Administração propõe a dissolução da Cofina

  • ECO
  • 18 Novembro 2024

Antiga dona do Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Record e Sábado vai propor a dissolução daquela sociedade na próxima assembleia geral de acionistas.

O Conselho de Administração da antiga dona do Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Record e Sábado vai propor aos acionistas a dissolução da empresa na próxima Assembleia Geral Anual de 2025.

No comunicado divulgado esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), lê-se que “o Conselho de Administração da Cofina, SGPS, S.A. informa que, por deliberação tomada em reunião daquele órgão, será proposta aos acionistas da Sociedade, na Assembleia Geral Anual de 2025, a dissolução com partilha imediata da sociedade“.

“Os termos da proposta serão objeto de estudo e análise de modo a que sejam salvaguardados, na máxima extensão possível, os interesses de todos os acionistas”, adianta ainda a nota.

A decisão surge na sequência de uma redução de capital, deliberada em Assembleia Geral, e na qual foram distribuídos acionistas de 11,2 milhões de euros em ações, pondo fim à atividade da sociedade liderada por Paulo Fernandes. No comunicado emitido a 1 de julho, foi anunciado que o capital social da empresa “foi reduzido de 41.026.334,40 euros para 4.102.633,60 euros, na sequência da amortização de ações”.

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Da dívida aos custos, o que correu bem e mal nas contas da TAP

A companhia aérea encaminha-se para o terceiro ano consecutivo de lucros, beneficiando do crescimento das receitas. Mas nem todas as rubricas evoluíram de forma positiva.

A TAP apresentou esta segunda-feira as contas dos primeiros nove meses, que já incluem os meses da época alta de verão. Os lucros aproximaram-se dos 120 milhões de euros, mas ficaram aquém do registado no ano anterior.

Veja onde as contas evoluíram positivamente e o que as penalizou.

A correr bem

Receitas de manutenção com aumento expressivo

A TAP transportou mais 1,5% de passageiros nos primeiros nove meses deste em relação ao mesmo período de 2023, contribuindo para que a companhia mantenha o crescimento das receitas verificado desde a pandemia, embora a um ritmo mais reduzido (2,8%).

Este ano, há um negócio que está a correr particularmente bem à transportadora portuguesa: a manutenção de aeronaves. As receitas desde segmento crescem 40% este ano, para 165,5 milhões, pesando 5,1% no total. Já a receita de carga e correio baixou 10%.

Aumento da capacidade e da taxa de ocupação

Apesar de ter uma frota limitada a 99 aeronaves, por imposição do plano de reestruturação, a TAP tem conseguido aumentar o número de lugares-quilómetro oferecidos (ASK), substituindo aeronaves mais antigas por outras mais recentes e com maior capacidade. De tal forma que o ASK está já acima dos níveis de 2019, antes da pandemia

 

Outro indicador onde a companhia portuguesa tem registado uma evolução favorável é na taxa de ocupação, que subiu para 82,9% nos primeiros nove meses deste ano, também já acima de 2019.

Custos operacionais

Os gastos operacionais da TAP cresceram 4,4% para 596,1 milhões, mas o aumento foi atenuado pela descida de 5,3% nos custos operacionais de tráfego, num contexto em que a atividade cresceu. A companhia explica a poupança com o menor recurso ao aluguer externo de aeronaves e redução no custo com irregularidades de voo, como cancelamentos e atrasos, com a melhoria da pontualidade.

Positiva foi também a evolução dos custos com combustíveis, que desceram 2,4%, com a TAP a fazer a cobertura de risco para 41% do jet fuel consumido.

Redução expressiva da dívida

A TAP manteve a tendência de descida da alavancagem financeira. O endividamento líquido no final de setembro era de 491 milhões de euros, menos 24% do que há um ano e quase metade do que no final de 2019.

No fecho do terceiro trimestre, o endividamento líquido era equivalente a 2,3 vezes o EBITDA (resultados antes de encargos com juros e impostos, depreciações e amortizações), caindo face ao final de dezembro de 2024 e forma significativa face ao último antes da pandemia.

A companhia aérea tem vindo também a melhorar a sua posição de liquidez, com o dinheiro em caixa a crescer 153,7 milhões para 943,1 milhões no final de setembro.

