DBRS tira rating do Novobanco do “lixo”

Desempenho do banco superou as estimativas dos analistas da agência de notação de risco.

O Novobanco entrou no patamar de investimento para a DBRS Morningstar. A agência de notação financeira acabou de melhorar o rating do banco português em dois níveis, de “BB (alto)” para “BBB”, com a perspetiva “estável”.

“A melhoria de dois níveis para o território de investimento reflete a rápida melhoria do banco em várias áreas, incluindo os resultados, o seu perfil de risco e a sua capitalização”, argumentam os analistas.

O desempenho do banco liderado por Mark Bourke superou as expectativas da DBRS. “O crescimento dos lucros foi suportado pelo processo de reestruturação bem-sucedido e por receitas de juros mais fortes”, refere a agência de rating. Por outro lado, “o perfil de risco melhorou devido à redução significativa do stock de ativos problemáticos antigos”, isto apesar de o rácio de NPL continuar acima da média da União Europeia (UE).

A DBRS nota ainda que o Novobanco diversificou as suas fontes de financiamento e reforçou a sua posição de capital através da geração orgânica de capital e redução dos ativos ponderados pelo risco.

O banco fechou o primeiro semestre com lucros de 370,3 milhões de euros, que se traduz numa rentabilidade dos capitais próprios de 17,4%. Apesar da descida dos juros, o Novobanco vai manter uma margem financeira elevada depois de ter implementado uma estratégia de hedging (cobertura) que reduz a sensibilidade a movimentos das taxas, observa a DBRS.

A agência lembra ainda o “progresso significativo” desde 2017 na redução do risco do balanço e do legado tóxico do BES. E não antecipa uma deterioração do malparado tendo em conta o forte mercado de trabalho em Portugal e ainda a melhoria financeira das famílias e empresas nos últimos anos.

Em relação ao capital, a DBRS espera o fim antecipado do acordo de capital contingente antes da data de vencimento no final de 2025. Se assim for, isso desbloqueará os dividendos, razão pela qual é expectável uma redução dos rácios de capital, embora se espere que mantenham em níveis robustos.

(Notícia atualizada às 15h47)

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Catarina Ferreira da Silva e Sofia Bragança integram a CMS Portugal

Catarina Ferreira da Silva integra a equipa de Tecnologia, Media & Comunicações e Sofia Teresa de Bragança a área de prática de Direito do Trabalho & Fundo de Pensões da CMS Portugal.

A CMS Portugal reforçou a equipa com a integração de duas novas associadas: Sofia Teresa de Bragança, que incorpora a área de prática de Direito do Trabalho & Fundo de Pensões, e Catarina Ferreira da Silva, que integra a equipa de Tecnologia, Media & Comunicações.

“Queremos dar as boas-vindas à Sofia e à Catarina, a quem desejamos o maior dos sucessos na CMS Portugal. Estas incorporações demonstram a aposta que estamos a fazer na consolidação das nossas áreas de prática, sempre com o objetivo de dar uma resposta de excelência aos nossos clientes“, José Luís Arnaut, managing partner da CMS Portugal.

Transitando da SPS Advogados, Sofia Teresa de Bragança tem centrado a sua atividade em Direito do Trabalho, nomeadamente no apoio jurídico a empresas internacionais e a clientes privados com experiência em questões laborais e Segurança Social. Já Catarina Ferreira da Silva transita da Sérvulo, onde realizou o estágio em TMT e Propriedade Intelectual.

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Riopele investe dez milhões em dois parques fotovoltaicos rumo à neutralidade carbónica em 2027

A têxtil de Vila Nova de Famalicão inaugurou esta quarta-feira uma nova central fotovoltaica e vai avançar com a construção de uma nova, que deverá estar concluída no próximo ano.

A Riopele inaugurou esta quarta-feira uma nova central fotovoltaica, numa parceria com a EDP, que conta com cerca de 8.000 painéis solares instalados e uma potência instalada de 4,5 MWp, num investimento de cinco milhões de euros. Além deste novo parque, a gigante têxtil de Famalicão tem já projetada a construção de outra central fotovoltaica, com uma capacidade instalada de 3 MWp e um investimento idêntico. Em dois anos, a Riopele investiu 10 milhões de euros em fontes de energia fotovoltaicas. Ambos os projetos foram financiados com o apoio do PRR.

A nova central fotovoltaica da Riopele junta-se à outra central do grupo instalada no polo Olifil desde 2019, permitindo-lhe gerar anualmente 5,875 MWh de energia. Este aumento de energia permitirá à Riopele utilizar eletricidade renovável em 12% do seu consumo total de energia elétrica, adianta a empresa.

