Vem aí a 4.ª edição do ESG Portugal Fórum. Conheça o programa

  • ECO
  • 26 Novembro 2024

Na quarta edição do ESG Portugal Fórum, concentramos a atenção no tema do financiamento das empresas na era das exigências em matéria de ESG.

A definição de estratégias ESG assume uma crescente relevância no contexto dos modelos de gestão e na definição de prioridades dos decisores empresariais.

Este fenómeno ganha particular oportunidade num contexto de aceleração da transição para a economia verde e em que os governos, sistema financeiro e supervisores tendem a integrar o escrutínio e a verificação de critérios ESG nas empresas.

Tendo por base estes pressupostos e tendências, e no seguimento das edições anteriores, o ECO e o Capital Verde estão a organizar a 4ª edição do ESG Portugal Forum, que agregará os contributos de especialistas, empresários, gestores e consultores no sentido de percebermos como é que as empresas adaptam a sua estratégia a um contexto em que o financiamento pela banca ou private quity depende da forma como as empresas desenvolvem as suas estratégias de sustentabilidade.

O evento tem o apoio da Coca-Cola Europacific Partners, da EDP e da PLMJ. Acontece a 5 de dezembro, no Auditório PLMJ (Avenida Fontes Pereira de Melo, 43, Lisboa). A entrada no evento é sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA (em atualização):

09h30 Abertura

António Costa, Diretor do ECO
Bruno Ferreira, Managing Partner da PLMJ
João Rui Ferreira, Secretário de Estado da Economia

10h30 Financiamento e Investimento Sustentável

Celina Carrigy, Assessora do Conselho de Administração da CMVM
Nuno Rosário
, Diretor de Financiamento da REN
Bruno Ferreira, Managing Partner da PLMJ
Joana Carvalho, Partner da SFgo

Moderação: André Veríssimo, Subdiretor do ECO

11h15 Coffee-break

11h30 Due Diligence de A a Z – Como se implementa em todo o negócio (roadmap)

Márcio Cruz, Head of Public Affairs, Communication & Sustainability, Coca-Cola Europacific Partners
Claire Bright, Professora Associada da NOVA School of Law
Cláudia Coelho, Sustainability and Climate Change Partner, PwC Portugal
Madalena Perestrelo de Oliveira, Coordenadora do Think Tank PLMJ

Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora do Capital Verde

12h15 Os desafios do Desperdício Alimentar

Eduardo Diniz, Coordenador da Comissão Nacional do Combate ao Desperdício Alimentar, à conversa com Ana Batalha Oliveira, Diretora do Capital Verde

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Diferença de preços da água no consumo anual pode ultrapassar os 650 euros

  • Lusa
  • 26 Novembro 2024

Um estudo da DECO Proteste identificou "disparidades significativas" entre municípios no valor cobrado aos consumidores na fatura da água. Amarante é um dos mais caros e Foz Côa dos mais baratos.

A diferença de preços da água, saneamento e resíduos no consumo anual mais elevado pode ultrapassar os 650 euros entre concelhos, sendo Amarante (Porto) e Fundão (Castelo Branco) onde se paga mais, segundo um estudo da DECO Proteste.

De acordo com as conclusões do estudo, que analisa as tarifas da fatura da água (que inclui água, saneamento e resíduos) e abrangeu os 308 municípios portugueses, há disparidades significativas entre concelhos.

A análise foi realizada com base nas tarifas em vigor em junho de 2024, e excluindo IVA, taxa de recursos hídricos (TRH) e taxa de gestão de resíduos (TGR), demonstrando a existência de diferenças nas faturas, pondo em causa o acesso equitativo a serviços essenciais.

“Por exemplo, para um consumo anual de 120 m3 (120 metros cúbicos) de água, uma família em Amarante paga uma fatura global de 494,47 euros, enquanto em Vila Nova de Foz Côa o custo dos três serviços é de apenas 94,09 euros – uma diferença de 400 euros”, é realçado no estudo, e conforme pode ser verificado abaixo, na tabela da DECO.

No caso de consumos anuais de água mais elevados, de 180 m3, a discrepância na fatura global agrava-se, segundo a associação, referindo que o Fundão apresenta uma fatura de 776,74 euros e Foz Côa de 125,92 euros, ou seja, mais de 650 euros de diferença (ver tabela da DECO, abaixo).

De acordo com a análise, Amarante, Oliveira de Azeméis, Ovar, Albergaria-a-Velha e Baião são os cinco concelhos onde a fatura global (120 m3/ano) é mais elevada.

Vila Nova de Foz Côa, Castro Daire, Terras do Bouro, Vila Flor e Vila Nova de Paiva registam os valores mais reduzidos.

“Nos consumos anuais de 180 m3, o ‘top 5’ dos que têm a fatura mais elevada é ocupado por Fundão, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Amarante e Espinho. Já no fundo da tabela estão, novamente, os mesmos cinco concelhos liderados por Vila Nova de Foz Coa”, segundo o estudo.

CONSUMO DE 120 M3

Segundo a análise da DECO Proteste, dos 20 municípios com as faturas mais elevadas, apenas cinco aplicam tarifas para famílias numerosas na água, saneamento e resíduos.

A DECO Proteste não encontra justificações válidas para estas disparidades, que não se explicam apenas por diferenças nos investimentos em reabilitação de redes ou por ineficiências na gestão dos sistemas”, é referido na análise.

A associação de defesa do consumidor alerta ainda para “a insustentabilidade financeira de alguns serviços, com coberturas de gastos muito baixas, o que também não é desejável”.

Contudo, a DECO congratulou-se com o reforço dos poderes da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que passará a regulamentar, avaliar e auditar a fixação e aplicação de tarifas, com efeitos a partir de 2026.