A correr mal

Custos com pessoal

O aumento dos gastos operacionais da TAP deve-se, em grande medida, ao aumento de 31,8% nos custos com pessoal face aos primeiros nove meses de 2023. Um incremento que se deve ao fim dos cortes salariais, que a melhoria dos resultados permitiu levantar, bem como aos gastos associados aos novos contratos coletivos de trabalho.

Este aumento dos encargos com pessoal levou uma subida ligeira dos custos por lugar-quilómetro, para 7,11 cêntimos, o que compara com 6,22 cêntimos em 2019, antes do forte aumento da inflação registado em 2022 e 2023.

Erosão na receita por passageiro

O aumento da oferta de capacidade pelas companhias aéreas colocou uma pressão sobre o preço dos bilhetes em vários mercados, conduzindo a uma diminuição da receita por passageiro e quilómetro voado. A TAP não escapou a essa tendência e viu a chamada yield descer 4% no seu principal mercado internacional, a América do Sul (Brasil), na África e Médio Oriente (-4%) e na América do Norte (-2%). A única exceção foi a Europa, onde o indicador cresceu 5%.

Um dos desafios assumidos pelo CEO da TAP é o aumento da receita por passageiro, indicador em que a companhia europeia fica abaixo das pares europeias. A yield é já substancialmente superior à que se verificava antes da pandemia.

Margem de rentabilidade encolhe

O resultado operacional recuou 9,6% para 338,1 milhões, ou 5,7% se for considerado o resultado recorrente, com o aumento dos gastos a pesar nas contas. A margem de rentabilidade operacional caiu 1,4 pontos percentuais.

Perdas cambiais

O resultado líquido da TAP nos primeiros meses diminuiu 85% para 118,2 milhões de euros. Além da quebra de 35,8 milhões no resultado operacional, as contas foram penalizadas por 40 milhões de euros em perdas cambiais, relacionadas sobretudo com a desvalorização do real. No mesmo período do ano passado, as diferenças de câmbio tinham gerado um ganho de 33,8 milhões.

 

 

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G20. Lula apela a nova governança global e diz que “globalização neoliberal fracassou”

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

"O uso indiscriminado do veto torna o órgão refém dos cinco membros permanentes", disse o presidente brasileiro sobre o Conselho de Segurança da ONU.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, apelou esta segunda-feira aos membros do G20 que alterem as instituições internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU, e afirmou que a “globalização neoliberal fracassou”.

“A omissão do Conselho de Segurança tem sido ela própria uma ameaça à paz e à segurança internacional. O uso indiscriminado do veto torna o órgão refém dos cinco membros permanentes”, afirmou o chefe de Estado brasileiro, durante a abertura da sessão de líderes sobre a reforma das instituições internacionais.

“A estabilidade mundial depende de instituições mais representativas. A pluralidade de vozes funciona como vetor de equilíbrio”, sublinhou. O chefe de Estado brasileiro defendeu ser necessário rever regras e políticas financeiras que, na sua opinião, “afetam desproporcionalmente os países em desenvolvimento”.

“O serviço da dívida externa de países africanos é maior que os recursos de que eles dispõem para financiar sua infraestrutura, saúde e educação”, criticou Lula da Silva. Dessa forma, Lula da Silva voltou a apelar para a criação de um imposto global para os super-ricos, citando dados encomendados pelo Governo brasileiro ao economista francês Gabriel Zucmane, os quais indicam que, se os cerca de 3.300 bilionários do mundo pagassem o equivalente a 2% da sua riqueza em impostos, poderiam ser arrecadados anualmente entre 200 e 250 mil milhões de dólares.

O Presidente do Brasil recordou a crise financeira mundial de 2008, afirmando que “o ímpeto reformador foi insuficiente para corrigir os excessos da desregulação dos mercados e a apologia do Estado mínimo”. “Naquele momento, escolheu-se salvar bancos em vez de ajudar pessoas. Optou-se por socorrer o setor privado em vez de fortalecer o Estado. Decidiu-se priorizar economias centrais em vez de apoiar países em desenvolvimento”, criticou.

“A globalização neoliberal fracassou”, disse, apelando uma vez mais para a alteração das instituições internacionais. Lula da Silva tem reivindicado a presença de países do chamado Sul Global no Conselho de Segurança da ONU e reformas das instituições financeiras como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Organização Mundial do Comércio (OMC).

