CUF procura startups e PME inovadoras na área de saúde

Candidaturas ao “Born - Encontros de Inovação: 1.º matchmaking Testbed ITeCS" até 11 de outubro. Empresas selecionadas têm a oportunidade de apresentar as suas tecnologias a 23 de outubro, no Porto.

A CUF está à procura de startups e PME nacionais com soluções inovadoras na área de saúde. As candidaturas ao “Born – Encontros de Inovação: 1.º matchmaking Testbed ITeCS” decorrem até 11 de outubro.

Para participar no “1.º matchmaking Testbed ITeCS”, as startups ou PME “devem estar sediadas em Portugal; desenvolver soluções tecnológicas alinhadas com as áreas de atuação do Testbed – ITeCS e necessitar de apoio especializado para desenvolver a sua solução e aumentar o nível de Technology Readiness Level (TRL) em pelo menos um nível com o apoio recebido”, explica a CUF em comunicado.

“As empresas selecionadas terão a oportunidade de apresentar as suas tecnologias, necessidades e objetivos a um painel de 36 membros do consórcio Testbed – ITeCS”, num encontro a realizar-se a 23 de outubro no Hospital CUF Porto, das 9h00 às 18h00.

A Testbed – ITeCS é dedicada exclusivamente à saúde digital e tem como objetivo “impulsionar inovações nas áreas da prevenção em saúde, cuidados primários, cuidados especializados e cuidados continuados, além de apoiar soluções que incorporem inteligência artificial”.

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Norrsken lança a Impact/100 2024, “os unicórnios de impacto de amanhã, identificados pelas principais empresas de capital de risco do mundo”

  • Servimedia
  • 25 Setembro 2024

A terceira lista anual Impact/100 da Norrsken destaca as startups mais inovadoras e “impactantes do mundo que estão a mudar o mundo para melhor”.

A Norrsken, uma fundação sem fins lucrativos, anunciou na quarta-feira o Impact/100 2024, a sua classificação anual que destaca as 100 principais empresas “que estão a mudar o mundo para melhor, selecionadas por uma lista exclusiva das principais empresas de capital de risco do mundo”. As empresas abordam questões globais como as alterações climáticas, a poluição, a pobreza e as perturbações da saúde mental.

“Criámos uma lista abrangente que prevemos conter os unicórnios de impacto de amanhã, tal como identificados pelas principais empresas de capital de risco do mundo”, afirmou Niklas Adalberth, fundador da Fundação Norrsken. Como parte do processo, descobrimos que todas as empresas de capital de risco com as quais temos parceria estão a procurar investir mais em impacto nos próximos anos, com quase metade a dizer que querem atribuir “muito mais” capital a empresas de impacto. Esta é uma boa notícia para o planeta”.

O Impact/100 foi criado com o objetivo de dar visibilidade aos empresários que estão a construir empresas com potencial para se tornarem “unicórnios” com impacto, empresas cujo trabalho teve um impacto positivo em mil milhões de pessoas em todo o mundo. A lista é compilada todos os anos através de nomeações rigorosamente selecionadas de investidores e organizações sem fins lucrativos. Foi pedido aos nomeadores que identificassem empresas emergentes e promissoras em fase inicial, com o objetivo de destacar empresários visionários e transformadores que ainda não chamaram a atenção das empresas mais estabelecidas.

“Queremos destacar o trabalho importante e entusiasmante que está a ser feito no domínio do impacto, impulsionando a mudança e descobrindo soluções para os nossos maiores desafios. O nosso objetivo é mostrar que fazer uma diferença positiva não só é bom para o mundo, como também é bom para os negócios. O planeta enfrenta enormes desafios. Para ajudar a enfrentá-los, precisamos de muitos mais empresários com ambição, visão e vontade de fazer uma diferença positiva, e que outros se inspirem neles. A Impact/100 pretende realçar a ousadia destas pessoas e reconhecer os seus feitos”, acrescentou Niklas Adalberth.

As empresas Impact/100 devem ser empresas orientadas para o valor económico que aspiram a gerar um progresso positivo, significativo e mensurável em relação a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas; organizações em que o impacto não é negociável e está inevitavelmente ligado ao crescimento das receitas; empresas de elevado risco e elevado potencial que procuram tirar partido da inovação e/ou da tecnologia para ganhar escala; capazes de demonstrar que entregaram ao mercado pelo menos um produto mínimo viável e/ou que angariaram fundos em rondas de financiamento de arranque ou da Série A; de propriedade privada ou com financiamento privado.

A Norrsken recebeu mais de 1 200 candidaturas, provenientes de 40 nomeadores selecionados entre muitas das principais empresas de capital de risco em fase inicial do mundo. Uma pequena equipa foi responsável pelo processo de seleção, que foi analisado pela equipa de gestão da Norrsken. O primeiro passo para obter credibilidade neste processo é o aval recebido das empresas de capital de risco que aprovam a nomeação. Entre as 100 empresas reconhecidas, destacam-se as espanholas 001h, Hydrogen Onsite (H2Site), Idoven e Inbrain Neuroelectronics.

