Corretora Verspieren quer crescer 40% as receitas este ano

A corretora liderada por Rogério Dias fez saber que espera um aumento de 40% das suas receitas em comissões para 7 milhões de euros este ano. Em breve anuncia aquisições que já estão fechadas.

A VCS Verpieren espera faturar 7 milhões de euros em comissões este ano, um valor 40% superior ao volume de negócios de 5,023 milhões verificado em 2023. A carteira de seguros deverá ficar acima dos 50 milhões de euros.

Rogério Dias está a gerir o crescimento: Negócios, lojas, recursos humanos, quer duplicar vendas em dois anos.

Novas aquisições de mediadoras estarão na base desse crescimento e Rogério Dias, CEO da Verspieren em Portugal, estima atingir os 8,5 milhões de euros de comissões em 2025. O EBITDA, segundo foi adiantado, já superou os 2 milhões de euros no fecho do terceiro trimestre deste ano, período em que o número de clientes e de apólices duplicou em relação a igual período de 2023.

O reforço da equipa comercial também contou para o atual de número de 70 colaboradores, face aos 38 ativos em 2022. Ainda nesse ano existiam 3 escritórios próprios, número que subiu para os atuais 26 pontos de venda.

Temos mais aquisições fechadas que serão anunciadas brevemente”, comentou Rogério Dias a ECOseguros. Ainda em relação a lojas, a próxima vai abrir no Porto em novembro.

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Nobre apoia musical de Filipe La Féria “A Bela e o Monstro”

  • + M
  • 23 Outubro 2024

Este é o quarto espetáculo de Filipe La Féria que conta com o apoio da Nobre, depois de “Espero por ti no Politeama”, “A Bela Adormecida - O Musical” e de “Laura - O Musical”.

A Nobre é patrocinadora do espetáculo “A Bela e o Monstro – O Musical”, de Filipe La Féria. O objetivo passa por “reforçar o seu compromisso na promoção da cultura“.

“A Nobre tem como missão promover momentos de partilha, seja à mesa ou através de programas diferentes. Ao longo destes três anos, temos reafirmado o nosso compromisso em desempenhar um papel ativo na promoção da cultura, apoiando espetáculos que proporcionam momentos enriquecedores em família. É com entusiasmo que continuamos a apoiar e a fomentar experiências culturais que inspiram e encantam as nossas famílias”, diz Lia Oliveira, diretora de marketing da Nobre, citada em comunicado.

Inspirado no filme do poeta surrealista Jean Cocteau e interpretado por atores, cantores, bailarinos, músicos e acrobatas, o musical visa trazer “uma mensagem que celebra o poder do amor verdadeiro e a transformação que ele pode trazer”, refere-se em nota de imprensa.

O espetáculo está em cena durante os próximos meses no Teatro Politeama, podendo os bilhetes ser adquiridos aqui. Os valores variam entre os 7,5 e os 25 euros.

Este é o quarto espetáculo do Filipe La Féria que conta com o apoio da Nobre, depois de “Espero por ti no Politeama”, “A Bela Adormecida – O Musical” e de “Laura – O Musical”.

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Grupos de media e publicidade querem que Apple suspenda nova funcionalidade do iOS 18

A Apple lançou uma nova ferramenta que permite aos utilizadores eliminar o que não querem ver num site. Grupos de media e anunciantes têm-se insurgido contra a mesma, apelando à marca para recuar.

A funcionalidade “controlo de distração” (distraction control) que a Apple introduziu no navegador Safari do iOS 18, sistema operacional do iPhone, tem causado apreensão entre grupos de media e anunciantes. Esta funcionalidade permite aos utilizadores eliminar seletivamente elementos de um site que não queiram ver enquanto navegam.

Com esta ferramenta, os utilizadores podem impedir que certos elementos do site apareçam, como pop-ups para inscrição em newsletters, banners sobre cookies, políticas de proteção de dados, janelas de login ou mesmo anúncios. Além disso, quando o utilizador voltar a esse site, esses elementos que foram selecionados vão permanecer ocultos.

