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Trabalhadores do Público exigem à administração proposta de aumentos salariais

  • Lusa
  • 7 Março 2024

Os trabalhadores exigem que a empresa "desenvolva com urgência um horizonte de valorização profissional que responda de forma efetiva à prolongada ausência de aumentos remuneratórios".

Os trabalhadores do jornal Público, reunidos em plenário na quarta-feira, consideram essencial que a empresa garanta aumentos salariais este ano face “à prolongada ausência” de atualizações remuneratórias e à subida do custo de vida.

Perante o forte sinal de descontentamento que acreditamos sairá da greve [geral de jornalistas] de 14 de março de 2024, o plenário de trabalhadores convida o Conselho de Administração a apresentar uma proposta de aumentos salariais, para apreciar num próximo plenário”, pode ler-se num documento com a posição coletiva dos trabalhadores do Público a que a Lusa teve acesso.

No documento, entregue esta tarde à administração presidida por Ângelo Paupério, os trabalhadores exigem que a empresa garanta atualizações gerais do salário-base e “desenvolva com urgência um horizonte de valorização profissional que responda de forma efetiva à prolongada ausência de aumentos remuneratórios”.

O Conselho de Administração não pode ignorar situações de precariedade, algumas das quais perduram há décadas, salários próximos da retribuição mínima em pessoas que trabalham no Público quase desde a sua fundação, e não só, as disparidades entre trabalhadores que desempenham as mesmas funções e a estagnação de há décadas”, realçam.

Os trabalhadores referem ainda que a elevada inflação nos últimos três anos, de 13,4%, “torna urgente” que o Conselho de Administração do jornal “tome medidas duradouras, capazes de inverter a perda real remuneratória das últimas décadas”.

“Tendo em conta a responsabilidade social da Sonae [acionista do Público] e as ameaças que se colocam hoje às democracias, a invocação sucessiva de resultados negativos da empresa não pode justificar, como tem justificado nos últimos 20 anos, a ausência de uma estratégia de aposta na valorização dos jornalistas, que devem ser respeitados e são, indiscutivelmente, parte da solução e não a origem do problema”, afirmam os trabalhadores.

Em 19 de fevereiro, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) marcou uma greve geral para 14 de março contra os baixos salários, precariedade e degradação das condições de trabalho do setor, a primeira em mais de 40 anos.

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AD e PS sobem em sondagem da Católica. Mas continuam separados por 5 pontos

  • ECO
  • 7 Março 2024

A coligação de Montenegro mantém-se à frente do PS a poucos dias das eleições de acordo com a nova sondagem da Universidade Católica. 16% dos inquiridos afirmam estar indecisos.

A Aliança Democrática (AD) mantém-se à frente do PS em cinco pontos percentuais (27% contra 22%), de acordo com a intenção direta de votos da sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o Público, RTP e Antena 1, conhecida esta quinta-feira. O Chega perde um ponto percentual, mas mantém-se como a terceira força política com 13%. Já os indecisos representam 16% da sondagem.

Já a Iniciativa Liberal (IL) mantém-se nos 4%. O Bloco de Esquerda (BE) e CDU conseguem 3% das intenções de voto, com a coligação liderada por Paulo Raimundo a subir um ponto face à sondagem anterior de 28 de fevereiro. O Livre perde um ponto, para 2%, e o PAN mantém 1%. Segundo esta sondagem, 16% respondeu que “não sabe” – menos quatro pontos do que na última sondagem –, outros 3% afirmaram que não votariam e outros 3% não quiseram responder. “Outros, branco e nulo” reúnem 3%.

Neste barómetro, a AD deverá eleger entre 88 e 98 deputados para o Parlamento enquanto o PS deverá alcançar entre 70 a 80 mandatos, e o Chega entre 33 a 41. Já a IL e o BE devem ter até dez deputados e a CDU consegue entre quatro e seis deputados (elegeu seis deputados em 2022).

O Livre pode conseguir subir para entre dois a três deputados e o PAN poderá eleger até um deputado.

Na prática, nenhum dos partidos deverá eleger os 116 deputados necessários à formação de uma maioria absoluta. Contas feitas, um possível acordo entre AD e IL não chegaria para terem a maioria absoluta, apesar de ser mais elevado do que os votos contabilizados à esquerda.

Já considerando os indecisos neste barómetro, a AD continua seis pontos à frente do partido de Pedro Nuno Santos com 34% contra 28%, mas esquerda ultrapassa a direita (sem Chega). O partido de André Ventura assegura o terceiro lugar com 16% das intenções de voto, menos um ponto percentual do que na última semana.

Ficha Técnica:

Este inquérito foi realizado entre 28 de fevereiro e 5 de março deste ano. Das 2.405 pessoas inquiridas 45% são mulheres. Grande parte dos inquiridos é da região Norte (33%), 22% do Centro, 31% da Área Metropolitana de Lisboa, 7% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores.

