Nobel da Economia foi coautor de artigo sobre Portugal que irritou Teixeira dos Santos e chegou aos tribunais

Simon Johnson, um dos galardoados com o Nobel da Economia, tem histórico com Portugal. Em 2010 foi coautor de um artigo sobre a dívida portuguesa que provocou a ira de Teixeira dos Santos.

“O Próximo Problema Global: Portugal”. Foi a 15 de abril de 2010 que no blogue Economix, do The New York Times, Simon Johnson, antigo economista-chefe do FMI e esta segunda-feira um dos laureados com o prémio Nobel da Economia, assinava em parceria com Peter Boone, investigador da London School of Economics, um artigo que iria causa polémica durante anos, chegando até aos tribunais.

O post, ilustrado com uma foto do então primeiro-ministro José Sócrates, provocou a ira do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, que disse no mesmo dia que “num mundo de expressão livre também se podem escrever disparates sem fundamentação sólida, reveladores de ignorância“.

Na base da reação do ministro estava a comparação de Portugal com a Grécia. Os economistas alertavam que “ambos estão, em termos económicos, na vertigem da bancarrota, e ambos parecem mais arriscados do que a Argentina em 2001, quando sucumbiu ao incumprimento”.

Adiantavam que a economia portuguesa teria estado protegida pelo facto de os holofotes dos investidores terem estado centrados na Grécia e que, inevitavelmente, Portugal seria o “próximo no radar” dos mercados. Uma previsão que acabou por se provar fundada nos meses seguintes, com o disparo do custo da dívida portuguesa e o pedido de resgate internacional em maio de 2011.

Leia aqui o artigo publicado por Boone e Johnson em 2010 a antecipar o resgate a Portugal (conteúdo em inglês)

Mas a polémica não ficou limitada a trocas de palavras entre dois economistas e um Governo português sob pressão intensa, acabando por chegar mesmo aos tribunais.

Terá sido um ganho de 820 mil euros com a venda a descoberto de dívida pública portuguesa que levou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a dar o alerta ao Ministério Público. O regulador do mercado português suspeitou que Peter Boone utilizou as publicações em blogues para influenciar o preço das obrigações portuguesas, levado à queda do valor dos títulos que, por sua vez, faria disparar os juros da dívida nacional nos mercados. Após um desses artigos, os juros a dez anos passaram de perto de 4,5% para mais de 6%.

O Ministério Público avançou, a 16 de outubro de 2015, com a acusação. Acusou o economista doutorado na Universidade de Harvard, suspeito de estar associado à Salute Capital, um hedge fund, e outros investidores, do crime de manipulação de mercado.

“Simplesmente ridícula”, diz Johnson

Simon Johnson não foi visado pela Justiça portuguesa, mas a 30 de outubro saiu em defesa do seu coautor. Em declarações ao Público, o ex-economista-chefe do FMI classificou a acusação de Peter Boone de “simplesmente ridícula” e “um absurdo”.

“Os investigadores envolvidos [no inquérito-crime a Peter Boone] deviam estar envergonhados”, sublinhou Simon Johnson.

Simon Johnson durante uma conferência organizada pelo Banco Mundial na Coreia do Sul, em Junho de 2009EPA/JEON HEON-KYUN

Boone foi ouvido pelo juiz. O Tribunal decidiu pela não pronúncia, o Ministério Púbico recorreu, mas, a 21 de junho de 2017, três juízes do Tribunal da Relação confirmaram a decisão de não pronúncia. E no dia 12 de julho desse mesmo ano, a decisão transitou em julgado, ou seja, Boone foi declarado inocente.

Na sequência dessa decisão, Boone declarou que estava muito feliz e aliviado com a conclusão do Tribunal da Relação. “Este processo nunca deveria ter existido. Foi uma caça às bruxas iniciada por uma declaração pública do antigo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que se sentiu ofendido por eu ter questionado algumas das más decisões económicas que ele e os seus pares estavam a prosseguir”, disse, num comunicado em que afirmava preparar-se para processar o Estado Português por “investigação grosseiramente incompetente e negligente conduzida pela CMVM e pelo Ministério Público”.

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Governo com maior margem orçamental em 2025 e 2026 deixa maior ajustamento para fim da legislatura

Governo compromete-se com a Comissão Europeia a um ajustamento orçamental maior em 2027, tendo maior margem na despesa em 2025 e 2026, altura de mais pressão devido aos empréstimos do PRR.

O Governo terá à sua disposição uma maior margem orçamental em 2025 e 2026, concentrando o maior aperto na despesa para a segunda metade da legislatura, com menor pressão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O objetivo está inscrito no Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo, divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia, e que estipula o compromisso de Portugal para as contas públicas nos próximos quatro anos.

