KLM e Lufthansa prolongam suspensão de voos para Israel

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

A Lufthansa decidiu prolongar a suspensão dos seus voos para Telavive até 31 de outubro. E a KLM prolongou a suspensão dos voos até ao final do ano.

A companhia neerlandesa KLM anunciou esta terça-feira o prolongamento da suspensão dos seus voos para Israel até ao final do ano, enquanto a alemã Lufthansa prolongará a suspensão dos voos para Beirute até 30 de novembro. “Tendo em conta a situação na região, decidimos prolongar a suspensão dos voos para Telavive até ao final do ano”, declarou a porta-voz da KLM, Elvira van der Vis.

Em agosto, a KLM tinha anunciado a suspensão dos seus voos para Israel até 26 de outubro. Por seu turno, a Lufthansa também decidiu prolongar a suspensão dos seus voos para Telavive até 31 de outubro, sendo que manteve a suspensão dos seus voos para Teerão até 14 de outubro.

“Tendo em conta a situação atual, o Grupo Lufthansa adapta mais uma vez o seu programa de voos”, disse a grupo de aviação num comunicado. Simultaneamente, a sua filial suíça Swiss anunciou a suspensão dos seus voos de e para Telavive até 31 de outubro. Todos os voos de e para Beirute, inicialmente suspensos até 26 de outubro, serão cancelados até 30 de novembro.

O Grupo Lufthansa, que inclui também a Austrian Airlines e a Brussels Airlines, alterou várias vezes o seu horário de voos nos últimos meses devido ao aumento das tensões no Médio Oriente, tal como outras companhias aéreas. Esta última atualização surge numa altura em que Israel está a levar acabo uma operação militar por terra e ar no Líbano.

Na segunda-feira à noite, o grupo Air France-KLM anunciou a suspensão dos voos da Air France e da Transavia para Beirute e Telavive a partir de Paris, pelo menos até 08 de outubro, “devido à situação de segurança no destino”. A retoma dos voos para Beirute, suspensos em 18 de setembro, e para Telavive, retomados em 21 de setembro após uma interrupção de três dias, “continuará sujeita a uma avaliação da situação no terreno”, declarou o grupo Air France-KLM num comunicado de imprensa.

A suspensão dos voos da Air France e da sua filial de baixo custo teve início após a explosão simultânea em todo o Líbano (em 17 de setembro) de bips (dispositivos de comunicação) utilizados por elementos do grupo xiita Hezbollah, uma operação que este grupo atribuiu a Israel.

O exército israelita anunciou hoje o lançamento de uma ofensiva terrestre no sul do Líbano contra o grupo xiita Hezbollah, após uma semana de intensos bombardeamentos que causaram centenas de mortos em todo o país. No entanto, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), posicionada ao longo da fronteira com Israel, afirmou não ter detetado qualquer incursão israelita “até ao momento”.

A ONU alertou para as consequências de uma “invasão terrestre em grande escala” por parte de Israel no Líbano. Os ataques israelitas aumentaram desde meados de setembro e mataram grande parte da liderança do grupo, incluindo o seu secretário-geral, Hassan Nasrallah, que foi morto na semana passada.

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Polígrafo lança “irmão” em África

Com sede em Angola, a estrutura acionista é a mesma do Polígrafo, mas numa empresa autónoma e repartida em partes iguais entre entre n’Gunu Tiny e Fernando Esteves.

Seis anos após o lançamento em Portugal, o Polígrafo lançou uma versão para a África Lusófona. “Investir no mercado da África lusófona tornou-se um passo natural. Editorialmente faz todo o sentido que estejamos presentes, uma vez que temos a convicção de que podemos fazer a diferença em países que lutam com problemas como a falta de literacia mediática ou a existência de democracias ainda em construção”, avança ao +M Fernando Esteves, fundador e diretor do jornal português de fact-checking.

Por outro lado, acrescenta, há a oportunidade de negócio. “Fará sentido limitarmo-nos a trabalhar para um mercado de 10 milhões, quando temos a oportunidade gigante de investir num mercado várias vezes maior? Do meu ponto de vista, a resposta é não”, justifica.

Com uma equipa africana e sede em Angola, o Polígrafo África é dirigido por Maurício Vieira Dias e terá, aponta Fernando Esteves, uma rede de correspondentes em todos os países da lusofonia. A estrutura acionista é a mesma do Polígrafo, mas numa empresa autónoma e repartida em partes iguais entre n’Gunu Tiny e o jornalista, que detém uma participação de 60% no título português.