A porta-voz da DECO Proteste, Mariana Ludovino, realçou, citada na nota, que a harmonização tarifária tem as condições necessárias para ocorrer num futuro não muito distante.

“A DECO Proteste sempre rejeitou aumentos de preços quando os sistemas se encontram em situação de ineficiência, ou que sejam justificados pela seca ou por inundações. Uma maior regulação e consequente harmonização permitirá mais justiça no acesso a serviços essenciais”, afirmou.

CONSUMO DE 180 M3

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Em 2023, foram doadas mais de 27 mil toneladas de alimentos em fim de prazo

  • Conteúdo Patrocinado
  • 26 Novembro 2024

O número foi avançado pelo líder da Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar, Eduardo Diniz, durante um debate numa conferência organizada pela Cascais Ambiente.

Todos os dias, mais de 12% da população nacional enfrenta insegurança alimentar, apontam os números da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). A realidade é preocupante, especialmente num cenário em que cada habitante desperdiça, anualmente, cerca de 184 quilos de alimentos. “O desperdício alimentar pode ser evitado. Isso está nas nossas mãos”, assegurou Hunter Halder durante a conferência da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos, que decorreu quinta-feira em Cascais.

No evento organizado pela Cascais Ambiente e a que o ECO se juntou como media partner, o fundador da Refood lembrou que o sucesso do projeto que fundou em 2011 se deve, sobretudo, à participação das comunidades locais, que permitiram levar a iniciativa para 62 freguesias. O responsável lamenta que a lei para facilitar a doação de produtos alimentares, publicada em 2019, ainda não tenha sido regulamentada e, por isso, não tenha ainda tido efeito. “O Governo deve criar um sistema para desincentivar deitar fora a comida e incentivar a doação”, sugere.

"Se 67% do desperdício está dentro das nossas casas, é aqui que temos de atuar”

Fernanda Santos, coordenadora do departamento de formação e educação da Deco

A perspetiva visionária da Refood, impulsionada pela crise financeira, permitiu reduzir o desperdício alimentar em Portugal, que, em 2023, viu milhares de toneladas de comida ‘salvas’ pelas doações. “Em 2023, houve um acordo em 2676 lojas que permitiu escoar 27 mil toneladas de alimentos em final de prazo”, partilhou Eduardo Diniz. O responsável pela Comissão Nacional de Combate ao Desperdício, que assinalou a importância de o país cumprir as metas definidas no contexto da União Europeia (UE), defende que o “benefício” da redução do desperdício não é apenas ambiental, mas também “económica, de saúde e moral”. “O nosso melhor sucesso é acabarmos com os nossos cargos”, disse, dirigindo-se aos restantes oradores.

Eduardo Diniz, responsável pela Comissão Nacional de Combate ao Desperdício

A responsabilidade não é, porém, exclusiva dos consumidores, mas também partilhada pelas empresas. A Sonae responde à chamada da luta contra o desperdício “há mais de 20 anos”, sublinhou Guilherme Gonçalves, que só no ano passado doou produtos no valor de 30 milhões de euros. “Isto equivale a oito milhões de refeições salvas”, destacou o gestor de projetos de inovação da Sonae MC Continente.

A empresa foi, aliás, “das primeiras do mundo” a introduzir o modelo de desconto em produtos alimentares com data de validade próxima, as chamadas “etiquetas cor-de-rosa”. “Temos de tentar fazer mais e melhor e digitalizar o processo de doações. Precisamos de ter dados em tempo real sobre o que está a ser doado”, apontou ainda Guilherme Gonçalves.

A Deco, como associação dedicada à defesa do consumidor, chegou-se à frente para abraçar o desafio de sensibilizar a população para a importância da prevenção de resíduos. “Se 67% do desperdício está dentro das nossas casas, é aqui que temos de atuar”, afirmou Fernanda Santos. A coordenadora do departamento de formação e educação, que desenvolve projetos junto das comunidades escolares, acrescentou ainda que é mais fácil fazer este trabalho com crianças do que com adultos. “Sentimos que as pessoas têm interesse, mas se fizermos um evento a participação é bastante mais reduzida”, lamentou.

Estamos a desenvolver um projeto europeu para os cidadãos conhecerem melhor a sua pegada carbónica e impacto ambiental”, explicou a responsável, que detalhou ainda que estes dados são partilhados com as autarquias para que possam “ter melhor conhecimento com dados específicos” sobre cada território. Importante, asseguraram os oradores, é agir para reduzir o desperdício.

Reveja a conferência da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos, organizada pela Cascais Ambiente com apoio do ECO como media partner, e recorde, AQUI, o resumo do evento.

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Hoje nas notícias: Faturas da água, empresas de gás e hospitais

  • ECO
  • 26 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Um estudo da Deco concluiu que “o fosso está cada vez mais profundo” no que toca às diferenças na fatura da água entre concelhos: este ano, pode chegar aos 600 euros. As empresas de distribuição de gás estão a repercutir a cobrança da Taxa de Ocupação do Subsolo aos consumidores, o que é ilegal há oito anos. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Diferença na fatura da água pode chegar aos 600 euros entre concelhos

O consumo de água continua a pesar de forma muito diferente consoante a zona do país onde se esteja. De acordo com um estudo da Deco, um residente de Amarante que tenha um consumo anual de água de 120 metros cúbicos paga cinco vezes mais na sua fatura do que um habitante de Vila Nova de Foz Côa que consuma exatamente mesmo, uma diferença que pode chegar aos 400 euros. No caso de um consumo anual de 180 metros cúbicos, um cidadão que resida no Fundão paga seis vezes mais do que um morador em Foz Côa, atingindo 600 euros de diferença. A associação não encontra “justificações válidas para as “disparidades significativas” no valor cobrado aos cidadãos e constata que “o fosso está cada vez mais profundo” — em 2023, a diferença máxima entre municípios era de 376 euros.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Cobrança ilegal rende milhões a empresas de gás