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Governo dos Açores mantém endividamento zero e privatização da Azores Airlines

  • Lusa
  • 7 Março 2024

Qualquer grupo parlamentar pode propor a rejeição do programa do executivo, sendo que a aprovação dessa rejeição com maioria absoluta "implica a demissão do Governo".

O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) pretende manter o endividamento zero e o processo de privatização da Azores Airlines na nova legislatura, que agora se inicia, garantiu esta quinta-feira o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão.

Em relação ao endividamento zero, mantemos. Esse era um compromisso assumido anteriormente às eleições. Aliás, já constava de proposta de orçamento que apresentámos e mantemos”, afirmou o governante, em declarações aos jornalistas, após a entrega do Programa do Governo, na sede do parlamento açoriano, na Horta.

Paulo Estêvão, do PPM, que na segunda-feira tomou posse como secretário regional dos Assuntos Parlamentares e das Comunidades do novo Governo açoriano, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, garantiu ainda que a privatização da Azores Airlines, iniciada na anterior legislatura, mas interrompida pela queda do executivo, será também para manter.

“A mesma coisa em relação à privatização da SATA, são matérias que continuam”, assegurou o governante, adiantando que o mesmo acontece com os processos de valorização das carreiras da função pública. O governante reiterou ainda que o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM, que não tem maioria absoluta, estará aberto ao diálogo com os partidos da oposição, fazendo votos para que o Programa do Governo seja aprovado na Assembleia Regional.

“A nossa perspetiva é que, evidentemente, existirá a responsabilidades institucional por parte de todos, é essa a nossa perspetiva. Estamos otimistas em relação à aprovação do Programa do Governo”, salientou. O novo Governo de coligação PSD, CDS-PP e PPM, que tomou posse na segunda-feira, na sequência da vitória nas eleições regionais antecipadas de 04 de fevereiro, mas sem maioria absoluta, terá a sua primeira ‘prova de fogo” no debate e votação do Programa do Governo, que caso seja reprovado com maioria absoluta implica a demissão do executivo.

O PS e o BE já anunciaram que vão votar contra o documento, ao passo que o IL e o PAN querem primeiro avaliar o conteúdo do programa, para só depois tomarem uma posição sobre o assunto. O Chega, a terceira força política mais votada nos Açores, inicialmente fazia depender o seu sentido de voto da entrada do partido para o Governo de coligação, exigência que não veio a concretizar-se, mas agora admite estabelecer um entendimento com o PSD, o maior partido da coligação.

Durante a tomada de posse, José Manuel Bolieiro, que já tinha dito na noite das eleições que iria governar com maioria relativa, fez um apelo à “estabilidade” governativa e lembrou que os partidos terão de “assumir as suas responsabilidades”, em caso de derrube do Governo. De acordo com o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, o debate do Programa do Governo tem de ocorrer até ao 15.º dia após a tomada de posse do executivo e a discussão em torno do documento “não pode exceder três dias”.

Até ao encerramento do debate, qualquer grupo parlamentar pode propor a rejeição do programa do executivo, sendo que a aprovação dessa rejeição com maioria absoluta “implica a demissão do Governo”. A coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu as eleições regionais e elegeu 26 deputados, menos três do que os 29 necessários para obter maioria absoluta, enquanto o PS elegeu 23 deputados, o Chega cinco e o BE, o IL e o PAN um cada.

As eleições de 04 de fevereiro ocorreram após o chumbo, em novembro, das propostas de Plano e Orçamento da Região para este ano, devido à abstenção do Chega e do PAN e dos votos contra de PS, IL e BE, situação que levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a dissolver o parlamento e a convocar eleições antecipadas.

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Volume de comércio no Canal Suez cai 50% nos dois primeiros meses do ano

  • Lusa
  • 7 Março 2024

"Já o volume de comércio que transitou em torno do Cabo da Boa Esperança aumentou cerca de 74% acima do nível do ano passado", segundo um artigo publicado no blogue do FMI.

O volume de comércio que passou pelo Canal de Suez caiu 50% nos dois primeiros meses deste ano, enquanto o que transitou no Cabo da Boa Esperança aumentou cerca de 74%, segundo um artigo publicado no blogue do FMI. Os dados constam de um artigo publicado no blogue do Fundo Monetário Internacional (FMI), assinado por Parisa Kamali, Robin Koepke, Alessandra Sozzi e Jasper Verschuur, que destaca que os ataques no Mar Vermelho perturbam o comércio global.

As nossas estimativas de trânsito de alta frequência indicam que o volume de comércio que passou pelo Canal de Suez caiu 50% em relação ao ano anterior nos primeiros dois meses do ano, e o volume de comércio que transitou em torno do Cabo da Boa Esperança aumentou cerca de 74% acima do nível do ano passado”, revelam. Os rebeldes iemenitas, que têm laços estreitos com o Irão, intensificaram os ataques nos últimos meses no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, importantes vias para o comércio mundial.