Quando, ainda em abril, a AppleInsider noticiou que a Apple estava a trabalhar numa ferramenta com inteligência artificial que permitiria aos utilizadores bloquear facilmente anúncios, começaram a surgir diversas dúvidas e receios entre os grupos de media e publicidade.

A News Media Association, do Reino Unido, ou as francesas Alliance Digitale e Alliance de la Presse d’Information Generale, enviaram uma carta dirigida a Tim Cook, CEO da Apple, expressando as suas preocupações, mas tanto o responsável como a a própria marca não responderam. No entanto, no lançamento da ferramenta, a Apple avançou que o “Distraction Control” não iria remover anúncios de forma permanente.

Agora, face à ausência de respostas, um grupo de associações comerciais de origem francesa, que representa cerca de 800 empresas do setor publicitário, resolveu enviar uma nova carta aberta a Tim Cook, reforçando os receios já expostos e apelando à suspensão desta nova ferramenta, refere a BusinessInsider.

O grupo avança ainda que está “a considerar ativamente todos os recursos legais disponíveis”. A carta também foi enviada para vários ministros franceses, à autoridade de gestão da concorrência de França e à Comissão Europeia.

Estas associações também afirmam que, segundo os testes que realizaram, em algumas ocasiões todos os anúncios em determinados sites foram ocultados. Isso representa uma “ameaça existencial ao modelo de publicidade online, que sustenta uma parte significativa da economia da internet”, argumentam.

Na carta, os grupos mostram-se também preocupados com a possibilidade de esta ferramenta poder colocar os proprietários dos sites em risco de incumprimento do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), uma vez que permite “esconder” os pop-ups de consentimento de cookies.

Além disso, é alertado na missiva que, ao permitir que os utilizadores escondam qualquer conteúdo de uma página web, esta ferramenta pode alimentar a “manipulação da informação” e a sua disseminação no online.

A News Media Association, do Reino Unido, também já enviou uma carta à Apple alertando que a ferramenta ameaça a sustentabilidade financeira do jornalismo. No caso do Brasil, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) considerou “extremamente preocupante” esta iniciativa da Apple, segundo Marcelo Rech, o seu presidente, refere o jornal brasileiro O Globo.

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Governo reúne com autarcas de Lisboa para preparar resposta a desacatos

"Tomaremos todas as medidas necessárias para que o direito de manifestação não colida com o direito à paz, à ordem pública e à tranquilidade na mobilidade das pessoas", diz Luís Montenegro.

O Governo vai reunir, esta quinta-feira, com os presidentes de câmara e autarcas da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para “aprofundar a melhor maneira de suster estes episódios de violência [que ocorreram nos últimos dias] e eliminá-los”, anunciou esta quarta-feira, à margem da Cimeira em Faro, o primeiro-ministro. Luís Montenegro está ainda disponível para reunir com as associações dos bairros onde ocorreram os atos de violência, assegurando: “Não vamos pactuar com a violência e o desrespeito com a ordem pública”.

Na sequência dos tumultos e distúrbios que se seguiram à morte de um cidadão por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura, Luís Montenegro comprometeu-se a “dialogar com as autarquias locais e mesmo com a comunidade, com as pessoas e associações representativas das organizações que há no âmbito desta zona geográfica”. O chefe do Executivo pretende “eliminar qualquer foco de tensão e dar garantias de tranquilidade pública e de acompanhamento social para que as pessoas possam viver bem em Portugal, ter um emprego, uma ocupação, acesso à educação”, assinalou o chefe do Executivo.

 

O primeiro-ministro avisou, contudo, que não vai permitir mais desacatos e que as forças de segurança poderão endurecer a atuação. “Tomaremos todas as medidas necessárias para que o direito de manifestação não colida com o direito à paz, à ordem pública e à tranquilidade na mobilidade das pessoas“. Mais, reforçou, as medidas a diligenciar “implicam o que tiver de ser mobilizado para terminar com isto. A violência não é aceitável. As pessoas têm de se convencer que temos de nos respeitar uns aos outros”.