As empresas de distribuição de gás natural repercutiram a Taxa de Ocupação do Subsolo (TOS) na fatura dos consumidores, o que é ilegal desde a lei do Orçamento do Estado para 2017. Esta taxa, que consiste numa espécie de aluguer pela utilização de tubagens no subsolo, tem sido imputada ao consumidor contra a vontade das autarquias e, segundo o Ministério do Ambiente, rendeu 23 milhões de euros à Floene e à REN — as duas maiores distribuidoras de gás — em 2023. As operadoras entendem que o Governo deve regulamentar a cobrança da taxa, mas nenhum Executivo o fez, pelo que continuam a cobrar e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) não as impede.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Hospitais têm de fazer cirurgias em atraso ou vão pagá-las no privado

Os hospitais têm até dia 31 de dezembro para listarem os doentes que aguardam por uma cirurgia para além do Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) e que consideram ter capacidade para operar até 30 de agosto de 2025. Os restantes terão de ser encaminhados para fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), se derem o seu consentimento, e serão as próprias Unidades Locais de Saúde (ULS) as responsáveis por pagar a faturação destes utentes. A medida consta de uma portaria aprovada pelo Ministério da Saúde, que deverá ser publicada em breve no Diário da República e entrar em vigor de imediato.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Auchan quer mais tempo para aplicar “remédios” na compra do Minipreço

A Auchan pediu mais tempo para cumprir os “remédios” impostos pela Autoridade da Concorrência, dos quais depende o aval à compra da rede de lojas do Minipreço ao grupo espanhol DIA. Apesar de a AdC ter deliberado, em abril, no sentido de não oposição à operação de concentração, sujeitou-a a condições, após ter identificado cinco zonas (Aguiar da Beira, Avelar, Castelo Branco, Moimenta da Beira e Sabugal) onde a quota de mercado combinada dos franquiados DIA e da Auchan, medida em metros quadrados de área de venda, “poderia, em determinadas circunstâncias, ser superior a 40%”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Agricultura precisa de dois mil milhões para evitar colapso na água

Até 2030, Portugal precisa de investir 2,049 mil milhões de euros para modernizar as infraestruturas e os sistemas de regadio públicos, segundo um estudo elaborado pela FENAREG – Federação Nacional de Regantes de Portugal. José Núncio, presidente desta entidade, defende que a modernização destes sistemas é “vital”, uma vez que “persistem situações em que as perdas de água (diferença entre a água captada e a água fornecida aos agricultores regantes) atingem os 40%”, enquanto “nos aproveitamentos hidroagrícolas mais modernos onde as perdas ficam nos 10%”. Será preciso ainda “proceder a um aumento da capacidade de armazenamento de água”, acrescenta.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Já foram atribuídas este ano quase 155.500 pensões e têm primeira atualização em janeiro

  • Lusa
  • 26 Novembro 2024

Universo total de novas pensões que serão atualizadas pela primeira vez em janeiro vai superar as quase 155.500 porque este número não inclui ainda as pensões que serão atribuídas em dezembro.

A alteração à lei que veio determinar que os pensionistas têm o primeiro aumento da sua reforma no ano imediatamente a seguir ao da sua atribuição vai abranger cerca de 155.500 pensões.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em resposta a questões da Lusa, desde o início do ano e até novembro foram atribuídas um total de 155.479 novas pensões, incluindo as de velhice, sobrevivência e invalidez dos regimes contributivo (152.085) e não contributivo (3.394).

O universo total de novas pensões que serão atualizadas pela primeira vez em janeiro vai, no entanto, superar estas quase 155.500 uma vez que este número não inclui ainda as pensões que serão atribuídas em dezembro.

Até à publicação da lei que veio alterar as regras de atualização das pensões, e que foi publicada em 21 de outubro, as pensões atribuídas num ano não podiam ser atualizadas no seguinte, tendo de esperar mais um ano para terem o primeiro aumento.

Na prática isto fez com que uma pensão iniciada em janeiro de 2021, por exemplo, apenas tivesse sido atualizada pela primeira vez dois anos depois, em janeiro de 2023.

Esta situação foi alterada na sequência de uma proposta de lei enviada pelo Governo ao Parlamento, após vários alertas para a situação de injustiça que gerava, com o executivo a limitar as novas regras às pensões atribuídas a partir de 2024.

Durante o debate na especialidade deste diploma, vários partidos, como o BE e PCP, apresentaram propostas de alteração para que as novas regras retroagissem a anos anteriores, obrigando ao recálculo das pensões em causa, tendo todas sido rejeitadas.

Várias destas propostas da oposição integram agora o leque de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e vão estar hoje a ser votadas no âmbito da votação na especialidade do OE2025.

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By Salomon abrirá na primavera a Finca Victoria, em Begur, o seu primeiro hotel no segmento de luxo

  • Servimedia
  • 26 Novembro 2024

O estabelecimento de cinco estrelas e 38 quartos será o primeiro ativo de luxo da By Salomon e representa um ponto de viragem na sua estratégia de hotéis de duas a quatro estrelas em destinos urbanos.

By Salomon Hospitality, a empresa de gestão hoteleira liderada pelos irmãos Serra Moreno, prepara-se para abrir aquele que será o seu primeiro grande empreendimento no segmento da hotelaria de luxo: Finca Victoria, um hotel situado na praia de Sa Riera (Begur), numa histórica casa de família representativa desta emblemática localidade da Costa Brava.