Alegam estar a agir em apoio dos palestinianos na Faixa de Gaza, onde a guerra entre Israel e o Hamas entrou no quinto mês. Os analistas salientam que nos últimos meses, o comércio global foi travado por perturbações em duas rotas marítimas críticas. Os ataques a navios no Mar Vermelho reduziram o tráfego através do Canal de Suez, a rota marítima mais curta entre a Ásia e a Europa, através da qual normalmente passa cerca de 15% do volume do comércio marítimo global, levando diversas companhias as desviarem os navios para contornar o Cabo da Boa Esperança.

“Isso aumentou os prazos de entrega em 10 dias ou mais, em média, prejudicando empresas com stocks limitados”, apontam. Paralelamente, uma grave seca no Canal do Panamá levou as autoridades a impor restrições que reduziram “substancialmente as travessias diárias de navios desde outubro passado, abrandando o comércio marítimo através de outro ponto de estrangulamento importante que normalmente representa cerca de 5% do comércio marítimo global”.

Os analistas estimam que o volume do comércio em trânsito através do Canal do Panamá caiu quase 32% em janeiro e fevereiro deste ano face a igual período do ano passado. Se “os efeitos em cascata” destas perturbações continuarem “poderão prejudicar temporariamente algumas cadeias de abastecimento nos países afetados e causar uma pressão ascendente sobre a inflação (em parte devido ao aumento dos custos de transporte)”, alertam.

Os analistas advertem também que as estatísticas oficiais sobre as importações e exportações registadas com base nos registos aduaneiros podem ser afetadas pelo impacto temporário da alteração de rota dos navios, tornando mais “difícil avaliar a dinâmica subjacente do comércio mundial e da atividade económica nos próximos meses”.

Como exemplo aponta os relatórios do comércio de mercadorias relativos a janeiro em diversos países de África, Médio Oriente e Europa, que podem indicar um abrandamento do crescimento das importações, “uma vez que algumas importações que normalmente teriam sido registadas em janeiro só foram entregues em fevereiro”.

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Presidente dos EUA vai propor aumento de impostos para bilionários e empresas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Março 2024

Planos visam baixar dívida pública norte-americana em três biliões de dólares nos próximos 10 anos. Biden quer melhorar posição junto do eleitorado em matéria económica antes das eleições.

A administração norte-americana planeia aumentar os impostos às empresas dos EUA de 15% para 21% e aplicar um imposto mínimo de 25% aos bilionários, avança o Financial Times. As propostas, que deverão ser anunciadas no discurso do Estado da União, e ao longo da próxima semana, destinam-se a abater parte da dívida pública recorde do país.

De acordo com o Congressional Budget Office, o organismo independente de controlo fiscal, a dívida dos Estados Unidos deverá atingir 26,2 biliões de dólares no final deste ano, sendo que estes planos visam reduzi-la em três biliões de dólares durante a próxima década.

Ainda que dificilmente recebam ‘luz verde’ do Congresso, a intenção destas propostas é realçar a diferença entre o progressismo de Joe Biden e a agenda do antigo presidente Donald Trump, que está cada vez mais perto de assegurar a candidatura do Partido Republicano às eleições de novembro.

O discurso anual acerca do Estado da União surge, assim, como uma oportunidade crucial para Biden, de 81 anos, convencer o eleitorado mais cético, com as sondagens a mostrarem um descontentamento com o desempenho do atual Presidente em matéria de economia.

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Teresa Lameiras finalista nos European Marketer of the Year 2024

  • + M
  • 7 Março 2024

Teresa Lameiras está na final com concorrentes da Hungria, Irlanda, Espanha, Lituânia, Reino Unido, Áustria e Alemanha. O vencedor é conhecido a 27 de junho, em Madrid.

Teresa Lameiras, diretora de Comunicação e Marca da SIVA-PHSHugo Amaral

Teresa Lameiras é uma das oito finalistas do prémio European Marketer of the Year 2024, organizado pela Confederação Europeia de Marketing (EMC).

A diretora de comunicação e marca da SIVAPHS concorre com Béla Szabó (da Telekom, Hungria), Gráinne Wafer (da Diageo, Irlanda), Gemma Juncá (Iberia, Espanha), Giedrė Vilkė (Swissmoney, na Lituânia), Ella Swain (University of Salford, Reino Unido), Thomas Saliger (XXXLutz, Áustria) e Ulrich Klenke (Deutsche Telekom, Alemanha).

A nomeação de Teresa Lameiras é um testemunho do seu talento e dedicação à excelência no marketing, bem como do impacto positivo que tem gerado no setor em Portugal“, destaca a APPM – Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing, entidade que indicou Teresa Lameiras como candidata nacional ao prémio.

Este prémio tem como objetivo distinguir os profissionais de marketing que se destacaram no avanço e desenvolvimento do setor, promovendo as melhores práticas e impulsionando o crescimento económico e comercial.