O primeiro-ministro garantiu, por isso, ter “o dispositivo das forças e serviços de segurança mobilizado para não permitir que a violência ganhe à tranquilidade”. Segundo Montenegro, “as pessoas são livres de mostrarem o seu desacordo com acontecimentos ou com políticas públicas ou com reivindicações de natureza social. Não podem é fazê-lo a incendiar carros e autocarros e a colocar em perigo mobilidade dos outros cidadãos”.

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Luis Menezes confirmado como CEO do Grupo Ageas Portugal

  • ECO Seguros
  • 23 Outubro 2024

A ASF acaba de confirmar Luis Menezes como sucessor de Steven Braekeveldt na liderança do Grupo Ageas Portugal. Saiba quais os desafios do novo CEO do 2º maior grupo segurador em Portugal.

Após esta quarta-feira ter chegado a confirmação pela ASF, entidade supervisora do setor, de Luis Menezes como CEO do Grupo Ageas Portugal, importa saber o que vai liderar o sucessor de Steven Braekeveldt à frente do negócio do 2º maior grupo segurador em Portugal. Para o gestor belga, “o histórico do Luis enquanto líder de sucesso e o forte alinhamento com a cultura e valores da Ageas serão impulsionadores de um novo ciclo de crescimento do Grupo”.

Luis Menezes, o CEO confirmado do Grupo Ageas Portugal, será máximo responsável por um negócio de 1,9 mil milhões de euros anuais.

Luis Menezes esteve 18 anos na Unilabs, uma rede de análises médicas com 3 mil funcionários, em mil locais diferentes, e que realiza 250 milhões de atos médicos por ano. Na Ageas, a saúde é uma parte do negócio, o grupo ainda é essencialmente segurador no ramo Vida através das Ocidental e Ageas Vida e, nos ramos Não Vida, através da Ageas Seguros, Médis e Seguro Directo. Tem igualmente a Ageas Pensões, líder em Portugal entre as gestoras de fundos de pensões.

No total, o volume de negócios do Grupo Ageas foi de 1,9 mil milhões de euros em 2023, a que correspondeu uma quota no mercado nacional de 15,2%. Tem 1,8 milhões de clientes, 1.335 empregados e, no final do ano passado, só na Ageas Pensões geria ativos de 6,2 mil milhões de euros.

O grupo Ageas é um conjunto alargado de empresas. A Ageas Seguros, Ageas Vida e Médis são companhias e marcas independentes, mas 100% do grupo, Ainda nesta área existe a Millennium bcp Ageas, em que o banco detém 49% e o grupo a maioria do capital. Esta holding usa a marca Ocidental Vida e detém o exclusivo de venda de seguros aos clientes Millennium.

No entanto, o lema de Steve Braekeveldt foi ir “para além dos seguros” e assim há que gerir a parceria 50/50 com a Associação Nacional de farmácias na Go Far, uma empresa de serviço de saúde digital, e com a família Montellano que detém 15% na Clínica Médis, uma rede de 11 lojas de medicina dentária. A Ageas ainda detém 30% do capital da SPSI, residências pensadas para a terceira idade, em que o grupo José Mello controla 70% do capital.

Ainda como negócios para além dos seguros, Luis Menezes estará atento a empresas detidas a 100% pelo grupo como a Mundo Ageas, um marketplace que acaba de lançar a marca de serviços Livo, a Pétis, empresa de serviços produtos e informações para cães e gatos e na Go Karsag, uma empresa especializada em serviços de assistência relacionados a sinistros.

O Grupo conta também com uma empresa de serviços partilhados e uma longa parceria com a Ordem dos Médicos.

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Montenegro diz que tem “total confiança” em Rangel após incidente com militar

  • ECO
  • 23 Outubro 2024

O primeiro-ministro adiantou que é "uma tonteria andar aqui a criar um caso e achar que o Governo porá em causa a credibilidade e a presença do ministro Paulo Rangel no Governo".