“Ao colocarmos estas empresas no radar hoje”, continuou Adalberth, ‘podemos oferecer às empresas de capital de risco, quer já estejam a trabalhar nesta área ou a procurar entrar nela, uma lista das principais empresas de impacto em fase inicial que provavelmente estarão à procura de financiamento num futuro próximo’.

As empresas Impact/100 serão apresentadas hoje na Torre Nasdaq em Times Square, em Nova Iorque, para coincidir com a Semana do Clima de Nova Iorque. Serão também convidadas a juntar-se ao ecossistema da Norrsken, com uma adesão global na Norrsken House de Barcelona, Estocolmo e Kigali, e serão apresentadas durante a Impact/Week 2024, que terá lugar na Norrsken House de Barcelona, de 6 a 7 de novembro de 2024.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 25 de setembro

  • ECO
  • 25 Setembro 2024

Ao longo desta quarta-feira, 25 de setembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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📹 Duodécimos: O que são e quando se aplicam?

  • ECO
  • 25 Setembro 2024

No caso do chumbo do Orçamento do Estado entra em vigor o regime transitório de execução orçamental, com o governo a ficar limitado à gestão em duodécimos.

No regime dos duodécimos, o Governo fica limitado a executar em cada mês 1/12 da despesa efetuada no ano anterior. A Lei de Enquadramento Orçamental (LEO) prevê que quando se dá a rejeição da proposta de lei do Orçamento do Estado a vigência da lei do Orçamento do Estado anterior é prorrogada. Significa isto que entra em vigor o chamado regime transitório de execução orçamental.

https://videos.sapo.pt/uMPWy4YlVzqabUYg60J9

 

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Montenegro recusa governar em duodécimos. Que margem teria?

No caso de chumbo do Orçamento, a gestão do Governo fica limitada a executar 1/12 da despesa efetuada em 2024 em cada mês de 2025. Contudo, há exceções ao regime.

O primeiro-ministro afastou a possibilidade de governar em duodécimos caso o Orçamento do Estado para 2025 seja chumbado. Este regime implica governar com os tetos de despesa do atual Orçamento, desenhado em 2023 no governo socialista de António Costa. Mas, afinal, por que não quer Montenegro governar em duodécimos?

A Lei de Enquadramento Orçamental (LEO) prevê que quando se dá a rejeição da proposta de lei do Orçamento do Estado a vigência da anterior é prorrogada. Significa isto que entra em vigor o chamado regime transitório de execução orçamental.

Durante este período, a gestão do Governo fica limitada a executar 1/12 da despesa efetuada em 2024 em cada mês de 2025. Ou seja, a execução mensal dos programas em curso não pode exceder o duodécimo da despesa total da missão de base orgânica.

“Exprimo em jeito de conclusão um pensamento que creio que sua excelência o Presidente da Republica tem deixado de forma muito clara: estamos, relativamente ao Orçamento, confiantes na sua aprovação porque estamos conscientes que os duodécimos não são solução“, afirmou Luís Montenegro na segunda-feira à noite.

Em causa está o facto de que o Governo de Montenegro estaria o ano todo de 2025 a governar com tetos autorizados para a despesa em 2024, aprovados em 2024, e é precisamente isto que o primeiro-ministro não quer. Em alternativa, poderia ser aprovado uma proposta de revisão orçamental ainda este ano que permitisse aumentar os tetos de despesa autorizados pelo Parlamento para 2024.

A hipótese é juridicamente possível, segundo sinalizou a presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré da Costa Cabral, em conferência de imprensa de apresentação do relatório das perspetivas económicas e orçamentais.

Esta alteração, que teria de ter ‘luz verde’ do Parlamento, permitira um aumento da despesa total do subsetor da administração central e o aumento da despesa total de cada missão de base orgânica, dando mais margem de manobra ao Executivo. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou estar disponível para viabilizar esta solução, que não parece agradar à equipa de Montenegro.

Ainda assim, caso o Orçamento para o próximo ano fique pelo caminho, o primeiro-ministro apresente a demissão ou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decida dissolver por sua iniciativa o Parlamento e marcar eleições antecipadas, até à aprovação de um novo Orçamento por um novo Executivo o regime transitório de execução orçamental estará de qualquer forma em vigor.

A Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição e no último semestre do mandato do Presidente da República, pelo que, com eleições presidenciais em janeiro de 2026, este é um cenário que Marcelo Rebelo de Sousa ainda pode concretizar até ao início de junho.