Para além dos representantes dos países membros plenos do grupo, mais a União Europeia e a União Africana, no Rio de Janeiro encontram-se representantes de 55 países ou organizações internacionais, entre os quais Portugal – país convidado pelo Brasil –, representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, Angola, representado pelo seu Presidente, João Lourenço, e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O G20 é constituído pelas principais economias do mundo. A presidência do Brasil termina no final do mês, passando em dezembro para a África do Sul.

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Scholz recusa enviar mísseis Taurus a Kiev mas vai fornecer quatro mil drones sofisticados

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

Os mísseis Taurus de longo alcance só poderiam ser usados se os alemães assumissem a responsabilidade pela pilotagem dos alvos. "Isto é algo pelo qual não posso nem quero ser responsável", diz Scholz.

O Governo alemão reiterou esta segunda-feira a recusa em fornecer mísseis Taurus de longo alcance solicitados pela Ucrânia contra a Rússia, mesmo após a luz verde de Washington a Kiev para usar armas semelhantes, mas vai entregar quatro mil drones sofisticados.

Para Berlim, os mísseis Taurus de longo alcance só poderiam ser utilizados se os alemães também assumissem a responsabilidade pela pilotagem dos alvos, justificou o chanceler Olaf Scholz, em conferência de imprensa à margem da cimeira do G20 no Rio de Janeiro. “Mas isto é algo pelo qual não posso nem quero ser responsável”, prosseguiu o chefe do Governo alemão, defendendo que a entrega dos mísseis “não seria correta”. Olaf Scholz tem recusado o fornecimento de Taurus, que têm um alcance superior a 500 quilómetros, argumentando com o risco de escalada de tensão entre a Rússia e o Ocidente.

Mas a luz verde anunciada no domingo pelos Estados Unidos a Kiev para a utilização de mísseis norte-americanos de longo alcance contra a Rússia trouxe o assunto de volta. Após meses de hesitação, a administração do Presidente cessante, Joe Biden, tomou esta decisão poucas semanas antes de o republicano Donald Trump chegar ao poder.

Olaf Scholz já não vai mudar a sua posição, de acordo com o gabinete do chanceler alemão, que enfrentará eleições no início de 2025 e apesar da posição contrária de várias forças políticas do seu país. O antigo ministro da Defesa britânico Ben Wallace criticou duramente a recusa da Alemanha em entregar à Ucrânia mísseis com capacidade de atingir em profundidade o território russo.

“Convido o chanceler alemão a reconsiderar a sua oposição algo teimosa e desajeitada à utilização do Taurus, o que o coloca numa posição muito estranha em comparação com os franceses e britânicos”, que têm fornecido mísseis de longo alcance “há mais de um ano” a Kiev, disse Wallace.

Olaf Scholz “fez tudo o que não devia ser feito”, porque “claramente não compreende o que é a dissuasão”, acrescentou o antigo governante, dizendo-se “aliviado” com a ideia de que o chanceler social-democrata abandone em breve o poder. Estão previstas eleições antecipadas para fevereiro na Alemanha e os conservadores estão à frente nas sondagens.

“Olaf Scholz é provavelmente mais adequado para cuidar de um subcomité de uma comissão de planeamento de um conselho municipal do que de um dos maiores países da Europa”, criticou ainda Wallace. Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, anunciou hoje a entrega de quatro mil drones sofisticados a Kiev, que perde terreno quase todos os dias na frente leste para as forças russas.

“São drones controlados por inteligência artificial e que podem desativar as defesas eletrónicas dos drones adversários”, explicou à imprensa. Estas unidades, que serão entregues muito rapidamente, são capazes de atuar num alcance de 30 a 40 quilómetros em território russo e “atacar postos de combate, nós logísticos e outros”, acrescentou.

Berlim anunciou em junho a entrega de milhares de drones à Ucrânia, sem especificar as suas características técnicas. Os drones de alta tecnologia são fabricados pela Helsing, uma empresa europeia especializada em inteligência artificial de defesa que assinou um contrato com o Ministério da Defesa ucraniano em setembro, segundo o diário Bild.

As críticas dirigidas ao chanceler Scholz sobre os Taurus somam-se a já outras e bastante numerosas, incluindo do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, devido à sua conversa telefónica sobre a Ucrânia com o líder russo, Vladimir Putin, na semana passada.