O primeiro-ministro Luís Montenegro adiantou esta quarta-feira que mantém a “total confiança” no ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. Questionado sobre um episódio que terá causado alguma tensão entre o ministro e o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Montenegro fala numa “tonteria” e garante que este caso não irá afetar a credibilidade e a presença do ministro Paulo Rangel no Governo.

“O ministro Paulo Rangel não tem a confiança. Tem a total confiança”, afiançou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas a propósito dos desacatos em Lisboa e questionado sobre notícias que dão conta que Paulo Rangel terá protestado com o militar. “Se há aqui alguém que quer abalar a confiança de Paulo Rangel no governo vá treinando porque há aqui muito que fazer. Não vai abalar a confiança“, reforçou, acrescentando que “há uma audição no parlamento”, na qual “teremos ocasião de fazer esse esclarecimento.”

Acho uma tonteria andar aqui a criar um caso e achar que o Governo porá em causa duas coisas. Em primeiro lugar, a credibilidade e a presença do ministro Paulo Rangel no Governo. Em segundo, à boleia de imprecisões, incorreções em notícias fazer eclodir em Portugal, 44 ou 42 anos depois da revisão constitucional de 1982, aquilo que é a repartição social da responsabilidade do poder político e a sua relação com o poder militar“, referiu.

Montenegro adiantou ainda que “aqueles que querem percorrer esse caminho vão ter que o fazer sozinho e vão ficar a falar sozinhos.”

O PS e o Chega apresentaram esta quarta-feira dois requerimentos para ouvir Paulo Rangel, depois de várias notícias terem apontado para momentos de tensão entre o ministro e o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, o general Cartaxo Alves, durante a receção a repatriados vindos do Líbano no aeródromo de Figo Maduro.

Segundo o Expresso, a 4 de outubro, Paulo Rangel terá protestado com o militar depois de uma repatriada ter feito queixa ao ministro sobre as condições do voo. Num artigo de opinião, também naquele semanário, o almirante António Silva Ribeiro escreveu esta terça-feira que “a postura do ministro pode prejudicar a confiança pública nas instituições democráticas” e indica que o incidente poderia ter “escalado” para “um conflito institucional, o que seria extremamente grave e prejudicial para a democracia”.

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Randstad está a recrutar 400 trabalhadores sazonais por todo o país

  • ECO
  • 23 Outubro 2024

Há 400 vagas sazonais nos setores de retalho, logística e grande distribuição. O objetivo é reforçar as equipas das empresas nas festividades e saldos.

A Randstad anunciou a abertura de 400 vagas para emprego sazonal por todo o país em vários setores. As oportunidades inserem-se na campanha com o mote “Não Poupe no Talento”.

“Esta é uma época desafiante para muitos setores, e o nosso compromisso é oferecer soluções rápidas e eficazes, que simplifiquem o processo de contratação das empresas nestes momentos de aumento na procura”, refere Pedro Empis, diretor de soluções de talento operacional da empresa de recursos humanos.

O objetivo da campanha é ajudar as empresas a reforçar as suas equipas nestes últimos meses do ano, durante a Black Friday, Natal e saldos.

As vagas estão distribuídas pelo território continental e pelos arquipélagos nas áreas de retalho, logística e grande distribuição, em variadas posições, desde operadores de armazém até assistentes de loja.

O recrutamento acontecerá através dos canais online, segundo o comunicado da empresa divulgado aos jornalistas. Ou seja, os interessados podem se candidatar a uma das 400 vagas disponíveis através do site da Randstad, e será, depois, feita uma “triagem rápida” e o agendamento de entrevistas também pela via digital.

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Caso EDP/CMEC: Emails da investigação a Mexia sem rasto. Juiz ordena a sua destruição, decidida em abril

O MP tinha sido notificado para localizar a prova nula para ser destruída. Num despacho enviado pelo juiz, a 15 de outubro, o magistrado insistiu no sentido de saber onde estão os originais.

