Bruxelas deixa comissário francês sozinho nos avisos a Elon Musk

  • + M
  • 13 Agosto 2024

Bruxelas parece ter tirado o tapete a Thierry Breton, com a Comissão Europeia a negar que a carta enviada a Elon Musk tenha tido a aprovação de Ursula von der Leyen ou dos outros comissários.

Bruxelas afastou-se do comissário francês Thierry Breton, que enviou uma carta a Elon Musk, onde recordava que o dono do X (ex-Twitter) tinha obrigações legais a cumprir. A carta foi enviada horas antes de o magnata ter entrevistado Donald Trump em direto na rede social.

Na carta, o comissário europeu diz que Musk tem a “obrigação legal” de garantir que “todas as medidas de mitigação proporcionais e eficazes sejam postas em prática em relação à amplificação de conteúdo prejudicial em conexão com eventos relevantes, incluindo transmissão ao vivo”.

Brenton acrescentou que o não cumprimento destas medidas pode “aumentar o perfil de risco da rede social X e gerar efeitos prejudiciais no discurso cívico e na segurança pública”.

No entanto, Bruxelas parece ter tirado o tapete a Breton, com a Comissão Europeia a negar que a carta tenha tido a aprovação da presidente Ursula von der Leyen. “O momento e a formulação da carta não foram coordenados nem acordados com a presidente nem com os [comissários]”, cita o Financial Times.

Segundo fontes próximas de Breton, o envio da carta já estava a ser planeado há algum tempo, pelo que a entrevista de Musk a Donald Trump funcionou como gatilho para o envio da missiva. A entrevista em direto, cuja transmissão estava agendada para as 01h00 portuguesas, acabou por começar com um atraso de 45 minutos.

Segundo Elon Musk, este atraso deveu-se a um “ataque cibernético maciço”, tendo a plataforma sido alvo de um ataque destinado a sobrecarregar os servidores da empresa e provocar uma interrupção. Eram mais de 300 mil os utilizadores que estavam inicialmente a tentar seguir em direto.

Por parte do ex-presidente e atual candidato presidencial norte-americano, ainda sobre a carta enviada por Breton, um porta-voz da campanha disse que “a União Europeia deveria cuidar da própria vida em vez de tentar interferir na eleição presidencial dos EUA”.

Esta não é a primeira vez que Thierry Breton se dirige e “ataca” Musk. Já em outubro, por exemplo, o dono do X viu-lhe ser dirigida uma “carta urgente” pelo comissário europeu Thierry Breton que disse ter indicações de que a plataforma estava a ser usada para disseminar na Europa “conteúdo ilegal” e desinformação sobre a guerra entre o Hamas e Israel.

Isto aconteceu já depois de o X (ainda como Twitter) ter abandonado o Código de Conduta em Matéria de Desinformação – um código voluntário promovido pela União Europeia – o que levou também o comissário europeu Thierry Breton a usar a sua própria rede social para avisar que a plataforma tinha obrigações legais de combater a desinformação.

“Podes correr, mas não te podes esconder”, escreveu o comissário, afirmando que além dos compromissos voluntários, o combate à desinformação iria passar a ser uma obrigação legal através da lei dos serviços digitais, que entrou em vigor entretanto.

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Attal propõe pacto político para alcançar “compromissos legislativos” em França

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Em carta, o primeiro-ministro em funções apelou às forças que apelida de "esquerda republicana e direita republicana" para que "estejam à altura da ocasião".

O primeiro-ministro interino francês, Gabriel Attal, propôs à maioria dos grupos políticos da Assembleia Nacional “um pacto de ação para os franceses”, com vista a estabelecer “compromissos legislativos” no interesse comum.

A proposta de Gabriel Attal, que se demitiu após os maus resultados do seu partido (Renascimento, macronista) nas eleições legislativas antecipadas de julho – que não deram a maioria absoluta a nenhuma força política –, consta numa carta enviada aos líderes dos outros grupos com assento no parlamento francês, à exceção do partido de extrema-direita União Nacional (RN, na sigla em francês), e da França Insubmissa (LFI, esquerda radical), de acordo com a estação pública Franceinfo.