Com as novas regras europeias caíram os Programas de Estabilidade e o Plano Orçamental de Médio Prazo passou a ser o documento central nas negociações com a Comissão Europeia sobre os compromissos orçamentais e em matéria de reformas e de investimentos assumidos por um Estado-membro. Após ter sido negociado entre o Ministério das Finanças e o executivo comunitário durante o verão, o plano define qual deve ser a trajetória orçamental que o país deve seguir para reduzir o rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que ainda se situa acima de 90%.

Para averiguar o cumprimento da trajetória passou a existir um indicador fundamental: a despesa líquida, isto é, o valor da despesa pública que exclui juros, medidas discricionárias em matéria de receitas, despesas suportadas por fundos da União Europeia, elementos cíclicos de despesas relativas a prestações de desemprego, e medidas pontuais e outras medidas temporárias. Na prática, os encargos que não resultam da evolução da economia e estão antes sob o controlo dos governos.

De acordo com o plano submetido pelo Ministério tutelado por Joaquim Miranda Sarmento, a trajetória plurianual das despesas líquidas definida pela Comissão Europeia é de em média 3,6% entre 2025 e 2028: em 2025 de 4,1%; em 2026 de 3,6%; em 2027 de 3,4% e em 2028 de 3,3%.

É precisamente a média que o país se propõe a cumprir. Contudo, com uma receita que passa pela despesa líquida a crescer em 2025 e 2026 acima dos valores definidos e em 2027 e 2028 reduzindo-se fortemente. Como o ECO explicou em julho, ao ser calculada como uma média a quatro anos (período do plano) permite que a despesa seja mais elevada em determinado período e no seguinte mais reduzida. Sendo calculada em percentagem do PIB, será também influenciada pelo crescimento da economia.

Assim, o Governo prevê um crescimento da despesa líquida de 5% no próximo ano e de 5,1% em 2026, seguindo-se uma taxa de 1,2% em 2027 e 3,3% em 2028. Com o crescimento potencial projetado, na prática, prevê um maior aperto da despesa e, consequentemente, da política orçamental na segunda metade da legislatura, com 2027 a ser o ano de maior consolidação: 2,7%.

Fonte: Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo

O Ministério das Finanças sublinha que nos próximos quatros anos o esforço orçamental é afetado pela execução de projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), particularmente da componente de empréstimos do MRR, implicando uma deterioração do saldo primário estrutural em 2025 e 2026 e uma melhoria acentuada em 2027. “A correção deste efeito implica uma constante e esforço orçamental positivo no horizonte 2025-2028”, indica.

Segundo a tutela, o perfil de crescimento da despesa corrigido para este impacto está alinhado com o da trajetória de referência. Excluindo a execução de projetos financiados por empréstimos do PRR, “o crescimento anual da despesa líquida diminui consistentemente ao longo do horizonte do Plano (numa magnitude semelhante à Trajetória de Referência)”.

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Seguradoras estimam pagar mais de 17 milhões em indemnizações pelos incêndios de setembro

  • ECO Seguros
  • 14 Outubro 2024

Os dados serão novamente atualizados, mas comércio e serviços sofreram mais prejuízos que habitação. A APS acredita que as participações e prejuízos vão aumentar.

As seguradoras estimam pagar mais de 17 milhões de euros pelas 504 participações de sinistros decorrentes dos incêndios que assolaram o norte e centro do país entre os dias 15 e 19 de setembro, de acordo com os dados provisórios recolhidos pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Das respostas das seguradoras ao inquérito feito pela APS, concluí-se que Aveiro foi o distrito mais afetado pelos incêndios. Registou mais de metade dos sinistros reportados e quase um terço do volume de indemnizações que se estimam ser pagas aos segurados.

O Porto fica em segundo lugar dos distritos mais afetados, quer em número de participações, quer em volumes de perdas.

Quanto ao tipo de seguro que registou maiores prejuízos em termos de montantes destaca-se o seguro multirriscos, tanto de comércio e indústria (que representa 67% dos prejuízos), como de habitação (25%).

Os seguros de acidente pessoais e de trabalho apontam para indemnizações em 800 mil euros. Estes reportam “situações de morte e lesões corporais sofridas por pessoas afetadas por estes incêndios“, lê-se no comunicado da associação.

Os dados serão novamente atualizados. A APS acredita que as participações e prejuízos vão aumentar “com o aparecimento de novas participações e apuramento mais rigoroso dos danos”.

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Qual o impacto das smart cities no setor automóvel? Saiba aqui

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

"Smart cities - Impacto no setor" foi o mote de um dos debates do Outlook Auto.

As smart cities podem trazer vários impactos ao setor automóvel e, para discuti-los, o Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO, juntou dois especialistas numa conversa para apresentarem os desafios e soluções.

Miguel Castro Neto, Diretor da NOVA Information Management School; e Miguel Eiras Antunes, Partner Deloitte, foram os convidados deste painel.