A Riopele, que já garantiu 93% das vendas de 98 milhões planeadas para 2024, continua assim a reforçar a sua aposta na transição energética e na descarbonização da empresa, que pretende atingir a neutralidade carbónica em 2027, ano em que assinala o centenário.

[A construção de uma nova central fotovoltaica] é o segundo investimento em fontes fotovoltaicas e eficiência térmica dos edifícios de 5 milhões. Em dois anos são 10 milhões de euros investidos.

José Teixeira

Diretor-geral da Riopele

Prestes a arrancar está já a construção de uma nova central fotovoltaica, num investimento na mesma ordem do agora concluído. “É o segundo investimento em fontes fotovoltaicas e eficiência térmica dos edifícios de 5 milhões. Em dois anos são 10 milhões de euros investidos“, detalhou José Teixeira, o diretor-geral da Riopele, à margem da cerimónia de inauguração do novo parque fotovoltaico, que contou com a presença do administrador da EDP, Comercial, António Araújo, do presidente do IAPMEI, José Pulido Valente, e do presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos.

Com a construção da nova central no polo A da fabricante têxtil, cerca de 30% do consumo total de energia da Riopele deverá ser gerado pela energia solar, o que permitirá à empresa poupar na fatura de energia, de seis milhões de euros por ano, segundo adiantou o diretor-geral da Riopele, José Teixeira.

Com estes investimentos todos caminhamos rapidamente para a neutralidade carbónica“, assegurou José Alexandre Oliveira, presidente da Riopele, na cerimónia que marcou a inauguração das novas centrais. O empresário adiantou ainda que a central agora inaugurada será replicada “numa área superior a esta” noutro polo da empresa, antecipando a inauguração dessa nova central até fevereiro/março do próximo ano.

Riopele pede estabilidade nos preços da biomassa

Além da aposta em energia fotovoltaica, a Riopele investiu outros quatro milhões de euros na construção de uma central de biomassa, em funcionamento há cerca de ano e meio. Aproveitando a presença do novo presidente do IAPMEI no evento, o diretor-geral e o presidente da têxtil famalicense deixaram um recado ao Governo, no sentido de garantir a estabilidade de preços nesta fonte de energia que, além de ser uma fonte sem emissões, contribui para a limpeza das matas e das florestas, permitindo um melhor controlo dos incêndios, que têm assolado o país nos últimos tempos.

“A necessidade da limpeza das matas e florestas e ter uma fonte neutra em carbono deve fazer com que o legislador crie estabilidade de preços e não concorrência de preços com o gás natural”, avisou José Teixeira, lembrando que num momento em que os preços estão a recuar, “algumas empresas hão de começar a equacionar se vale a pena voltar ao gás apenas por uma questão de rentabilidade do negócio, o que é algo sem sentido”, atira.

“Quem cria as regras do jogo, se quer promover a sustentabilidade e a neutralidade carbónica e a prevenção dos incêndios, [é preciso que] coloque legislação, ou isentando tributação ou fazendo uma comparticipação à prospeção dessa biomassa nas florestas para que este passo que se deu – no nosso caso são investimentos de quatro milhões de euros – seja para muitos anos”, adiantou.

José Alexandre Oliveira realçou que a central de biomassa “vai contribuir para que haja menos incêndios” e, dirigindo-se ao novo presidente do IAPMEI, apelou a que “não ataquem o que está bem” no país.

Um pedido que José Pulido Valente tomou nota, adiantando que “o problema atual é a falta de utilização de biomassa, não é excesso de utilização de biomassa”. “Terei que analisar melhor a questão, mas ainda há muita biomassa que não é aproveitada”, disse.

“Haverá excesso de oferta face à procura. Temos que criar as condições para que haja a utilização de biomassa seja mais competitiva e mais atrativa”, rematou.

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Data Center de Sines recebe gigante alemã de serviços de internet

  • Lusa
  • 25 Setembro 2024

Ponto de presença da DE-CIX vai apoiar a digitalização das empresas locais, "proporcionando acesso a interconexão de alto desempenho e conectividade à cloud”.

A DE-CIX, que tem atividade na operação de pontos de troca de tráfego de Internet (Internet Exchange Points — IXP), anunciou esta quarta-feira que já disponibiliza serviços de interconexão no Centro de Dados de Sines (Sines DC). Trata-se do “maior campus de data centers [centro de dados] da Europa, com 1,2 GW de capacidade energética para servidores de IT, localizado em Portugal”, refere a empresa, em comunicado.