Lançando em novembro de 2018, Fernando Esteves diz que o Polígrafo Portugal “é hoje um projeto sólido, quer no plano editorial quer no plano estritamente financeiro”. “Desse ponto de vista, julgo que é a prova de que os projetos de média não estão condenados a dar prejuízos sucessivos ou a viver dependentes de apoios estatais”, aponta.

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Pedro Cilínio deixou o IAPMEI e passou para o setor privado

“Fechou-se um ciclo na vida pública”, explicou ao ECO Pedro Cilínio. “Após as funções no Governo e o regresso ao IAPMEI senti que não havia um projeto suficientemente aliciante no domínio público."

O antigo secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, deixou o IAPMEI, onde trabalhou desde 1998 e chegou a dirigir várias unidades. É um ciclo de vida pública que se fecha antes de uma passagem para o setor privado.

Esta terça-feira iniciou funções na CrafGest Consulting, uma empresa especializada em consultoria de gestão, em especial de project finance, que pretende apoiar as empresas a angariar financiamento para investimentos e/ou reestruturações. Para trás ficaram anos de apoio às empresas num organismo público.

“Fechou-se um ciclo na vida pública”, explicou ao ECO Pedro Cilínio. “Após as funções no Governo e o regresso ao IAPMEI senti que não havia um projeto suficientemente aliciante no domínio público depois do que fiz”, acrescentou.

Pedro Cilínio foi a escolha do então ministro da Economia, António Costa Silva, para suceder a João Neves depois das divergências, nomeadamente ao nível da política fiscal que o Governo deveria seguir para as empresas – um debate que marcou as semanas que antecederam a apresentação do Orçamento do Estado para 2023. Mas não foi caso único, pelas mesmas razões Costa Silva afastou Rita Marques de secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, cargo que passou a ser ocupado por Nuno Fazenda.

Mas o próprio teve a mesma sorte dos seus antecessores ao ser exonerado um ano depois (a 13 de novembro de 2023), numa decisão tida por muitos como “surpresa”. Uma exoneração anunciada em simultâneo com a do então ministro das Infraestruturas João Galamba.

Os mais de 25 anos de experiência em avaliação de projetos de investimento, adquirida em várias funções exercidas no IAPMEI e na Aicep vão continuar ao serviço das empresas, mas no privado. Com o cuidado de respeitar as limitações impostas a quem já exerceu funções públicas, Pedro Cilínio classifica a nova etapa como “desafiante”, “para fazer coisas novas” e “aprender”.

A saída de Pedro Cilínio coincide com a entrada de José Pulido Valente a liderança do IAPMEI. O gestor do BCP foi o nome escolhido pelo ministro da Economia, Pedro Reis, para substituir Luís Filipe Guerreiro, que era adjunto de Costa Silva e terminaria o primeiro ano de mandato no dia 14 de setembro.

As mudanças neste instituto público não vão ficar pela presidência, já que a Cresap já abriu concursos para os cargos de vice-presidente e de vogal. Ambos abriram a 2 de julho e encerraram a 15 do mesmo mês, estando agora em fase de avaliação. “Este é um ciclo diferente. É preciso andar para a frente”, diz Pedro Cilínio.

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Irão lança cerca de 200 mísseis contra Israel

A Guarda Revolucionária iraniana assumiu o ataque como represália pelo assassinato de Nasrallah e Haniyeh. Israel promete uma resposta e EUA defendem "consequências severas" para Irão.

Mísseis iranianos atingiram esta terça-feira o território israelita, horas depois de as suas tropas terem entrado no Líbano para combater a milícia Hezbollah, apoiada por Teerão. Os media internacionais apontam para cerca de 200 projéteis, alguns dos quais conseguiram escapar ao escudo de defesa israelita Iron Dome. O exército israelita garante que as explosões, ouvidas no país, são provenientes de interceções de mísseis, cujos fragmentos acabam por cair no território.

Ainda não é claro quais os alvos, as vítimas ou os danos causados pelos mísseis. Na rede social X, a Guarda Revolucionária do Irão confirmou o ataque em represálias pelas mortes do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, e deixa o aviso: “Se Israel reagir, atingi-lo-emos com mil vezes mais força”.

“Em nome de Deus todo-poderoso, em resposta ao assassínio de Ismael Haniyeh, Sayyed Hassan Nasrallah e Abbas Nilforoushan atingimos o coração da entidade ocupante sionista! Se Israel reagir, atingi-lo-emos com mil vezes mais força”, refere a Guarda Revolucionária do Irão.

Já o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, afirmou que “a vitória pertence aos defensores da justiça“. A mensagem foi acompanhada de um vídeo em que o ayatollah Khamenei estava junto de Haniyeh, Nasrallah e Qasem Soleimani, o antigo general responsável pela Força Quds dos Guardas Revolucionários Iranianos, morto no Iraque pelos Estados Unidos em 2020.