Assista aqui:

 

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Investimentos de Lisboa na mobilidade sustentável aumentam

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

Os investimentos feitos para a mobilidade sustentável na cidade de Lisboa foram apresentados durante a sessão de encerramento do Outlook Auto.

O papel da mobilidade no desenvolvimento urbano e os esforços para que esta seja cada vez mais sustentável na cidade de Lisboa foi o tópico da última conversa do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO.

Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara de Lisboa, foi o convidado desta sessão de encerramento, na qual apresentou todos os investimentos que a cidade tem feito e continuará a fazer nesta área.

Assista aqui:

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Frotas – Um tema do Presente e do Futuro

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

Os desafios das frotas foram um dos temas apresentados durante o evento Outlook Auto.

Vários especialistas reuniram-se num dos debates do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO, para falaram sobre a importância das frotas e os seus desafios.

Gustavo Duarte, CEO dos Transportes Paulo Duarte; João Paulo Leão Pereira, Gestor Grandes Contas Sekurit Service & Glassdrive; e Mário de Morais, Country Manager da Bolt, foram os convidados deste painel.

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Carro: uma Commodity ou uma paixão?

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

O papel do carro no dia-a-dia dos seus utilizadores foi discutido durante a conferência Outlook Auto.

“Carro: uma Commodity ou uma paixão?” foi o mote para o debate que juntou especialistas do setor, no Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO, para falar sobre mobilidade sustentável.

Rita Dória, General Manager Marketing & Customer Experience Division Toyota, e Teresa Lameiras, Diretora de Comunicação e Marca SIVA|PHS foram as convidadas deste painel.

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Turismo bate recordes em agosto com proveitos a ultrapassarem 948 milhões de euros

Os proveitos do turismo subiram 7,8% em agosto. Lisboa continua a ser o motor do setor ao concentrar 15% das dormidas, mas Porto e Ponta Delgada destacaram-se como os municípios com maior crescimento.

O setor do turismo continua a surpreender, com agosto a registar números históricos. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira, os proveitos da atividade turística atingiram a marca histórica de 948,1 milhões de euros, mais 7,8% face ao mesmo período do ano anterior.

Os dados revelados pelo INE revelam um crescimento significativo em todos os indicadores-chave, com destaque para o crescimento homólogo de 5,9% do número de hóspedes que atingiu os 3,8 milhões e para o aumento de 3,8% das dormidas para 10,5 milhões.

Destaque ainda para o crescimento homólogo de 7,7% dos valores cobrados pelas dormidas de todos os hóspedes nos meios de alojamento turístico (proveitos de aposento), que em agosto fixaram em 765,5 milhões de euros.

O INE refere que “o Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,6% dos proveitos totais e 36,4% dos proveitos de aposento), seguido da Grande Lisboa (20,2% e 20,9%, respetivamente) e do Norte (14,4% e 14,5%, pela mesma ordem).”

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) também registou uma evolução positiva, ao apresentar um aumento homólogo de 5% até aos 113,8 euros.

O INE revela ainda que as regiões do Algarve e Alentejo destacaram-se pelo elevado rendimento médio por quarto ocupado (ADR), alcançando um ADR de 205,7 euros em agosto. O Alentejo não ficou muito atrás, registando um ADR de 162,5 euros.

Os números divulgados esta segunda-feira revelam ainda que a capital continua a ser o motor do turismo nacional, com o município de Lisboa a concentrar 15% do total de dormidas, (5,4% do total de dormidas de residentes e 20% de não residentes), 5,2% face ao período homólogo, refere o INE em comunicado.

Entre os municípios com maior número de dormidas em agosto, o Porto e Ponta Delgada merecem menção especial. “O Porto (6,7% do total de dormidas) e Ponta Delgada (1,9% do total) destacaram-se com os maiores crescimentos (+6,9% e +6,5%, respetivamente)”, destaca o INE.

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Mobilidade elétrica: O comportamento do consumidor

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

“O comportamento do consumidor – Fatores de escolha de decisão e os seus influenciadores” foi um dos temas debatidos no Outlook Auto.

Os fatores de decisão dos consumidores dentro da mobilidade elétrica foram discutidos num dos painéis de debate do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO sobre este mercado.

César Barbosa, Vice-Presidente da TUGA, Henrique Sánchez, Presidente Honorário da UVE, Rita Bastos, Diretora-Geral da Glassdrive e Frederico Caetano, Professor no IADE foram os especialistas presentes neste debate.

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Via Verde vai cobrar portagens dos pesados nos Países Baixos por satélite

Consórcio liderado pela Via Verde ganhou concurso europeu para a cobrança eletrónica de portagens de todos os pesados nos Países Baixos. Sistema funciona via satélite.

