Projeto de manuais digitais perde um terço das escolas

  • ECO
  • 14 Setembro 2024

Também o número de alunos caiu drasticamente em quase 50%, levantando questões sobre eficácia e futuro do programa, que conta este ano com 24 milhões de euros para licenças digitais de manuais.

O projeto-piloto dos manuais digitais em Portugal sofreu um revés significativo este ano letivo, com um terço das escolas participantes a abandonar a iniciativa, revela a edição deste sábado do Público.

Dos 103 agrupamentos ou escolas não-agrupadas envolvidos neste projeto no ano passado, 34 deixaram de participar, reduzindo o número total para 80. Esta diminuição marca uma inversão na tendência de crescimento que se verificava desde o início do projeto há quatro anos.

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) aponta várias razões para esta redução, incluindo a restrição na adesão de novas turmas do 1.º ciclo e do ensino secundário, bem como a decisão voluntária de algumas escolas em reduzir o número de alunos abrangidos ou abandonar completamente o projeto. O número de alunos envolvidos caiu drasticamente, passando de 24 mil para 13.700, uma redução de quase metade.

Esta mudança ocorre num contexto de crescente debate sobre a eficácia dos manuais digitais na aprendizagem. O MECI planeia avaliar o impacto na aprendizagem, comparando os resultados dos alunos que usam manuais digitais com os que não os usam. Além disso, questões como a falta de infraestruturas adequadas em algumas escolas e as preocupações levantadas por movimentos como o “Menos Ecrãs, Mais Vida” têm contribuído para o repensar desta iniciativa.

O recuo no uso de manuais digitais não é exclusivo de Portugal. Outros países, como a Suécia, já reconsideraram a sua abordagem, reintroduzindo manuais impressos nas escolas primárias. Esta tendência internacional reflete uma reavaliação do papel da tecnologia na educação, com um foco renovado nas competências fundamentais de leitura e escrita desenvolvidas através de materiais impressos.

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Produção de petróleo em Angola sobe 4% este ano

  • Lusa
  • 14 Setembro 2024

A Oxford Economics reviu em alta a produção petrolífera de Angola em 2024, prevendo agora um aumento para 1,18 milhões de barris por dia, que deverá sustentar o crescimento do PIB de 2,9% este ano.

A consultora Oxford Economics reviu em alta a previsão de crescimento da produção de petróleo em Angola, antevendo que o segundo maior produtor da África subsaariana bombeie 1,18 milhões de barris diários, mais 4% que em 2023.

“Prevemos que a produção de petróleo em Angola aumente 4%, de 1,13 milhões de barris diários em 2023, para 1,18 milhões de barris por dia em 2024, e depois suba ligeiramente para 1,19 milhões de barris em 2025”, escrevem os analistas do departamento africano da consultora britânica.

Os analistas referem que apesar de ter sido um pouco mais baixa em agosto, “a produção acumulada nos primeiros oito meses do ano é consideravelmente maior que no período homólogo de 2023, e o esperado lançamento de um novo projeto no final deste ano pode dar ainda mais um impulso, compensando quaisquer perdas de produção devido a operação inesperadas de manutenção dos poços”.

Angola tem vindo a recuperar de forma estável, o que ajuda ao crescimento económico, que deverá melhorar este ano para 2,9%.

Oxford Economics

A produção de petróleo em Angola em agosto foi de 1,20 milhões de barris por dia, um pouco abaixo dos 1,22 milhões de barris bombeados diariamente em julho, segundo os dados da Agência Internacional da Energia.

Em ambos os casos, a produção está acima da meta do governo angolano, que aponta para 1,18 milhões de barris.

A Oxford Economics escreve ainda que depois das extensas operações de manutenção no primeiro trimestre do ano passado, que causaram uma quebra na produção, “Angola tem vindo a recuperar de forma estável, o que ajuda ao crescimento económico, que deverá melhorar este ano para 2,9%”.

O aumento da produção este ano surge na sequência da saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no final de 2023, devido a uma discordância sobre o limite de produção que esta entidade pretendia impor a Angola.

“Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, afirmou o ministro Diamantino Pedro Azevedo, no anúncio da decisão, a 21 de dezembro de 2023.

“Esta não foi uma decisão tomada assim de ânimo leve, nós nos últimos seis anos temos sido bastante ativos na organização, e assim chegou o momento porque o nosso papel na organização não era relevante”, justificou então.

A OPEP+ apresentou uma meta de 1,11 milhões barris por dia, enquanto Angola quer produzir mais 70 mil barris.

Segundo o responsável, durante a reunião de dezembro de 2023 da OPEP e dos produtores aliados, Angola reafirmou a sua posição, mas ao contrário da unanimidade que tem sido habitual, a OPEP decidiu uma quota na qual Angola não se revê, e o resultado foi, assim, a saída da organização.