Por outro lado, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu afirma que o Irão “cometeu um grande erro e vai pagar por ele”, avança a EFE Noticias.

O espaço aéreo de Israel foi encerrado esta terça-feira e os voos desviados, informou um porta-voz da autoridade aeroportuária, enquanto as sirenes de alerta soavam em todo o país. “O espaço aéreo israelita está fechado. Os voos foram desviados para outros destinos fora de Israel”, declarou o porta-voz num comunicado. Entretanto, o espaço aéreo israelita foi reaberto e o Governo assegura que é seguro a população sair dos bunkers.

Também o Iraque anunciou o encerramento do seu espaço aéreo “por razões de segurança”, segundo a imprensa estatal do país, e a Jordânia suspendeu igualmente o tráfego aéreo, segundo a entidade de aviação civil nacional.

Depois de anunciar esta terça-feira, na rede social X, que os Estados Unidos estão preparados para ajudar Israel a defender-se contra estes ataques e a proteger o pessoal americano na região, Joe Biden ordenou às Forças Armadas dos EUA que abatam os mísseis que o Irão está a lançar contra Israel, avança a EFE Noticias.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou esta terça-feira o ataque “totalmente inaceitável”, acrescentando que “o mundo inteiro” deve condenar a ação de Teerão. E o conselheiro da Segurança interna dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que o ataque terá “consequências severas” para Teerão, sem mais detalhes.

Na Europa, a reação sai a conta-gotas a este ataque, com a palavra de ordem a ser de condenação – em contraste com o silêncio ao longo do dia com a operação de Israel no Líbano. O ministério dos Negócios Estrangeiros alemão condenou, na rede X, “o ataque” iraniano e apelou contra este “escalar perigoso”, que está a arrastar a região para o abismo”.

Já o primeiro-ministro checo Petr Fiala escreveu no X: “Nós estamos com Israel! Como sempre!”

Na Hungria, Viktor Orbán está a rezar “pela segurança do povo israelita nestas horas negras”.

O ministério, tutelado por Paulo Rangel, também condenou “liminarmente dos ataques do Irão a Israel e à sua população civil”. Portugal defende, também através da rede social, que “o Irão deve cessar imediatamente as hostilidades”.

Pela União Europeia, há registar ainda a reação do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que em breve irá ser substituído pelo português António Costa. “Isto é uma ameaça à segurança regional”, escreveu no X.

Também António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, condenou a “escalada” deste ataque e alerta que é “absolutamente” preciso um “cessar-fogo”.

 

O Conselho de Segurança da ONU está em consultas intensas para uma reunião de emergência sobre a situação no Líbano e a escalada na região. A embaixadora da Suíça – país que iniciou esta terça-feira a sua presidência rotativa do Conselho de Segurança -, Pascale Baeriswyl, indicou que ainda não foi marcada nenhuma reunião, apesar de o Irão ter solicitado uma no sábado à noite e de a situação ter piorado desde então.

Contudo, a diplomata admitiu estar convencida de que “mais cedo ou mais tarde” essa reunião terá lugar, previsivelmente antes de 8 de outubro, quando está planeada uma sessão periódica para rever a resolução 1559, datada de 2004, que também se refere ao Líbano.

Na opinião de Baeriswyl, não é necessária nenhuma nova resolução sobre o Líbano, mas sim que as existentes sejam aplicadas, apesar de serem constantemente violadas por todos os atores em conflito e sem consequências. A embaixadora deu como exemplo a guerra em Gaza.

Sobre o ataque desta terça-feira, as forças israelitas já tinham apelado à população para que se preparasse para um eventual ataque iraniano “em grande escala” e que se dirigissem imediatamente para os abrigos em caso de alerta, onde deviam permanecer “até nova ordem”.

Na madrugada desta terça-feira, as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma operação por terra contra o Hezbollah, no território do Líbano. Segundo o exército israelita, os ataques são direcionados apenas ao grupo extremista. Esta invasão acontece alguns dias depois de Israel matar o líder do grupo armado libanês, Hassan Nasrallah, em uma escalada das tensões regionais.

(Notícia atualizada às 21h42)

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PME

Mais de 40% das PMEs já beneficiaram de seguros cibernéticos

  • SegurosPME
  • 1 Outubro 2024

A crescente ameaça de ataques cibernéticos tem levado as PME a procurar soluções que garantam a continuidade dos seus negócios. Em 2023, mais de 40% das PMEs beneficiaram das coberturas digitais.

