Portugal conquista um ouro, três pratas e cinco bronzes nos prémios ADCE

Bürocratik, Coming Soon, Studio Eduardo Aires, Poets & Painters, Paulo Mariano, José Mendes e Judas conquistaram os troféus para Portugal.

Entre um ouro, três pratas e cinco bronzes, Portugal conquistou um total de nove prémios na 33ª edição dos prémios ADCE. Os trabalhos premiados foram submetidos pela Bürocratik, Coming Soon, Studio Eduardo Aires, Poets & Painters, Paulo Mariano, José Mendes e Judas.

O único ouro foi ganho pela Bürocratik, com a campanha “Made for Nature”, na categoria de “Interactive Design”.

O Studio Eduardo Aires (uma prata e um bronze), e a Judas (dois bronzes) foram os únicos participantes portugueses que conquistaram mais do que um prémio nesta edição.

No caso do Studio Eduardo Aires, este recebeu prata pelo trabalho “Vicente Gajardo“, na categoria “Editorial Design”, bem como um bronze pelo “XXIII Portuguese Government Visual Identity System“, na categoria “Corporate Brand Identity”.

Já a Judas conquistou dois bronzes com o projeto – “Madrasta” – nas categorias de “Corporate Brand Identity” e “Design Logotype”.

Os restantes prémios conquistados por agências nacionais distribuem-se assim por projetos da Coming Soon (uma prata), Poets & Painters (uma prata), Paulo Mariano (um bronze) e José Mendes (um bronze).

No total, Portugal contava com 30 candidaturas entre as 375 finalistas dos prémios Art Director’s Club of Europe (ADCE). Os trabalhos que chegaram à fase final foram submetidos pela Bastarda, Bürocratik, Coming Soon, COMON, Deadinbeirute, Graficalismo, Havas, José Mendes, Judas, Label, Paulo Mariano, Poets & Painters, Stream and Tough Guy, Studio Eduardo Aires, The Walt Disney Company Portugal, This is Pacifica, VML e WYcreative.

Premiados Portugueses:

1 Ouro

  • “Made of Nature“, produzido pela Bürocratik, para a Kōzōwood Industries SA, na categoria “Interactive Design”

3 Pratas

  • “Surfing Through the Odds“, produzido pela Coming Soon para a Betclic e Shutterstock, na categoria “Photography”
  • “Vicente Gajardo“, produzido pelo Studio Eduardo Aires, para a Vicente Gajardo, na categoria “Editorial Design”
  • “Cosmogonia da Identidade“, produzido pela Poets & Painters, para a Poets & Painters editions editions, na categoria de “Editorial Design”

5 Bronzes

  • “All_About_Francis“, produzido pelo Paulo Mariano, para Paulo Mariano, na categoria “Design – Any Other”
  • “Madrasta”, produzido pela Judas, para a Madrasta, nas categorias de “Corporate Brand Identity”, e “Design Logotype”
  • “Arquipélago“, produzido por José Mendes, para a Written by light, na categoria de “Editorial Design”
  • “League of All Leagues“, produzido pela Judas, na categoria de “Live Stunts Brand Activation”
  • “XXIII Portuguese Government Visual Identity System“, produzido pelo Studio Eduardo Aires, para o XXIII governo português, na categoria “Corporate Brand Identity”

Os vencedores foram anunciados na Gala de Entrega de Prémios do Festival ADCE, em Barcelona. Na cerimónia entregaram-se 39 Ouros, 62 Pratas e 94 Bronzes. O Grand Prix deste ano foi para a campanha “Waiting to Live”, da VML (UK), para a NHS Blood & Transplant. A lista completa dos vencedores está disponível aqui.

A edição deste ano contou com 924 inscrições de 24 países europeus.

O Festival do Art Directors Club of Europe (ADCE) visa celebrar o que há de melhor na criatividade europeia e reunir uma variedade de profissionais de diversas áreas que pretendem cultivar mudanças e inovação através da criatividade, servindo o festival como um espaço para a comunidade criativa da Europa se reunir, inspirar e promover a troca de experiências.