O European Marketer of the Year 2024 será anunciado a 27 de junho, em Madrid, durante a cerimónia dos National Marketing Awards de Espanha.

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Generali Tranquilidade: O que já se sabe para além da nova imagem

A parte visível é um novo logotipo a juntar os símbolos Generali e Tranquilidade, mas já há indícios e certezas do que está a acontecer em Portugal com a incorporação da Liberty no grupo.

Os dirigentes do Grupo Generali em Portugal reuniram esta quarta-feira 2.400 dos atuais e futuros colaboradores e parceiros no Altice Arena, em Lisboa, para anunciar o nome da marca a usar pela companhia de seguros – que será Generali Tranquilidade – e revelar os passos mais imediatos que vão ser dados, cumprindo o compromisso de serem estes públicos os primeiros a saber o que está planeado pela equipa do CEO Pedro Carvalho.

Pedro Carvalho anunciou em primeira mão a mudança de nome e de imagem a 2.400 colaboradores e parceiros.

Vai-se tornar gradualmente evidente, desde já, a mudança de imagem em 1.500 espaços em todo o país, ou quase, a Açoreana, marca da Generali Seguros vai manter a sua identidade na região. Serão 600 lojas Tranquilidade – cuja última renovação já tinha 8 a 9 anos de vida e, logo, de uma maneira ou outra, iam receber melhoramentos –, a que se adicionam 300 lojas Liberty, 100 hospitais e cerca de 500 oficinas e outros serviços que vão receber a nova imagem até ao final deste ano.

A manutenção da cor verde, utilizado atualmente no interior das lojas Tranquilidade, na nova imagem, permitiu reduzir trabalhos de decoração e não onerar esta transformação para além de cerca de 3 milhões de euros. Já as lojas Liberty tinham liberdade de ação no seu interior e, por isso, apenas na fachada será notória a mudança de marca.

Da Liberty sabe-se que existe interesse da Generali em manter os colaboradores que eram 370 no final de 2022. Os motivos apontados passam por não se pretender outro processo de rescisões como o ocorrido em 2020 quando da integração das Generali na Seguradoras Unidas. Também por que o plano estratégico da Generali é crescer em Portugal e, finalmente, não quer perder a carteira de seguros e clientes que a Liberty vai trazer.

Com necessidade de mão-de-obra para esse crescimento, o interesse da Generali será a recolocação de colaboradores excedentários em outras áreas onde passe a existir escassez, aumentando os níveis de eficiência. Sem ser o único indicador, com base em dados da ASF para 2022, o valor anual de prémios emitidos por colaborador da Liberty era de 683 mil euros enquanto para cada um dos 1070 colaboradores da Generali era de 1,1 milhões de euros.

O canal de mediadores vai ser complementado. Segundo fonte interna, do top 300 dos maiores mediadores e corretores de seguros da Liberty, todos eram multimarcas e apenas 30 não trabalhavam já com a Generali Tranquilidade. Alguns poderão vir a ser seduzidos para a vontade da Generali de aumentar a sua rede de agentes exclusivos.

A marca Génesis, que denominava o canal de distribuição apenas digital da Liberty , vai desligar ainda durante este mês de março, concentrando o grupo o novo negócio e as renovações no canal digital LOGO, já pertencente à Generali e cuja antiguidade e notoriedade é superior.

A incorporação da Liberty na Generali Seguros faz a Generali Tranquilidade reforçar o 2º lugar no ranking Não Vida em Portugal. Segundo dados de 2023 terá agora 22,2% de quota de mercado neste segmento enquanto o líder de mercado Fidelidade conta com 28,5%. O Grupo Ageas está em terceiro lugar com 14,5% de mercado neste segmento.

Ainda segundo dados de 2023, no ranking geral de produção, incluindo Vida e Não Vida, a Generali Tranquilidade eleva a quota para 13,7% mantendo o terceiro lugar, enquanto Fidelidade com 29,6% e Ageas com 15,2% ocupam os dois primeiros lugares.

A incorporação formal da Liberty na Generali Seguros está prevista para o primeiro trimestre de 2025. Desde 2018, os negócios em Portugal estão a ser realizados por uma sucursal da Liberty Seguros, Compania de Seguros y Reaseguros, com sede em Espanha. Esta empresa era a base do grupo americano Liberty Mutual na Europa e tinha expressão mais relevante em Espanha, Portugal e Irlanda, tendo sido esta empresa a adquirida pelo Grupo Generali por 2,3 mil milhões de euros, operação que recebeu luz verde da Comissão Europeia em janeiro passado.

Para já está em curso a autonomização dos negócios desta Liberty Espanha, a parte nacional será totalmente refletida na sucursal portuguesa que será depois incorporada na Generali Seguros, empresa que, em 2020, resultou da mudança de denominação da Seguradoras Unidas, logo após esta ter incorporado as duas seguradoras com que a Generali operava em Portugal.