Os seguros cibernéticos têm vindo a evoluir, oferecendo uma vasta gama de coberturas adaptadas às necessidades das PMEs. Desde a resposta a incidentes e restauração de sistemas até à compensação por interrupção de negócios, as seguradoras disponibilizam opções cada vez mais adequadas a um mercado digital em constante mudança. No entanto, a personalização dos seguros é uma prioridade, sendo essencial que as empresas conheçam as diversas opções disponíveis e as melhores práticas.

O impacto financeiro de um ataque cibernético pode ser devastador para uma PME. Um ataque de ransomware norte-americano, por exemplo, pode custar entre 15 mil e 50 mil euros, de acordo com a Pearl Solutions. Valores que podem levar uma pequena empresa à falência. Com a cobertura adequada, esses custos podem ser suportados pela seguradora, permitindo que a empresa retome rapidamente as suas atividades. Em 2023, Portugal ocupou a 31ª posição entre os países mais afetados por estes tipos de ataques, segundo um relatório da S21sec. Este aumento nos ataques e seus custos representa um desafio significativo para as empresas portuguesas, especialmente aquelas que não implementaram medidas de cibersegurança​. É importante destacar que, em Portugal, as empresas podem contar com serviços de gestão de crises e investigação, que ajudam a mitigar o impacto de um ataque. Um exemplo disso é o caso de uma PME do setor do comércio que, após um ataque, recorreu ao seguro para restaurar os seus sistemas e evitar a perda de dados.

Para as empresas portuguesas, os seguros cibernéticos são uma necessidade imperativa para competirem num mercado digital cada vez mais arriscado. Aumentar a consciência sobre a importância destes seguros e adotar medidas preventivas são passos fundamentais para proteger os negócios. Para isso, os gestores de PMEs devem consultar as suas seguradoras e avaliar as soluções disponíveis, sejam estas personalizadas ou standard.

O que fazer em caso de sinistro

Após um ataque cibernético, especialmente um incidente de ransomware, as empresas têm a obrigação de agir em conformidade com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). Este regulamento impõe uma série de responsabilidades que visam proteger os dados pessoais dos cidadãos e garantir a transparência na gestão de incidentes.

Notificação à Autoridade de Supervisão

Uma das primeiras medidas a serem tomadas é a notificação à autoridade competente, como a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), que deve ser feita sem demora, e idealmente dentro de um prazo de 72 horas após a deteção da violação. Esta notificação deve incluir detalhes sobre a natureza da violação, as categorias de dados afetados e as consequências potenciais para os titulares dos dados.

Avaliação da Violação

É essencial realizar uma análise minuciosa do ataque para determinar a extensão da violação. As empresas devem identificar quais dados foram comprometidos e se houve acesso não autorizado a informações sensíveis. Este passo é essencial não apenas para a conformidade legal, mas também para a proteção dos indivíduos afetados.

Comunicação aos afetados

Se a violação representar um risco elevado para os direitos e liberdades das pessoas, as empresas são obrigadas a comunicar a situação diretamente aos afetados. Esta comunicação deve ser clara e incluir informações sobre o que ocorreu, os dados envolvidos e as medidas que estão a ser implementadas para mitigar os riscos.

Medidas corretivas

Após o ataque, é necessário implementar ações corretivas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro. Isso pode incluir a atualização de software, o reforço das políticas de segurança e a realização de formações sobre cibersegurança para os colaboradores.

Documentação do incidente

É imprescindível manter registos detalhados de todos os procedimentos adotados em resposta ao ataque. A documentação deve incluir as notificações feitas, as comunicações com os afetados e as medidas corretivas implementadas, uma vez que esses registos podem ser essenciais para uma futura auditoria ou investigação pela CNPD.

Estas ações não só asseguram o cumprimento das obrigações legais impostas pelo RGPD, mas também ajudam a minimizar o impacto de um ataque cibernético nas operações e na reputação das empresas. Para mais informações sobre o RGPD e como lidar com violações de dados, consulte a CNPD.

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Ciberataque é o maior risco para as PME

  • SegurosPME
  • 1 Outubro 2024

As pequenas e médias empresas estão a enfrentar uma crescente ameaça de ataques cibernéticos, com os custos globais do cibercrime a ultrapassarem os 6,5 biliões de euros em 2023.

Com 5,5 mil milhões de utilizadores conectados à internet e cerca de 17 mil milhões de dispositivos IoT (Internet das Coisas) ativos, as pequenas e médias empresas (PME) enfrentam uma realidade inescapável: os ataques cibernéticos estão a aumentar exponencialmente. De acordo com o Relatório Oficial de Cibercrime de 2024, publicado pelo World Economic Forum, em 2024, o custo global do cibercrime poderá atingir os 9,5 triliões de dólares, cerca de 8,9 mil milhões de euros, segundo a Cybercrime Magazine. Para 2025, os danos associados ao cibercrime podem chegar a 10,5 triliões de dólares​, de acordo com o The Cysurance Institute.