No entanto, há exceções à aplicação dos duodécimos. Ficam de fora:

  • prestações sociais, como aumentos de pensões previstos na lei, subsídios de desemprego ou outros subsídios.
  • direitos dos trabalhadores
  • aplicações financeiras e encargos da dívida
  • despesas associadas à execução de fundos europeus
  • despesas destinadas ao pagamento de compromissos já assumidos e autorizados relativos a projetos de investimento não cofinanciados
  • despesas associadas a outros compromissos assumidos cujo perfil de pagamento não seja compatível com o regime duodecimal

O Governo pode também fazer alterações dentro dos programas orçamentais cortando despesa em algumas rubricas e transferi-las para outras. O objetivo do regime é permitir a estabilidade da transferência de ano orçamental, de modo a evitar qualquer perturbação no funcionamento dos serviços e no cumprimento das funções essenciais do Estado e demais organismos públicos.

Para que o regime entre em vigor, o Governo aprova um decreto-lei com as normas estritamente necessárias para a execução do orçamento transitório, até à aprovação da nova proposta. É neste decreto-lei que estabelece as exceções aos limites dos duodécimos como os investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O decreto-lei pode abranger mais ou menos exceções, desde que tenham luz verde de Marcelo Rebelo de Sousa, a quem cabe a promulgação. Por exemplo, o regime transitório aprovado para 2022 não foi tão longe quanto o que foi aprovado para 2020.

Em 2022 não referia explicitamente, como no anterior, que o Ministro das Finanças podia antecipar duodécimos “através da antecipação temporária de fundos disponíveis” ou outras exceções como as despesas com pessoal ou o pagamento de contribuições e de quotizações para organizações internacionais.

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“A construção da marca Portugal precisa de marcas”, defende João Santos

Desenvolver a marca Portugal foi apontado como objetivo pelo Governo. "Uma marca necessita de tempo para ser construída e os ciclos políticos são por definição curtos", alerta o COO do WYgroup

Pode parecer um paradoxo, mas é uma realidade. A construção da marca Portugal precisa de marcas, comenta João Santos, COO do WYgroup, em declarações ao +M. “Um programa de construção de uma marca forte de país, necessita de marcas fortes setoriais. E não as vai conseguir apoiar todas, mas antes aquelas que joguem este jogo das sinergias entre as marcas. Se queremos ser um país tecnológico temos de apoiar a construção e desenvolvimento de marcas tecnológicas, se queremos ser um país de setores de grande valor acrescentado, é para lá que tem de ir o nosso investimento. As marcas internacionais são fundamentais para que o valor que elas criam fique e se consolide no nosso país”, acredita o responsável.

E prossegue. “Se a marca Portugal for um incentivo à exportação sem marca, estaremos todos a perder tempo e recursos, pois continuaremos a ajudar a desenvolver um tecido económico baseado em baixos salários e sobretudo de mão de obra intensiva”. A necessidade de apostar na construção de marcas tem vindo a ser defendida pelo responsável do grupo, inclusive no +M.

Muito daquilo que fazemos com qualidade e mestria é vendido sem marca ou com a marca de terceiros. Muitas das nossas indústrias produzem para marcas internacionais, mas somos incapazes de produzir com a nossa marca e de a afirmar. Uma e outra andam de mãos dadas”, reforça, lembrando que a marca de origem ajuda a marca de produto e a marca de produto ajuda a confirmar a marca origem. “Veja-se o que pensamos quando olhamos para a marca Alemanha e o que nos ajuda a confirmar quando pensamos em Bosch, Siemens, Porsche, Mercedes, BMW, Audi, entre muitas outras”, aponta como exemplo.

A opinião do profissional vem a propósito de uma das medida apresentadas em julho, data na qual o Governo deu a conhecer o pacote de “60 Medidas para Acelerar a Economia”. O objetivo número 36 é claro: “Afirmar a marca Portugal no contexto global”. Para o fazer, pode ler-se na descrição da medida, a ideia será a “elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento do conceito “Marca Portugal” de forma transversal a todos os setores económicos do país, de maneira a afirmar os seus produtos e serviços com maior valor acrescentado nas cadeias globais”. O plano, prossegue o Executivo, “será assente em dimensões como o conhecimento, inovação, segurança, criatividade, qualidade e sustentabilidade”.

Ora, se o objetivo parece claro, a execução é mais complexa. Cerca de dois meses e meio após o anúncio – feito em pleno início de verão, é certo -, o ‘caderno de encargos’ ainda não foi divulgado, mas o tema continua a ser afirmado como uma prioridade. “O Ministério da Economia está empenhado e comprometido com o desenvolvimento de uma proposta de valor robusta para fortalecer a marca Portugal num cenário global”, responde o ministério liderado por Pedro Reis ao +M, quando questionado sobre a evolução da medida. “Estamos a trabalhar internamente, baseados nas melhores práticas implementadas em diversos setores exportadores, e lado a lado com alguns dos nossos organismos, em particular com a AICEP, na abordagem deste tema”, conclui o ministério.

Se queremos ser sérios na sua implementação e queremos fazer algo que ultrapassa a medida de Relações Públicas para aparecer nas rubricas económicas das TV’s, rádios e imprensa, o plano deve ser coordenado e ajustado com as diversas forças políticas para que não seja posto em causa na próxima rotação de poder.