Este novo ponto de presença (PP) na instalação neutra desenvolvida pela Start Campus “marca uma expansão significativa da presença da DE-CIX em Portugal”, uma vez que “a extensão da plataforma distribuída DE-CIX de Lisboa para Sines apoiará a digitalização das empresas locais, proporcionando acesso a interconexão de alto desempenho e conectividade à cloud, além de fortalecer os clientes atuais e futuros da DE-CIX com maior diversidade geográfica, resiliência e desempenho de rede”.

Posicionada na extremidade sudoeste da Europa, o que é estratégico, “Sines tem-se tornado um centro crucial de conectividade intercontinental”, recorda a empresa. “Apresentando todas as características para o desenvolvimento de um ecossistema robusto de dados — tais como infraestrutura, estação de amarração do cabo submarino Ellalink, rede terrestre diversificada e de elevada resiliência, e, agora, presença de IXP, com a implantação da DE-CIX no SINES DC –, a região de Sines encontra-se bem posicionada para se tornar um ponto de troca vital relativamente ao tráfego de dados que atravessa o Atlântico”, prossegue.

Espera-se que, nos próximos anos, com a implementação de vários cabos na zona, “a conectividade direta de Sines com a América do Norte, Sul da Europa, África e Médio Oriente será melhorada, solidificando-se o papel de Sines como portal digital global“.

“Estamos entusiasmados por anunciar que a DE-CIX está agora pronta para operar no SINES DC”, afirma Theresa Bobis, diretora regional do Sul da Europa na DE-CIX, citada em comunicado.

Para a responsável, “Sines está na iminência de se tornar um centro crucial para diversos sistemas submarinos, interconectando e servindo o Sul da Europa, com maior alcance para África e outros mercados europeus”. Por isso, “expandir a nossa presença no Sul da Europa para Sines aumentará a conectividade para Portugal e mais além”, remata.

“Receber a DE-CIX no nosso SINES DC representa um marco significativo e testemunho da crescente importância de Sines como um centro de conectividade. Destaca-se que o centro de gravidade dos dados está a mover-se mais para o sul na Europa”, considera, por sua vez, Robert Dunn, presidente executivo (CEO) da Start Campus, também citado no comunicado.

“Agora os clientes poderão ter acesso ao principal operador de Internet Exchange do mundo, bem como ao maior ecossistema de interconexão nas nossas instalações, garantindo que o tráfego local permanece local e que os dados globais são roteados de forma mais eficiente”, acrescenta. Esta parceria “exemplifica a nossa missão de fomentar um ecossistema digital robusto e de alta densidade dentro e ao redor do nosso ‘data center'”, conclui Robert Dunn.

A DE-CIX destaca que “com 1,2 GW de acesso à rede elétrica totalmente garantidos, o SINES DC é agora o maior data center em desenvolvimento na Europa, com o seu primeiro edifício, ‘SIN01’, pronto para canalizar o tráfego IX“.

Atendendo à importância de Portugal como centro digital, a primeira edição da conferência Atlantic Convergence terá lugar de 1 a 3 de outubro, em Lisboa, reunindo especialistas em infraestrutura digital com vista à discussão do futuro da conectividade pan-atlântica. “Juntamente com este evento, a DE-CIX publicará um novo estudo, no dia 2 de outubro, durante a Atlantic Convergence, intitulado ‘A Península Ibérica: Um mega hub regional de próxima geração'”, adianta a DE-CIX.

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Rock ‘n’ Law está de regresso e vai apoiar acesso à habitação

O Rock 'n' Law regressa para a 15.ª edição no próximo dia 8 de novembro no Lx Factory. Este ano a causa escolhida para apoiar foi o acesso à habitação, sendo os donativos angariados para a Une.Idades.

O evento de música e solidariedade do setor da advocacia em Portugal, o Rock ‘n’ Law, regressa para a 15.ª edição no próximo dia 8 de novembro no Lx Factory. Este ano a causa escolhida para apoiar foi o acesso à habitação, sendo os donativos angariados para a Associação Une.Idades, associação sem fins lucrativos constituída em 2023.

“Os fundos angariados reverterão para a Associação Une.Idades, que combate a falta de alojamento estudantil e o isolamento social dos mais seniores. Este projeto contribui para o alargamento e melhoria do serviço de partilha de casa intergeracional desenvolvido pela Associação, tendo já promovido mais de 100 vínculos entre jovens e cidadãos sénior, ajudando a mitigar a falta de alojamento dos estudantes universitários e a solidão e isolamento dos seniores”, explica a organização em comunicado.