Cibercrime em Portugal

As empresas portuguesas estão particularmente vulneráveis. De acordo com o Allianz Risk Barometer 2024, o risco cibernético já é o principal perigo para os negócios, superando até os tradicionais riscos físicos, como incêndios ou inundações. O ECO Seguros já alertou que, em Portugal, o impacto dos ciberataques tem sido significativo. No primeiro semestre, 11 empresas foram afetadas. As principais ameaças incluem ataques de ransomware, com destaque para grupos como LockBit e 8BASE.

Impactos dos ciberataques ainda em estudo

Um dado frequentemente citado indica que “60% das pequenas e médias empresas que sofrem um ataque cibernético, como ransomware, encerram a sua atividade em menos de seis meses”. Contudo, a fiabilidade desta estatística tem sido questionada. Fontes como Insurance Bee mencionam este número alarmante, mas a sua origem é atribuída a estudos mais antigos. Por exemplo, tem sido associado a um estudo de 2012 da National Cyber Security Alliance (NCSA).

Ainda assim, este número continua a ser amplamente utilizado em debates sobre o impacto dos ciberataques nas PMEs, refletindo a dificuldade que muitas pequenas empresas enfrentam ao tentar recuperar das perturbações financeiras e operacionais causadas por estes ataques, que, muitas vezes, resultam no seu encerramento​

Com menos recursos do que as grandes empresas, as PMEs encontram-se frequentemente despreparadas para lidar com as complexas consequências de um ciberataque. Além da perda imediata de receitas, a reputação da empresa também fica em risco, especialmente se os dados dos clientes forem comprometidos.

Num mercado digital cada vez mais competitivo, as PMEs portuguesas têm de encarar os riscos cibernéticos como uma ameaça central e agir de forma rápida e decisiva para protegerem os seus ativos e a continuidade dos seus negócios.

Passos para aumentar a segurança da sua PME

É essencial tomar medidas proativas. Comece por implementar autenticação de dois fatores e criar senhas robustas. Invista em formação regular para os seus colaboradores sobre as melhores práticas de cibersegurança. É igualmente importante encriptar dados sensíveis e realizar auditorias periódicas dos seus sistemas de segurança. Foque-se em desenvolver um plano de resposta a incidentes que inclua a consulta a especialistas em cibersegurança. Tomar essas medidas não apenas ajuda a salvaguardar os seus ativos, mas também a garantir a continuidade e a reputação do seu negócio.

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Cibersegurança: mais de metade das PME reportam incidências

  • SegurosPME
  • 1 Outubro 2024

Estudo sobre o estado dos ataques cibernéticos revela que cerca de 51% das PME reportaram ataques de ransomware em 2023, refletindo um ponto crítico e que exige atenção urgente.

Os ataques de ransomware continuam a liderar a lista de perigos para as PME, com cerca de 51% das PME a reportarem incidentes em 2023, segundo o estudo da Sophos, “Estado do Ransomware em 2024“. Estas investidas são apenas uma das várias ameaças que as empresas enfrentam no contexto dos negócios digitais, especialmente à medida que a IoT (Internet das Coisas), a Inteligência Artificial (IA) e os dispositivos conectados proliferam. Em 2023, Portugal viu um aumento significativo de ciberataques, incluindo o ciberataque ao sistema de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, que afetou milhares de pacientes, e a uma empresa de transporte, que interrompeu suas operações e gerou perdas financeiras consideráveis.

Internet das Coisas sublinha vulnerabilidades

A sigla IoT refere-se à Internet das Coisas, um conceito que implica a interconexão de objetos físicos com o ambiente digital. Esses objetos, que podem variar desde eletrodomésticos a veículos, são dotados de sensores e outros dispositivos que recolhem informações e as enviam para a internet. As plataformas assinaladas smart colocam informações pessoais vulneráveis a terceiros.

A exploração de vulnerabilidades em dispositivos IoT tem sido uma das tendências mais preocupantes. Com cerca de 17 mil milhões de dispositivos IoT em circulação, muitos dos quais utilizados em ambientes empresariais, a falta de segurança e atualizações adequadas representam uma porta aberta para hackers. Em 2023, os ataques relacionados com o IoT aumentaram 54%, segundo o relatório da Check Point Research, publicada na Global Security Mag Online. Estudo aponta que as empresas que adotam estas tecnologias colocam-se numa situação de elevado risco.