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Morreu Manuel Barata Simões, antigo secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes

  • + M
  • 25 Novembro 2024

Manuel Barata Simões foi secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes entre 1998 e 2005. Tinha 83 anos.

Morreu Manuel Barata Simões, secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) entre 1998 e 2005.

“Manuel Barata Simões foi um pilar na história da APAN. A sua dedicação, inteligência e ética moldaram o caminho que seguimos hoje. Perdemos não só um líder, mas também um mentor para todos os que tiveram o privilégio de trabalhar consigo“, afirma Ricardo Torres Assunção, atual secretário-geral da APAN, na nota que comunicada o falecimento de Manuel Barata Simões.

“Durante a sua liderança, Manuel Barata Simões desempenhou um papel determinante no fortalecimento da associação e na promoção de práticas éticas e eficazes no setor de comunicação e publicidade em Portugal. O seu compromisso com a indústria, aliado à sua visão estratégica, deixou uma marca indelével que ainda hoje serve de inspiração a todos os que trabalham nesta área“, escreve a associação que representa os anunciantes.

Manuel Barata Simões tinha 83 anos.

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A estrear a posição de diretor de marketing da Visa em Portugal, João Seabra, na primeira pessoa

O diretor de marketing da Visa elege como grande desafio estar mais perto das novas gerações. Com 40 anos, João Seabra "preza muito" o tempo em família, adora viajar e é "muito sportinguista".

João Seabra foi o primeiro responsável pelo marketing da Visa em Portugal, posição que estreou há cerca de seis anos. Tendo “basicamente criado” a função em 2018, o profissional acumulou, três anos mais tarde, também o mercado espanhol.

E mesmo por, desde o início, não ter tido um comparativo, esta tem sido uma “jornada de aprendizagem“. “O ecossistema de pagamentos em Portugal não tem nada a ver com o de Espanha, França ou Polónia. É muito difícil replicar o que é feito lá fora. É óbvio que há coisas em comum, mas na sua essência é preciso muito conhecimento local e tenho vindo a desenvolver essa função“, explica em conversa com o +M.

Entre as principais diferenças em termos de pagamentos entre países, Portugal dispõe de uma grande e “à cabeça”, que é a de haver um competidor doméstico — a marca Multibanco. “Na maior parte dos países, as marcas de pagamento são Visa, Mastercard ou American Express, e em alguns países há um concorrente doméstico, nacional. Em Portugal esse concorrente é o Multibanco, que faz parte da SIBS e não só oferece concorrência à Visa em termos de cartões, mas também a outros níveis e isso, logo à partida, faz com que Portugal seja um mercado bastante diferente dos outros”, acrescenta.

Em termos de comunicação, a Visa atua em Portugal através de três grandes áreas. Por um lado, a marca trabalha com o objetivo de garantir que os níveis de awareness e preferência são “aqueles que historicamente a Visa sempre teve”.

“Num mundo que muda e altera, com novas gerações que pensam e executam de maneira diferente, é importante garantir a relevância da marca Visa. E neste campo, em Portugal, trabalhamos muito a associação ao futebol feminino, que é uma associação que aparentemente pode parecer forçada mas que tem tudo a ver com os valores e ADN da Visa”, como os da aceitação e inclusão, diz.

Em segundo lugar, o departamento trabalha “objetivos de negócio”, garantindo que o “marketing é um motor de crescimento” para o mesmo. Um exemplo passa pelo esforço que foi feito para garantir que o contactless passava de uma “tecnologia praticamente desconhecida e inutilizada para uma tecnologia predominante”, algo que era “estrategicamente importante” para a Visa, tendo a sua utilização passado de 8% – quando João Seabra entrou na empresa – para mais de 80% atualmente.