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Estado define teto para empréstimos com garantia pública

  • Lusa
  • 14 Setembro 2024

O montante financiado através da garantia pública para os jovens comprar a sua primeira casa estará limitado a um valor estipulado pelas Finanças.

Os bancos que aderirem à garantia pública no crédito à habitação a jovens terão um limite ao montante garantido que poderão emprestar, podendo posteriormente pedir um reforço, segundo a última versão da portaria a que a Lusa teve acesso.

Segundo a última versão da portaria, caberá ao Ministro das Finanças definir o montante máximo da garantia pública ao crédito à habitação que será repartido entre os bancos que assinarem o protocolo com o Estado (só os bancos aderentes poderão conceder empréstimos com garantia pública).

Contudo, caso os bancos prevejam “a possibilidade do esgotamento do montante inicialmente concedido” poderão pedir ao Estado “um reforço do montante da garantia de carteira que lhes foi concedido”, desde que seja devidamente justificado.

A garantia pública para crédito à habitação ainda não está em prática, pois falta a regulamentação, o que deverá tardar mais algumas semanas.

Segundo fontes do setor bancário, são cada vez mais os clientes que ao balcão perguntam pela garantia pública e como podem beneficiar da mesma quando fazem simulações para crédito à habitação.

Em julho, quando foi publicado o decreto-lei da garantia pública para viabilizar o financiamento bancário na aquisição da primeira habitação por jovens era referido que o Governo tinha até início de setembro para aprovar a regulamentação necessária.

Contudo, os prazos estão a derrapar, estando agora o Ministério das Finanças na fase de adaptar a legislação ao parecer que lhe foi enviado pelo Banco de Portugal com vários alertas.

Quando apresentou a medida da garantia pública, o Governo (PSD/CDS-PP) disse que a intenção é o Estado garantir até 15% do valor de aquisição do imóvel (funcionando nesta proporção como fiador) criando condições para que os jovens consigam aceder a um empréstimo até 100% do valor da casa.

Segundo o decreto-lei, a garantia destina-se a pessoas entre 18 e 35 anos de idade (inclusive), residentes em Portugal, com situação regularizada nas Finanças e Segurança Social, com rendimentos até ao 8.º escalão (81.199 euros de rendimento coletável anual), e que estejam a comprar a primeira de habitação própria permanente cujo valor não exceda 450 mil euros.

Desde que esta medida foi apresentada pelo Governo, o Banco de Portugal alertou publicamente, várias vezes, que os bancos não podem aliviar o cumprimento das regras de concessão deste crédito mesmo com a garantia pública.

O governador, Mário Centeno (ex-ministro das Finanças do PS), explicou que o Banco de Portugal é sempre favorável a medidas que ajudem a população mais jovem a aceder a habitação, mas é preciso “cautela”.

Por um lado, disse, é preciso garantir a estabilidade do setor financeiro. Por outro lado, afirmou, também há que garantir que os clientes têm capacidade de pagar a dívida, pois a garantia não diminui o esforço mensal e há ainda o risco de o montante do empréstimo aumentar devido à garantia pública, agravando o esforço do cliente.

Em julho, o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, afirmou no parlamento que não existem diferendos com o Banco de Portugal sobre a garantia pública e que o processo de regulamentação decorre “sempre em auscultação com o regulador”.

As regras macroprudenciais atualmente em vigor determinam que o crédito não pode ir além de 90% do valor da casa (sendo, para este efeito, considerado o valor mais baixo entre o valor de aquisição e o valor da avaliação) de habitação própria e permanente.

Indicam ainda que, em regra, um cliente não deve despender mais de 50% do seu rendimento na prestação da casa ao banco (a chamada taxa de esforço).

Segundo o projeto de portaria, a que a Lusa teve acesso, a garantia é válida para contratos assinados até 31 de dezembro de 2026 e terá o prazo de 10 anos.

Os projetos de regulamentação a que a Lusa teve acesso indicam ainda que garantia concedida pelo Estado está isenta de comissão de garantia e de imposto de selo.

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João Diogo Manteigas lança candidatura à presidência do Benfica

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

"Esta candidatura lançará as sementes do sucesso de uma gestão que respeitará os pergaminhos, valores e princípios do Sport Lisboa e Benfica", disse o advogado.

O advogado João Diogo Manteigas lançou esta sexta-feira a sua candidatura à presidência do Benfica, com a pretensão de recolocar o clube no caminho das conquistas desportivas, com uma gestão que respeitará os seus “pergaminhos, valores e princípios”.