No dia 18 de abril, o juiz de instrução Nuno Dias Costa decidiu que a principal prova recolhida no caso do processo EDP/CMEC não é válida, já que a apreensão de emails tinha de ser feita com autorização de um juiz de instrução e não meramente por iniciativa do Ministério Público (MP), como aconteceu. Assim, ordenou a destruição de centenas de milhares de emails apreendidos na sede de EDP, em junho de 2017, relativos a comunicações entre António Mexia e João Manso Neto. Mas, até agora, essa prova ainda não foi destruída nem tão pouco se sabe do paradeiro da mesma.

Isto depois de – há um ano – o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ter decidido que essa prova recolhida no caso do processo EDP/CMEC não é válida para o processo, com o mesmo argumento que a apreensão de emails teria de ter sido feita com autorização de um juiz de instrução e não meramente por iniciativa do Ministério Público (MP), como aconteceu. Estas provas eram cruciais para sustentar uma eventual acusação pelo Ministério Público. E que, agora, não vão poder ser utilizados por Carlos Casimiro e Hugo Neto, os magistrados do MP titulares do processo.

O Ministério Público tinha sido notificado para localizar e informar onde estava a prova nula para ser destruída. Num despacho enviado pelo juiz de instrução dias Costa, de 15 de outubro – e a que o ECO teve acesso –, o magistrado insistiu no sentido de saber onde estão os originais. O que significa que os referidos emails ainda não estão destruídos. Destruição essa ordenada por uma decisão transitada em julgado, já que o MP não recorreu. O magistrado vem assim exigir saber onde estão os originais.

Em abril, o juiz de instrução ordenou a destruição da totalidade dos emails apreendidos em junho de 2017 na sede da EDP discordando dos argumentos invocados pelo MP e recusou o pedido do MP para declarar a validade da utilização desses emails, socorrendo-se da decisão do STJ. O juiz ordena, assim, “a destruição de qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos 3.277 emails que foram objeto do despacho judicial”, mas também a destruição de “qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos restantes emails apreendidos aquando da apreensão daqueles 3.277”. E terão de ser os arguidos a dizer que emails consideram que têm de ser destruídos.

Já em setembro – num despacho de 16 de setembro –, o tribunal impôs ao MP que faça prova da exclusão no processo dos emails considerados proibidos pelo STJ, ao pedir “o envio do suporte digital onde se mostram gravados os 3.277 emails (…), bem como os restantes emails apreendidos aquando da apreensão daqueles”.

O Ministério Público (MP) tem até esta quarta-feira para concluir a investigação do processo CMEC/EDP. Os procuradores já tinham pedido um adiamento de um mês para terminar o inquérito, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR), já sob a tutela de Amadeu Guerra, apenas deu 23 dias, período que termina esta quarta-feira. No total, foram cerca de 20 prorrogações de prazo pedidas, só nos últimos sete anos.

Segundo a PGR, o prazo para o encerramento do inquérito tem vindo a ser “sucessivamente prorrogado” e desta última vez foram “invocados constrangimentos, relativos à recente tramitação processual que tem vindo a ser desenvolvida junto do Tribunal Central de Instrução Criminal” que ao órgão considerou já terem sido “ultrapassados”. O processo tem sido marcado por sucessivos adiamentos na sua conclusão, retardando dessa forma um despacho de acusação ou arquivamento. Os últimos três prazos fixados anteriormente foram o dia 30 de abril, 30 de junho e 30 de setembro para a conclusão do inquérito.

As últimas prorrogações de prazos ficaram a dever-se, sobretudo, à presença no processo de 3.277 emails apreendidos aos ex-administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto e cuja apreensão foi anulada em outubro de 2023 por um acórdão de fixação de jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça.

O que é o processo dos CMEC?

Foi há 12 anos que se deu a abertura de inquérito deste processo. O foco da investigação centrava-se nas suspeitas de favorecimento do Governo, na altura de José Sócrates, à EDP.