Na missiva, o primeiro-ministro em funções apelou às forças que apelida de “esquerda republicana e direita republicana” para que “estejam à altura da ocasião”, apresentando uma série de prioridades, entre as quais a consolidação das finanças públicas, o reforço da segurança, a defesa dos serviços públicos e o laicismo.

“Eu, juntamente com o meu grupo, estamos à vossa disposição para discutir estas prioridades”, escreveu Gabriel Attal aos líderes políticos, admitindo que será difícil “chegar a acordo sobre tudo”, mas apelando a que as habituais divergências sejam “ultrapassadas”.

Esta proposta surge no meio das negociações sobre a constituição do futuro governo, uma vez que os partidos aliados do Presidente francês, Emmanuel Macron, perderam a maioria e, em vez disso, o grupo com mais representantes na câmara baixa do parlamento é a coligação de esquerda Nova Frente Popular, da qual a LFI faz parte.

Em julho, o Presidente francês adiou qualquer debate sobre esta questão para depois dos Jogos Olímpicos de Paris em nome de uma trégua olímpica e agora, com o fim do evento desportivo no passado domingo, a lista de nomes de potenciais primeiros-ministros ressurgiu.

A esquerda foi a primeira a pressionar Macron para tomar uma decisão após o fim dos Jogos Olímpicos, tal como tentou fazer antes, sem sucesso, com a proposta de uma candidata a primeira-ministra, Lucie Castets, de 37 anos, funcionária sénior da Câmara Municipal de Paris que era desconhecida até há menos de um mês.

“Não deveria ser necessário fazer pressão, o simples respeito pelas instituições deveria levar Emmanuel Macron a nomear Lucie Castets”, afirmou a deputada da LFI, Danièle Obono. O atual ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, admitiu ao canal BFM TV que “seria absurdo” que o campo macronista tentasse “agarrar-se ao poder”, tendo em conta a aritmética parlamentar.

Relativamente à figura do líder conservador regional Xavier Bertrand, cujo nome aparece nas sondagens, Darmanin admitiu que tem “grandes qualidades” para liderar o governo. A nomeação do novo primeiro-ministro cabe ao Presidente francês, mas o aval final virá, em qualquer caso, da Assembleia Nacional francesa.

Segundo um membro do atual executivo, citado pelo jornal Le Fígaro, “não há qualquer hipótese de ser nomeado um novo primeiro-ministro esta semana”.

A agenda pública de Macron para os próximos dias sugere que não tenciona precipitar-se na escolha do próximo chefe de Governo, que terá de elaborar um orçamento antes do outono, para que possa ser aprovado por um parlamento caracterizado por uma fragmentação sem precedentes em França.

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Fundos imobiliários da Corum captam mais de 300 milhões no primeiro semestre

A gestora de ativos francesa, que tem oito mil milhões de euros sob gestão, usou as novas subscrições para realizar sete aquisições, tirando partido "do contexto favorável em termos de preços".

Os fundos de investimento imobiliário da Corum Investments atraíram mais de 300 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, avança a gestora. Este volume de novas entradas permitiu à gestora francesa investir na aquisição de novos ativos, “tirando partido do contexto favorável em termos de preços”.

Os fundos imobiliários Corum Origin, Corum XL e Corum Eurion captaram 317 milhões de euros no primeiro semestre do ano, com o fundo Origin, o primeiro produto comercializado pela gestora francesa no mercado nacional, em 2012, a captar 46% do total, ou 146 milhões de euros. Já o XL recebeu um volume de subscrições líquidas de 71 milhões de euros e o Eurion – apenas disponível para investidores institucionais – atraiu 100 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

“Estamos a captar cada vez mais poupanças junto de investidores nos vários países em que estamos presentes, entre eles Portugal”, refere Miguel Costa Santos, em comunicado, salientando que estes 317 milhões de euros foram investidos por um total de 9.654 investidores, que elevaram para mais de 140 mil o número global de acionistas.

Com investimentos mínimos de 1.135 euros, no caso do Origin, ou 195 euros, no caso do XL, os fundos da Corum permitem a realização de reforços mensais de 50 euros.