“O Benfica tem que ser bem liderado para poder liderar (…) Estamos preparados para propor uma visão alternativa e sem medo de tomar decisões. Esta candidatura lançará as sementes do sucesso de uma gestão que respeitará os pergaminhos, valores e princípios do Sport Lisboa e Benfica”, disse João Diogo Manteigas numa conferência de imprensa realizada numa unidade hoteleira da capital.

Segundo o candidato à presidência dos ‘encarnados’, a alternativa que quer implementar assentará em cinco pilares fundamentais, o primeiros do quais o associativismo, com propostas para dar mais voz e poder aos sócios e adeptos, que passarão a poder avaliar o resultado das épocas desportivas em assembleias anuais próprias para o efeito.

Neste campo, Manteigas prometeu a realização de congressos por todo o país para debater o Benfica, mais alterações estatutárias para além das que estão previstas na mais recente revisão e que não haverá mais galas sem a presença de sócios e adeptos. O segundo pilar passará pelo vetor desportivo, prometendo implementar um modelo de gestão no qual o Benfica irá parar de formar para vender no imediato, para formar com o objetivo de reter talento.

“Não é possível criar uma cultura de vitória quando vendemos os nossos melhores jogadores pouco tempo depois de os lançarmos ao mais alto nível. Não entraremos no carrossel de entradas e saídas de jogadores, nem faremos parte do mercantilismo da atual política desportiva do clube”, disse João Diogo Manteigas, que deu o exemplo de João Neves. Segundo o advogado, jamais teria vendido o médio, considerando que este “era muito mais do que um jogador do Benfica, era uma marca identitária do Benfica”, com a agravante dele próprio “não querer sair”.

O candidato à presidência dos ‘encarnados’ vai mesmo mais longe: “Há muitos anos que não víamos um jogador como ele. Era o último a sair, nem que a casa estivesse a arder. O João Neves nasceu para ser líder, e um jogador assim não pode sair. Venderam-no por mercantilismo puro e porque não há um projeto desportivo”.

Ainda na vertente do futebol, João Diogo Manteigas afirmou que o timing da renovação contratual do treinador alemão Roger Schmidt foi “errado”, lembrando que ele próprio denunciou isso mesmo na altura e que recebeu centenas de mensagens a acusá-lo de não ser benfiquista. Quanto à demissão do técnico germânico, considera que o Benfica “não tem condições de lhe pagar a indemnização” e que nunca o deveria ter elogiado no comunicado em que anunciou a sua saída, tendo em conta a eventual existência de justa causa para o despedir.

O terceiro pilar, segundo João Diogo Manteigas, passa pelas relações institucionais, com o Benfica a ter de reassumir a liderança do desporto em Portugal. “Asseguro-vos que seremos vigilantes da Federação Portuguesa de Futebol e teremos voz ativa na Liga. Não há centralização que aguente sem o Benfica, nem há ligas profissionais que aguentem com 36 equipas, por isso temos que exigir a reformulação dos quadros competitivos”, frisou.

Quanto ao pilar seguinte, assentará na parte empresária, com o candidato a prometer uma auditoria credível e transparente, que abranja todas as 12 entidades, desde a SAD à Fundação. “Exigimos saber o que foi feito na nossa própria casa e não teremos piedade por quem prejudicou ou não protegeu o Benfica. Sabemos que a situação económico-financeira da SAD terá que ser reestruturada urgentemente, e será feita com base num novo modelo desportivo, com a introdução de ferramentas para uma governação sustentável que possa resolver o peso da enorme dívida que acorrenta e estagna o nosso clube”, afirmou o candidato.

Finalmente, o quinto último pilar incidirá nas infraestruturas: “Temos que tentar reagrupar todos os atletas das modalidades, de reforçar as infraestruturas do projeto olímpico, de expandir o Campus do Seixal pela Quinta do Álamo, porque estamos constrangidos com sobrelotação de equipas de futebol”.

Questionado sobre se iria aproveitar algum ou alguns dos membros dos atuais corpos gerentes para a sua equipa, Manteigas rejeitou liminarmente essa hipótese, numa declaração que lhe valeu uma vigorosa salva de palmas da sala: “Não haverá lugar para ninguém na minha equipa. Da SAD ou da Direção. Ninguém. Os sócios vão tomar conta do clube”.

No que respeita à sua candidatura, garante que a mesma vai até ao fim aconteça o que acontecer: “Estamos a um ano e um mês das eleições [outubro de 2024]. Tenho familiares meus sentados nas duas primeiras filas à minha frente. Eles conhecem-me, sabem como eu sou, sabem que vou até ao fim”. Instado a comentar a entrevista do anterior presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, deu uma resposta que voltou a empolgar a sala: “Luís Filipe Vieira é o passado. Rui Costa, o presente. Eu, o futuro”.

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Líder do PS considera “muito grave” afirmação de Melo de que Olivença “é portuguesa”

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

Para Pedro Nuno Santos, as declarações que "são feitas relativamente à política externa exigem tato, sentido de diplomacia".