O Finca Victoria abrirá as suas portas em abril de 2025 e será gerido pelo Majestic Hotel Group, com quem a By Salomon já tem parcerias na exploração de outros hotéis de referência do seu portefólio. A transformação e remodelação do Finca Victoria envolveu um investimento global de 12 milhões de euros e o hotel contará com uma equipa de quarenta trabalhadores, segundo informa a By Salomon em comunicado.

“Abrimos as portas do Finca Victoria para ajudar a recolocar a Costa Brava no mapa do luxo internacional”, afirma Toni Serra, cofundador da By Salomon. “Existem outros grandes exemplos de grande produto e serviço diferenciado no Empordà, mas precisávamos de uma proposta de praia ao mesmo nível para continuar a apoiar este destino, que é excecional e tem uma grande procura, mas uma oferta de qualidade escassa”, acrescenta Harry Serra, cofundador da empresa de Barcelona.

Foi em 2020 que os irmãos Serra Moreno decidiram promover este projeto, depois de conhecerem a história da casa e de vislumbrarem a oportunidade que aguardava esta propriedade, propriedade histórica de uma família de origem belga e caracterizada por estar sempre aberta a encontros de políticos, artistas e atores de cinema e teatro durante os anos 60 e 70.

A Finca Victoria tem uma área construída de 3.800 metros quadrados divididos em quartos, várias zonas de restauração, uma piscina e um spa. O hotel oferecerá um serviço de experiências ligadas ao ambiente da Costa Brava.

PROCESSO DE EXPANSÃO

Este é também um novo marco no processo de expansão da By Salomon Hospitality, que conta agora com uma carteira de quinze activos hoteleiros. Durante o ano de 2024, a sociedade gestora fez várias adições ao seu portefólio – Barcelona, Sitges, Valência, Granada, Porto, Lisboa e Budapeste – enquanto continua a analisar novas oportunidades nas principais capitais europeias.

Com o Majestic Hotel Group, a By Salomon tem acordos de colaboração em sete hotéis da sua carteira, incluindo a Casa Teva de Barcelona, situada no Raval, o hotel Lugano de Barcelona e o Palácio de Pinello de Sevilha, entre outros.

A By Salomon Hospitality estabeleceu-se como uma referência no setor hoteleiro. Como sociedade gestora, procura crescer com a incorporação de hotéis antigos que transforma e moderniza através de grandes obras de remodelação, branding, melhorias tecnológicas e operacionais para os adaptar às tendências dos viajantes atuais.

 

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A última expedição da ISDIN e do Africa Directo a Moçambique trata mais de 1.000 pessoas com albinismo em apenas 10 dias

  • Servimedia
  • 26 Novembro 2024

As pessoas com esta condição genética enfrentam uma elevada incidência de cancro de pele, têm pouco acesso a medidas de proteção solar e a cuidados de saúde, além de uma elevada mortalidade precoce.

A ISDIN e a Fundação África Directo concluíram a quinta expedição dermatológica a Moçambique, atingindo o objetivo de atender mais de 1.000 pessoas com albinismo em apenas 10 dias. Por isso, as expedições da ISDIN e da Fundação África Directo têm um impacto significativo.

“Estamos plenamente comprometidos com este projeto e a colaborar com as autoridades locais, com quem assinámos uma aliança para expandir as expedições e alcançar cada vez mais pessoas com albinismo, com a esperança de um futuro sem cancro de pele, em que a nossa ajuda já não seja necessária”, afirmou Juan Naya, CEO da ISDIN, que participou nesta expedição.

Para Carmen Mormeneo, porta-voz da Fundação África Directo, “a colaboração com as autoridades de saúde e com organizações de ativistas locais é crucial, pois estima-se que existam entre 30.000 e 50.000 pessoas com albinismo no país, e atualmente estamos a alcançar cerca de 3.500, apenas 10%, o que demonstra que ainda há muito a fazer”.

Segundo informações da empresa, nesta última expedição, a equipa composta por 15 dermatologistas de cinco países diferentes atendeu mais de 1.000 pacientes, realizou mais de 155 cirurgias de tumores pré-cancerosos e cancros de pele, e distribuiu 6.000 protetores solares. A atividade médica concentrou-se em áreas-chave como o Hospital Central de Maputo, o Hospital Provincial de Xai-Xai, o Hospital Central da Beira e a província de Tete.

“Antes olhavam para mim com desconfiança por causa da minha condição, apontavam-me o dedo. Até nos hospitais não queriam tratar-me por ser albina. Felizmente, fui atendida numa destas expedições e aprendi como agir, proteger a minha pele e cuidar dela. Todos deveriam ser tratados desta forma”, relatou Carter Phantom, uma das pacientes atendidas nesta expedição. Para Javier, dermatologista espanhol bolsista da ISDIN, “acredito que esta é uma das experiências de vida mais bonitas que vou ter, e recomendo-a a todos”.

Os dermatologistas voluntários também formaram 15 médicos locais e realizaram ações de sensibilização junto das pessoas com albinismo sobre os riscos da exposição solar e a importância da fotoproteção. “Ver estas pessoas na consulta, educá-las sobre o uso de protetor solar, abraçar as crianças… é uma sensação incrível. Realmente, faz-nos lembrar porque escolhemos ser médicos e o que nos apaixonou na dermatologia”, explica a Dra. Elise Weisert, dermatologista americana bolsista da ISDIN. Vale a pena lembrar que estas pessoas são extremamente vulneráveis aos efeitos do sol, com cerca de 98% a falecerem antes dos 40 anos, sendo o cancro de pele a principal causa.