A Via Verde ganhou um segundo contrato nos Países Baixos. O consórcio Triangle, liderado pela empresa do grupo Brisa, foi selecionado pela autoridade holandesa dos transportes (RDW) para implementar um novo sistema de cobrança eletrónica de portagens para pesados.

O sistema arrancará em julho de 2026 e vai funcionar nas autoestradas e em algumas estradas nacionais e municipais dos Países Baixos, explica a Via Verde em comunicado. Vai funcionar através de um identificador colocado nos veículos, sendo a cobrança feita por satélite. A Via Verde tem como parceiros neste projeto a Ascendi O&M e a Yunex Traffic.

“A adjudicação deste contrato relevante à Via Verde representa mais um passo importante na execução da estratégia de internacionalização do Grupo Brisa, por ter sido uma vitória contra um concorrência internacional muito forte e por ser uma operação nacional num país como os Países Baixos com uma das redes rodoviárias mais sofisticadas do mundo, mas também porque continua a demonstrar a capacidade do Grupo em inovar e estar na vanguarda tecnológica do setor através da A-to-Be, neste caso com a cobrança de mobilidade por satélite”, afirma o CEO da Via Verde, Eduardo Ramos, numa declaração enviada ao ECO.

Todos os camiões que circulem, a partir de julho 2026, nos Países Baixos terão de se registar numa plataforma para depois levantarem o identificador para poderem circular. A portagem será calculada em função dos quilómetros percorridos e da dimensão do veículo”, explica o comunicado.

O contrato tem a duração de 10 anos e pode ser renovado duas vezes por períodos de um ano. O ECO questionou qual o valor do contrato, mas a informação é reservada.

Este será o segundo projeto da Via Verde nos Países Baixos. No final de 2022, a Via Verde anunciou a vitória no concurso para a cobrança temporária de portagens eletrónicas no túnel da A24/Blankenburg, na região de Roterdão, no valor de 16 milhões de euros.

O arranque está previsto para o início do próximo ano. O contrato prevê dois anos de implementação e cinco anos de operação, podendo ser prolongado por mais dois períodos opcionais de dois anos cada. O sistema de cobrança utiliza tecnologia da A-to-BE, a empresa de inovação do Grupo Brisa, que tem uma forte presença nos EUA, com 16 clientes distribuídos por 11 estados no final de 2023.

A Via Verde Portugal registou um crescimento de 10% nas transações em 2023, com a retoma da mobilidade de pessoas e mercadorias.

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Sustentabilidade e Regulamentação. Conheça-a aqui

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

A regulamentação da sustentabilidade foi um dos temas debatidos no Outlook Auto.

“Sustentabilidade e Regulamentação” foi o mote de um dos painéis de debate do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO, dedicado à mobilidade elétrica.

António Cavaco, Diretor do Depto. Económico-Estatístico da ACAP; Débora Melo Fernandes, Partner Pérez-Llorca; Susana Baptista, Diretora de Supervisão na Autoridade da Mobilidade e dos Transportes foram os especialistas presentes no debate.

Assista aqui:

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Agosto com recorde de 7,4 milhões de passageiros nos aeroportos

O mês que marca o pico do verão na aviação trouxe um novo recorde no movimento de passageiros. Transporte de carga aumentou 18,9%.

Passaram 7,4 milhões de passageiros pelos aeroportos nacionais em agosto, um novo recorde, segundo a informação divulgada esta segunda-feira pelo INE. O movimento de carga e correio registou um crescimento de 18,9%.

Em agosto de 2024, aterraram nos aeroportos nacionais 25,1 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a 7,4 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos)”, refere o instituto de estatística. O que representa um crescimento de 3,1% face ao mesmo mês do ano passado e de 2,6% em relação a julho. Em média, registou-se o desembarque de 116,5 mil passageiros por dia.

O Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, com um crescimento homólogo de 1,7% nos passageiros desembarcados e de 2% nos embarcados. Seguiram-se França e Espanha.

Este ano têm sido batidos recordes mensais sucessivos no movimento nos aeroportos, com o número de passageiros transportados a crescer 4,5% nos primeiros oito meses do ano.

O aeroporto de Lisboa continua a crescer, com 23,4 milhões de movimentados entre janeiro e agosto, mais 4,4% do que no mesmo período do ano passado, representando 49,3% do total.

Com 10,7 milhões de passageiros, um crescimento de 5,3%, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro concentrou 22,6% do total de passageiros movimentados. O aeroporto de Faro registou
um crescimento de 2,1% no movimento de passageiros, totalizando 6,8 milhões.

O desempenho positivo estendeu-se ao transporte de mercadorias e correio, que em agosto atingiu as 20,8 mil toneladas, um aumento de 18,9% face a agosto de 2023 e de 18,5% face ao mês anterior. O crescimento acumulado nos primeiros oito meses do ano foi de 14,6%.

(Notícia atualizada às 11h40)

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