Há cada vez mais apetência por soluções de poupança não tradicionais, mas que oferecem aos aforradores soluções para os seus investimentos. O investimento em imobiliário comercial através da CORUM dá resposta a essa procura, com a mais-valia de, no atual contexto de mercado, oferecer, no entender da Sociedade, retornos atrativos”, acrescenta o country manager da sociedade em Portugal.

A Corum adianta que o volume de novos recursos permitiu realizar sete aquisições de imóveis comerciais no primeiro semestre, num investimento total de cerca de 377 milhões de euros. A gestora informa ainda que estes investimentos foram realizados pelos vários fundos da gestora, em várias categorias de imóveis comerciais, tanto em escritórios como em espaços de comércio, além de imóveis industriais.

As sete aquisições foram realizadas durante os primeiros seis meses deste ano foram distribuídos por vários países, de Espanha à Escócia, passando por imóveis na Irlanda, em Itália e também em França.

A Corum tem, atualmente, cerca de oito mil milhões de euros sob gestão e mantém investimentos em 17 países europeus e no Canadá, com mais de 200 imóveis em carteira, 16 dos quais em Portugal, arrendados a mais de 400 empresas, sendo a taxa de ocupação financeira superior a 96%.

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Cuidados de Saúde Primários passam a ter sistema de informação único

Projeto iniciado há dois anos tem como objetivo o avanço na transformação digital no setor da saúde. SPMS diz que reestruturação traduz-se em "ganhos relevantes" para os profissionais de saúde.

Os cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passaram a ter um sistema de informação único, no âmbito do projeto iniciado há dois anos e que tem como objetivo o avanço na transformação digital no setor da saúde, anunciou esta terça-feira os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

“O sistema de informação SClínico CSP 4.x já está a funcionar em todas as unidades de Cuidados de Saúde Primários (CSP) do SNS. O processo ficou concluído com a migração do Sistema de Informação Nacional de Unidades de Saúde (SINUS) na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, no final de julho, marcando um avanço importante na transformação digital do setor da saúde”, indica numa nota.

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde destacam que o projeto “iniciado há dois anos” tem como objetivo “a uniformização do SClínico nos Cuidados de Saúde Primários, contribuindo para melhorar a prestação de cuidados de saúde e a experiência dos profissionais”, considerando que esta “reestruturação traduz-se em ganhos relevantes para os profissionais de saúde, desde assistentes administrativos a enfermeiros e médicos”.

A atualização tecnológica “permitiu realizar a evolução da base de dados do SClínico para a versão 19 da Oracle e aplicacionais para a versão Forms 12”.

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Funnyhow assina branding do novo canal V+ TVI

  • + M
  • 13 Agosto 2024

Assinada pela agência criativa Funnyhow, a identidade do novo canal de televisão por cabo da Media Capital encontra no "+" o seu elemento central.

A Funnyhow foi a responsável pelo branding do V+ TVI, o novo canal generalista por cabo da Media Capital, que veio substituir o TVI Ficção e que foi para o ar no dia 9 de agosto.

“Queríamos criar uma marca versátil, virada para o futuro, mas que fosse sobretudo fácil de entender. E o V+ é literalmente isso: vê mais de tudo o que queres. Mais informação, mais entretenimento, mais séries, mais tudo”, explica César Sousa, chief creative officer da Funnyhow, citado em comunicado.

“Nesse sentido, o + acaba por ser mais do que um simples elemento de design. É uma ponte entre o telespectador e o mundo de possibilidades que este símbolo oferece, prometendo mais conteúdos, mais inovação e maior conexão com os espectadores e com os diferentes temas que estes procuram”, acrescenta.

Já Hugo Antonelo, CEO da Funnyhow, refere que trabalhar num “rebranding tão significativo” é “sempre um desafio entusiasmante”. “A nossa missão foi respeitar o legado da TVI, ao mesmo tempo que criávamos algo novo e relevante para o futuro, com esta marca que vem preencher o espaço da TVI Ficção com uma oferta televisiva pensada para o público português”, diz ainda.

O projeto “foi desenvolvido com o objetivo de criar uma identidade visual atual e versátil, capaz de se destacar num território competitivo, refletindo assim a ambição da estação de oferecer ‘mais’ aos seus espectadores“, lê-se ainda em nota de imprensa.