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“Europa está a ficar para trás”, alerta Lagarde. Declínio económico ameaça estado social e investimento

Presidente do BCE alerta, com base no relatório de Draghi, que o declínio económico da Europa vai condicionar investimentos no estado social, no combate às alterações climáticas e na defesa.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) alerta que a Europa não terá capacidade financeira para investir no setor da defesa, combater as alterações climáticas e ainda suportar as prestações do Estado social, a menos que corrija um declínio verificado a nível do crescimento económico.

Num discurso proferido esta segunda-feira, em Paris, e citado pelo Financial Times, Christine Lagarde afirmou que sem políticas económicas arrojadas, a União Europeia (UE) “não será capaz de gerar a riqueza necessária para satisfazer as crescentes necessidades de despesa para garantir segurança, combater as alterações climáticas e proteger o ambiente” tal como o bloco europeu pretende.

Segundo a líder do BCE, o bloco corre o risco de enfrentar “um futuro de receitas fiscais mais baixas e rácios de dívida mais elevados”, realidade que resultaria em “menos recursos para as despesas sociais”.

Ademais, alerta para uma potencial guerra comercial com os Estados Unidos agora que a Casa Branca entra em fase de transição e Donald Trump se prepara para assumir a presidência do país, a 20 de janeiro. Sem abordar diretamente o risco de virem a ser novas taxas aduaneiras às importações da UE e da China, Lagarde sublinhou que a “paisagem geopolítica” está a “fragmentar-se em blocos rivais, onde as atitudes em relação ao comércio livre estão a ser postas em causa”.

"Temos de nos adaptar rapidamente a um ambiente geopolítico em mudança e recuperar o terreno perdido em termos de competitividade e inovação.”

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE)

Os alertas em torno da competitividade e inovação surgem depois de o antigo chefe BCE, Mario Draghi, ter avisado, num relatório enviado à Comissão Europeia de que o bloco europeu está particularmente exposto aos riscos externos, sobretudo numa altura em que uma potencial guerra comercial sobe de tom. Lagarde subscreveu à tese, sublinhando que a Europa é hoje “mais aberta do que os outros”.

Citando diretamente as conclusões do estudo do antigo primeiro-ministro italiano, Christine Lagarde relembrou que apenas quatro das 50 maiores empresas tecnológicas do mundo são europeias”, e que a nível do desenvolvimento e aposta em tecnologias emergentes, nomeadamente, a inteligência artificial, “a Europa está a ficar para trás”.

Assim, a economista recomenda que a Europa se transforme numa “grande economia única, com interesses predominantemente partilhados”, unidos os recursos em áreas como a defesa e a transição ecológica. “Não podemos continuar a olhar para nós como um clube frouxo de economias independentes”, atirou.

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Borrell confirma aval dos EUA a ataques até 300 km dentro de território russo

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

O chefe da diplomacia da União Europeia defende que a Ucrânia deve poder utilizar sistemas militares "não só para parar as flechas, mas para atingir o arqueiro".

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, confirmou esta segunda-feira a decisão dos EUA de levantar restrições à utilização ucraniana de armas de longo alcance que permitem atacar até 300 quilómetros dentro do território russo.

“A administração Biden autorizou a utilização das armas que fornece à Ucrânia até 300 quilómetros dentro do território russo”, disse o alto representante da UE para a Política Externa numa conferência de imprensa após a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, referindo-se à decisão do Presidente norte-americano de permitir que a Ucrânia dispare sistemas ATACMS contra o território russo.

“Não me parece que seja uma distância espetacularmente profunda”, afirmou o político espanhol, que se tornou o primeiro líder europeu a falar especificamente sobre a decisão de Washington, que até agora tinha evitado a confirmação oficial. Borrell não quis entrar em pormenores sobre as razões que levaram Biden a dar este passo ou porque é que a decisão surge após as eleições presidenciais e algumas semanas antes do regresso do republicano Donald Trump à Sala Oval.

O Alto Representante sublinhou que a Ucrânia deve poder utilizar sistemas militares “não só para parar as flechas, mas para atingir o arqueiro”, mas descartou uma decisão unânime da UE, reiterando que cabe a cada Estado-membro decidir as condições das armas que fornece a Kiev.

A decisão de Washington foi revelada no domingo pelos meios de comunicação social norte-americanos, após mais um fim de semana de ataques russos em grande escala e mortíferos contra a Ucrânia, depois da confirmação da mobilização de milhares de soldados norte-coreanos para combater ao lado das tropas de Moscovo.