Outro fator a ter em conta é o crescente uso de inteligência artificial (IA) por cibercriminosos, o que torna os ataques mais sofisticados e difíceis de prevenir. A IA permite que hackers analisem grandes quantidades de dados para identificar vulnerabilidades nos sistemas das empresas de forma automatizada e em tempo real.

Também os conflitos geopolíticos digitais estão a intensificar-se, com países a utilizarem ciberataques como parte das suas estratégias em disputas internacionais. Em 2023, cerca de 35% dos ataques cibernéticos foram relacionados com tensões geopolíticas, afetando indiretamente as PME.

 

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Como posso começar já a minimizar riscos cibernéticos?

  • SegurosPME
  • 1 Outubro 2024

A prevenção é a única defesa eficaz contra o crescente perigo de ciberataques, especialmente para as PMEs, que, devido à sua menor dimensão e recursos limitados, estão particularmente vulneráveis.

A implementação de políticas de segurança rigorosas é primeiro sobre passo para se defender contra um ciberataque. Segundo o compêndio britânico sobre segurança digital IT Governance Blog, 80% dos ataques cibernéticos podem ser evitados com medidas básicas de segurança, como a autenticação de dois fatores e a utilização de senhas complexas.

No entanto, segundo um estudo da IBM, apenas 30% das PMEs implementam essas práticas, deixando um enorme número de empresas expostas. A formação dos colaboradores também desempenha um papel crucial na mitigação dos riscos. Cerca de 95% dos incidentes de segurança ocorrem devido a erro humano, como clicar em links de phishing ou partilhar passwords. Ao investir na capacitação dos funcionários, as PMEs podem reduzir significativamente o seu risco.

Outras medidas incluem a encriptação de dados sensíveis, que assegura que as informações confidenciais permanecem seguras mesmo em caso de violação. Além disso, o investimento em softwares certificados e atualizados pode prevenir muitos dos ataques automatizados que exploram vulnerabilidades de sistemas desatualizados. Uma análise recente publicada na revista especializada OriginStamp revela que 65% dos ataques cibernéticos aproveitam falhas em softwares desatualizados. O software desatualizado é um alvo comum para os cibercriminosos, pois frequentemente necessita das atualizações de segurança necessárias para proteger contra-ataques. Este tipo de software não só apresenta vulnerabilidades conhecidas, com também pode não ser suportado pelo fornecedor, o que aumenta o risco de exploração por parte de hackers​.

Hoje, é fundamental que as PMEs implementem planos de contingência para responder rapidamente a um ciberataque. Ter um protocolo de resposta pode fazer a diferença entre uma interrupção temporária ou a falência do seu negócio. Prevenir os riscos cibernéticos é, para as PMEs, uma questão de sobrevivência no acesso a um mercado digital seguro. Empresas que não investem na prevenção colocam-se numa posição de desvantagem competitiva considerável.

 

 

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“Temos uma cultura muito desfavorável ao negócio”, diz Vítor Bento

  • ECO
  • 1 Outubro 2024

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos considera que um dos entraves ao desenvolvimento da economia portuguesa é a cultura hostil às grandes empresas e ao lucro.

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento, defendeu esta terça-feira, numa iniciativa da Associação Business Roundtable Portugal, que a cultura “hostil à dimensão das empresas, ao lucro e ao capital” contribui para o baixo crescimento da economia portuguesa.

“Temos uma cultura muito desfavorável ao negócio e ao desenvolvimento da economia”, afirmou Vítor Bento. “Todos os países evoluem da mesma maneira, água mole em pedra dura. Há países em que a água é dura e a pedra é mole. Em Portugal, a água é muito leve e pedra muito dura. A resistência é muito grande”, acrescentou, durante o debate que se seguiu à apresentação de novos dados da iniciativa “Comparar para crescer”, que teve lugar no auditório da KPMG, em Lisboa.

A cultura é fundamental para o sucesso da economia. A nossa cultura não está alinhada com uma estratégia de desenvolvimento“, disse, considerando que ela ainda é hostil “à dimensão das empresas, ao lucro e ao capital”, referiu ainda o presidente da APB, defendendo ser necessário “remover as barreiras ao crescimento das grandes empresas“.

Pedro Siza Vieira, advogado e antigo ministro da Economia, que também participou no debate, afirmou: “A capacidade de termos empresas que escalam depressa é muito crítica“, mas considerou que o país está a atravessar um período positivo.