PROJETO

Desde o início do projeto, em outubro de 2022, a ISDIN enviou mais de 50 dermatologistas para Moçambique, que realizaram mais de 582 intervenções cirúrgicas. Estes números representam um impacto significativo num país que conta com apenas 20 dermatologistas para uma população de mais de 34 milhões de habitantes.

O Dr. Alejandro García, dermatologista espanhol e chefe de equipa desta quinta expedição, bem como membro da primeira expedição em 2022, destacou a evolução da iniciativa. “É emocionante ver como o projeto cresceu, como conseguimos cada vez mais recursos e, com isso, um impacto maior. Tanto os pacientes como as suas famílias e os dermatologistas locais estão mais conscientes e capacitados. Embora continuemos a enfrentar o desafio de melhorar o tratamento dos casos mais graves, vemos uma grande evolução no diagnóstico e tratamento das deteções precoces”.

A ISDIN e a Fundação África Directo aspiram que, com o tempo, a capacitação local e o acesso a produtos de fotoproteção tornem desnecessárias as intervenções externas. O objetivo final deste projeto é construir um sistema de cuidados de saúde sustentável, promovendo um futuro sem cancro de pele em Moçambique. Para isso, nesta expedição, a ISDIN, a Fundação África Directo e o Ministério da Saúde de Moçambique assinaram uma aliança para maximizar o impacto de futuras expedições.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 26 de novembro

  • ECO
  • 26 Novembro 2024

Ao longo desta terça-feira, 26 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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La Española lança Olimole, o primeiro guacamole feito com azeitonas

  • Servimedia
  • 26 Novembro 2024

Este “dippeo” combina tradição e inovação ao substituir o ingrediente principal deste clássico mexicano, o abacate, por outro ingrediente tão enraizado na gastronomia espanhola: as azeitonas.

Por esta razão, a empresa explica que “o novo produto, que dá um toque mediterrânico ao guacamole, mantendo a essência da sua textura e sabor, é um compromisso com o autóctone”. Com este novo produto, que pode ser encontrado na prateleira refrigerada ao lado do guacamole, La Española indica que se junta à tendência crescente de consumo de “snacks cada vez mais saudáveis para aperitivos, ao mesmo tempo que oferece uma visão diferente de uma receita que está totalmente integrada na sociedade espanhola. Desta forma, oferece uma nova alternativa saudável para o aperitivo, mantendo o seu compromisso com as azeitonas, um dos produtos locais por excelência em Espanha.

“Olimole é o guacamole local. O objetivo é oferecer aos consumidores uma alternativa ao guacamole tradicional, acrescentando o toque mediterrânico característico da nossa gastronomia: as azeitonas. Na sua cuidadosa preparação, Olimole inclui ingredientes como alho, cebola, sumo de limão, sal e coentros, jalapeño, que fazem lembrar o típico guacamole. O elemento diferencial está nas azeitonas, um produto local e a marca da casa La Española”, disse Sergio Alberola, diretor-geral da La Española.

A empresa acrescenta que 90% dos consumidores que experimentaram a receita Olimole a consideram “um produto único”, de acordo com um inquérito realizado pela agência de estudos de mercado Origin Insights para a La Española. Neste mesmo estudo, 75% dos consumidores destacam principalmente o intenso sabor a azeitona, bem como a sua textura cremosa e suave. Do mesmo modo, 90% consideram-no “um produto local”.

A Espanha é um dos principais consumidores de snacks na Europa, gastando 57,5 euros per capita por ano, de acordo com o relatório “A country of snacking”, produzido pela Sigma Alimentación. Para além deste valor, existe um interesse crescente por alternativas saudáveis: 14,8% da população está interessada em seguir uma dieta saudável, de acordo com a empresa de consultoria Kantar.

Nesse sentido, Alberola afirma que “a crescente preferência por opções saudáveis no consumo de snacks é uma tendência clara no mercado. As azeitonas são um snack que tem persistido ao longo do tempo por inúmeras razões. Para além do seu sabor caraterístico e das suas propriedades antioxidantes, é um produto consumido em todo o país, sendo muito representativo da nossa cultura a nível local e global. Por esta razão, decidimos dar um passo em frente e integrar o nosso produto estrela, a azeitona, num formato inovador”.

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Marca territorial tem de ser “claramente democrática”, mas “cada vez mais numa perspetiva concorrencial”

A ideia foi defendida por Carlos Coelho, especialista em marcas, no debate "Marketing Territorial e como Promover com Sucesso uma Autarquia", com os autarcas Hugo Luís (Mafra) e João Leite (Santarém).

“Marketing Territorial e como Promover com Sucesso uma Autarquia” decorreu no Local Summit, no CCB, e juntou Carlos Coelho (fundador da Ivity Brand Corp), Hugo Luís (presidente da Câmara Municipal de Mafra) e João Leite (presidente da Câmara Municipal de Santarém). Foi moderado por Carla Borges Ferreira, diretora executiva do +M.

Atualmente, não há uma “diferença fundamental” entre aquilo que é uma marca comercial e uma marca territorial, sendo que hoje as marcas comerciais estão sujeitas a um escrutínio a que não estavam no passado e ao qual as marcas territoriais sempre estiveram sujeitas, entende Carlos Coelho, presidente da Ivity Brand Corp e especialista em marcas. Mas, uma marca comercial pode, de facto, ser “mais autocrática”, enquanto uma marca territorial tem de ser “claramente democrática”, o que diferencia as possibilidades de ação entre ambas.

A marca territorial tem de ser capaz de se afirmar tendo em consideração as sensibilidades e os públicos, mas cada vez mais numa perspetiva concorrencial”, alerta Carlos Coelho. Segundo o especialista em branding, uma marca territorial assenta em três fundamentos básicos — a história, a geografia e a cultura –, que são “o que define um território”, sendo “muito importante alinhar a estratégia de futuro com a identidade“.