A continuidade do apoio de Washington foi posta em causa durante a campanha da eleição para a presidência de Trump, cujas declarações levaram a Ucrânia a recear que pretenda forçar o fim dos combates à custa de concessões inaceitáveis para Kiev. A Rússia ameaçou hoje adotar uma “resposta apropriada” no campo de batalha no caso de a Ucrânia disparar mísseis norte-americanos de longo alcance contra o seu território, após luz verde de Washington sobre a sua utilização.

“O uso de mísseis de longo alcance por Kiev para atacar o nosso território significaria a participação direta dos Estados Unidos e dos seus satélites (…), bem como uma mudança radical na essência e na própria natureza do conflito”, declarou a porta-voz da diplomacia de Moscovo em comunicado. No texto, Maria Zakharova adverte que “a resposta da Rússia neste caso será apropriada e será sentida”.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se. As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.

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Diretor do SNS confirma abertura de inquérito sobre morte de homem no hospital de Coimbra

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

Um homem foi encontrado morto nas urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra no dia 10 de novembro, depois de mais de 10 horas à espera.

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) confirmou esta segunda-feira a abertura de um inquérito ao caso do homem encontrado morto nas urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), revelado no sábado.

Antes de sabermos que foi uma falha, é preciso saber o que é que se passou e foi aberto um inquérito para perceber o que se passou. Nós temos sempre de saber as coisas que correram menos bem, [se há] espaço para melhorar, mas precisamos de perceber exatamente o que é que se passou”, disse António Gandra d’Almeida, antes de uma visita ao Hospital de Portimão, no distrito de Faro.

Segundo revelou no sábado a RTP, o homem foi encontrado morto nas urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra no dia 10 de novembro, depois de mais de 10 horas à espera. A vítima, que se sentiu indisposta depois de ter ingerido cogumelos que tinha apanhado, deslocou-se ao Centro de Saúde de Tábua em 9 de novembro, tendo sido transferida ao início da tarde desse dia para Coimbra, onde esperou horas pelo atendimento.

A família, que pretende apresentar queixa, foi informada que o homem teve a chamada alta por abandono por não ter respondido a várias chamadas, mas o paciente acabou por ser encontrado sem vida na urgência cerca das 05:30 da madrugada do dia seguinte, dia 10. Esta segunda, o diretor executivo do SNS realçou que “é de evitar as coisas que correm menos bem”.

“Quando existem milhares de atendimentos todos os dias nas urgências e que correm muito bem, se calhar devíamos debruçar-nos mais sobre o que corre bem e tentar resolver quando existem coisas que correm menos bem”, acrescentou. António Gandra d’Almeida encerrou no Algarve uma sequência de três visitas a Unidades Locais de Saúde realizadas esta segunda, que arrancou em Santarém (ULS Lezíria) e prosseguiu em Beja (ULS Baixo Alentejo).

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Ministro diz que problema dos não docentes não é apenas salarial

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

"Estamos a fazer um estudo profundo sobre todo o sistema de ação social", desde as bolsas ao alojamento até ao custo de vida do estudante, adiantou ainda Fernando Alexandre.

O ministro da Educação garantiu esta segunda-feira que está a trabalhar numa solução para os problemas do pessoal não docente, relacionados com a questão salarial, mas também de organização, que não foi devidamente acautelada na descentralização de competências.

“Nós estamos muito atentos ao problema do pessoal não docente e estamos a trabalhar na sua resolução. Mas, é um problema que não se resolve de um dia para o outro, porque não é apenas uma questão salarial: é uma questão de organização do pessoal não docente”, disse Fernando Alexandre após uma reunião em Coimbra com a Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP), no dia em que esta organização celebra o 35.º aniversário.

À saída da reunião, que durou quase duas horas, Fernando Alexandre explicou que na descentralização de competências da administração central para os municípios, na área da Educação, o pessoal não docente “não foi devidamente organizado”. “Nomeadamente distinguindo as funções que tem, definindo perfis e definindo a própria formação que esse pessoal não docente tem”, acrescentou.

De acordo com o ministro da Educação, Ciência e Inovação, a resolução para este problema tem de ser encontrada em articulação com as autarquias. “É isso que estamos a fazer e penso que, em breve, poderemos apresentar uma solução para resolver o assunto, que espero seja bem aferida”, referiu.