O caso está relacionado com os CMEC (Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual) e o eventual favorecimento da EDP, no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade. Em causa estão benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos por Manuel Pinho à EDP, entre outubro de 2006 e junho de 2012.

Mexia foi constituído arguido a 2 de junho de 2017, na sequência de buscas à EDP. Tal como Manso Neto, antigo administrador da elétrica, é suspeito de quatros crimes de corrupção ativa e de alegados subornos ao antigo ministro Manuel Pinho (Governo Sócrates), ao ex-diretor-geral da Energia Miguel Barreto e a João Conceição, antigo consultor de Pinho no Ministério da Economia e atual administrador da REN.

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Investigadores de Coimbra ajudam a revolucionar eficiência energética na Europa

  • Lusa
  • 23 Outubro 2024

Investigadores da Universidade de Coimbra estão a participar num programa internacional para melhorar a eficiência energética na Europa.

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) informou, esta quarta-feira, que o Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) faz parte de um “consórcio internacional que pretende revolucionar o panorama da eficiência energética”, apostando em modelos de negócio que valorizem também “a flexibilidade do lado da procura”.

Aquele centro de investigação associado da FCTUC quer contribuir para “o desenvolvimento de novos serviços inteligentes que visam a otimização e redução dos consumos de energia de forma global“.

Na FCTUC, segundo a nota enviada à agência Lusa, a investigação prossegue no âmbito do BungEES – “Building Up Next-Generation Smart Energy Services Offer and Market Up-take Valorising Energy Efficiency and Flexibility at Demand-Side”, um projeto focado “na redução de consumos, mas também na integração de benefícios não energéticos, potenciando ainda mais a eficiência”.

Um dos objetivos iniciais é identificar barreiras, sejam regulamentares, técnicas ou de mercado, que dificultam a aplicação em larga escala de serviços de eficiência energética de forma integrada. Neste âmbito, serão elaboradas recomendações a nível jurídico, financeiro e regulamentar para ajudar a superar estas barreiras e promover um mercado mais competitivo de serviços de energia”, afirmou o investigador do ISR Nuno Quaresma.

O principal foco do projeto é o desenvolvimento de um pacote integrado de serviços de eficiência energética, que combina a eficiência no consumo, a produção de energia distribuída, a resposta à procura, a mobilidade elétrica e o armazenamento.

Nuno Quaresma

Investigador do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

O projeto abrangerá igualmente “as condições regulamentares que podem libertar o potencial total desses serviços, propondo, se necessário, reformas no mercado energético”.

Segundo Nuno Quaresma, citado na nota, “o principal foco do projeto é o desenvolvimento de um pacote integrado de serviços de eficiência energética, que combina a eficiência no consumo, a produção de energia distribuída, a resposta à procura, a mobilidade elétrica e o armazenamento” de energia.

O BungEES deverá integrar diferentes setores energéticos, como a eletricidade, o aquecimento e o arrefecimento, criando “soluções inovadoras de financiamento e recompensa para os consumidores mais eficientes”.

Estamos a criar um modelo de negócio que valoriza a eficiência energética e a flexibilidade do lado da procura, promovendo a comercialização de serviços de energia de forma integrada. Espera-se que este modelo facilite a vida dos consumidores e otimize a operação das empresas de serviços energéticos”, explicou Nuno Quaresma.

Entretanto, ao abrigo do BUNGEES, decorrem outros projetos-piloto em Portugal, Espanha e França, dois deles “em fase de recolha de dados em território português“, destacou.

Em Coimbra, “está a ser testada a gestão integrada de serviços de energia no setor residencial, nomeadamente a automatização do controlo de bombas de calor para climatização, mantendo o conforto dos utilizadores”.

O Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da FCTUC, por sua vez, desenvolve um projeto para “a gestão integrada de diversos serviços, como bombas de calor, carregamento de veículos elétricos, produção solar fotovoltaica e armazenamento de energia em baterias”, disse Nuno Quaresma.