Vejo muitas vezes que se está a tentar inventar e esquecemo-nos dos princípios básicos que nos distinguem. E esses princípios básicos muitas vezes estão em extinção, caíram em desuso“, diz dando como exemplo práticas artesanais, mas são essas as “grandes soft skills que valorizam o país”, defendeu.

Segundo Carlos Coelho, é preciso olhar para os “canhões da Nazaré”, ativos que sempre estiveram presentes, e não estar à espera de validação estrangeira, como aconteceu precisamente com a Nazaré. Mesmo assim, “é preciso escolher os melhores ângulos na promoção“, referiu, lembrando que foi possível tirar uma foto à onde gigante onde se apanhava o farol, o que permitiu dar escala à onda na fotografia e, portanto, mais impacto. “É preciso parecer para ser. Não basta ser. A qualidade intrínseca não é suficiente, temos de lutar pela qualidade percebida“, disse, acrescentando que o marketing trabalha em qualidade percebida e não intrínseca.

Vejo muitas vezes que, quando se gasta dinheiro numa marca, isso é feito quase com vergonha. Mas é tão fundamental como outras coisas consideradas mais estruturantes, sob pena de se ter algo ótimo. mas para o qual ninguém olha.

Carlos Coelho

Presidente da Ivity Brand Corp

“No entanto, uma marca é mesmo isso, a qualidade percebida, aquilo que nós dizemos sobre as coisas. É o dizermos que o nosso país vale mais do que o país do lado. Mas, fala-se de marcas ainda como uma coisa supérflua. Vejo muitas vezes que, quando se gasta dinheiro numa marca, isso é feito quase com vergonha. Mas é tão fundamental como outras coisas consideradas mais estruturantes, sob pena de se ter algo ótimo, mas para o qual ninguém olha“, alertou.

As ideias foram defendidas num painel integrado na primeira conferência Local Summit que, além de Carlos Coelho, juntou Hugo Luís, presidente da Câmara Municipal de Mafra, e João Leite, presidente da Câmara Municipal de Santarém, que destacou que o marketing territorial tem de ser encarado enquanto uma “ferramenta fundamental” na promoção dos territórios.

Segundo João Leite, é importante que os municípios promovam os seus componentes positivos para a atração de investimento, talento e também turismo. O autarca referiu ainda que Santarém está a ter o maior investimento privado das últimas décadas – no conjunto de diferentes setores, que vão desde o da saúde, ao hoteleiro ou de comércio –, como consequência da aposta da autarquia na promoção do concelho.

No entanto, “todos os orçamentos em marketing e comunicação [nas autarquias] são sempre residuais”, concedeu o autarca. Com um orçamento de 90 milhões de euros, o investimento que a autarquia de Santarém faz em comunicação e marketing não ultrapassa os 200/300 mil euros anuais, enumerou.

O caso de Mafra “é muito semelhante”, apontou, por sua vez, Hugo Luís, presidente da Câmara Municipal, afirmando que os valores investidos em comunicação e marketing “andam muito próximos dos 200 mil euros”.

Carlos Coelho defendeu ainda que o valor para o país será tanto quanto a sua capacidade de se “desfocar” de Lisboa e do Porto, uma vez que é necessário “olhar para as riquezas que há no resto do país, para atrair pessoas, investimento e turismo”.

O presidente da Ivity Brand Corp apontou que onde há “projetos com mais inteligência” não é em Lisboa e Porto e que os fatores de atração não passam só pelo dinheiro, mas também por ser um sítio onde se quer que os filhos crescem, onde haja “esperança de futuro”. Para isso, estes territórios precisam de ter academia, uma base empresarial multinacional, e um bom pilar social (onde se enquadra a saúde, educação, mobilidade) — ou seja, qualidade de vida, disse.

“O sítio onde mais encontrei esperança de futuro foi em Braga”, exemplificou Carlos Coelho, acrescentando que, na verdade, o país “está salpicado de exemplos fantásticos”.

Se queremos desenvolver o país é preciso apostar numa rede forte de segundas cidades. Em que se vá para outras cidades não porque não se arranja casa em Lisboa, mas porque têm um conjunto de incentivos“, concluiu o presidente da Ivity Brand Corp.

Questionado quanto à forma de possibilitar um passa-palavra dessa “esperança de futuro”, Carlos Coelho disse que isso pode ser feito através de uma ligação à comunicação social, ou com a criação de polos de agregação de municípios para criar promoções fortes, tendo até em conta que, por vezes, as comunidades intermunicipais (CIM) em que estes estão agregados são “casamentos obrigatórios, em que não se respeita a identidade dos municípios”.

Como bom exemplo, Carlos Coelho deu o conjunto dos concelhos de Braga, Barcelos e Guimarães, onde existe um “mapa identitário” para construir, com história, cultura e inovação.

Mafra enfrenta desafio “extremamente grande” de “bipolaridade” entre as marcas Ericeira e Mafra

Começando por referir que, nos últimos 20 anos, Mafra conseguiu duplicar a sua população, o presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hugo Luís, disse que enfrenta o desafio de atrair pessoas – residentes, turistas ou visitantes – mas também, e “acima de tudo”, de criar uma “identidade local forte”.

O município faz ainda face a um desafio “extremamente grande” de “bipolaridade” entre as duas marcas do concelho que são Ericeira e Mafra. Enquanto Ericeira é uma vila muito mais jovem, dinâmica e com uma população emigrante que procura outro tipo de atrações – como o turismo de ondas -, Mafra tem um tipo de cultura muito associada ao Palácio Nacional de Mafra, acompanhada por uma identidade também “muito própria e forte”, explicou.