O advogado responsável pela organização do evento, João Louro e Costa, adiantou que a edição de 2024 vai contar com algumas surpresas, bem como com a atuação de nove bandas constituídas por advogados e ainda um DJ.

“O tema da habitação é, cada vez mais, incontornável no país e no mundo. Podermos contribuir para uma causa que promove – simultaneamente – o acesso à habitação por parte de cidadãos em início de vida adulta e o combate ao isolamento dos cidadãos sénior, pareceu-nos uma forma de tornar o nosso apoio ainda mais eficiente. Este ano sentimos que, de certa forma, tocamos a dobrar. Duas gerações, uma casa”, acrescenta João Louro e Costa.

Abreu Advogados, CMS, Cuatrecasas, DLA Piper ABBC, Eversheds Sutherland FCB, Garrigues, Gómez-Acebo & Pombo, Linklaters, Morais Leitão, PLMJ, SRS Legal, Sérvulo & Associados, Uría Menéndez e Vieira de Almeida são as firmas de advogados participantes no evento que pretende a angariar o maior donativo possível para ser entregue à Une.Idades.

O Rock ‘n’ Law é uma iniciativa solidária que, ao longo das últimas 14 edições, já angariou mais de 950 mil euros e apoiou 22 projetos de solidariedade social, através de um evento anual de música e solidariedade promovido por sociedades de advogados e que move a sociedade civil e as empresas.

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Lidl lança campanha para promover concurso onde oferece cinco casas aos clientes

  • + M
  • 25 Setembro 2024

O Lidl vai dar um cheque-oferta de 200 mil euros a cinco clientes, para ser usado na Remax. O valor pode ser utilizado na totalidade da aquisição ou como entrada para um imóvel de valor superior.

O Lidl lançou uma campanha onde promove um novo concurso que visa premiar cinco dos seus clientes com um cheque-oferta no valor de 200 mil euros para a aquisição de uma casa.

Sob o mote “No Lidl, qualquer cliente pode ter uma casa”, a campanha marca presença em televisão, rádio, digital, outdoor e owned media (website, redes sociais, app e newsletter). A criatividade é d’O Escritório e a produção da More Maria.

Tendo por base o tom humorado que tem vindo a caracterizar a comunicação da insígnia, os filmes da campanha destacam a oportunidade de ganhar um dos cheques-ofertas e reforçam a mecânica de participação através da app Lidl Plus.

“Cada filme aborda diferentes situações de casais acabados de chegar à sua nova casa com produtos do Lidl, demonstrando que até pequenas compras podem levar a grandes recompensas. Com uma abordagem divertida e envolvente, a campanha realça que o Lidl oferece muito mais do que produtos de qualidade – oferece também a oportunidade a qualquer cliente de realizar o sonho da casa própria”, explica-se em nota de imprensa.

Lançado em parceria com a Remax, o concurso já está a decorrer e prolonga-se até 27 de outubro. Na terceira edição, o valor do cheque-oferta foi aumentado em 50 mil euros em relação às edições anteriores, em que o valor era de 150 mil.

Para se habilitarem a ganhar um destes vales, os interessados devem estar registados na aplicação Lidl Plus e identificarem-se com o seu cartão digital Lidl Plus no leitor da caixa de pagamento, sendo que, por cada 15 euros em compras, recebem uma participação que deve depois ser submetida através da app.

Os cinco vencedores são selecionados ao longo de cinco semanas, através de um sorteio semanal, dispondo depois de 270 dias para escolher e iniciar o processo de aquisição da casa, onde podem utilizar o seu cheque-oferta de 200 mil euros, na Remax. O valor pode ser utilizado na totalidade da aquisição ou como entrada para um imóvel de valor superior.

“No Lidl estamos bastante atentos à comunidade que nos rodeia. Nesse sentido, face ao cenário económico e imobiliário atual, consideramos ser de extrema importância procurar ajudar os nossos clientes numa questão tão premente como a da habitação. Esta parceria que retomamos com a Remax reflete o nosso propósito e compromisso para com o país”, diz Nuno Rodrigues, diretor geral de marketing e estratégia promocional do Lidl Portugal, citado em comunicado.

Já Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, refere que é “muito gratificante” retomar a parceria com o Lidl, tendo em vista possibilitar a aquisição de uma casa a cinco clientes do retalhista. “Estamos certos de que esta terceira edição do concurso terá um impacto transformador nas famílias e, sendo essa essência do nosso trabalho, consideramos que esta parceria está alinhada com os objetivos da Remax Portugal“, acrescenta.