Enquanto em Portugal a aquisição resulta na marca Generali Tranquilidade, em Espanha será utilizada apenas a marca Generali e na Irlanda a decisão ainda está por tomar.

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Vila do Bispo aplica medidas para baixar consumo de água

  • Lusa
  • 7 Março 2024

Reduzir a pressão na rede ou aumentar o controlo e deteção de fugas. Estas são algumas das medidas do município de Vila do Bispo para cumprir as metas de redução de consumo de água.

A Câmara Municipal de Vila do Bispo adotou medidas para cumprir as metas de redução de consumo de água imposta devido à seca no Algarve, como reduzir a pressão na rede ou aumentar o controlo e deteção de fugas, foi esta quinta-feira anunciado.

A autarquia do distrito de Faro justificou a adoção deste conjunto de medidas com a situação de alerta que o Algarve atravessa devido à seca e com a necessidade de poupar água para preservar recursos hídricos expostos a “uma redução significativa” na região e no concelho de Vila do Bispo.

“Para mitigar os efeitos adversos da seca e garantir a sustentabilidade hídrica […] Vila do Bispo já procedeu à redução de pressão na rede de abastecimento de água pública onde as condições operacionais fiquem garantidas, à monitorização e controlo da rede de abastecimento e à deteção ativa de fugas de água”, adiantou o município num comunicado.

A par destas medidas, foi também feita a colocação de contadores inteligentes nas localidades de Barão de São Miguel, Burgau e Sagres, permitindo aos serviços de abastecimento ter acesso a uma disponibilização automática das leituras e uma “maior eficiência na medição e redução de perdas aparentes”, assinalou.

De salientar que o município de Vila do Bispo, a par dos restantes concelhos do Algarve, em 2024, tem de reduzir 15% dos seus consumos em relação ao ano de 2023.

Câmara Muncipal de Vila do Bispo

Entre as medidas adotadas estão ainda a suspensão da rega em todos os espaços verdes públicos, o encerramento de fontes, fontanários e bicas públicas, mas também o aumento do tarifário de acordo com as orientações da Entidade Reguladora de Águas e Resíduos (ERSAR), segundo a autarquia.

“De salientar que o município de Vila do Bispo, a par dos restantes concelhos do Algarve, em 2024, tem de reduzir 15% dos seus consumos em relação ao ano de 2023“, recordou a autarquia, referindo-se ao valor da redução imposta pelo Governo para o consumo urbano de água, no âmbito do combate à seca na região.

A autarquia apelou à colaboração de todos os munícipes e consumidores para o objetivo de redução de consumo ser alcançado, sublinhando que “cada gota conta”.

O Algarve está em situação de alerta devido à seca desde 5 de fevereiro, tendo o Governo aprovado um conjunto de medidas de restrição ao consumo, nomeadamente a redução de 15% no setor urbano, incluindo o turismo, e de 25% na agricultura. A estas medidas somam-se outras como o combate às perdas nas redes de abastecimento, a utilização de água tratada na rega de espaços verdes, ruas e campos de golfe ou a suspensão da atribuição de títulos de utilização de recursos hídricos.

O Governo já admitiu elevar o nível das restrições, declarando o estado de emergência ambiental ou de calamidade, caso as medidas agora implementadas sejam insuficientes para fazer face à escassez hídrica na região.

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ECO da Campanha: nem o mau tempo arrefece a caça ao voto (in)útil

Vantagem da AD sobre o PS em sondagem embala Montenegro que chama reforços para o último dia, Pedro Nuno quer seduzir os indecisos e Ventura pede uma oportunidade. Os mais pequenos reclamam mudança.

É o penúltimo dia de campanha eleitoral e as caravanas entram num ritmo frenético, sobretudo depois de uma nova sondagem ter dado mais uma vantagem da AD sobre o PS. O momento alto desta quinta-feira foi a tomada de Santa Catarina, no Porto, com as arruadas, lideradas por Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, a medirem forças, ainda que o mau tempo tenha prejudicado algumas ações de campanha.

Mas nem a chuva ou o frio arrefeceu o fervor na conquista do eleitorado. Pedro Nuno e Montenegro apelam ao voto útil, mas os partidos mais pequenos reclamam uma mudança que só se alcança escolhendo alternativas à esquerda ou à direita.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ladeado por Francisco Assis, durante uma arruada em Santa Catarina, no Porto, 7 de março de 2024.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Tema quente

Vantagem da AD em nova sondagem acelera apelo ao voto (in)útil

A mais recente sondagem da Intercampus – que dá vitória à Aliança Democrática (com 29,3% das intenções de voto) com uma distância de seis pontos para o PS (23,3%) – foi um dos principais temas a marcar este dia.

Luís Montenegro, líder da AD, sentiu-se embalado. “Estamos a poucos dias de uma mudança política em Portugal”, afirmou numa mensagem de vídeo que enviou ao Partido Popular Europeu (PPE). Lembrando o número de independentes que se juntaram à coligação, Montenegro deixa uma alfinetada a Pedro Nuno Santos: “Nunca quis dizer que era um grande fazedor; mas já fiz muito nesta campanha para engrandecer a atividade política ao ter colocado na nossa candidatura muitas pessoas que não fazem parte do nosso partido”.