Um terceiro pilar passa pelo trabalho que é feito em conjunto com outras instituições financeiras, bancos, fintechs ou comerciantes — no fundo, os clientes da Visa, que é na prática uma empresa B2B e que não tem contacto com o consumidor final fora do âmbito da comunicação. “Estas campanhas com outras instituições financeiras visam, basicamente, trabalhar objetivos comuns. Portanto, se o negócio dos bancos, de uma fintech ou de um comerciante crescer, a Visa também beneficia, pelo que trabalhamos muito campanhas de co-marketing, sempre neste âmbito de garantir que se usam mais pagamentos digitais, com mais frequência, porque são melhores, mais rápidos e mais seguros”, detalha o diretor de marketing.

Mas eu diria que o desafio mais diferente em que a Visa tem trabalhado — e eu creio que este é um desafio que grande parte das marcas que já têm umas boas dezenas de anos de mercado está a sentir — é o de estar mais perto das novas gerações“, avança ainda João Seabra.

Tal “requer um trabalho muito profundo, muito detalhado, porque as novas gerações (geração Z e geração alfa) pensam diferente, falam com uma linguagem diferente e consomem de uma forma completamente distinta da nossa”, descreve o profissional, atualmente com 40 anos.

“A grande novidade ou diferença para o que temos vindo a fazer até aqui tem a ver com a forma como vamos ou estamos a começar a comunicar, tendo em conta aquilo que as novas gerações querem e procuram. Isto significa estarmos em meios completamente diferentes – –a Visa já há algum tempo que não tem trabalhado televisão, e dentro do mundo digital faz cada vez menos tradicional — pelo que estamos já a falar noutros meios como o Discord ou o Twitch, e a tentar beber um pouco dos valores e da forma de pensar destas novas gerações para entrarmos nas suas conversas”, refere.

Toda a nossa forma de comunicação, de uma perspetiva mais de marca, está pouco a pouco a ser alterada para conseguirmos penetrar nestas novas gerações de uma forma relevante e não sermos apenas mais uma marca que utiliza o TikTok de uma forma tradicional“, acrescenta.

Na verdade, no entender de João Seabra, em Portugal ainda há “caminho a percorrer no digital”, tendo em conta que ainda há “muita mentalidade de offline e de marketing digital mais tradicional, de Google e redes sociais”.

“Temos que nos adaptar de uma forma muito mais rápida, de ser muito mais contextuais, de aprender muito melhor aquilo que são os valores e ideias destas novas gerações — desde a criação do conteúdo até onde e como aparecemos. Temos de ser mais inteligentes na forma como comunicamos com estas gerações, coisa que não tenho visto em Portugal, sinceramente. Tem sido feito um esforço, mas acho que ainda há um grande caminho a percorrer“, acrescenta.

Liderando uma equipa de 14 pessoas, entre os dois países (Portugal e Espanha), João Seabra trabalha na Visa por alinhamento internacional com o grupo Publicis, pelo que a nível de planeamento de meios trabalha com a Starcom e, a nível criativo, com a Publicis. Já em termos de eventos, a marca trabalha com a NIU.

Mas o marketing não foi um percurso óbvio para João Seabra, que começou por tirar Gestão de Empresas, por nunca ter sentido “grande vocação direcionada para nada em concreto” e um pouco pela influência que tinha em casa (o pai era empresário e a irmã tirou gestão). Além disso, considerou que Gestão de Empresas era um curso que lhe permitiria “manter em aberto” aquilo que seriam as suas opções profissionais no futuro.

Foi ao longo do curso que começou a perceber, pelas notas mas também pelo interesse que tinha nas disciplinas de marketing, que era no marketing que queria trabalhar. O facto de ter feito Erasmus no Canadá e de ter contactado com o tipo de ensino norte-americano — “que é muito mais prático e com mais recurso a case studies” — reforçou também o seu interesse pela área de marketing.

Depois do curso concluído, começou a trabalhar para a Samsung, onde esteve durante dois anos como gestor de produto. Daí passou para a Beiersdorf (dona da Nivea), onde assumiu a responsabilidade transversal a toda a empresa na área digital, naquela que era ainda uma “fase muito embrionária do mundo digital”, e onde trabalhava sobretudo canais próprios e Google.