João Santos

COO do WYgroup

Em declarações ao +M, João Santos lembra que a iniciativa para criar e desenvolver a “Marca Portugal” não é nova, mas é de extrema importância. “Como sou uma pessoa positiva, vejo nesta singela medida uma iniciativa estratégica muito relevante e oportuna, e tenho pena que esta não seja a única medida deste plano mais extenso onde todas as outras se deveriam inspirar e depender”, aponta. Sem mais dados sobre o objetivo do Governo, João Santos refere que Portugal necessita de um plano que ajude transversalmente na sua diferenciação e competitividade, que valorize os seus setores estratégicos, que atraia mais e melhor investimento estrangeiro e que ajude a fortalecer a identidade e a coesão nacional. “Se as poucas linhas que descrevem o plano forem ao encontro destes objetivos, julgo que é de apoiar e de ajudar a concretizar“.

Quanto à concretização, “o Diabo está sempre nos detalhes”, como se costuma dizer. “Um plano desta magnitude e com a ambição certa, não poder ser construído para durar uma legislatura. Nem uma década”, alerta o gestor e especialista em marketing e comunicação.

“Se queremos ser sérios na sua implementação e queremos fazer algo que ultrapassa a medida de Relações Públicas para aparecer nas rubricas económicas das TV’s, rádios e imprensa, o plano deve ser coordenado e ajustado com as diversas forças políticas para que não seja posto em causa na próxima rotação de poder. Uma marca necessita de tempo para ser construída e os ciclos políticos são por definição curtos para estes objetivos”, avisa o COO do grupo de comunicação criado por Pedro Janela. “Qual o nosso modelo de país, a que setores queremos dedicar atenção, quais são aqueles onde o nosso desenvolvimento tem de assentar e de que forma os podemos alavancar, como podemos envolver os diferentes parceiros e partes interessadas, como nos vamos diferenciar”, questiona, salientando que é necessário que estas questões sejam respondidas para que esse plano possa ser mais do que uma intenção.

Quanto à forma como avalia hoje a marca Portugal, João Santos reconhece que, muito graças ao Turismo de Portugal, o país tem hoje uma imagem internacional muito diferente para melhor daquela que tinha há umas décadas. “O mundo descobriu Portugal, mas nós ainda não aprendemos como podemos aproveitar estes visitantes para lhes explicar um pouco melhor o que somos e o que fazemos. A marca Portugal tem de começar por aqui, por aqueles que estão disponíveis para nos conhecer desde já”, resume.

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📹 O que é o período experimental e como posso evitá-lo? Veja o “Manual de sobrevivência para o trabalho”

"Manual de sobrevivência para o trabalho" é uma série de vídeos do ECO, que num minuto que lhe dão os conhecimentos essenciais para navegar no mundo do emprego.

Sabia que pode ser dispensado pela empresa nos primeiros meses do contrato sem qualquer indemnização? É o chamado período experimental. Mas, atenção, há maneira de o evitar. No “Manual de sobrevivência para o trabalho” desta semana, o ECO explica-lhe tudo.

http://videos.sapo.pt/NTCNk55Fnker9JooQdPL

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Benfica revitaliza Bairro do Calhariz Velho com 20 milhões de euros para atrair investimento

Residência universitária que é inaugurada nesta quarta-feira constitui o projeto âncora da reabilitação urbana nesta zona de Lisboa.

A residência universitária de Calhariz de Benfica é inaugurada esta quarta-feira24 setembro, 2024

O bairro do Calhariz Velho de Benfica, “uma zona envelhecida” desta freguesia lisboeta, está a ser objeto de “uma regeneração urbana como nunca foi feita”, com a construção de 58 casas para arrendamento acessível, uma residência universitária e diversos equipamentos. Este “projeto bandeira”, orçado em 20 milhões de euros, estará concluído até 2025 e “visa atrair mais investimento, turismo” e população, dinamizando a economia local, avança Ricardo Marques, presidente desta junta.

O primeiro passo é dado já esta quarta-feira com a inauguração da residência universitária com capacidade para 120 camas, num investimento superior a quatro milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “É a primeira residência universitária do país construída e gerida por uma Junta de Freguesia, sendo o ponto âncora desta revitalização” que está a acontecer no bairro do Calhariz Velho de Benfica, assinala Ricardo Marques em declarações ao ECO/Local Online.

“O conjunto destas obras [no âmbito do vasto projeto] vai quebrar o isolamento” desta zona que também é conhecida pelos restaurantes com gastronomia tradicional. E que vai ganhar uma nova vida urbana, “aproximando-se de Monsanto que até então está de costas voltadas”.

Para o autarca, “a residência universitária de Calhariz representa um passo importante na resposta à crescente necessidade de alojamento estudantil e na luta contra o abandono escolar”. Com este novo espaço, a freguesia da capital aumenta em 24% a oferta de camas disponíveis para estudantes bolseiros deslocados na cidade de Lisboa. Nas imediações, situam-se a Escola Superior de Música, a Escola Superior de Educação e a Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL)

É a primeira residência universitária do país construída e gerida por uma Junta de Freguesia, sendo o ponto âncora desta recuperação” que está a acontecer no bairro do Calhariz Velho de Benfica.