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Cerca de 400 trabalhadores da Santa Casa de Lisboa deverão sair em 2025

  • Lusa
  • 25 Setembro 2024

Na próxima semana vai ser apresentada uma política de pré-reformas disponível para todos os trabalhadores com mais de 59 anos.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) garantiu esta quarta-feira que o plano de reestruturação não prevê despedimentos, mas antes a saída por reforma ou pré-reforma, podendo sair cerca de 400 pessoas em 2025.

Em declarações aos jornalistas no final da inauguração de um novo equipamento da SCML em Lisboa, Paulo Sousa explicou que o plano de reestruturação que está a implementar na instituição não tem em vista o despedimento de trabalhadores, estando apenas prevista a saída de quem reúna condições para a reforma ou pré-reforma.

Em relação ao primeiro grupo, o provedor adiantou que há atualmente “mais de 230 pessoas com mais de 65 anos” na SCML. Por outro lado, adiantou que na próxima semana vai ser apresentada uma política de pré-reformas disponível para todos os trabalhadores com mais de 59 anos.

Salientou que, a par destas saídas, a instituição tem previsto “um conjunto de admissões porque o que a Santa Casa precisa é de alterar a sua pirâmide etária”. Acrescentou que “apenas 1% da força laboral da Santa Casa tem idade inferior a 25 anos e grande maioria está no escalão etário acima dos 55 anos”.

“O saldo global é cerca de menos 200 pessoas no próximo ano, com saídas à volta das 400 e poucas pessoas e entradas à volta das 200 e poucas pessoas, o que dá o saldo final que é conhecido”, adiantou Paulo Sousa.

Outro dos pontos contemplados no plano da reestruturação diz respeito à internacionalização dos jogos sociais, tendo o provedor explicado que “está a ser concluído” o plano temático sobre a internacionalização, mas que ainda não foi aprovado pela Mesa.

“Ele ditará os locais onde vamos continuar ou não vamos continuar e vamos abandonar, é precipitado fazer qualquer tipo de julgamento sobre a matéria neste momento”, afirmou.

Paulo Sousa garantiu que o plano de reestruturação da SCML será apresentado publicamente logo que esteja concluída a “fase de arranque, definição de equipas, de responsáveis”. “Logo que todo este processo esteja concluído teremos todas as condições para o apresentar publicamente. Não valia a pena apresentar plano se não estivesse em implementação”, justificou.

O provedor explicou que o plano de reestruturação “passou por várias fases”, começando pela “identificação da realidade existente na Santa Casa e dos problemas que existiam e de quais poderiam ser as soluções para os ultrapassar”. “A seguir consistiu na preparação do próprio documento e de todo o seu conteúdo e gostava de frisar que este processo foi feito e forma muito rápida”, disse.

Seguiu-se a fase de “apresentação do plano aos órgãos estatutários” e de submissão à tutela para homologação, o que já aconteceu, tendo depois sido apresentado a todos os colaboradores e também às estruturas de quadro da Santa Casa

Paulo Sousa disse ainda que a instituição está a levar a cabo uma série de iniciativas – como o equipamento que foi inaugurado esta quarta-feira – que fazem parte do plano de restruturação e que nos próximos meses haverá “vários momentos para demonstrar a realidade do plano e como é que ele se concretiza”.

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CMVM está a “monitorizar” situação da Inapa

José Miguel Almeida, administrador da CMVM, diz que o regulador "não pode ficar indiferente" a situações de "grande impacto", como é o caso da Inapa, mas não confirma se há uma investigação em curso.

O supervisor do mercado de capitais não confirma nem desmente que esteja a desenvolver qualquer ação de investigação à PwC no âmbito do seu papel enquanto auditor das contas da Inapa, que recentemente abriu falência.

Sem mencionar de qualquer situação específica, José Miguel Almeida, administrador da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), referiu apenas que o regulador “não pode ficar indiferente” face a situações de “grande impacto” no mercado.

No decorrer da apresentação dos resultados da atividade de supervisão de auditoria da CMVM relativa ao ciclo 2023/2024, José Miguel Almeida notou apenas que o regulador mantém-se atento a situações de relevo no mercado nacional.

Embora não tenha mencionado especificamente o papel da PwC na falência da Inapa, José Miguel Almeida sublinhou que a CMVM “não pode ficar indiferente” face a ocorrências que possam afetar significativamente o funcionamento do mercado. O administrador explicou que todos os factos relevantes são passíveis de análise por parte do supervisor, nas suas diversas vertentes de atuação.