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerou “inusitado” e “muito grave” a afirmação feita esta sexta-feira pelo ministro da Defesa, Nuno Melo de que a localidade de Olivença “é portuguesa”. Nuno Melo afirmou que a localidade de Olivença “é portuguesa”, está estabelecido por tratado, e defendeu que “não se abdica” dos “direitos quando são justos”, considerando que a sua afirmação “não é provocação nenhuma”.

O líder socialista discordou e afirmou no final de uma reunião com a Federação Nacional dos Médicos que lhe parece “inusitado que um ministro da Defesa faça uma declaração com esse peso, essa importância, e com esse impacto nas relações diplomáticas com a Espanha, e isso não seja articulado com o ministro dos Negócios Estrangeiros ou com o primeiro-ministro”.

“Parece-me muito grave que não tenha sido articulada” com eles. “Mas a responsabilidade é de quem lidera o Governo e que permite o que os seus ministros possam fazer e dizer”, continuou o dirigente socialista. Para Pedro Nuno Santos, as declarações que “são feitas relativamente à política externa exigem tato, sentido de diplomacia”.

Nuno Melo lembrou que, quando foi eurodeputado no Parlamento Europeu, defendeu esta questão, da qual continua a não abdicar. “Fi-lo, desde logo, no Parlamento Europeu, em questões colocadas, enfim, mas sabe, a realpolitik é a realpolitik“, o que “não invalida a expressão dos direitos” e, quando estes “são justos, deles não se abdica”, argumentou.

Olivença é uma cidade na zona raiana reivindicada por direito por Portugal, desde o tratado de Alcanizes, em 1297, mas que Espanha anexou e mantém integrada na província de Badajoz, na comunidade autónoma da Estremadura, apesar de ter reconhecido a soberania portuguesa sobre a cidade quando subscreveu o Congresso de Viena, em 1817.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 29 milhões

  • ECO
  • 13 Setembro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 29 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 29 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 12 de setembro:

Números: 10, 15, 17, 31 e 42

Estrelas: 4 e 12

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Supremo brasileiro ordena transferência de 3,3 milhões da rede social X e Starlink para o Estado

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

Os valores, nas contas das empresas, tinham sido bloqueados “para o integral cumprimento das multas impostas em razão do descumprimento de decisões judiciais pela rede social X”.

O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil Alexandre de Moraes ordenou a transferência para o Estado brasileiro de três milhões de euros de contas bloqueadas das empresas X e Starlink, propriedade do magnata Elon Musk.

Numa nota divulgada esta sexta-feira pelo STF, Alexandre de Moraes, juiz de instrução de um amplo processo criminal contra a disseminação de notícias falsas nas redes sociais, no qual Elon Musk está a ser investigado, recordou que estes valores tinham sido bloqueados “para o integral cumprimento das multas impostas em razão do descumprimento de decisões judiciais pela rede social X”.

“A empresa foi multada por não retirar conteúdos após ordem do STF em investigações em andamento, além de ter retirado os representantes legais do Brasil, o que levou à suspensão do funcionamento da plataforma”, relembrou o juiz. No dia anterior, os bancos Citibank S.A. e Itaú Unibanco S.A. informaram que cumpriram com estas obrigações e “as transferências para a conta da União no Banco do Brasil”, lê-se na mesma nota.

Com o pagamento feito, o juiz determinou o desbloqueio das contas bancárias e de outros ativos das empresas, como veículos e imóveis.

Perante as reiteradas recusas do empresário Elon Musk, dono da X, de retirar perfis de pessoas investigadas por transmitir mensagens antidemocráticas, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a suspensão da rede no Brasil como medida cautelar, a 30 de agosto, depois de Musk não ter cumprido a ordem de nomear, no prazo de 24 horas, um representante legal no Brasil.

A decisão do juiz foi apoiada por unanimidade, alguns dias mais tarde, pelos cinco membros de uma das câmaras do tribunal. Alexandre de Moraes ordenou também que as lojas de aplicações para Android e iOS retirassem dos catálogos programas de acesso à internet através de VPN, além de impor uma multa 8.000 euros a quem os utilizar para aceder à X, que tem cerca de 20 milhões de utilizadores no país.

Mais tarde, o juiz retirou a regra de proibição da oferta de aplicações que permitem o acesso à internet via VPN, mas manteve a multa. Na quarta-feira, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) do Brasil pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para rever a decisão da suspensão da rede social X (antigo Twitter) no país, pois “atinge diretamente o dever do jornalismo profissional”.