O presidente do PSD vai chamar reforços para o último dia: Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite e Leonor Beleza entram na campanha da Aliança Democrática esta sexta-feira.

Desvalorizando os resultados da sondagem, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assegurou que “não há nenhum desânimo” e apelou ao voto da “maioria invisível”, que “não está nas televisões e redes sociais e que já estava em 2022 sub-representada nas sondagens”. “Todos os que conhecem indecisos levem esses indecisos a votar. Confiem no PS, confiem em mim, não fiquem em casa”, atirou.

André Ventura, presidente do Chega, pediu uma “oportunidade” contra 50 anos de PS e PSD: “Política não é futebol, não mudamos de clube, mas mudamos de partido”. “Nestas eleições está em disputa o voto útil, a diferença entre o voto útil e mudança”, atirou.

O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, está confiante que o partido vai ser “determinante” para o futuro do país, apelando a um voto que dê uma maioria de direita no dia 11 de março.

Mariana Mortágua, coordenadora do BE, salientou que as sondagens “valem o que valem”, defendendo que a “campanha está a crescer” e que tem “cada vez mais gente”. “Estão em causa os próximos quatro anos e cada voto pode fazer a diferença”, conclui, antevendo que o BE “vai crescer e determinar uma maioria à esquerda”.

Também o secretário-geral do PCP e líder da CDU reivindicou uma maioria de esquerda, porque “a verdadeira sondagem” é “feita na rua”. Paulo Raimundo negou “linhas vermelhas” para acordo com PS, mas não passa “cheques em branco”.

“Dar mais um ou outro deputado ao PS ou ao PSD não fará qualquer diferença, mas termos um grupo parlamentar faz toda a diferença para as causas que representamos. Apelo às pessoas que deem um voto a um partido que é de confiança”, defendeu Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN.

Luís Montenegro da Aliança Democrática (AD) durante a tradicional arruada em Santa Catarina, no âmbito da campanha para as eleições legislativas de 10 de março, Porto, 7 de março de 2024.TIAGO PETINGA/LUSA

A figura

António Costa

António Costa é a capa da revista Politico desta semana e, no longo artigo sobre o seu papel como primeiro-ministro, a questão que fica é se o político português vai conseguir “limpar o nome” a tempo de liderar o Conselho Europeu.

Costa, que saiu do Governo a 7 de novembro na sequência da Operação Influencer, considera, em declarações à publicação, que “foi alvo de buscas” e que é suspeito de algo do qual não tem “sequer” conhecimento.

Nem sequer sei de que é que sou suspeito porque isso nunca foi dito explicitamente. Ninguém falou comigo sobre este assunto, as únicas coisas que sei são o que toda a gente sabe“, afirma Costa, fazendo uma alusão às fugas de informação publicadas na imprensa.

Entretanto, o Ministério Público já admite que não tem a certeza da existência de crime nos casos do lítio e hidrogénio, que fazem parte da investigação no âmbito da Operação Influencer, avança a revista Visão.

A frase

"A gestão e a fraca qualidade dos nossos políticos obrigam-nos a pensar se não deveremos mudar como sociedade e esse para mim é talvez o maior desafio.”

Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins

A surpresa

Arruadas e eventos cancelados pelo mau tempo

No penúltimo dia de campanha, os partidos viram-se a braços com o mau tempo que encurtou ou fez mesmo cancelar alguns dos eventos previstos. A AD teve de cancelar a arruada prevista para esta manhã na Afurada, em Vila Nova de Gaia, e já cancelou a habitual descida do Chiado que estava prevista para amanhã, fazendo ao invés um comício no Campo Pequeno. A Iniciativa Liberal também teve de encurtar a arruada em Braga devido ao mau tempo.

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, esteve esta manhã em Braga em contacto com população e com comerciantes. Braga, 7 Março 2024.HUGO DELGADO/LUSA

Prova dos 9

"O programa da AD olha para [as mulheres] também. Às mulheres de Barcelos, às mulheres de Braga, às mulheres de Portugal eu quero assegurar-lhes: nós vamos mesmo dar passos seguros importantes para garantir uma verdadeira igualdade de oportunidades.”

Luís Montenegro

Em vésperas do Dia da Mulher, o presidente do PSD afirmou que o programa da AD “olha para [as mulheres] também” na saúde, na educação, nas pensões, defendendo que a coligação tem propostas para assegurar uma igualdade de oportunidades.

A AD tem um capítulo no programa dedicado à “Diversidade, Inclusão e Igualdade de Género“. Nele, salientam que “continuamos a viver numa sociedade com uma inaceitável desigualdade de género, em prejuízo das mulheres”, traçando por isso algumas metas. São elas a “redução da disparidade salarial entre homens e mulheres para trabalho igual” e a “redução da violência doméstica e de género”.