Para ilustrar esta postura, José Miguel Almeida recordou o caso Luanda Leaks, em que a CMVM procedeu a uma análise aprofundada após as revelações iniciais feitas pelos meios de comunicação social. Esta referência sugere que o regulador poderá adotar uma abordagem semelhante no que diz respeito à situação da Inapa.

Relativamente ao caso específico da Inapa, o administrador da CMVM confirmou apenas que o supervisor está “a monitorizar a situação”, sem adiantar se existe ou não uma investigação em curso. Esta declaração indica que o regulador está a acompanhar de perto os desenvolvimentos, mas mantém-se cauteloso quanto à divulgação de informações mais detalhadas nesta fase.

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HyChem constrói fábrica de eletrolisadores em Torres Vedras para produzir hidrogénio

A HyChem, antiga Solvay, especializada na química do hidrogénio, avança em Torres Vedras com projeto de inovação industrial, anos depois de ter estado em risco de fechar. Conta com 3,5 milhões do PRR.

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, visita o complexo industrial HyChem e a produção de microalgas da A4F - 23JUL21A HyChem vai construir uma nova fábrica de eletrolisadores para produzir hidrogénio nos terrenos da localidade de Matacães, no concelho de Torres Vedras, onde se localiza uma das concessões de exploração mineira de sal-gema da empresa. A unidade deverá estar concluída até final de 2026, contribuindo para a competitividade do tecido económico da região.

Este projeto de inovação industrial, a executar em parceria com a TecnoVeritas, foi anunciado durante as comemorações do 90.º aniversário da ex-Solvay pelo presidente e CEO da HyChem, Manuel Gil Antunes. Conta com 3,5 milhões de euros de cofinanciamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Questionada pelo ECO/Local Online sobre o valor do investimento, a empresa não respondeu até ao momento.

“Iniciamos um ciclo comemorativo dos 90 anos, porque ousámos projetar um novo futuro para a Solvay Portugal, invertendo a tendência de desinvestimento e descontinuidade a que estava condenada”, assinalou Manuel Gil Antunes, citado em comunicado. Na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, a HyChem produz e comercializa clorato de sódio, “substância essencial ao setor exportador da pasta e papel, e hidrogénio”.

Com capitais exclusivamente portugueses, a HyChem, especializada na química do hidrogénio, começou inicialmente por se designar Soda Póvoa e mais tarde Solvay Portugal. Desde 2021 que a HyChem é detida pela 2pelaA4FAlgae for Future, holding de um grupo empresarial de capital exclusivamente português, depois de estar em risco de fechar.

“Não escondemos a satisfação e o orgulho com que recordamos uma longuíssima jornada de desenvolvimento industrial, em que a empresa teve papel determinante, pois teria terminado de forma inglória em 2019 – por desistência do grupo Solvay, perante as dificuldades de contexto e seguindo a lógica infelizmente tão frequente nas grandes multinacionais – caso não tivéssemos tomado a iniciativa de lhe propor a aquisição da sua empresa”, salientou Manuel Gil Antunes, numa mensagem aos colaboradores por altura da comemoração do aniversário da HyChem.

A HyChem já deu provas inequívocas de que o parque industrial da Póvoa de Santa Iria continuará a ser um fator decisivo para a competitividade da região, capaz de atrair emprego qualificado e novas tecnologias amigas do ambiente.

Manuel Gil Antunes

Presidente e CEO da HyChem

O empresário vincou ainda o “compromisso baseado na inovação tecnológica e na sustentabilidade ambiental, económica e social; e também o empenho na concretização da estratégia na transição energética e na adoção de soluções de economia circular, em que o hidrogénio verde desempenha um papel essencial.”

Para Gil Antunes, “a HyChem já deu provas inequívocas de que o parque industrial da Póvoa de Santa Iria continuará a ser um fator decisivo para a competitividade da região, capaz de atrair emprego qualificado e novas tecnologias amigas do ambiente”. Será no futuro próximo, avançou o empresário, “o embrião do BioCluster, um conceito revitalizador da economia e da comunidade dos concelhos de Vila Franca de Xira e de Loures, unidos pelo Tejo”.

Na Póvoa de Santa Iria, a HyChem assegura o fornecimento de serviços e utilidades ao ALGATEC Eco Business Park, vocacionado para receber projetos de produção de microalgas.

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Woo chega ao TikTok e realiza transmissão ao vivo durante 10 horas

  • + M
  • 25 Setembro 2024

As 10 horas de transmissão contam com caras conhecidas como Samuel Massas, Eubrite ou Ana Malhoa. A criatividade é d’O Escritório, a produção do Canal 180 e o agenciamento da SA365.