A ANJ considerou que a proibição de acesso “atinge diretamente o dever do jornalismo profissional de restabelecer a verdade dos factos, quando necessário”. A associação, com 97 jornais associados, manifestou ainda uma “profunda preocupação com as restrições ao trabalho da imprensa diante da proibição do STF de acesso à rede social X mesmo por meio de VPN [rede privada virtual] e da ameaça de multa a veículos [de imprensa]”.

Esta entidade tem recebido várias queixas por falta de acesso “a visões, relatos e pensamentos de diferentes fontes de notícias, dentro e fora do Brasil”. Diante destas restrições “ao livre trabalho da imprensa”, a ANJ disse esperar que “o STF reveja a proibição e a eventual punição por acesso a qualquer rede social ou outra fonte de notícias”.

 

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Liga Portugal #5: A estreia de Bruno Lage, o Leão feliz, o Dragão revigorado e o Braga x Vitória SC

Depois das seleções também brincarem ao futebol, a Liga Portugal 2024/24 está de volta à ação. Pelo meio, Roger Schmidt foi demitido e Bruno Lage voltou ao Benfica.

Pep Guardiola disse que agora é que a pré-época realmente terminou. Depois das seleções também brincarem ao futebol, a Liga Portugal 2024/24 está de volta à ação. Pelo meio ainda houve o acontecimento mais marcante deste início de campeonato: despedimento de Roger Schmidt e apresentação de Bruno Lage no Benfica. Entretanto, o Sporting e o FC Porto, de águias mais brandas, aproveitaram esta paragem internacional para dar continuidade ao projeto e melhorarem.

Quanto aos jogos da última jornada, o principal destaque vai para a vitória do Sporting sobre o FC Porto no Estádio de Alvalade, isolando-se na liderança da Primeira Liga com 12 pontos. Seguiu-se o empate do Benfica em Moreira de Cónegos com final dramático. Além disso, o Braga e o Gil Vicente não passaram de um 0-0, o Vitória SC venceu o Famalicão (duas equipas sensações deste início) e o Santa Clara continua a somar pontos. Já leva nove e está de momento em quarto lugar, igualado com o conjunto de Guimarães (5.º), FC Porto (3.º) e Famalicão (2.º).

Benfica x Santa Clara: Adeus Schmidt, Olá Lage

Para muitos o jogo mais aguardado da quinta jornada. E o motivo é claro: como irá ser a estreia de Bruno Lage no Benfica? Qual o sistema tático e ideia de jogo? Há várias perguntas e expetativa, pois a indefinição é grande e isso traz diversas dificuldades a Vasco Matos, treinador do Santa Clara, na preparação do jogo. Acredito que possa estar entre um 4-4-2 e um 4-3-3. A gestão de jogadores de estatuto – como Nico Otamendi e Ángel Di María – será também um aspeto interessante a acompanhar neste Benfica de Bruno Lage.

Bruno Lage não é um treinador de sistema único, o Benfica tem um plantel profundo e falta afinar o futebol coletivo. Colocando isso em equação o técnico português pode ter espaço para vincar o seu estilo de jogo, melhorar depois uma relação muito fragilizada adeptos-clube e proporcionar sinais animadores. Vencer o primeiro jogo no Estádio da Luz é uma missão muito importante para Lage e Rui Costa (quer desviar-se do caminho da instabilidade) de forma também a dar alguma esperança aos adeptos.

Arouca x Sporting: Lobo ferido encontra Rei Leão

O Sporting vive porventura o melhor momento dos últimos tempos, enquanto o Arouca, que libertou Rafa Mujica no verão, vendeu esta semana Cristo González ao Al Sadd. No plano financeiro, é um encaixe significativo, mas no plano desportivo é certamente uma perda. Mais uma dor de cabeça para Gonzalo García. Ainda para mais, o início de temporada do Arouca não é o mais famoso: tem apenas três pontos em quatro jogos. Pode haver surpresas no 11.

Quanto ao Sporting, um dos aspetos a ter debaixo de olho nas próximas jornadas será o impacto de Conrad Harder, reforço dos leões à última hora. Parece ser mais um investimento para o médio/longo prazo do que propriamente um jogador para chegar, ver e brilhar no imediato. Apresenta características semelhantes a Victor Gyokeres, isto a nível de perfil, e poderá assim vir a ser importante. Importante ressalvar que Franco Israel vai ser o guarda-redes titular na baliza do Sporting, confirmado pelo próprio Rúben Amorim. O encontro está marcado para as 20h15 desta sexta-feira.

FC Porto x Farense: O Prova-Roupa depois um ótimo mercado

Há que criticar quando se tem de criticar e aplaudir quando se tem de aplaudir. E, antes de irmos ao futebol, o horário do jogo é de louvar: uma boa tarde de domingo para ver o futebol à inglesa. 15h30 no Estádio do Dragão para ser mais exato. Indo ao futebol, o rendimento das equipas é completamente oposto. O FC Porto está em fase de crescimento com Vítor Bruno, teve o melhor mercado dentro dos três grandes e parece por isso ter o tempo como seu aliado. Já o Farense é a única da Liga Portugal que ainda não pontuou, tendo quatro derrotas consecutivas. Há dúvidas relativas à competitividade do plantel.