Para a igualdade de género, defendem medidas como “ponderar a equiparação da licença de maternidade e de paternidade pós-parto”, “reforçar a monitorização sobre a obrigatoriedade de equiparação de salários” e “reforçar a legislação sobre quotas para liderança feminina e presença em comissões executivas”.

Há também várias propostas relativas à violência doméstica e de género, como expandir a Rede Nacional de Apoio à Vítima para abranger todo o território nacional e prestar um apoio adaptado às necessidades específicas das vítimas de violência de género ou de violência doméstica.

Já nas áreas da saúde, educação e pensões, as medidas que existem não são discriminadas por género mas aplicam-se a toda a população abrangida, que inclui homens e mulheres. Outra área em que a AD fala especificamente sobre as mulheres é no desporto, onde defende a “adoção de medidas robustas que promovam a igualdade na prática desportiva entre mulheres e homens”.

O tema dos direitos das mulheres surgiu em força na campanha depois das declarações de Paulo Núncio sobre o aborto, mas a verdade é que este assunto não figura de todo no programa da AD, como veio reforçar depois Luís Montenegro.

Conclusão: Certo.

Norte-Sul

Num dia marcado pela chuva, vento e agitação marítima, as caravanas partidárias seguiram para o penúltimo dia de campanha eleitoral. A maioria dos partidos esteve pelo Norte a captar votos.

A visita à feira de Gondomar pelo Partido Socialista foi adiada por causa do tempo e transformada numa arruada com a comitiva socialista, à semelhança da arruada prevista na Rua de Santa Catarina no Porto, pelas 17h, depois de uma visita a Marco de Canaveses. O mau tempo também obrigou a que a arruada da Aliança Democrática (AD) em Vila Nova de Gaia fosse adiada, restando no programa de Luís Montenegro um almoço com empresários em Gondomar e um comício no Porto.

Também pelo Norte estará Rui Rocha, a começar com uma visita ao Hospital de Braga, e reservando a tarde para um contacto com a população. À noite, e já em Coimbra, os liberais sairão à rua para uma arruada. Pelas ruas de Braga, ao final do dia, andou Mariana Mortágua, depois de uma visita a uma residência estudantil, no Porto.

Mais a sul, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, e Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, marcaram presença em Setúbal e Lisboa. Os comunistas começaram o dia com um desfile, no Barreiro, seguindo para um segundo desfile em Lisboa, e terminado o dia com um comício no Polidesportivo das Paivas. Já o PAN, depois de Setúbal, passou por Sintra e terminará o dia com um jantar-comício, em Lisboa.

Pela capital esteve também Rui Tavares, do Livre, terminando o dia com um comício no Teatro Thalia. E André Ventura, do Chega, rumou de Portimão, onde reuniu os militantes para um almoço-comício e uma arruada, seguindo para Santiago do Cacém para um jantar.

No último dia de campanha, os esforços dos partidos concentrar-se-ão nos círculos eleitorais onde por norma conquistam mais votos. PS, AD, PAN e Bloco concentram-se na capital para um último apelo aos eleitores, enquanto a CDU e o Livre rumam ao Porto. A IL ficará por Aveiro e o Chega terminará a campanha em Setúbal.

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Trabalhadores das empresas de distribuição marcam greve para 27 de março

  • Lusa
  • 7 Março 2024

Decidimos agendar já uma greve, de 24 horas, para o dia 27 de março. Neste dia vamos fazer duas concentrações, junto à Sonae e ao Pingo Doce”, adianta o sindicato.

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) convocou para 27 de março uma greve de 24 horas pela valorização do setor, acusando a APED de apresentar uma proposta salarial “inaceitável”.

O CESP esteve esta quinta-feira reunido com a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) para discutir a renegociação do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para os trabalhadores do setor, que, segundo o sindicato, não é revisto deste 2016.

A estrutura sindical disse que da reunião não saiu uma resposta às reivindicações dos trabalhadores, tendo assim decidido avançar com novas formas de luta. “Decidimos agendar já uma greve, de 24 horas, para o dia 27 de março. Neste dia vamos fazer duas concentrações, junto à Sonae e ao Pingo Doce”, adiantou a dirigente do CESP Célia Lopes, em declarações à Lusa.

A sindicalista disse que a escolha dos locais para as concentrações foi “simbólica”, tendo em conta que o Pingo Doce e a Sonae revezam-se na presidência da associação patronal desde a sua fundação. Célia Lopes lamentou que a APED continue a defender as mesmas medidas desde 2016, como a introdução de um banco de horas e “o agravamento da precariedade” com a contratação a termo por 12 meses.

Por outro lado, o sindicato classificou a proposta salarial como “inaceitável”, uma vez que esta prevê que um trabalhador de topo, com oito ou mais anos de serviço, receba apenas mais 20 euros do que um trabalhador que acabou de ser contratado. O CESP disse que do lado da APED a principal alteração, face ao que tinha sido previamente proposto, prende-se com a atualização do salário mínimo nacional.