Ricardo Marques

Presidente da Junta de Freguesia de Benfica

Na hora de decidir o tipo de construção da residência universitária, a Junta de Freguesia de Benfica optou por um sistema modular e apostou na sustentabilidade e eficiência energética ao implementar um sistema de recuperação de águas pluviais que utiliza a força da gravidade sem necessidade de bombas, para irrigar os jardins, descreve o autarca.

Na mesma linha da sustentabilidade, também serão reaproveitadas as águas cinzentas, provenientes dos lavatórios, duches e lavagem de louça, para as descargas dos autoclismos; permitindo uma redução de 50% no consumo de água.

Mais 58 famílias beneficiarão de arrendamento acessível

Ainda no âmbito deste projeto, a Junta de Freguesia vai reabilitar um edifício para a construção de oito apartamentos destinados a arrendamento acessível, de modo a dar resposta ao problema de habitação em Lisboa. Deverão estar prontos até dezembro deste ano, envolvendo um custo de dois milhões de euros. Igualmente destinada a renda acessível está prevista a construção de raiz de mais 50 apartamentos num terreno contíguo à nova residência universitária, que a Junta de Freguesia vai comprar à câmara de Lisboa por 1,6 milhões de euros. Estarão prontos a habitar no verão de 2025 e resultam de um investimento total de nove milhões de euros, calcula o socialista Ricardo Marques.

Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Ricardo Marques
Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Ricardo Marques24 setembro 2024

O PRR é o grande motor de toda esta revolução na freguesia. “O objetivo é aproveitar o PRR para rejuvenescer esta zona envelhecida de Benfica, suprimindo a lacuna de falta de alojamento e de mais respostas para os mais pequenos”, neste último caso mediante a construção de uma creche.

Desta operação de reabilitação urbana fazem ainda parte uma ciclovia — num investimento de dois milhões de euros — que vai ligar a rotunda do Pina Manique até ao Campus do IPL, em Benfica, além de um skatepark “para atrair mais jovens” para a freguesia. “No próximo mês inauguramos os arruamentos que foram requalificados”, completa o autarca que quer marcar a diferença na freguesia.

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Universidade Alfonso X el Sabio inaugura o ano académico 2024/2025, comemorando o seu 30º aniversário

  • Servimedia
  • 25 Setembro 2024

Durante o novo ano académico, a UAX continuará a prestar especial atenção à transformação das profissões, a fim de inovar o processo de ensino-aprendizagem.

A Universidade Alfonso X el Sabio (UAX) inaugurou o ano académico 2024/2025. Um curso que, como explicou, será também marcado pela comemoração do 30º aniversário da criação da UAX.

Indicou que a sua criação “foi um marco para o ensino superior em Espanha, uma vez que a sua fundação como a primeira universidade privada não confessional introduziu um modelo educativo inovador, formando desde as suas origens o talento exigido pelas empresas e evoluindo os modelos de ensino superior para os alinhar com as mudanças sociais e laborais que o nosso país viveu nas últimas três décadas. Desde então, mais de 50.000 profissionais passaram pelas suas salas de aula e trabalham atualmente em empresas líderes em todo o mundo”.

Este papel foi destacado durante a cerimónia de abertura do ano académico pelo presidente e fundador da Universidade Alfonso X el Sabio, Jesús Núñez Velázquez, que afirmou que “há 30 anos, a Universidade Alfonso X el Sabio começou a formar profissionais com a convicção de que era necessário um modelo inovador para responder às necessidades de talento do mercado de trabalho. Ao longo dos anos, este tem sido o nosso motor de crescimento, baseado na colaboração com empresas líderes nos mais diversos setores para perceber que talento era procurado e para poder formar os nossos alunos com os conhecimentos e competências que lhes permitissem entrar na vida profissional o mais rapidamente possível, para deixar a sua marca e liderar as mudanças que têm vindo a ocorrer”.

Ouvir o mercado, observar e analisar a sua evolução tem sido uma constante da UAX ao longo das últimas três décadas. Este trabalho levou-a a estabelecer fortes ligações com as empresas, chegando a quase 9.000 acordos de colaboração com empresas líderes nos seus setores. Isabel Fernández, reitora da UAX, sublinhou as implicações desta colaboração universidade-empresa no mercado atual: “A UAX tem um papel crucial a desempenhar no contexto atual, com um mercado de trabalho em que surgem constantemente novas profissões. O modelo da UAX responde de forma rápida e solvente a estas necessidades, graças ao apoio de empresas de todos os setores, bem como de profissionais que contribuem com os seus conhecimentos e experiência para o desenvolvimento dos nossos programas e projetos”.