Com as contratações de Nehuén Pérez e Tiago Djaló para o eixo defensivo, o FC Porto reforça um setor que não estava tão consolidada e será interessante perceber qual a dupla de defesas-centrais que Vítor Bruno irá utilizar. Zé Pedro e Otávio tem sido a sociedade escolhida, mas pode mudar nesta jornada. Francisco Moura é outra opção a ter em conta para a posição de lateral-esquerdo – onde tem jogado Wenderson Galeno, pois convém recordar que o jovem português venceu o prémio de melhor defesa do mês de agosto da Liga Portugal e está assim a ter um belo início de temporada.

Braga x Vitória SC: Um episódio imperdível

Embora não estejam em confronto nenhum dos chamados grandes, o Braga x Vitória SC é um dos jogos de cabeça de cartaz da Primeira Liga devido à sua rivalidade intensa. O encontro está marcado para as 20h30 deste domingo, dia 15 de setembro, no Estádio Municipal de Braga, e a guerra está declarada. Será que os arsenalistas protegem bem o forte ou se os vitorianos conquistam o território? Uma coisa é certa: é um episódio imperdível.

De um lado, o Braga ainda não conheceu o sabor da derrota em jogos oficiais. Do outro lado, o Vitória SC de Rui Borges fez história na Europa ao atingir a Liga Conferência e também leva um ótimo registo – 10 jogos, nove vitórias, 21 golos marcados e apenas dois sofridos. E com figuras como Tiago Silva e Tomás Handel em grande plano. Importante recordar que Ricardo Mangas deixou o conjunto de Guimarães para rumar ao Spartak de Moscovo da Rússia.

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Moscovo critica “passo hostil” de Lisboa ao entregar helicópteros russos a Kiev

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

"Consideramos que a transferência destas aeronaves para o regime de Kiev é mais um passo hostil em relação ao nosso país", disse a porta-voz do MNE russo.

A Rússia condenou esta sexta-feira a entrega de seis helicópteros russos de combate a incêndios à Ucrânia pelo Governo português, concluída no final da semana passada. “Consideramos que a transferência destas aeronaves para o regime de Kiev é mais um passo hostil em relação ao nosso país”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, citada pela agência noticiosa Efe.

Segundo Moscovo, este passo demonstra a “quase completa perda de independência política” de Lisboa e contribui para um “maior aprofundamento” da crise nas relações russo-portuguesas. Moscovo recorda ainda que, apesar da conclusão do processo de transferência dos helicópteros ‘Kamov’ em setembro deste ano, a decisão política para a sua entrega foi aprovada em outubro de 2022.

Nessa ocasião, a Rússia criticou o Governo português e sublinhou que Moscovo não tinha dado o seu consentimento para a entrega dos helicópteros, tanto mais que o objetivo da transferência não era o combate a incêndios. O último transporte dos seis helicópteros ‘Kamov’ doados por Portugal à Ucrânia seguiu na sexta-feira passada para Kiev, “após um longo período de incerteza e de negociações”, segundo o Ministério da Defesa Nacional (MDN).

Segundo o ministério tutelado por Nuno Melo, “o último camião com material ‘Kamov’ com destino à Ucrânia” saiu de Ponte de Sor, 140 quilómetros a nordeste de Lisboa. Em outubro de 2022, a então ministra da Defesa portuguesa, Helena Carreiras, anunciou que Portugal iria enviar para a Ucrânia os seis helicópteros russos de combate a incêndios que estavam sem licença para operar em Portugal, um dos quais inoperacional por ter sofrido um acidente.

A informação foi avançada por Helena Carreiras em Bruxelas, no final de uma reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na qual foi discutida a guerra na Ucrânia. Em novembro de 2023, mais de um ano depois do anúncio da cedência à Ucrânia, as aeronaves ainda estavam em Portugal, com o anterior Governo a referir que aguardava da “contraparte ucraniana indicação sobre os próximos passos a adotar” nesse processo.

“Após um longo período de incerteza e de negociações, o atual Governo, através do MDN, em articulação com o Ministério da Administração Interna, coordenou o transporte dos helicópteros com as autoridades ucranianas, em particular com a Embaixada da Ucrânia em Lisboa e com o Ministério da Defesa ucraniano”, adiantou o comunicado.