A Woo, operadora 100% digital do universo Nos, chegoua à rede social TikTok, marco assinalado através de uma transmissão ao vivo durante 10 horas seguidas, que conta com a presença de várias caras conhecidas. A transmissão decorre entre as 13h30 e as 23h30 desta quarta-feira, no TikTok da WOO.

Seja acompanhar um treino do Samuel Massas, patinar com Eubrite pelas ruas de Lisboa, ter uma aula de mandarim com a Joana ou ouvir excertos de uma obra da Maria Francisca Gama, são vários os conteúdos criativos programados para estas 10 horas contínuas. Ana Malhoa é a responsável por encerrar a transmissão através de um miniconcerto, onde apresenta uma música especialmente criada para o encerramento.

A ideia de “O Live que Nunca Desliga” passa por “recriar o ambiente frenético de um algoritmo do TikTok, onde saltamos de conteúdo em conteúdo, e nunca sabemos o que pode aparecer a seguir”, explica-se em nota de imprensa. A criatividade é d’O Escritório, a produção do Canal 180 e o agenciamento da SA365.

Entendendo o comportamento dos utilizadores do TikTok e dos amantes da criatividade espontânea, escolhemos uma abordagem nativa e ousada: um live que não desliga, repleto de conteúdo exclusivo, colaborações inesperadas e momentos que ninguém vai querer perder”, diz João Lima Raposo, diretor da WOO, citado em comunicado.

Queremos continuar próximos de quem procura experiências digitais únicas e neste live serão vários os prémios para quem nos acompanha”, acrescenta.

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Novo presidente do IAPMEI quer fazer chegar dinheiro mais rápido à economia

José Pulido Valente defende que é preciso "rever processos, aumentar a agilidade, adaptar às circunstâncias concretas e às necessidades da economia".

O novo presidente do IAPMEI, José Pulido Valente, defende que é preciso rever e agilizar processos, de modo a fazer chegar o dinheiro mais depressa às empresas, potenciando novos investimentos e o desenvolvimento da economia. O responsável, escolhido pelo ministro da Economia para suceder a Luís Filipe Guerreiro à frente do organismo, defende ainda que é preciso maior agilidade para lidar com novas circunstâncias.

“Há sempre oportunidades de simplificar processos, de agilizar processos, de aumentar a rapidez com que o dinheiro chega à economia, de adaptar os programas às verdadeiras necessidades das empresas”, adiantou José Pulido Valente, na sua primeira aparição pública enquanto presidente do IAPMEI, à margem da inauguração de um novo parque fotovoltaico da Riopele.

“Vivemos um momento de aceleração da história onde o que é verdade hoje amanhã já não é tanto assim. Temos de ser ágeis para nos adaptar a novas circunstâncias“, realçou o disse responsável.

Rever processos, aumentar a agilidade, adaptar [os processos] às circunstâncias concretas e às necessidades da economia, falando com os agentes de quem necessita e compreendendo cada vez melhor qual é o papel que o IAPMEI tem para facilitar novos investimentos e o sucesso da economia portuguesa” são os objetivos assumidos por Pulido Valente enquanto presidente do organismo.

A mudança na liderança deste organismo público surgiu num momento em que o IAPMEI tem sido alvo de duras críticas pelo tempo que leva a analisar candidaturas a fundos europeus e pelos atrasos nos pagamentos de incentivos às empresas.

“Inicia-se assim uma nova etapa da IAPMEI, focada na necessidade de melhorar o nível de serviço com as empresas e a eficiência da instituição, bem como a celeridade na avaliação e resposta aos programas de incentivo em curso”, adiantou o ministério da Economia em comunicado, após a confirmação do nome de José Pulido Valente como novo presidente do instituto.

O novo líder do IAPMEI adiantou ainda que vai trabalhar para estabelecer uma maior articulação com outras entidades e organismos para a apoiar as empresas e a economia. “As articulações podem sempre melhorar, mas já existiam no passado. Mas vamos sempre contribuir no sentido de uma maior articulação”, referiu.

Questionado sobre a polémica em torno do Banco do Fomento e sobre a especulação que o Governo estaria a ponderar acabar com o Banco do Fomento — uma informação rejeitada pelo Executivo ao ECO — , José Pulido Valente escusou-se a comentar este assunto, remetendo para a administração do organismo.

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CMVM aplica 315 mil euros em coimas a auditores

No último ano, a CMVM intensificou as ações de fiscalização de auditores que resultaram num aumento de 12,5% das coimas aplicadas, apesar da queda do número de irregularidades identificadas.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou esta quarta-feira os resultados da sua atividade de supervisão de auditoria relativa ao ciclo 2023/2024, revelando um aumento das ações de fiscalização e a persistência de irregularidades significativas no setor.

