinas de café Delta Q (modelo Quick), escapadinhas de fim-de-semana em Portugal Continental e uma viagem a Salvador (Brasil) para duas pessoas.

De forma a concorrer, os consumidores “apenas têm de pedir um café num dos mais de 20 mil estabelecimentos aderentes do canal horeca, de qualquer uma das marcas do portfólio do Grupo (Delta Cafés, Camelo, Belíssimo, Cubano e Delta Q) e utilizar o código da fatura na app Café da Sorte que está disponível na App Store e no Google Play”, explica-se em nota de imprensa.

Já o prémio final, um Volkswagen T-Roc, é sorteado no dia 31 de julho, e atribuído mediante a exibição da fatura que serviu de base à participação na campanha.

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Com dívidas de 10 milhões, fábrica de ferragens de Tondela vende máquinas em leilão

Ativos da produtora de puxadores para mobiliário e construção à venda por 1,7 milhões de euros. Após despedir 60 trabalhadores, pede mais um mês para negociar plano de recuperação com os credores.

Como “estratégia de desinvestimento” no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da histórica empresa de ferragens Urfic, sediada em Tondela, vai ser leiloado a 5 de junho um conjunto de 339 lotes compostos por máquinas e equipamentos com uma avaliação global de quase 1,7 milhões de euros.

Fundada em 1963, a fabricante de puxadores em latão para mobiliário e construção, que em março despediu cerca de 60 trabalhadores, segundo fonte sindical, tem dívidas acumuladas de quase 10 milhões de euros. A lista provisória, consultada pelo ECO, inclui 123 credores, entre os quais a Segurança Social, a elétrica Iberdrola e bancos como a CGD ou o Montepio.

A empresa teve os últimos dois meses para fechar um pacto com os credores, mas esse prazo “revelou-se insuficiente”. Um acordo assinado esta segunda-feira com o administrador judicial José Ribeiro Gonçalves, nomeado pelo Tribunal de Viseu, deu mais um mês para concluir as negociações, “com vista à aprovação do plano de recuperação apresentado pela devedora”.

Em 2022, os dados mais recentes disponibilizados pela consultora Informa D&B, a Urfic registou prejuízos de 1,5 milhões de euros e viu as vendas afundarem 30% em termos homólogos, para 2,6 milhões de euros. A empresa de ferragens tondelense, que exportava mais de 80% da produção e tinha participadas no Reino Unido e em Espanha, reportou nesse ano um total de 91 trabalhadores.

A lista de ativos na venda organizada pela Leilosoc, agendada para as 14h30 de 5 de junho nas instalações da empresa (Rua Eduardo António Matos Coimbra), inclui centros de maquinação, instalações galvânica e de cobragem, diversas máquinas (anodização, tambor, grenalhar, erosão de penetração, abrasivar, desengordamento, polir, secar por vibração, etc.), mais de 40 prensas e fornos, ferros, peças e acessórios, ferramentas, empilhadores e porta paletes.

A participação no evento obriga a um registo prévio para ser atribuída aos interessados uma raquete numerada e que deve ser levantada para efetuarem as licitações nos vários lotes. “Apenas são adjudicadas licitações que igualem ou superem o valor de base estabelecido para cada lote. As licitações de valor inferior são registadas para ponderação do vendedor”, salvaguarda a leiloeira.

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