Temos este desafio de fazer conviver duas marcas, não canibalizando nenhuma e tirando o melhor de cada uma delas“, acrescentou. Estes dois ativos estratégicos permitiram a criação de duas marcas “muito fortes” que possibilitaram a promoção de um concelho que beneficia de estar a 30 minutos de Lisboa, observou ainda.

“Menos cimento e mais conhecimento”

Através da marca e do marketing o objetivo é apostar “no que faz perdurar as nossas políticas” municipais, disse também o presidente da câmara de Mafra, defendendo “menos cimento e mais conhecimento”. E, em Mafra, um grande trunfo passa pelo turismo militar que está a ser trabalhado numa lógica de parceria com o exército português.

Num concelho com obras militares edificadas e uma secular tradição equestre militar, esta aposta no turismo militar pode dar grande visibilidade ao território e atrair mais investimento e turistas, acredita o autarca.

Temos que voltar a trazer o cavalo para dentro das instalações militares, aproveitar este ativo associado ao exército, e potenciar e criar este turismo militar, turismo equestre“, defendeu Hugo Luís. Acresce a oferta gastronómica, o alojamento e proporcionar uma boa experiência ao turista, para que se renda à localidade e queira pernoitar e contribuir para a dinamização da economia local.

Para Hugo Luís, “o marketing não pode ser visto numa logica de curto prazo“, mas sim, de longo prazo para trazer retorno económico, atraindo turismo e investimento.

Touradas é trunfo diferenciador de Santarém

Apesar de admitir tratar-se de um tema “polémico”, o presidente da câmara de Santarém não mostrou dúvidas de que a tauromaquia é um trunfo “diferenciador” do território em relação aos demais do país, atraindo milhares de turistas nacionais e internacionais e criando riqueza e valor na economia local. A prova de que a tourada é um chamariz é a enchente “na maior praça [de touros] do país que a cidade tem”. “Organizamos eventos que atraem o país inteiro” e estrangeiros que pernoitam e criam valor na economia local, assinalou João Leite.

A boa gastronomia, o cavalo e o touro são a marca de Santarém. Tudo isso faz parte do nosso marketing territorial”, destacou o presidente da câmara de Santarém.

João Leite foi perentório em afirmar que “o marketing é investimento”, sustentado no “efeito multiplicador da presença da autarquia em eventos promocionais e no rebranding da marca Santarém”.

O resultado está a à vista: “Tem um efeito multiplicador na atração de mais pessoas que estão hoje a residir em Santarém” que está a crescer acima da média do país e tem cada vez mais investidores, disse.

Acresce a “aposta de fazer de Santarém a capital de gastronomia do país”, pela qualidade da restauração como mais outro chamariz do turismo.

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Autarca de Famalicão acusa APA de atrasar instalação de “um dos maiores portos secos da Península Ibérica”

Mário Passos responsabiliza a APA pelo facto de "um dos maiores portos secos da Península Ibérica" ainda não se ter instalado no concelho, travando a competitividade económica e a criação de emprego.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão não entende o “porquê da demora” da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) em dar um parecer positivo à instalação de “um dos maiores portos secos [terminal de contentores] da Península Ibérica” no concelho. A situação já se arrasta há quatro anos, travando a criação de mais emprego e o aumento da competitividade das empresas da região, assegura Mário Passos.

Em 2019, foi anunciado o investimento de 35 milhões de euros a realizar pela Medway num terminal ferroviário de mercadorias em Lousado, no concelho de Vila Nova de Famalicão, de modo a concentrar ali a carga das empresas do Grande Porto, especialmente das exportadoras, além dos contentores provenientes e com destino aos portos de Leixões e Sines.

Quatro anos depois, o autarca não percebe o porquê de o processo se continuar a arrastar, e culpa a APA por estar a impedir a instalação da empresa, que poderia ser uma mais-valia para o ecossistema empreendedor e inovador que o autarca reclama para a cidade famalicense. Um concelho campeão das exportações no Norte do país e o terceiro no ranking nacional, a seguir a Lisboa e Palmela, sendo este último, note-se, aquele onde está instalada a Autoeuropa. “Eu próprio também não entendo a demora e o porquê”, protesta o autarca, em declarações ao ECO/Local Online.

Recentemente, falámos com o secretário de Estado do Ambiente [Emídio Sousa], que se comprometeu a desenvolver todas as diligências junto do presidente da APA, para que se resolva este problema.

Mário Passos

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

“É um projeto que data já de 2019. Ainda não evoluiu porque a APA não dá o parecer relativamente à possibilidade de se instalar num dado terreno que já está comprado pela Medway”, explica o autarca social-democrata. Aliás, detalha, a agência ambiental alega que “tem que perceber a natureza do terreno, nomeadamente em relação a resíduos de arsénio e outros minerais que o terreno tem, para perceber se é ou não possível” avançar com a instalação deste terminal ferroviário.

Mário Passos já interpelou a APA e até abordou o assunto com o Governo, que se comprometeu a “agilizar” o processo. “Recentemente, falámos com o secretário de Estado do Ambiente [Emídio Sousa], que se comprometeu a desenvolver todas as diligências junto do presidente da APA, para que se resolva este problema”.

O projeto reveste-se de importância tal para o concelho, que o Executivo municipal deu, desde a primeira, todo o apoio à empresa para ali se instalar. Aliás, frisa Mário Passos, a câmara “estimulou e promoveu a vinda daquela empresa para Famalicão, porque ajuda o ecossistema empresarial”. E os proveitos resultantes da futura infraestrutura estendem-se ao resto do país. “Ganha Famalicão, ganha o país. Estamos a falar de um dos maiores portos secos da Península Ibéria que não é para alimentar só Famalicão”, realça.