Portugal está a viver um momento bom que resiste às tricas do Orçamento e às mudanças de Governo, considera o antigo governante, apontando como vantagens a maior resiliência das finanças públicas e da poupança das famílias.Estamos num processo de mudança, que está ainda a meio caminho, que nos permite colocar num patamar de ambição que nunca tivemos antes”, disse.

Produtividade e investimento abaixo da média da UE

Durante o evento, a Associação Business Roundtable (BRP), que representa 42 grandes empresas, apresentou dados comparativos de Portugal com a União Europeia e um grupo de países concorrentes (Itália, Espanha, Eslovénia, República Checa, Hungria, Estónia, Polónia e Grécia).

Um dos indicadores onde o país fica mal na fotografia é na produtividade. “O valor da produtividade por hora no nosso país não ultrapassou os 71% da média da UE, próximo do nível que registava em 2000”, destaca a BRP. Percentagem que fica longe dos 98% de Itália, 96% da Espanha ou dos 84% da Eslovénia.

Para a BRP, uma das razões que explica esta baixa produtividade é o peso muito reduzido das grandes empresas no tecido empresarial: 0,25%. Em Portugal, são responsáveis por 21,5% do emprego, enquanto na UE a chega a 36,4%.

A associação assinalou ainda que “Portugal tem uma das mais baixas taxas de investimento da UE, 19,4% do PIB em 2023, que compara com uma média europeia de 22,3%”. Face ao grupo de países concorrentes, só Espanha, Polónia e Grécia tem um investimento total mais baixo. No investimento público, tem mesmo o pior registo, com apenas 2,5% do PIB em 2023.

Outro fator apontado foi o tax wedge (a diferença entre o custo para as empresas com impostos e contribuições e o rendimento líquido recebido pelos trabalhadores), que em Portugal é de 42,3%, muito acima da média de 34,8% nos países da OCDE.

Segundo a BRP, se o tax wedge em Portugal fosse igual à média da OCDE, os trabalhadores em Portugal receberiam, em média, mais 2.200 euros por ano (157 euros por mês).

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Reunião do Conselho de Estado começou pelas 17h10 sem Eanes

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

Reunião acontece num contexto de negociações orçamentais, nove dias antes da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

A reunião desta terça-feira do Conselho de Estado, que tem como tema “a situação económica e financeira internacional e nacional”, começou pelas 17h10, no Palácio de Belém, com uma ausência, do antigo Presidente da República Ramalho Eanes.

Esta reunião, anunciada pela Presidência da República no início de setembro, acontece num contexto de negociações orçamentais, nove dias antes da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025 pelo Governo PSD/CDS-PP.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu estar a exercer pressão para a aprovação do Orçamento do Estado, mas negou, contudo, que a reunião de hoje do órgão político de consulta presidencial seja para condicionar as negociações orçamentais.

De acordo com o chefe de Estado, “a ideia é falar-se à vontade, olhando para a evolução no mundo, na Europa e em Portugal, sem haver ainda aquela pressão que tem a ver com o desfecho de uma votação que, em princípio, será no final de novembro“, presumindo que a proposta passa na generalidade.

Esta é a 36.ª reunião do Conselho de Estado convocada durante os mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa e a segunda no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP, chefiado por Luís Montenegro, que tomou posse em 02 de abril, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou, também no início de setembro, que tenciona convocar outra reunião do Conselho de Estado expressamente “sobre o Orçamento do Estado”, ainda sem data, a seguir à apresentação da proposta do Governo, que está prevista para 10 de outubro.

O Orçamento do Estado será debatido e votado na generalidade na Assembleia da República entre 30 e 31 de outubro e, se a proposta passar, a votação final global está agendada para 28 de novembro. O chefe de Estado, que tem apelado a um entendimento, não revelou até agora o que fará em caso de chumbo do Orçamento, tendo já admitido, mas também desaconselhado, governação por duodécimos.

O chefe de Estado, que tem apelado a um entendimento, não revelou até agora o que fará em caso de chumbo do Orçamento, tendo já admitido, mas também desaconselhado, governação por duodécimos.

São membros do Conselho de Estado, por inerência, os titulares dos cargos de presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, provedor de Justiça, presidentes dos governos regionais e antigos presidentes da República.

Nos termos da Constituição, integra ainda cinco cidadãos designados pelo chefe de Estado e cinco eleitos pela Assembleia da República. Os atuais cinco membros nomeados pelo Presidente da República são Leonor Beleza, Lídia Jorge, Joana Carneiro, António Lobo Xavier e Luís Marques Mendes.

Os conselheiros eleitos pelo parlamento para a atual legislatura são Francisco Pinto Balsemão e Carlos Moedas, por indicação do PSD, Pedro Nuno Santos e Carlos César, pelo PS, e André Ventura, pelo Chega.