O novo canal de televisão da Media Capital foi para o ar no passado dia 9 de agosto, em todos os operadores nacionais (posição 12 nas grelhas da Meo e Vodafone e 18 na Nos).

“Queremos acima de tudo ser um canal de companhia, um canal bem disposto”, disse Hugo Andrade, na apresentação do canal.

Segundo disse o diretor do canal, o objetivo é que o V+ TVI “seja um canal muito positivo“. “Não quero um canal feito de desgraças. Mais do que ver, quero que as pessoas tenham vontade de estar no canal. E isto tem um posicionamento de ser claramente um projeto de companhia positiva, descontraída, sem o peso do dia-a-dia. O posicionamento é de ser ligeiro e próximo”, explicou na altura à margem do evento ao +M.

O novo canal pretende “ser uma verdadeira alternativa à oferta existente no cabo e diferenciadora face à concorrência”, com uma programação bastante diversificada que vai desde o entretenimento à informação, ficção, desporto, música, culinária, fama ou crime.

No primeiro fim de semana de emissão, o novo canal da Media Capital registou um share de 0,6%. Face ao último fim de semana de emissão do TVI Ficção, o V+ verificou uma ligeira diminuição (-0,2 pontos percentuais).

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Mais de um terço dos jornalistas ambientais já foram ameaçados. 11% sofreram violência física

Mais de metade dos inquiridos diz que a desinformação enquanto ameaça à transmissão de informação fidedigna cresceu na última década. 93% consideram que as redes sociais são a principal ameaça.

Mais de um terço (39%) dos jornalistas que fazem a cobertura de temas ambientais diz já ter sido alvo de ameaças. A mesma percentagem de inquiridos refere já ter feito autocensura para permanecer em segurança. Estes valores revelam uma ligeira subida em relação a 2018, onde estas percentagens eram de 33% e 31%, respetivamente.

As conclusões são do relatório “Covering the Planet: Assessing the State of Climate and Environmental Journalism Globally”, desenvolvido pela Earth Journalism Network (EJN) em colaboração com a Deakin, uma universidade australiana. O estudo inquiriu 744 jornalistas e editores, oriundos de 102 países, que fazem a cobertura de temas ambientais.

As principais ameaças que estes jornalistas dizem ter sofrido foram “ameaças verbais” (52%), “ameaças de pessoas envolvidas em atividades ilegais” (43%), “ameaças e assédio online” (43%) e “ameaças legais” (30%). No entanto, 11% dizem ter mesmo experienciado “violência física”.

Quanto aos inquiridos que afirmaram já ter tido necessidade de praticar autocensura (39%), estes apontam “aqueles que praticam atividades ilegais” (42%) e o “governo” (41%) como os principais motivos que os levaram a sentir essa necessidade de se autocensurarem.

Já 76% inquiridos dizem que a falta de fontes limita a cobertura jornalística. Estes profissionais identificam o acesso a financiamentos de jornalismo de investigação (79%), treino e workshops (75%), bolsas para participar em conferências (72%), dados relevantes (67%) e a especialistas (60%) como as suas principais prioridades para conseguirem aumentar a sua capacidade de cobertura sobre questões de ambiente e alterações climáticas.

As conclusões do inquérito apontam também para a existência de uma certa tensão entre o financiamento de trabalhos jornalísticos por parte das ONG (organizações não governamentais) para a cobertura de temas ambientais e o desejo dos profissionais por liberdade e independência no seu trabalho.

Os jornalistas dizem preferir que o financiamento destas entidades não seja vinculado a temas específicos e que gostariam de ter a liberdade de fazer a cobertura dos temas de ambiente que sejam mais relevantes para o seu público, refere o estudo.

Os profissionais inquiridos também alegam procurar não só expor os problemas, mas apontar soluções, com 72% a referirem escrever, de forma balanceada, tanto sobre problemas ambientais, como sobre as suas possíveis soluções. Quase um terço (29%) aponta a existência de alterações em políticas governamentais em resultado do seu trabalho.