Tendo em conta que sempre teve vontade de ter uma experiência no estrangeiro, João Seabra aproveitou depois o convite que surgiu para ir trabalhar para a Sony, onde desenvolveu a sua “primeira e única” experiência na área comercial e de vendas “puras e duras”. Começou em Lisboa e transitou para Madrid e, posteriormente, para Londres.

Entre os três países, esteve pouco mais de seis anos e meio na Sony, após os quais ingressou na British American Tobacco, onde trabalhou durante 10 meses. No entanto, a propósito da doença de um familiar, decidiu regressar a Portugal, regresso que, de qualquer das formas, também já estava nos seus planos depois de sete anos a viver no estrangeiro. Foi nessa altura, então, que surgiu a oportunidade da Visa.

Atualmente vive em Campo de Ourique, Lisboa, com a mulher e as três filhas, de sete, seis e dois anos. Na juventude, embora tenha nascido em Lisboa, foi aos três anos viver para a “pequena aldeia” de Valada do Ribatejo, no concelho do Cartaxo, onde esteve até aos nove anos, altura em que mudou de casa, mantendo-se na mesma no distrito de Santarém, mas indo para Vale de Santarém.

Reflexo dessa vivência no Ribatejo, mas também de uma paixão do pai que depois passou para os filhos, João Seabra fez equitação e saltos de obstáculos durante muitos anos. Na verdade, começou aos cinco anos e só parou aos 21, tendo feito muitas competições, maioritariamente em Portugal, mas também no estrangeiro. “Não posso dizer que era profissional, mas era o mais perto de um profissional que um amador pode ser“, recorda.

Atualmente, tem quatro coisas que preenchem praticamente 100% do seu tempo livre. Em primeiro lugar, “preza muito” passar “tempo de qualidade” com a família e amigos. Além disso, o desporto — que é onde “organiza as as suas ideias” — ocupa também um lugar de destaque no seu tempo livre, correndo três ou quatro vezes por semana e participando, “a nível muito amador”, em trails e corridas.

As viagens, “não só pelo enriquecimento que proporcionam mas enquanto something to look forward to”, são também uma paixão de João Seabra. O diretor de marketing da Visa e a mulher já tinham definido a ambição de fazerem quatro viagens – à África do Sul, à Austrália, ao Brasil e à Califórnia (EUA). A todos estes locais já colocaram um “check”, à exceção da Califórnia, que vão visitar em abril.

Existe ainda uma quarta “paixão” que “basicamente agrega os três pontos anteriores, que é ser muito sportinguista”. “Viajo bastante atrás do Sporting e passo muito tempo com os meus amigos e isso permite-me também desconectar do mundo profissional e ter o meu tempo de lazer”, diz João Seabra. A recente saída de Rúben Amorim de treinador do Sporting “foi mais do que dolorosa”, mas já fez as pazes interiormente e com o próprio, sendo que neste momento diria que é “mais um adepto do Manchester United”.

João Seabra em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A campanha “1000 songs in your pocket” para o lançamento do iPod em 2001. Simplicidade com eficácia máxima. A nível nacional, acho que me teria divertido a fazer a famosa campanha das estantes Ikea.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Priorizar projetos ou investimentos.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

Profissionalmente, a minha equipa: desde como tirar o melhor rendimento até garantir que estão bem e motivados. Pessoalmente, a minha família.

4 – O briefing ideal deve…

Nivelar o nível de conhecimento entre agência e cliente, ao mesmo tempo que define e estabelece de forma clara e concisa os objetivos e entregáveis.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Percebe rapidamente e acompanha os objetivos do cliente, é ágil, rápida, criativa e proativa.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Se olharmos de um ponto de vista mais tático, sempre arriscar. Do ponto de vista mais estratégico ou de longo prazo, diria que há outros valores mais importantes.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Seguiria a mesma linha do que faço hoje, mas com menos restrições e prioridades. Tentaria fazer melhor e com outra escala, mas sempre com o mesmo objetivo: ser um, ou o, motor de crescimento da empresa.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

A publicidade é muito criativa, embora com muito caminho a percorrer no mundo digital.