“Estamos a falar de um setor que gera milhões anualmente. Obviamente que temos razão ao afirmar que estes lucros se estão a fazer através da desvalorização salarial”, apontou Célia Lopes. O CESP e a APED voltam à mesa de negociações no próximo mês. Os trabalhadores reivindicam o aumento geral dos salários, a valorização das carreiras profissionais e a revisão do contrato coletivo de trabalho (CCT).

A par da greve e das concentrações, o sindicato vai prosseguir com uma campanha de contacto direto com os trabalhadores e com o público em geral, de modo a alertar para a realidade vivida pelos trabalhadores das empresas de distribuição e para a consequente necessidade de revisão do CCT.

Contactada pela Lusa, a APED disse não ter qualquer comentário a fazer sobre o agendamento da greve. “A proposta da APED foi apresentada esta quinta-feira, 7 de março, ao CESP, tendo sido agendada nova reunião para conhecer a contraproposta do sindicato”, sublinhou.

 

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Agência Pure tem nova imagem

  • + M
  • 7 Março 2024

“Esta marca transmite-nos, sobretudo, maturidade e independência”, refere Elgar Rosa, diretor executivo da agência.

A Pure tem uma nova imagem. A nova marca é acompanhada de um novo site, no qual são apresentados os serviços, mas também partilhados conteúdos, sejam artigos de opinião, branded content ou notícias publicadas sobre projetos que a agência gere.

“Esta marca transmite-nos, sobretudo, maturidade e independência”, refere Elgar Rosa, diretor executivo da agência. “Com 16 anos não sentimos necessidade de gritar nada através da nossa comunicação. Apenas respeitar um património conquistado de credibilidade e confiança dos nossos clientes e jornalistas, que se mistura com a ambição de testar novos formatos, novos projetos e novos ângulos de comunicação”, explica em comunicado.

Para a nossa identidade, a agência de relações públicas inspirou-se na expressão visual mais pura da comunicação, materializada numa wordmark que combina o legado das antigas máquinas de escrever com a simplicidade intemporal e a atenção ao detalhe, explica em comunicado.

“A wordmark Pure é uma expressão visual de sofisticação editorial, inspirada na riqueza estética encontrada nas páginas das grandes publicações no legado da máquina de escrever e dos antigos tipógrafos. Uma marca serifada, moderna, que evoca uma autenticidade e destaca a importância que a agência atribui à informação rigorosa e responsável”, prossegue.

A paleta de cores preto e branco pretende realçar a simplicidade e, em simultâneo, mas transmitir elegância e versatilidade.

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Suécia torna-se formalmente o 32º membro da NATO

  • Lusa
  • 7 Março 2024

Termina assim o que deveria ser um processo "expresso", mas que acabou por demorar 22 meses devido às reticências da Turquia e da Hungria sobre a adesão da Suécia.

A Suécia tornou-se esta quinta-feira, oficialmente, o 32º membro da NATO, depois de cumpridas todas as formalidades para a sua integração na organização militar, com a Hungria a depositar o protocolo de adesão em Washington. O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, já felicitou o Estado que acabou de entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

O embaixador da Hungria nos Estados Unidos entregou ao Departamento de Estado em Washington os documentos oficiais de ratificação da adesão da Suécia à NATO, recentemente aprovada pelo parlamento húngaro, permitindo ao governo sueco apresentar ao chefe da diplomacia norte-americana o instrumento de acesso.

“Hoje dei instruções ao embaixador da nossa pátria em Washington para entregar o documento de ratificação, tendo a Hungria cumprido todas as suas tarefas para a adesão da Suécia à NATO”, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó.

Termina assim o que deveria ser um processo “expresso”, mas que acabou por demorar 22 meses devido às reticências da Turquia e da Hungria sobre a adesão da Suécia.

O primeiro-ministro sueco, Ulk Kristersson, e o ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, deslocaram-se a Washington na quarta-feira para depositar o protocolo de adesão à NATO junto do Departamento de Estado.

Numa nota publicada esta quinta-feira, o Chefe do Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, “felicitou o Rei Carlos XVI Gustavo pela adesão da Suécia à NATO, tornando-se no 32.º membro da Aliança”.

“O alargamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte à Suécia […] representa um sólido reforço de uma estrutura que tem sido fundamental em matéria de segurança e defesa coletiva e de manutenção da Paz”, de acordo com o mesmo comunicado.

Marcelo acrescenta ainda que “Portugal, que apoiou sem reservas, de forma convicta e decidida a adesão da Suécia à NATO, congratula-se por este histórico alargamento, na firme certeza de que a integração do seu mais recente membro contribuirá para reforçar o pilar europeu de defesa no seio da Aliança Atlântica.”

(Notícia atualizada às 18h56 com a nota do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa)

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