O relatório da CMVM destaca um aumento expressivo das ações de supervisão pontuais, que passaram de cinco, no ciclo anterior, para 23 no período em análise (entre 1 julho de 2023 e 30 junho de 2024). Esta intensificação reflete “a prioridade dada pela CMVM a eventos que podem impactar significativamente o funcionamento do mercado e a confiança dos investidores”, segundo o documento.

No total, foram abertas 48 ações de supervisão, incluindo sete regulares, 23 pontuais, uma transversal e 17 contínuas. Este número representa um aumento face às 43 ações iniciadas no ciclo 2022/2023.

José Miguel Almeida, administrador da CMVM, sublinha que “não podemos ter auditores que não estão a cumprir com as regras”, notando ainda que em matéria de irregularidades, “o que observamos é um padrão com outras jurisdições com outros reguladores.”

Apesar do aumento da atividade fiscalizadora, o número de irregularidades identificadas pelo regulador diminuiu. A CMVM revela que foram detetadas 91 irregularidades nas ações encerradas, das quais 27 foram classificadas como de maior severidade. No ciclo anterior, tinham sido identificadas 255 irregularidades, sendo 26 consideradas significativas.

A CMVM alerta, contudo, que “esta redução não deve ser automaticamente interpretada como uma melhoria definitiva da qualidade da auditoria”, sublinhando que “persistem fragilidades recorrentes” no setor, lê-se no relatório.

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“Não podemos ter auditores que não estão a cumprir com as regras”, sublinha José Miguel Almeida. Em matéria de irregularidades, “o que observamos é um padrão com outras jurisdições com outros reguladores”, acrescenta o administrador da CMVM.

Entre as principais falhas detetadas, o regulador destaca a “documentação inadequada das análises e desafios aos pressupostos subjacentes a estimativas contabilísticas significativas” e a “insuficiências na identificação e mitigação de ameaças à independência dos auditores”.

Neste âmbito, a CMVM revela que aplicou 19 contraordenações muito graves por:

  • Avaliação e documentação da existência de ameaças à independência;
  • Independência por ameaça de auto-revisão;
  • Ter mecanismos de organização interna adequados e eficientes para a prevenção, identificação, eliminação ou gestão e divulgação de quaisquer ameaças à sua independência;
  • Registar nos documentos de trabalho da auditoria todas as ameaças relevantes que possam comprometer a sua independência, bem como as medidas de salvaguarda aplicadas para as mitigar.

Além destas, o regulador aplicou ainda 27 contraordenações graves e, “no âmbito da Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo, foram aplicadas dez contraordenações relacionadas com o incumprimento do dever de exame e do dever de identificação do beneficiário efetivo.”

Este quadro de contraordenações gerou a aplicação de coimas no valor de 315 mil euros por parte da CMVM no ciclo 2023/2024, que se traduz num aumento de 12,5% do montante face às coimas aplicadas no ciclo anual anterior.

No entanto, a CMVM refere que “dos 14 processos decididos, 4 foram de arquivamento pelo que apenas foram aplicadas sanções (coimas/admoestações) em dez processos.

Baixos honorários dos auditores geram preocupação

Um ponto de particular preocupação para a CMVM continua a ser o nível dos honorários praticados pelos auditores em Portugal.

O relatório refere que “os honorários médios por relatório emitido mantêm-se em níveis baixos” e alerta que esta situação “pode resultar na falta de capacidade do auditor para investir de forma adequada e se adaptar às exigências atuais e aos desafios futuros da atividade”.

Comparando com outros países europeus, o estudo citado pela CMVM revela que Portugal se situa no grupo de “honorários de auditoria baixos”, com um rácio de honorários sobre o ativo total das entidades auditadas de apenas 0,022% em 2023, muito abaixo da média europeia de 0,064% verificada em 2021 pelo estudo citado pelo regulador, “Comparative study of audit fees in Spain and the most relevant European Union Countries”, do Instituto de Contabilidad y Auditoria de Cuentas (ICAC).

“A remuneração inadequada dos serviços de auditoria pode influenciar negativamente a qualidade da auditoria”, alerta a CMVM, notando ainda que “esta situação pode resultar na falta de capacidade do auditor para investir de forma adequada e se adaptar às exigências atuais e aos desafios futuros da atividade.”

Face a estes desafios, a CMVM reforça a necessidade de os auditores “refletirem sobre estes desafios e implementarem as medidas que garantam a credibilidade e a existência do mercado de auditoria português”.

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