Mais de metade dos inquiridos (58%) também diz que a desinformação enquanto ameaça à transmissão de informação fidedigna cresceu na última década, sendo que 93% consideram que as redes sociais são a principal fonte dessa desinformação.

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Gripe das aves detetada em gaivotas nos distritos de Aveiro e Leiria

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

No início do mês tinham sido reportados casos nos distritos de Aveiro e Faro. A manipulação de aves doentes ou mortas deve ser evitada.

A gripe das aves foi detetada em gaivotas recolhidas nas praias de Espinho, Aveiro, e entre as praias de Vieira de Leiria e Pedrógão, em Leiria, anunciou esta terça-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

“Foram confirmados mais dois novos casos de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade do subtipo H5N1, em gaivotas recolhidas nas praias de Espinho, em Aveiro, e entre as praias de Vieira de Leiria e a de Pedrógão, na Marinha Grande, Leiria”, lê-se numa nota da DGAV. Nas imediações dos locais de recolha das aves não existem estabelecimentos com aves de capoeira registados.

No início do mês tinham sido reportados casos nos distritos de Aveiro e Faro. A DGAV voltou a apelar para o reforço das medidas de segurança e vigilância, bem como para a notificação da mortalidade em aves domésticas e selvagens. Por outro lado, já tinha apelado ao reforço dos procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como ao “rigoroso controlo” dos acessos aos locais onde são mantidas as aves.

A manipulação de aves doentes ou mortas deve ser evitada. A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.

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Mpox declarada emergência de saúde pública em África

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Desde janeiro de 2022, foram registados 38.465 casos em 16 países africanos, com 1.456 mortes, incluindo um aumento de 160% dos casos em 2024.

O Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) declarou “emergência de saúde pública”, o mais alto nível de alerta, face à epidemia do vírus Monkeypox (Mpox), conhecido por “varíola dos macacos”, em vários países do continente.

“O Mpox atravessou agora as fronteiras, afetando milhares de pessoas em todo o nosso continente (…). Anuncio, com o coração pesado, mas com um compromisso inabalável para com o nosso povo, para com os nossos cidadãos africanos, que estamos a declarar o Mpox uma emergência de saúde pública continental”, declarou o presidente do CDC Africa, Jean Kasenya, numa conferência de imprensa.

“Esta declaração não é uma mera formalidade, é um claro apelo à ação. É o reconhecimento de que não podemos continuar a dar-nos ao luxo de ser reativos. Temos de ser proativos e agressivos nos nossos esforços para conter e eliminar este flagelo”, acrescentou.

Este anúncio, que permitirá desbloquear fundos para o acesso às vacinas e uma resposta continental, surge na véspera de uma reunião do comité de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliar se deve ser declarado o nível mais elevado de alerta sanitário a nível internacional, em resposta a esta doença.

Anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, a varíola é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas também é transmitida por contacto físico próximo com uma pessoa infetada com o vírus. Desde janeiro de 2022, foram registados 38.465 casos em 16 países africanos, com 1.456 mortes, incluindo um aumento de 160% dos casos em 2024 em comparação com o ano anterior, de acordo com dados publicados na semana passada pelo CDC África.

O continente enfrenta a propagação de uma nova estirpe, detetada na República Democrática do Congo (RDCongo) em setembro de 2023 e apelidada de “Clade Ib”, que é mais mortal e mais transmissível do que as estirpes anteriores. A “Clade Ib” provoca erupções cutâneas em todo o corpo, enquanto as estirpes anteriores se caracterizavam por erupções e lesões localizadas na boca, no rosto ou nos órgãos genitais.

O Mpox foi descoberto pela primeira vez em seres humanos em 1970, na atual RDCongo (antigo Zaire), com a propagação do subtipo Clade I (do qual a nova variante é uma mutação), que desde então tem estado principalmente confinado a países da África Ocidental e Central, onde os doentes são geralmente infetados por animais infetados.

Em 2022, uma epidemia mundial do subtipo Clade 2 propagou-se a uma centena de países onde a doença não era endémica, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais. A OMS declarou um alerta máximo em julho de 2022 em resposta a este surto mundial, mas levantou-o menos de um ano depois, em maio de 2023. A epidemia causou cerca de 140 mortes num total estimado de 90.000 casos.