A empresa [Medway] está a esgotar a paciência.

Mário Passos

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

A liderar a autarquia de um concelho com um forte ADN empresarial, com empresas a dar cartas, como a Continental Mabor, Leica, Primor ou Riopele, Mário Passos quer tornar o território mais atrativo para as pessoas e mais competitivo para o setor empresarial. Além de gerar mais emprego direto e indireto, este projeto vem “aumentar a competitividade das empresas existentes em Famalicão e na região, porque se o preço do transporte é mais barato, obviamente que isso se vai repercutir no preço de produção”, sustenta Mário Passos.

Logo, prossegue, “se o transporte ferroviário é mais barato, obviamente a competitividade territorial aumenta. E depois há ainda questão ambiental”, ajudando o município a alcançar as metas ao nível da descarbonização. “Estamos a falar dos camiões que levam os contentores a um dado sítio e depois são transportados para a Europa e para o mundo, por via ferroviária, e não rodoviária”, assinala.

Perante este impasse, afirma o autarca, “a empresa está a esgotar a paciência“. A Medway, que se assume como o maior operador ferroviário privado de transportes de mercadorias na Península Ibérica, é detida na totalidade pela MSC Rail, uma subsidiária da gigante internacional suíça Mediterranean Shipping Company.

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Conselho Fiscal da Ordem dos Advogados apela a “contenção de despesas”

Perante o orçamento para 2025, o Conselho Fiscal defende que "sejam encetadas medidas de contenção de despesas e de reorganização que promovam um equilíbrio orçamental sem recurso a excedentes".

O Conselho Fiscal da Ordem dos Advogados (OA) defende que o Orçamento da instituição seja equilibrado e que “todas as despesas previstas têm de estar cobertas pelas receitas previsíveis. Assim, deverão ser diligenciadas medidas que garantam que no decurso da execução orçamental, serão efetuados todos os esforços para que se consiga obter um saldo nulo ou excedentário sem a utilização de saldos de tesouraria anteriores”. O Conselho Fiscal recomenda ainda que sejam encetadas medidas de contenção de despesas e de reorganização que promovam um equilíbrio orçamental sem recurso a excedentes de anos anteriores.

A recomendação do órgão liderado por Pedro Madeira de Brito consta do parecer fiscal relativo à proposta de Orçamento previsto para 2025 e constata, ainda, que “os saldos orçamentais agora apresentados são deficitários. Impõe-se, por isso, recomendar que seja dado cumprimento ao previsto no Regulamento Financeiro, o qual estabelece que o Orçamento da OA tem de ser equilibrado que todas as despesas previstas têm de estar cobertas pelas receitas previsíveis. Assim, deverão ser diligenciadas medidas que garantam que no decurso da execução orçamental, serão efetuados todos os esforços para que se consiga obter um saldo nulo ou excedentário sem a utilização de saldos de tesouraria anteriores”, diz o documento, a que o ECO teve acesso.

O Conselho Fiscal manifesta ainda a sua preocupação com os pressupostos orçamentais uma vez que “estamos perante défices orçamentais de natureza estrutural e não pontual que resultam duma previsão de aumento de despesa e diminuição de receita. Esta situação deverá merecer uma análise profunda da estrutura de funcionamento da Ordem dos Advogados, pois a manter-se a diminuição das receitas correntes dadas as alterações introduzidas nos novos estatutos no que diz respeito a inscrições de novos advogados e à eliminação das receitas provenientes das sociedades de advogados e sem previsão de novas fontes de financiamento, os défices orçamentais irão manter-se”, acrescenta.

O que está previsto no Orçamento para 2025?

A OA mantém a intenção de investir na compra de um imóvel para novas instalações, e que “deverá ser financiado na sua totalidade por saldos próprios do Conselho Geral, ao contrário do que foi apresentado no orçamento anterior, em que parcialmente se recorria a financiamento bancário”. O aviso consta das propostas de Plano de Atividades e Orçamento do Conselho Geral para o ano de 2025.

“Por uma questão de prudência, visto não existir data de concretização de aquisição de instalações complementares, mantém-se igualmente neste orçamento a necessidade de aquisição de um imóvel que satisfaça as prementes necessidades da Ordem dos Advogados”, pode ler-se no documento. Esta referência está incluída no capítulo das “despesas de investimento” que incluem a “aquisição de hardware, equipamento eletrónico, software, outro tipo de equipamento ou obras de benfeitoria ou construção” (ver quadro abaixo).

Tal como refere no parecer relativo ao orçamento de 2024, o Conselho Fiscal volta a falar do investimento em imobiliário previsto para 2025. “O Conselho Geral fez uma avaliação sobre as condições (quer em termos de espaço quer em termos de necessidade de reparações urgentes e necessárias) das atuais instalações, tendo concluído que as mesmas são insuficientes para as necessidades e serviços. Esta situação, complementada com a possibilidade do senhorio (Caixa de Previdência) não renovar o contrato de arrendamento do prédio denominado Escadinhas da Barroca”, diz o parecer do Conselho Fiscal. “No entanto, esta aquisição não se verificou em 2024, voltando a ser inserido no orçamento para 2025, mas sem recurso a financiamento bancário, embora sem que exista uma justificação quanto à opção e se os fundamentos e pressupostos da decisão se mantêm. Também o Conselho Regional do Porto contemplou no seu orçamento a aquisição de um imóvel, pelo montante de 2.500.000€, a ser financiado exclusivamente pela utilização de saldos de tesouraria anteriores, previsão que se justifica pela necessidade de o CRP ter novas instalações”.

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