9 – Construção de marca é?

Um processo estratégico e contínuo de longo prazo, que envolve muita consistência, paciência, envolvimento de toda a empresa e ser muito fiel ao ADN da marca.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Desde que fosse na área do desporto, tenho a certeza de que seria feliz.

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Euribor a três meses desce para menos de 3%

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que baixou para 2,985%, continuou acima da taxa a seis meses (2,711%) e da taxa a 12 meses (2,416%).

A Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde março de 2023 e dezembro e outubro de 2022, respetivamente, e no prazo mais curto para menos de 3%. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,985%, continuou acima da taxa a seis meses (2,711%) e da taxa a 12 meses (2,416%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou esta segunda-feira para 2,711%, menos 0,059 pontos e um novo mínimo desde 30 de dezembro de 2022. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, baixou esta segunda-feira para 2,416%, menos 0,073 pontos do que na sexta-feira e um novo mínimo desde 05 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou esta segunda-feira, ao ser fixada em 2,985%, menos 0,037 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 21 de março de 2023.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Orçamento da União Europeia para 2025 aumenta 1,8% para 193 mil milhões de euros

O acordo celebrado pelo Conselho da União Europeia e o Parlamento Europeu para o orçamento do próximo ano assume uma "margem" de 800 milhões de euros para permitir "reagir a necessidades imprevistas".

O Conselho da União Europeia deu luz verde ao orçamento anual da União Europeia (UE) para o próximo ano, após um acordo alcançado com o Parlamento Europeu a 16 de novembro.

O texto conjunto estabelece compromissos totais de 192,8 mil milhões de euros e pagamentos de 149,6 mil milhões de euros para o próximo ano, excluindo as dotações previstas para instrumentos especiais fora do quadro financeiro plurianual (QFP) 2021-2027. Trata-se e um aumento de 1,8% dos compromissos e de 4,9% dos pagamentos face ao orçamento deste ano.

De acordo com um comunicado publicado esta segunda-feira, o orçamento total para 2025, incluindo os instrumentos especiais, ascende a 199,4 mil milhões de euros em compromissos e 155,2 mil milhões de euros em pagamentos. “Uma margem de 800,5 milhões de euros foi mantida disponível sob os limites de despesa do atual QFP, permitindo à UE reagir a necessidades imprevisíveis”, refere o Conselho da UE.

“Estou satisfeito por termos chegado a um acordo sobre o orçamento da UE para 2025”, revelou Péter Banai, ministro de Estado húngaro e principal negociador do Conselho para o orçamento da UE de 2025, notando que foi conseguido manter “uma margem financeira suficiente para responder a circunstâncias imprevistas, tendo em conta o atual contexto económico e geopolítico.” Este é o quinto orçamento anual sob o atual QFP, que vigora até 2027.

O processo envolveu negociações intensas entre o Conselho e o Parlamento Europeu, com a Comissão a atuar como mediadora, que remontam a 12 de julho com a produção do primeiro rascunho do orçamento para o próximo ano.

O Parlamento Europeu tem agora 14 dias para aprovar formalmente o acordo alcançado em 16 de novembro. Uma vez aprovado por ambas as instituições, a adoção do orçamento será declarada como oficial.

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Penafiel torna-se o sétimo destino da neerlandesa Zeeman em Portugal

A concorrente da Primark prepara-se para abrir a sua sétima loja no mercado nacional. A multinacional soma 1.335 lojas, espalhadas por oito países. Em Portugal, já está em sete cidades.

Depois de abrir a primeira loja em Matosinhos no ano passado, a multinacional neerlandesa Zeeman, especializada em vestuário e produtos têxteis básicos, continua a apostar no Norte de Portugal. Desta vez, a concorrente da Primark escolheu Penafiel, mais concretamente o Penafiel Retail Park, para abrir a sétima loja.