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Albânia recebe mais 920 milhões em investimentos para avançar na adesão à UE

  • Lusa
  • 23 Outubro 2024

Investimentos terão como foco a transição climática. "Não vai ser um desafio para vocês, já que estão na linha da frente desta transição, são vanguardistas", disse Ursula von der Leyen,

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quinta-feira que a Albânia vai receber mais 920 milhões de euros em investimentos da União Europeia (UE) no âmbito do processo de integração no bloco comunitário. Em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, a presidente do executivo comunitário anunciou que os progressos feitos no processo de adesão à UE irão valer mais 920 milhões de euros ao país de investimento europeu.

Estes investimentos, explicou Ursula von der Leyen, terão como foco a transição climática. “Não vai ser um desafio para vocês, já que estão na linha da frente desta transição, são vanguardistas”, completou Ursula von der Leyen. O primeiro pagamento vai ser feito nos próximos dois meses.

A Albânia começou no dia 15 de outubro a etapa seguinte do processo de adesão à UE, depois de cumprir as primeiras reformas estruturais para poder avançar. O processo começou em paralelo com a Macedónia do Norte, mas Skopje não fez progressos suficientes, pelo que Tirana decidiu avançar sozinha. Ursula von der Leyen considerou que neste processo “baseado no mérito, os resultados da Albânia são excelentes”.

A Albânia apresentou a candidatura em 2009 e em outubro de 2012 a Comissão Europeia, durante a presidência de Durão Barroso, recomendou a atribuição do estatuto de país candidato a esta nação dos Balcãs Ocidentais, que só aconteceu em junho de 2014. Oito anos depois, em junho de 2022, a Comissão Europeia disse que ia começar o processo de avaliação dos progressos feitos.

Um ano mais tarde, o executivo de Ursula von der Leyen fez uma avaliação positiva de reformas como o combate à corrupção, preservação do Estado de direito e investimentos estruturais, nomeadamente na transição digital e ecológica.

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Contrato entre Estado e a Binter da linha aérea Madeira-Porto Santo já foi assinado

  • Lusa
  • 23 Outubro 2024

O contrato, após um concurso público internacional, “foi assinado e visado pelo Tribunal de Contas, encontrando-se em vigor desde 19 de outubro”. Encargo será de cinco milhões ao longo de três anos.

O contrato da concessão da linha aérea regular entre a Madeira e o Porto Santo à transportadora espanhola Binter já foi assinado, representando um encargo de cinco milhões de euros ao longo de três anos, revelou esta quinta-feira o Governo. Segundo uma nota do Ministério das Infraestruturas enviada à agência Lusa, o contrato surge após um concurso público internacional que “foi assinado e visado pelo Tribunal de Contas, encontrando-se em vigor desde 19 de outubro”.

Ainda segundo o Ministério, “os encargos resultantes dos serviços a prestar estão avaliados em cerca de cinco milhões de euros ao longo de três anos”. A ligação aérea entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo será assegurada por uma aeronave ATR-72 com capacidade para 72 passageiros, tendo ficado estipulada a obrigação de duas frequências de ida e volta por dia.

“Ao longo do procedimento concursal para o referido contrato, o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH), numa profícua articulação com o Governo Regional da Madeira, e a Binter encontraram sempre soluções para garantir que esta rota nunca deixasse de servir as necessidades da região, mantendo a coesão territorial da ilha de Porto Santo e da Madeira”, lê-se na nota.

A Binter detém a concessão da linha entre as ilhas da Região Autónoma da Madeira desde 2018, com obrigação de serviço público, mas a renovação do contrato esteve dependente de uma ação interposta pela concorrente Sevenair para impugnar o procedimento. Em 05 de julho, foi conhecida a decisão do Supremo Tribunal Administrativo que decidiu pela não-impugnação do concurso público pedida pela concorrente Sevenair.