TECNOLOGIA

Com o objetivo de criar uma nova geração de profissionais capazes de impactar a sociedade a partir das suas empresas, transformando os negócios e gerando novas soluções para os desafios do mundo atual, a UAX desenvolveu modelos de formação em que o aluno é o protagonista da sua própria aprendizagem.

É o caso do modelo UAXmakers, que promove a aprendizagem prática e interdisciplinar dos alunos através do desenvolvimento de projetos em que são criadas soluções reais para desafios lançados por empresas e ligados aos objetivos da agenda 2030. Desde a sua criação, mais de 6.000 alunos colaboraram com empresas como o Caixabank, Quirónsalud, Banco Santander, Microsoft ou Ecoalf, entre muitas outras, em mais de uma centena de projetos.

Outro exemplo de como a UAX está constantemente a transformar os modelos de ensino para os adaptar à realidade do mercado é a sua Faculdade de Business & Tech, a única em Espanha que combina formação em tecnologia e negócios, garantindo que os estudantes são formados para compreender o impacto da tecnologia nos negócios.

De facto, a universidade presta especial atenção à forma como as profissões estão a mudar devido ao impacto da tecnologia para garantir que os seus estudantes estão preparados para se integrarem no mercado de trabalho. Assim, durante o ano letivo de 2024/2025, a UAX continuará a desenvolver o seu Observatório do Impacto das Tecnologias nas Profissões com o objetivo de acelerar a inovação do seu modelo educativo de acordo com os novos perfis e competências digitais exigidos pelas empresas. A este respeito, o reitor da UAX sublinhou que “o nosso olhar está centrado no futuro e na forma como a tecnologia e o conhecimento podem transformar o futuro do trabalho. Temos de ser um espaço de debate e reflexão aberto para compreender o alcance das mudanças que estamos a viver, ao mesmo tempo que temos a responsabilidade de formar os nossos alunos com as competências necessárias para aplicar a tecnologia com propósito”.

RENOVAÇÃO

A UAX tem experimentado um crescimento sustentado nos últimos 30 anos, contando atualmente com três campus equipados com instalações e centros de vanguarda na Europa. É o caso do Campus da UAX Madrid Villanueva (em Villanueva de la Cañada), com mais de 10 hectares, onde se encontram instalações de referência na Europa, como o Hospital Clínico Veterinário, um espaço de 7.000 m2 equipado com uma UCI 24 horas onde 80 profissionais atendem mais de 9.000 pacientes por ano. Também neste campus se encontram o Hospital de Simulação Virtual e os laboratórios de biomedicina e odontologia, que foram digitalizados e atualizados para oferecer a formação mais atualizada aos alunos dos primeiros anos dos seus cursos.

Para além de Villanueva, a UAX tem mais dois campus na cidade de Madrid, o Campus UAX Madrid Chamberí, junto ao coração financeiro e empresarial da cidade, que alberga a Faculdade de Business & Tech e se destaca como um ecossistema onde a tecnologia e os negócios andam de mãos dadas; e o Campus UAX Madrid Chamartín, que alberga a única Faculdade de Música e Artes Cénicas de Espanha, a única do género em Espanha. Para além disso, a UAX tem duas Clínicas Dentárias de Graduação e Pós-Graduação, que também foram digitalizadas este ano.

O último passo na evolução da Universidade Alfonso X el Sabio foi marcado pelo lançamento da UAX Mare Nostrum em Málaga, com o objetivo de gerar talentos em áreas de elevada procura, como Saúde e Desporto, Negócios e Tecnologia e Arte e Design. A UAX Mare Nostrum foi criada para apoiar o desenvolvimento de Málaga e da Andaluzia como um centro digital no sul da Europa, fornecendo o talento e o espírito empreendedor necessários.

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Sustentabilidade já cria desconfiança e pede nova regulação

Os consumidores estão atentos às declarações de sustentabilidade das marcas e começam a questioná-las, assinala a Deco Proteste. Nova regulação será determinante para assegurar rigor.

Todos os dias, os consumidores se deparam com múltiplas “promessas” de sustentabilidade, associadas aos produtos e serviços que consomem. Neste dia 25 de setembro, dia nacional da Sustentabilidade, a Deco Proteste indica que este tipo de declarações está a gerar desconfiança do lado dos consumidores, e defende que apenas com regulação específica se pode colmatar o problema do greenwashing — isto é, quando um produto tenta passar por sustentável quando não o é realmente.

Um estudo recente de uma congénere espanhola da Deco Proteste mostra que cerca de 43% dos consumidores não acredita, ou pelo menos desconfia, das alegações ambientais dos produtos. Em Portugal, a Deco Proteste já regista “contactos de consumidores a questionar alguns rótulos”, indica a responsável pela área de Sustentabilidade desta organização de defesa do consumidor, Elsa Agante.

De momento, existem já mais de 450 rótulos “ecológicos” a nível mundial, o que aumenta a descrença, assume a Deco Proteste. Entre os rótulos mais confiáveis, a organização de defesa do consumidor portuguesa aponta aqueles que são certificados com o EU Ecolabel, o FairTrade e o Forest Stewardship Council.