A abertura da nova loja em Penafiel é mais um passo importante na nossa expansão” no país, afirmou a regional manager da Zeeman Portugal. “Esta é mais uma nova localidade para a Zeeman, na qual vamos, como sempre, fazer todos os possíveis para nos aproximarmos da comunidade e contribuir positivamente para a economia local, oferecendo produtos básicos de qualidade acessíveis a todos”, afirma Eunice Rodrigues, em comunicado.

A abertura da nova loja em Penafiel é mais um passo importante na nossa expansão em Portugal.

Eunice Rodrigues

Regional Manager da Zeeman Portugal

A inauguração está agendada para o dia 28 de novembro e vai contar com a presença de Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel. Em Portugal, a multinacional conhecida pelos preços baixos está presente em Matosinhos, Gaia, Porto, Paços de Ferreira, Braga, Póvoa de Varzim e agora Penafiel.

A multinacional neerlandesa dispõe de uma vasta gama de produtos, desde vestuário para adultos e crianças, collants e meias, têxteis de cama, banho e cozinha, roupa interior, lingerie e pijamas. Também comercializa produtos não têxteis, como acessórios domésticos e produtos de limpeza.

A Zeeman abriu portas em 1967 nos Países Baixos e hoje contabiliza 1.335 lojas espalhadas por oito países, onde assegura ter mais de 70 milhões de clientes. Além dos Países Baixos, está na Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo e, desde 2023, em Portugal.

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12% dos jovens portugueses acumulam estudos e trabalho. É menos do que a média da UE

Portugal tem a nona menor taxa da UE de jovens que acumulam estudos e trabalho. É nos Países Baixos que se encontram mais jovens nessa situação, a par da Dinamarca e Áustria.

Quase 12% dos jovens portugueses que estão a estudar têm também, em paralelo, um emprego. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, a taxa de trabalhadores estudantes registados em Portugal está abaixo da média comunitária, e muito longe dos campeões europeus. Nos Países Baixos, por exemplo, mais de sete em cada dez jovens estudantes também trabalham.

“Em 2023, 25,7% dos jovens europeus (com idades entre os 15 e os 29 anos) estavam empregados durante a sua educação formal. Enquanto 71,4% mantiveram-se fora da força de trabalho, 2,9% estavam disponíveis para trabalhar e a procurar ativamente um emprego (ou seja, estavam desempregados) enquanto estudavam”, informa o gabinete de estatísticas, numa nota.

Em comparação, em 2023, 11,7% dos jovens estudantes em Portugal tinham um emprego, enquanto 2,9% estavam desempregados e 85,4% estavam fora da força de trabalho. Ou seja, a taxa de trabalhadores estudantes registada em Portugal é inferior à média comunitária e é mesmo a nona mais baixa da União Europeia, conforme mostra o gráfico abaixo.

Ora, de acordo com o Eurostat, há diferenças significativas entre os Estados-membros. Nos Países Baixos, 74,5% dos jovens que estudam também trabalham, na Dinamarca 52,6% dos jovens estudantes estão nessa situação e na Áustria essa taxa é de 46,2%.

“Em contraste, a Roménia (2,3%), a Eslováquia (5,8%) e a Hungria (6,1%) registaram as fatias mais baixas, entre os países da União Europeia“, sublinha o Eurostat.

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25 de novembro foi “passo importante no caminho da liberdade e democracia”, diz Marcelo

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

A Assembleia da República assinalou, pela primeira vez, o 25 de novembro de 1974. Recorde as principais intervenções nas celebrações que decorreram esta segunda-feira no Parlamento.

O Parlamento comemorou esta segunda-feira os 49 anos do 25 de novembro de 1975, com uma sessão solene que seguiu o modelo da cerimónia dos 50 anos do 25 de Abril e que motivou críticas da esquerda.