A doação dos seis helicópteros médios tinha sido solicitada pela Ucrânia a Portugal, ficando decidido que os aparelhos seriam cedidos no estado de conservação em que se encontravam. Os ‘Kamov’ foram adquiridos em 2006 pelo Ministério da Administração Interna, então liderado por António Costa. A Lusa procurou obter um comentário do Governo sobre a posição das autoridades russas, mas sem sucesso até ao momento.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

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Braço-de-ferro. Pedro Nuno insiste que só viabiliza OE2025 sem IRS Jovem e IRC

Depois de Montenegro dizer quer era impensável deixar cair o IRC Jovem, Pedro Nuno diz que se o Governo quer a viabilização socialista do Orçamento do Estado não pode incluir essa medida nem a do IRC.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, insistiu esta sexta-feira que se o Governo quer contar com a viabilização pelo PS do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) as propostas do IRS Jovem e IRC não podem integrar a proposta orçamental e o Executivo deve procurar outros parceiros.

Se um Orçamento terá de contar com a viabilização do PS então não pode ter determinadas medidas. São injustas, são caras. Não podem ter apoio do PS. Se o Governo entende que são imprescindíveis para a sua estratégia não pode é impô-las ao PS“, disse esta tarde em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3.

O líder socialista defendeu que se o Executivo “se limitou a si próprio, então tem a obrigação de ceder ao PS em matérias fundamentais para o PS”.

Não nos queremos substituir ao Governo, há matérias que são muito negativas para o país e que não podem ter a concordância do PS. A preocupação que temos de ter não é a preocupação de ter ou não ter Orçamento”, disse.

 

Para o primeiro-ministro, Luís Montenegro, é “impensável” deixar cair a descida do IRS Jovem tal como foi proposta pelo Governo, revelou fonte do Executivo ao jornal Observador e que o ECO já confirmou junto do Governo. “Não abdicamos de ter um IRS Jovem na linha daquilo que apresentámos”, assegurou ao ECO fonte do Executivo da Aliança Democrática, reforçando a tese que o vice-presidente do grupo parlamentar Hugo Carneiro já tinha transmitido ao ECO. “O Governo não vai deixar cair o IRS Jovem, mas está disponível para modelar a proposta, sem a desvirtuar”, sinaliza ao ECO fonte do Executivo.

O secretário-geral socialista defendeu ainda que “é fundamental que este Orçamento do Estado tenha uma grande preocupação com saúde e com o SNS“, considerando que é preciso atrair mais médicos para o SNS, através de salários mais altos e melhores condições.

“Se sentimos falta de médicos no SNS, temos de garantir que os médicos portugueses se sentem devidamente compensados, motivados para trabalhar no SNS”, disse.

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Agosto foi o segundo melhor mês do ano em receitas e audiência nos cinemas

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

Em agosto as salas de cinema registaram 1,6 milhões de entradas e 10,3 milhões de euros de receita de bilheteira, mais 10,7% e 16%, respetivamente, face a agosto de 2023.

Agosto foi o segundo melhor mês do ano em receitas e audiência nos cinemas, com 10,3 milhões de euros e 1,6 milhões de espectadores, mas os dados totais de exibição ainda estão abaixo de 2023.

Segundo as estatísticas mensais divulgadas esta sexta-feira pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), em agosto as salas de cinema registaram 1,6 milhões de entradas e 10,3 milhões de euros de receita bruta de bilheteira, o que representa uma subida de 10,7% e 16%, respetivamente, face a agosto de 2023.

No entanto, durante este ano, até agosto, a exibição comercial de cinema contou com oito milhões de espectadores e 50 milhões de euros de receitas, quando no mesmo período de 2023 (entre janeiro e agosto) os valores se situavam em 8,6 milhões de entradas e 51,6 milhões de euros de receitas. Ainda em relação a este ano, os dados de agosto estão muito próximos dos de julho, mês em que se contabilizaram 1,7 milhões de entradas, o que se traduziu em 10,6 milhões de euros de bilheteira.

O ICA revela ainda que, em agosto, o filme português mais visto em sala foi a comédia “Balas & Bolinhos: Só Mais uma Coisa”, de Luís Ismael, quarta longa-metragem de uma série de filmes iniciada em 2000. “Balas & Bolinhos: Só Mais uma Coisa” estreou-se nos cinemas a 15 de agosto e, segundo o ICA, nesse mês somou 170.160 espectadores e cerca de um milhão de euros de receita.

Em duas semanas de exibição, o filme de Luís Ismael tornou-se no mais visto este ano entre as produções portuguesas estreadas em sala. Em segundo lugar está a comédia “Podia ter esperado por agosto”, de César Mourão, com 95.353 espectadores, e “Revolução (sem) sangue”, de Rui Pedro Sousa, com 20.932 entradas.

Dos 50 milhões de euros de receita contabilizados até agosto, 2,2 milhões de euros (4,4%) diziam respeito a filmes portugueses. A quota de mercado do cinema português em termos de espectadores, até agosto, era de 4,7%, ou seja, dos oito milhões de bilhetes emitidos, 376.990 foram para ver filmes portugueses.