Sobre o encontro com representantes da FNAEESP, que serviu para “discutir o futuro do ensino superior em Portugal”, Fernando Alexandre informou que os alunos estão muito preocupados com a dimensão da ação social. “Estamos a fazer um estudo profundo sobre todo o sistema de ação social, que nos vai permitir, tendo em conta todas as dimensões que vão das bolsas ao alojamento, àquilo que é o custo de vida do estudante, independentemente da zona da zona onde ele está baseado, podermos ter condições de equidade no acesso ao ensino superior”, disse.

O ministro adiantou que pretende que “nenhum estudante fique excluído do ensino superior por razões económicas” e que sejam garantidas condições para “um percurso de sucesso”.

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Interface da Póvoa de Santa Iria vai ter parque com 665 lugares de estacionamento

  • ECO
  • 18 Novembro 2024

Vila Franca de Xira lança a construção de um parque de estacionamento com 665 lugares no interface da estação ferroviária da Póvoa de Santa Iria, num investimento de cerca de 2,4 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira deu início, nesta segunda-feira, à construção do parque de estacionamento do interface da estação ferroviária da Póvoa de Santa Iria. O projeto conta com um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros e pretende criar 665 lugares de estacionamento.

“Trata-se de mais uma transformação importante numa cidade fundamental na área metropolitana de Lisboa”, refere o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Fernando Ferreira, em comunicado. A obra “requalifica o interface rodoferroviário com todas as condições, promovendo uma ligação mais harmoniosa entre as pessoas e o rio, e reforçando a mobilidade pedonal e ciclável até ao Parque das Nações”.

A empreitada arrancou oficialmente esta segunda-feira, com a assinatura do auto de consignação da obra, feita pelo presidente da câmara. A conclusão está prevista para o primeiro trimestre de 2026.

O município indica que o projeto criará 665 lugares de estacionamento, dos quais 13 reservados a pessoas com mobilidade condicionada, e requalificará o espaço público adjacente à estação. As obras visam também a reorganização das paragens de autocarro, a reformulação da sinalização vertical e horizontal, a instalação de mobiliário urbano, a criação de zonas verdes e árvores em caldeiras, e a reestruturação das redes de drenagem e iluminação pública.

A área intervencionada conta com um total de 22.029 metros quadrados e contém ainda as infraestruturas para futuros postos de carregamento elétrico. As obras vão requalificar também o acesso pedonal à estação de comboios.

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Autarcas do Alto Alentejo aprovam estudos para nova aldeia do Pisão

A Barragem do Pisão tem uma dotação de 141 milhões de euros de fundos europeus, a que se somam mais 10 milhões previstos no Orçamento de Estado. Relocalização da aldeia aprovada por 15 municípios.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) vai lançar um concurso público para o estudo do projeto da nova aldeia do Pisão, no Crato, distrito de Portalegre. A medida foi aprovada “por unanimidade” pelos autarcas dos 15 concelhos da região, durante o último conselho intermunicipal.

A decisão surge na sequência da construção da Barragem do Pisão, também designada de Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, considerado o mais avultado investimento inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta infraestrutura tem uma dotação de 141 milhões de euros e mais 10 milhões previstos no Orçamento de Estado.

A albufeira irá abranger uma área de 10.000 hectares, ficando submersa a aldeia de Pisão, que atualmente conta com cerca de 70 moradores e 110 casas. “A construção da Barragem do Pisão provocará a submersão da totalidade da atual aldeia do Pisão, que obriga ao realojamento da população e à construção de uma nova aldeia, uma das vertentes que requer maior acompanhamento e atenção”, refere a CIMAA.

A construção da Barragem do Pisão provocará a submersão da totalidade da atual aldeia do Pisão, que obriga ao realojamento da população e à construção de uma nova aldeia.

Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA)

Depois de a CIMAA ter adjudicado a obra para a construção da rede de infraestruturas primárias da Barragem do Pisão a um consórcio ibérico, terá agora lugar a fase da nova aldeia, com novas construções, infraestruturas e serviços, e que irá nascer junto ao lugar do Monte da Velha.