A sessão solene contou com intervenções de todos os partidos com representação parlamentar, com exceção do PCP, que não marcou presença. Discursaram ainda o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, cabendo a intervenção final, à semelhança do que acontece na sessão solene do 25 de Abril, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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Contratos portuários existentes também podem alargar prazo até aos 75 anos

O alargamento do prazo máximo das concessões portuárias para 75 anos aplica-se tanto a novos contratos, como a contratos existentes. Contratos nunca podem ultrapassar 75 anos, mesmo com prorrogações.

O alargamento do prazo máximo das concessões portuárias de 30 para 75 anos vai incluir contratos em execução e novos contratos, sendo que a fixação do prazo será sempre determinada “em função do período de tempo necessário para amortização e remuneração” do investimento. Os contratos podem ser prorrogados, mas nunca podem ultrapassar o prazo máximo agora estabelecido, de 75 anos.

A alteração às concessões do serviço público de movimentação de cargas em áreas portuárias publicada esta segunda-feira em Diário da República, que vem alargar o prazo máximo das concessões, “é aplicável aos contratos de concessão portuárias, em execução ou a celebrar, e aos procedimentos de formação de contratos iniciados ou a iniciar”, clarifica o decreto-lei.

“O contrato de concessão é outorgado por prazo determinado estabelecido em função do período de tempo necessário para amortização e remuneração, em normais condições de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário, não podendo ser superior a 75 anos”, acrescenta o mesmo documento.

À semelhança do que acontece hoje, os contratos podem ser prorrogados, “com fundamento na necessidade de assegurar a amortização e remuneração, em normais condições de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário”, mas “o prazo inicial da concessão acrescido de eventuais prorrogações não pode ultrapassar o prazo máximo de 75 anos“.

O alargamento do prazo das concessões portuárias para 75 anos era um projeto que já vinha do anterior Executivo e que foi aprovado em conselho de ministros no passado dia 17 de outubro e recebeu luz verde do Presidente, já este mês.

O decreto-lei refere que esta alteração pretende equiparar o prazo máximo de duração das concessões dos terminais portuários de uso privativo com as concessões públicas, assim como permitir ao setor nacional competir “com regimes jurídicos externos e concorrenciais que permitem prazos de concessão mais adequados à captação de investimento“, refere o decreto-lei.

“É essencial proceder à harmonização das regras aplicáveis quanto ao prazo das concessões portuárias de serviço público, incentivando o investimento e a renovação das infraestruturas, possibilitando que o setor portuário nacional concorra em condições de igualdade no mercado internacional, com benefícios para as exportações e para o desenvolvimento do País”, remata o documento.

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Portugal é o 5º país da UE com menor aumento de despesas com prestações sociais

Despesas do Estado com prestações de proteção social aumentaram em todos os países da União Europeia entre 2022 e 2023. Portugal é dos que registou das menores subidas.

As despesas do Estado com prestações de proteção social aumentaram em todos os países da União Europeia (UE) entre 2022 e 2023, com Portugal a registar a quinta menor subida, de acordo com dados do Eurostat divulgados esta segunda-feira.

Os dados preliminares do organismo de estatística europeia indicam que, em 2023, a despesa total com prestações de proteção social na UE subiu 6,1% em comparação com 2022, para 4.583 mil milhões de euros.

Os maiores aumentos entre 2022 e 2023 foram registados na Eslováquia, com um aumento de 18,9%, a Polónia, com uma subida de 18,4%, e a Hungria, com um avanço de 15,2%, enquanto os menores aumentos foram registados na Dinamarca (+2,3%), Itália (+3,5%), Estónia (+3,8%).

Fonte: Eurostat

Entre os países da UE para os quais são publicadas estimativas de 2023, as despesas com prestações de proteção social em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) foram mais elevadas em França (31,3% do PIB), Finlândia (31,2%) e Áustria (29,7%), enquanto foram mais baixas na Irlanda (12 %), Malta (13,2%) e Estónia (15,3%).

As prestações de velhice e de doença/cuidados de saúde representaram a maior fatia das prestações de proteção social em todos os países da UE.