No ranking geral dos filmes exibidos em sala até agosto, “Divertida-mente 2”, de Kelsey Mann, foi o mais visto, com 360.891 espectadores e 2,1 milhões de euros de receita.

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Câmara de Lisboa quer negociar soluções para os polémicos painéis de publicidade

  • Lusa
  • 13 Setembro 2024

“Já falámos com a empresa para parar imediatamente com estes grandes formatos", e, em relação aos que já existem, “obviamente, tem que ser com negociação”, diz o presidente da autarquia.

A Câmara de Lisboa pediu à JCDecaux para suspender a colocação de mais painéis publicitários de grande formato na cidade e vai negociar com a empresa soluções para os que já foram instalados, disse esta sexta-feira o presidente, Carlos Moedas.

“Já falámos com a empresa para parar imediatamente com estes grandes formatos” e, em relação aos que já existem, “obviamente, tem que ser com negociação”, ver “se há outras localizações, como é que podemos fazer”, afirmou o autarca.

Entre os grandes painéis que podem ser mudados está um localizado em frente ao estádio do Benfica, “que é de uma dimensão absolutamente enorme, não é um grande formato, é um formato chocante”, exemplificou.

O presidente lisboeta concordou que os painéis de grande formato são uma “enormidade” de impacto visual, como dito quer pelo presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP) quer pela Autoridade Nacional Rodoviária, podendo representar um “perigo” para os cidadãos.

Aos jornalistas, Carlos Moedas reafirmou que estava “refém” do contrato para a colocação de mobiliário urbano na cidade, decidido pelo mandato autárquico anterior, e que o assinou para evitar o reinício de todo o processo, incluindo um novo concurso internacional, o que atrasaria em mais de cinco anos a conclusão do processo.

O autarca explicou que a decisão de avançar com o contrato foi política, mas a localização será uma decisão entre os serviços técnicos da câmara e a empresa, que reúnem semanalmente “e, muitas vezes, até diariamente”.

Além dos painéis de grande formato, no contrato estão em causa outros tipos de mobiliário urbano, como as paragens dos autocarros, múpis e as casas de banho públicas, representando uma fonte de rendimento superior a 8 milhões de euros para a Câmara, devido à publicidade, o que “faz com que os lisboetas paguem menos impostos”, sublinhou.

Na segunda-feira, o ACP apresentou no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa uma providência cautelar contra a Câmara Municipal de Lisboa e as empresas JCDecaux e MOP – Multimédia Outdoors Portugal pela instalação de até 125 painéis de publicidade digital de grande formato na cidade.

Não está em causa para o ACP a existência de mobiliário urbano com publicidade digital, apenas a sua localização e dimensão, claramente atentatórias da segurança rodoviária”, afirmou a instituição.

Segundo o ACP, a providência cautelar pretende “impedir o funcionamento de painéis luminosos de grandes dimensões, já instalados, bem como não permitir a instalação de novos painéis desta natureza que, claramente, são um fator de distração à condução e um risco enorme para a segurança de todos, condutores e peões”.

Também o PS e o PCP na Câmara de Lisboa pediram “todos os pareceres indispensáveis” e exigiram a retirada das estruturas que comprometam a segurança rodoviária e o descanso dos lisboetas.

O BE exigiu o estudo que permitiu a localização desses painéis publicitários e anunciou que vai propor uma auditoria, criticando o contrato celebrado entre a câmara e a empresa JCDecaux para a instalação e exploração publicitária em Lisboa.

Apesar de o processo se ter iniciado no anterior executivo municipal, o contrato de concessão à JCDecaux para a instalação e exploração publicitária em Lisboa foi aprovado pela atual câmara, em setembro de 2022, com 15 votos a favor, dos quais sete da liderança PSD/CDS-PP, cinco do PS, dois do PCP e um do BE, e duas abstenções do Livre e da vereadora independente eleita pela coligação PS/Livre.

O contrato de concessão à JCDecaux tem um prazo de 15 anos, com a empresa a pagar à CML “a remuneração anual de 8,3 milhões de euros” como contrapartida.

Esse contrato inclui “900 mupis, dos quais pelo menos 10% devem ser de natureza digital”; 2.000 abrigos; 75 sanitários públicos; 40 mupis amovíveis, para publicidade institucional; “um número de painéis digitais de grande formato não superior a 125 e que, no seu conjunto, compreenda uma área total de faces publicitárias entre 2.500 m2 [metros quadrados] e 3.000 m2; e 20 mupis de natureza digital e cinco painéis digitais (4×3 metros), a utilizar exclusivamente como equipamento informativo municipal”.

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