“Este passo demonstra o compromisso do Alto Alentejo com as pessoas, com a população do Pisão e das localidades adjacentes”, assinala o presidente da CIMAA. Hugo Hilário refere ainda que “os interesses dos moradores, a sua qualidade de vida, sempre foram um ponto fulcral neste projeto”, elencando as vantagens inerentes à barragem: a dinamização da economia local, novos postos de trabalho e infraestruturas turísticas.

O Masterplan será apresentado no início de 2025. Em breve será constituída a Comissão de Acompanhamento da Reinstalação da nova aldeia do Pisão (CARNAP) para acompanhar o processo, “garantindo que o mesmo decorre de forma próxima e integrada com a população”, refere a CIMAA.

Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sor, Portalegre e Sousel constituem esta Comunidade Intermunicipal.

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Câmara de Lisboa lança portal orientado para animais de estimação

  • ECO
  • 18 Novembro 2024

O portal “Lisboa.Pet” é lançado esta terça-feira com dicas e informação sobre os serviços municipais. A iniciativa pretende sensibilizar para o bem-estar animal e contra os abusos por si sofridos.

A Câmara Municipal de Lisboa vai lançar nesta terça-feira o portal online “Lisboa.Pet”, dedicado aos animais de estimação. Na plataforma, os lisboetas vão poder encontrar os serviços municipais disponíveis para os animais, dicas e indicações de animais perdidos e encontrados.

“A Lisboa que ambicionamos e que estamos a construir, com uma série de investimentos nesta área e com iniciativas como a do portal Lisboa.Pet, é uma Lisboa que cuida dos seus animais”, refere o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, em comunicado.

Os animais são hoje vistos como membros da família e temos o dever de garantir que vivem felizes ao nosso lado, sentindo-se seguros, protegidos e amados”, acrescenta o vereador Ângelo Pereira, no mesmo comunicado.

A autarquia aponta que o principal objetivo desta iniciativa é sensibilizar os lisboetas para a importância do bem-estar animal, e erradicar práticas como o abandono, os maus-tratos ou situações abusivas contra os animais. Além de disponibilizar informação sobre os serviços municipais e dicas, também terá informações sobre a Casa dos Animais de Lisboa, a LXCras – Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Lisboa, a Quinta Pedagógica dos Olivais e a Provedoria Municipal dos Animais de Lisboa.

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Tribunal de Contas diz que não recebeu contrato de obra da Linha do Vouga

  • Lusa
  • 18 Novembro 2024

“A Infraestruturas de Portugal ainda não remeteu para fiscalização prévia o contrato de renovação da Linha Férrea do Vale do Vouga, entre Espinho e Santa Maria da Feira”, indica o TdC.

O Tribunal de Contas revelou esta segunda-feira que não recebeu para fiscalização qualquer contrato relativo à requalificação ferroviária da Linha do Vouga, apesar de a Infraestruturas de Portugal afirmar que aguarda o visto dessa instituição para iniciar a obra. Em causa está a empreitada de seis milhões de euros anunciada a semana passada pelo instituto das obras públicas para o troço de cerca de 19 quilómetros entre as estações de Espinho e Santa Maria da Feira, ambas no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto.

Nessa altura, fonte da IP indicou à Lusa que ainda não havia data precisa para arranque dos trabalhos, mas que a empreitada seria consignada à empresa FERGRUPO – Construções e Técnicas Ferroviárias S.A. “assim que seja emitido visto prévio pelo Tribunal de Contas”. Esta segunda, quatro dias após essa divulgação, o Tribunal de Contas corrige: “A Infraestruturas de Portugal ainda não remeteu para fiscalização prévia o contrato de renovação da Linha Férrea do Vale do Vouga, entre Espinho e Santa Maria da Feira”.

No mesmo esclarecimento, o referido órgão judicial acrescenta que “só após essa remessa e a subsequente criação do respetivo processo poderá o Tribunal de Contas apreciar o contrato em causa”. A Lusa já pediu reação à Infraestruturas de Portugal, aguardando informação sobre o assunto.

A empreitada ferroviária mencionada pelas duas entidades destina-se a “melhorar a fiabilidade da superestrutura de via e garantir a fiabilidade e a normal exploração” do troço entre Espinho e a Feira – o que implicará procedimentos como “a substituição das travessas e do carril, a realização de desguarnecimento em contínuo e trabalhos de ataque mecânico pesado, tendo como fim a reposição dos parâmetros geométricos de via”.

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