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Greve dos advogados oficiosos “sem impacto no normal funcionamento dos Tribunais”, diz MJ

Grupo de Trabalho nomeado para estudar a revisão a tabela dos honorários entregou Relatório à Secretária de Estado Adjunta e da Justiça. Reunião com a bastonária marcada para dia 9 de outubro.

O balanço da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) relativo ao boicote às inscrições nas escalas de advogados oficiosos revelam que, em setembro, foram adiados dez atos por motivos diretamente relacionados com a falta de defensor oficioso.

A DGAJ reporta estes dados com base da informação recolhida diariamente junto das Comarcas de Lisboa, Lisboa Norte, Lisboa Oeste e Porto – únicas que dispõem de escala presencial.

“O boicote às escalas, decretado pela Ordem dos Advogados (OA) para o mês de setembro, não causou perturbações anormais no funcionamento dos Tribunais. Estes adiamentos só assumem significado por ocorrerem em simultâneo com um protesto da Ordem dos Advogados. Fora do período de protesto adiamentos nesta dimensão são vistos como situações recorrentes”, segundo o comunicado.

Entretanto, a Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, recebeu na segunda-feira, como previsto, do Grupo de Trabalho nomeado para o efeito, o relatório com uma proposta de revisão da tabela de honorários dos atos dos defensores oficiosos. O relatório vai agora ser alvo de análise, estando agendada uma reunião do Grupo de Trabalho com a Ordem dos Advogados para o próximo dia 9.

Em causa a ação de protesto da OA, que apelou à não inscrição de advogados nas escalas do Sistema de Acesso ao Direito e Tribunais (SADT). O SADT é o sistema que permite que os cidadãos com menor poder económico tenham acesso aos tribunais para defender os seus direitos, uma vez que a justiça não pode ser negada a ninguém. Desta forma, foi criado um sistema sustentado pelo Estado que paga a advogados, os chamados advogados oficiosos, para defender estes tipos de casos.

Em agosto, a OA abriu as candidaturas “extraordinárias” para a inscrição nas escalas do SADT em forma de protesto, abrindo assim a possibilidade aos advogados de não se manterem inscritos nas mesmas. Esta ação insere-se num protesto da OA, que considera que as negociações com o Governo sobre a alteração das tabelas de honorários do SADT para o Orçamento de Estado de 2025 “não estão a decorrer com a prioridade que o assunto impõe”. A tabela remuneratória dos advogados oficiosos não é atualizada há quase 20 anos.

A OA garante que o protesto tem causado vários constrangimentos em diversas diligências em todo o País. “Ao contrário do que erradamente tem sido difundido pelo Ministério da Justiça, muitas diligências foram adiadas ou dadas sem efeito, precisamente em virtude da falta de advogados disponíveis, como aliás já foi noticiado em alguns desses casos”, sublinha a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro.

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KPMG reforça equipa com 160 novos colaboradores

A KPMG Portugal integrou na sua equipa 160 novos colaboradores e promoveu 14 profissionais a partner e associate partner.

A KPMG Portugal reforçou a equipa com mais 160 novos colaboradores para as áreas de Advisory, Audit & Assurance e Tax. Em comunicado, a consultora explica que estas integrações inserem-se no âmbito do seu programa de recrutamento de recém-graduados, o Gradutes Program.

“Os 160 profissionais começam a integrar hoje [terça-feira] a KPMG, juntando-se a 63 que reforçaram as equipas desde o início do ano, no âmbito do Graduates Program”, lê-se no comunicado. Desde o início do ano, são 223 novos colaboradores.

A consultora anuncia também a promoção de 14 profissionais aos cargos de partner e associate partner, “inserida na estratégia interna de reconhecimento das suas pessoas e de crescimento orgânico”.

Para o senior partner/CEO Vítor Ribeirinho, estas novas contratações e promoções refletem a aposta contínua da KPMG nas suas áreas de crescimento e desenvolvimento, tais como a Tecnologia, a Inovação, a Fiscalidade ou o ESG. “São um claro sinal da aposta que fazemos diariamente nas nossas pessoas. Sabemos que são elas que fazem a diferença e que só através do seu reconhecimento e do investimento contínuo é que podemos continuar a criar valor para os nossos clientes e para as nossas comunidades”, acrescenta.

Os novos partners são Carlos Santos, Inês Pereira, Pedro Dias e Ricardo Rosa, e os associate partners promovidos são César Santos, David Félix, Isabel Faustino, Joana Mota, João Patrone, João Pestana, João Torres, Paulo Almeida, Ronil Givane e Tiago Peralta.

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