“Uma vez conhecida a decisão do Supremo Tribunal Administrativo, e tendo sido levantados os efeitos suspensivos anteriormente declarados, mantém-se a decisão de adjudicação à Binter no âmbito do concurso público internacional CP/3582/2022”, disse na altura fonte do Ministério das Infraestruturas, em resposta à Lusa.

O último contrato celebrado entre o Estado e a Binter foi em fevereiro de 2019, após concurso público, com duração de três anos, até abril de 2022, tendo sido entretanto aberto um novo concurso público internacional. No âmbito deste concurso, a Binter, com sede nas Ilhas Canárias, foi declarada novamente vencedora pelo Conselho de Ministros, após avaliação de um júri.

No entanto, a empresa Sevenair, que também concorreu, mas foi excluída, decidiu pedir a impugnação do processo, numa ação interposta contra a decisão do Conselho de Ministros, na qual pedia a anulação da adjudicação e contestava a exclusão da sua proposta. A exclusão da companhia foi justificada pela inexistência de um Certificado de Avaliação da Aeronavegabilidade (ARC) válido da aeronave Dornier 228-200, apresentada como aeronave de reserva, e o incumprimento de obrigações de serviço público estabelecidas no caderno de encargos.

A ação da Sevenair teve efeitos suspensivos sobre o concurso público, o que levou a que o contrato celebrado com a Binter em 2019 tivesse sido sucessivamente prolongado até agora, para que fosse assegurada a prestação do serviço público naquela rota aérea. Uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Administrativo em 6 de junho julgou a ação da Sevenair improcedente, considerando que a proposta da empresa foi bem excluída, dando razão ao Conselho de Ministros e levantando também o efeito suspensivo da ação.

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Floresta perdeu quase 1,4 milhões de hectares para a mineração entre 2001 e 2020

  • Lusa
  • 23 Outubro 2024

As perdas centram-se em 11 países, incluindo a lista, liderada pela Indonésia e pelo Brasil, a Rússia, Estados Unidos, Canadá, Peru, Gana, Suriname, Mianmar, Austrália e Guiana.

A mineração cresceu em flecha desde 2000, causando a perda de quase 1,4 milhões de hectares de área florestal em todo o mundo até 2020, indica um relatório de uma organização ambientalista norte-americana divulgado esta quarta-feira.

O estudo do World Resources Institute refere que quase um terço da área arrasada se encontrava em florestas tropicais antigas e que também foram afetadas áreas protegidas, assinalando que além da degradação do meio ambiente, a mineração leva ainda à deslocação de comunidades locais.

A destruição de árvores naquele período – devido à crescente procura de metais, para telemóveis ou veículos elétricos, e de minerais, como o carvão para gerar energia – libertou na atmosfera o equivalente a 36 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, uma quantidade semelhante à das emissões de combustíveis fósseis da Finlândia em 2022.

Estes números não incluem as perdas indiretas de árvores, devido à construção de infraestruturas relacionadas, como estradas de acesso e instalações de armazenamento, assinala a análise. Os danos nas florestas tropicais são particularmente preocupantes, já que estas são das áreas mais ricas em armazenamento de carbono e em termos de biodiversidade.

A escavação ligada à atividade mineira também agrava as consequências dos desastres ambientais mais frequentes devido às alterações climáticas. As perdas centram-se em 11 países, incluindo a lista, liderada pela Indonésia e pelo Brasil, a Rússia, Estados Unidos, Canadá, Peru, Gana, Suriname, Mianmar, Austrália e Guiana.

Em países como o Suriname, a Venezuela e o Equador, quase dois terços da área florestal destruída era utilizada por comunidades indígenas ou locais. O relatório do World Resources Institute observa que, à medida que abrem novas minas, os mineiros podem melhorar e minimizar os seus danos ambientais.

Para tal, a mineração deve incluir as melhores tecnologias e práticas disponíveis, assim como planos de reabilitação e de vigilância ambiental, recomenda o especialista em sustentabilidade Michael Goodsite, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press.

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