"O que falha, muitas vezes, é a transparência das alegações.”

Elsa Agante

Responsável de sustentabilidade da Deco Proteste

Em paralelo, existem as afirmações ambientais “autodeclaradas”, feitas por fabricantes, importadores ou distribuidores, sem certificação independente e que “nem sempre são exatos e verificáveis”. “Eco”, “renovável”, “biodegradável”, “feito de conteúdo reciclável”, “livre de”, são algumas das declarações deste tipo que muitas vezes se encontram nas embalagens. “O que falha, muitas vezes, é a transparência das alegações”, isto é, a clarificação dos benefícios ambientais anunciados, acusa Elsa Agante.

Tanto esta organização de defesa do consumidor como as homólogas a nível europeu estão a trabalhar no sentido de identificar e denunciar situações de greenwashing, indica Agante. “Ao nível das alegações ambientais, contactámos diretamente várias marcas para a possibilidade de as alegações serem consideradas como greenwashing, levando a que as mesmas se comprometessem a retirar as alegações em causa”, afirma.

Posto este cenário de desconfiança, “consideramos que apenas com legislação específica poderá haver uma maior proteção do consumidor”, conclui a responsável pela área de Sustentabilidade da Deco Proteste. Uma nova diretiva europeia, conhecida pela diretiva das Green Claims, prevê que todas as alegações tenham de ser verificáveis do ponto de vista científico, e que sejam certificadas por entidades independentes. “Uma mais-valia para tornar as alegações e rótulos ecológicos mais fiáveis”, considera a mesma organização.

Enquanto a nova legislação não é aplicada — o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu deverão discuti-la até ao final de 2024 –, os consumidores podem apenas tentar verificar as alegações ambientais dos produtos recorrendo à respetiva ficha técnica, e manter-se atentos, questionando “alegações vagas ou pouco precisas”.

Preço trava compras sustentáveis

Um outro estudo a nível europeu, levado a cabo pela Deco Proteste e respetivas congéneres, deteta que no ato de compra, 48% dos consumidores preferem comprar um produto com um rótulo ambiental. Em Portugal, a fatia ascende aos 60%. No entanto, quando a questão é o preço, as percentagens são menos expressivas: apenas cerca 40% dos consumidores na Europa estão disponíveis para pagar mais por “produtos sustentáveis” e, no caso dos portugueses, a percentagem não passa os 45%.

"Muitas são as pessoas que defendem comportamentos mais sustentáveis, mas ainda são poucas aquelas que os praticam.”

Elsa Agante

Responsável pela área de Sustentabilidade da Deco Proteste

“Muitas são as pessoas que defendem comportamentos mais sustentáveis, mas ainda são poucas aquelas que os praticam”, reconhece Elsa Agante, ao mesmo tempo que assinala que “o preço continua a ser o fator mais determinante”.

Por outro lado, a Deco Proteste relembra que “os produtos mais sustentáveis não são necessariamente mais caros”, e que as marcas devem melhorar os seus produtos para os tornar mais sustentáveis mas, ao mesmo tempo, “necessariamente acessíveis a todos os consumidores”.

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26 de setembro é o Dia do Numerário

  • Conteúdo Patrocinado
  • 25 Setembro 2024

Denária Portugal celebra a institucionalização do dia pelo acesso universal aos pagamentos em dinheiro com campanha.

A Denária Portugal vai celebrar a 26 de setembro a institucionalização do Dia do Acesso Universal aos Pagamentos em Dinheiro (vulgo Dia do Numerário), com o lançamento de uma campanha publicitária intitulada “O Digital Nunca Substituirá o Físico”.

Esta campanha viverá em imprensa e outdoor e visa sublinhar a importância de manter o numerário enquanto opção e direito de pagamento destacando o valor tangível e insubstituível do dinheiro físico nomeadamente nos domínios da privacidade, segurança e inclusão.

A Denária Portugal é uma associação sem fins lucrativos criada com o fim de agregar o interesse da Sociedade Civil na defesa da utilização do numerário como meio de pagamento corrente, independente, seguro e universalmente aceite. Tem como missão alertar para os riscos na limitação da utilização do dinheiro como forma de pagamento universal, procurando valorizar o numerário como o meio de pagamento mais inclusivo: acessível a todos os segmentos da população, nomeadamente os que necessitam de maior proteção como os mais velhos e os que têm algum tipo de incapacidade.

Por mais que o digital seja prático, o físico oferece uma experiência autêntica e incontornável no quotidiano dos cidadãos

A campanha apresenta uma série de comparações simples, mas impactantes, entre o digital e o físico, convidando o público a refletir sobre as vantagens do que é tangível, em temos de experiência e vivência, versus o que é virtual e à distância. O conceito transmite a ideia de que, por mais que o digital seja prático, o físico oferece uma experiência autêntica e incontornável no quotidiano dos cidadãos.