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Clima empresarial na Alemanha piora em novembro

Os recentes dados do Ifo revelam um "cenário económico sombrio na Alemanha", com uma deterioração das expectativas nos setores da indústria, serviços e construção.

O ambiente económico na Alemanha continua pouco otimista. Os mais recentes dados do índice IFO, que mede o clima empresarial na Alemanha, revelam “um cenário mais sombrio para as empresas.”

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Ifo apontam para uma queda de 0,92% das expectativas dos empresários este mês, com o índice Ifo a passar de 86 pontos em outubro para os atuais 85,7 pontos, ficando inclusive abaixo das expectativas dos analistas, que apontavam para os 86 pontos, e para o valor mais baixo desde janeiro.

Esta queda é atribuída principalmente a uma avaliação mais negativa da situação atual das empresas, ao mesmo tempo que as expectativas para o futuro também sofreram uma ligeira deterioração. “A economia alemã está a debater-se com dificuldades”, refere Clement Fuest, presidente do instituto IFO em comunicado.

Fonte: Instituto Ifo.

Os números revelam que no setor industrial o clima empresarial piorou, com as empresas a expressarem ceticismo relativamente aos próximos meses, embora “mostrem estarem ligeiramente mais satisfeitas com a situação atual”, destaca Clement Fuest,

No setor de serviços, o clima empresarial caiu significativamente. “As empresas avaliam a situação atual como significativamente pior” e “as expectativas também foram mais pessimistas”, refere ainda o presidente do instituto Ifo.

No sentido contrário permanece o setor do comércio que, segundo o relatório, apresenta sinais ligeiramente mais positivos, com as empresas a avaliarem melhor a sua situação atual e a demonstrarem menos pessimismo quanto ao futuro, tanto no retalho como no comércio por grosso. No entanto, apesar desta melhoria relativa, “o sentimento das empresas continua longe de ser positivo”, sublinha Clement Fuest.

No setor da construção, “o clima empresarial deteriorou-se visivelmente”, destaca o relatório. Clement Fuest refere que as empresas mostraram-se menos satisfeitas com a atualidade do ambiente de negócios e as expectativas voltaram a ser mais céticas.

Este cenário geral reflete uma economia que enfrenta desafios significativos em vários setores, com um ambiente de negócios marcado por incertezas e dificuldades persistentes.

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Centeno considera que planos para abdicar das normas de Basileia “não vão resultar”

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

"Suspeito que uma decisão dos Estados Unidos de abandonar estas regras não vai resultar. A Europa não deveria estar numa situação dessas”, avisa o governador do Banco de Portugal.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, disse que qualquer tentativa dos Estados Unidos para pôr de lado o reforço das regras de capital bancário irá correr mal, apelando para que a Europa não arrisque seguir esse caminho.

A Europa deve implementar [o Acordo de] Basileia III, a menos que seja contraproducente”, afirmou o banqueiro, numa entrevista à Bloomberg (acesso pago) em Londres.

Centeno, que é também membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), suspeita que “uma decisão dos EUA de abandonar estas regras não vai resultar“. “A Europa não deveria estar numa situação dessas”, considerou.

As normas de Basileia III, introduzidas na sequência da crise financeira de 2008, têm como objetivo garantir que os bancos têm capital suficiente para cobrir os riscos que enfrentam e promover a transparência e práticas bancárias sólidas.

A aplicação das regras deveria acontecer em todos os países do mundo em simultâneo, mas alguns, como os EUA, estão a decidir os seus próprios prazos e alteraram algumas das medidas, o que levou os bancos a queixarem-se de potenciais desvantagens.

Na semana passada, o Financial Times revelou que alguns altos responsáveis políticos do BCE defendem a publicação de um estudo que mostra que os requisitos de capital para os grandes bancos da União Europeia aumentariam numa percentagem de dois dígitos se fossem sujeitos às normas regulamentares norte-americanas, de modo a contrariar as pressões do setor bancário no sentido de suavizar a aplicação das novas regras por Bruxelas.

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