Debate no Estúdio ECO

Ainda no âmbito da celebração do Dia do Numerário, a Denária está a organizar um debate subordinado ao tema “Fraudes nos pagamentos: Digital vs. Numerário”. A discussão abordará as crescentes ameaças de fraude nos pagamentos digitais e como o dinheiro físico continua a ser uma forma segura e protegida de transação, sendo um mecanismo fundamental para proteger especialmente os segmentos da população mais frágeis (como os de menor recursos, os mais idosos ou os que não têm literacia digital).

Neste debate participam Mário Frota, Mandatário da Denária Portugal, Miguel Trindade Rocha, Presidente do Observatório Português de Compliance e Regulatório, e José Neto, Administrador da Prosonic.

O vídeo desta talk é revelado a 27 de setembro.

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Mais de 1.200 advogados e solicitadores vão despachar processos de imigrantes pendentes

Os advogados e solicitadores inscritos vão ganhar apenas 7,5 euros por processo. Mas bastonária alerta que são "meros procedimentos administrativos". Valor foi definido pela AIMA.

No espaço temporal de 24 horas, 845 advogados e 400 solicitadores (num total de 1.245) inscreveram-se na plataforma de prestação de serviços para ajudar a despachar de forma rápida os 400 mil pedidos pendentes de concessão e renovação de autorizações de residência de imigrantes em Portugal. As inscrições começaram às 18h00 de segunda-feira e terminam no dia 30 de setembro.

Este mês, a Ordem dos Advogados e a Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (OSAE) assinaram um protocolo com a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) para prestação de serviços por advogados e solicitadores, ao preço contratual de 7,5 euros por processo. Valor esse que foi definido pela AIMA. Ou seja, cada profissional receberá este montante por cada processo, incluindo deslocações e custos incluídos. Os advogados irão receber uma avença de um mínimo de 150 euros e um máximo de 1400 euros por mês num processo que é meramente administrativo.

“Este protocolo nada tem a ver com a SADT. Isto é uma negociação que resulta de um concurso público, um ajuste direto de um preço que foi apresentado pelo adjudicatário (AIMA) que pediu ajuda da OA e da OSAE para conseguir dar seguimento e tramitar os cerca de 400 mil parados na AIMA e cuja capacidade de resolução a AIMA não tem. Os recursos humanos altamente qualificados e com uma componente técnica elevada que vai dispensar a formação intensiva que outros funcionários teriam de fazer. Isto não são ações judiciais, são meros expedientes administrativos que demoram cerca de 15 minutos por processo”. explica a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro. “A OA não poderia dizer que não estava disponível porque a OA tem como função a defesa da justiça e dos cidadãos. Num momento destes, jamais poderíamos afastar-nos”.

De acordo com o regulamento, as funções dos advogados nestes casos serão mais direcionadas para a instrução de processos administrativos. Ou seja: a análise da informação comprovativa, a promoção da audiência prévia e a elaboração da proposta de decisão administrativa.

“O preço indicado inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída à AIMA, nele se considerando incluídas, nomeadamente, todas as despesas de alojamento, alimentação e deslocação de meios
humanos, aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de meios materiais, bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças”, segundo o Regulamento de Seleção de Advogados, Advogados Estagiários e Solicitadores.

Estes serviços, prestados remotamente, serão assegurados por advogados, advogados estagiários ou solicitadores, que “integrarão bolsas e equipas a constituir em função da tipologia dos processos” atribuídos, pode ler-se no concurso.

No comunicado, as duas ordens destacam “a honra e o privilégio de poder, assim, contribuir para a resolução de um tão grave problema, que afeta atualmente milhares de pessoas no nosso país, defendendo os direitos, liberdades e garantias” dos cidadãos e empresas.

No regulamento, a AIMA salvaguarda o risco de incompatibilidades levantado por alguns sindicatos, impondo regras apertadas aos candidatos. Os prestadores de serviços estão “impedidos de ter quaisquer interesses ou ligações com os processos em tratamento ou com os respetivos requerentes” de modo direto ou indireto, através de sociedades de advogados e colegas com quem partilhem escritório ou com quem “possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais”.

Além disso, os prestadores “ficam também impedidos de prestar aos requerentes qualquer serviço por si, por via da sociedade de que façam parte, por meio de colegas de escritório ou de outros com quem possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais, nos 12 meses subsequentes à prestação do serviço”.

Os requisitos para a inscrição serão verificados pelas respetivas Ordens e inclui a “frequência de uma ação de formação prévia, a ser disponibilizada pela Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA”.

No final de 2023, as autoridades portuguesas estimavam em 400 mil o número de imigrantes com processos pendentes. Em julho, o Governo alterou a lei de estrangeiros, impondo novas restrições, entre as quais o fim das manifestações de interesse, um recurso que permitia a um cidadão estrangeiro, com visto de turista, iniciar em Portugal o seu processo de regularização.

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