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Nova Farfetch: O que mudou em seis meses sob o domínio coreano

A venda da Farfetch aos sul-coreanos da Coupang forçou a saída de centenas de pessoas e levou a uma reorganização da empresa, que mantém presença em Guimarães, Porto e Lisboa.

Seis meses após os sul-coreanos da Coupang terem tomado conta da Farfetch, o marktplace de roupa de luxo, criado por José Neves e o primeiro unicórnio de capitais portugueses, é hoje uma empresa bem diferente daquela que o vimaranense idealizou. Com algumas equipas quase reduzidas a zero após o plano de despedimentos anunciado em meados de fevereiro, menos exuberante e mais concentrada, a nova Farfetch está a moldar-se cada vez mais à imagem da Coupang, conhecida como a Amazon da Coreia.

Comprar a Farfetch por 500 milhões de dólares surgiu para o grupo sul-coreano como uma “oportunidade” para fechar um negócio a “um preço muito atrativo”, num momento em que a empresa nem sequer estava compradora. No entanto, a Coupang não comprou a Farfetch para perder dinheiro. Entre a formalização da aquisição, no final de janeiro, e o anúncio de um doloroso plano de reestruturação, que incluía a dispensa de entre 25% e 30% dos colaboradores, passaram apenas duas semanas.

Bom Kim, CEO da Coupang, assumiu a liderança da Farfetch após a demissão de José Neves em meados de fevereiro.

Apesar de a empresa não ter confirmado ao ECO o número de pessoas exatas que abandonaram a empresa durante este período, os despedimentos em Portugal poderiam abranger cerca de 1.000 trabalhadores, metade das pessoas dispensadas pela tecnológica portuguesa fundada em 2008 a nível global. Segundo apurou o ECO, a equipa mais afetada, tecnologicamente, foi a de FPS (Farfetch Platform Solutions) que foi “quase extinta”.

Este desinvestimento na FPS, a unidade de negócio criada em 2015 para digitalizar o negócio das grandes marcas de luxo e que prometia ser um dos grandes dinamizadores do negócio, confirma uma mudança estratégica na nova Farfetch, com os sul-coreanos focados em transformar a empresa mais à sua imagem. Com menos luxo – a Richemont, fabricante das joias Cartier e dos relógios IWC, tinha anunciado em agosto de 2022 a venda de uma posição de 47,5% na retalhista de artigos de luxo online YOOX Net-A-Porter à Farfetch, um negócio que caiu com a venda à Coupang –, a Farfetch traz uma oferta “mais modesta” e focada em novos designers.

Guimarães concentra operações

A reestruturação da Farfetch no país incluiu ainda uma reorganização dos espaços onde a tecnológica está presente. Depois de anos marcados por um forte crescimento, que coincidiu com a abertura de novos escritórios no Porto e em Braga, a companhia encerrou as operações na capital minhota no final de setembro do ano passado, pouco mais de quatro anos após a inauguração do espaço que ocupou na Avenida Dom João II. Com grande parte dos colaboradores em regimes híbridos de trabalho, a decisão da tecnológica foi concentrar as equipas nos escritórios em Matosinhos e Guimarães.

A abertura do escritório de Braga, o quarto no país, foi anunciada no início de março de 2018 — a inauguração oficial aconteceria em julho do mesmo ano — com a empresa então ainda liderada por José Neves apostada em criar um pólo de tecnologia na cidade com 150 trabalhadores. “Braga é considerada uma das cidades mais jovens do país, dinâmica e inovadora, e reúne as condições certas para receber um novo pólo de tecnologia da Farfetch. Este novo escritório é também sinónimo da continuação da nossa aposta em Portugal e da importância do país no desenvolvimento da nossa operação”, afirmava na altura Luís Teixeira, diretor-geral da Farfetch em Portugal, um dos executivos que entretanto também abandonou a empresa.

Pouco mais de quatro anos após esta inauguração, a Farfetch colocou o escritório de Braga, juntamente com o espaço que mantinha na Avenida da Boavista, no Porto, na lista de locais a encerrar, o que aconteceu logo após o verão do ano passado. Os escritórios fecharam portas definitivamente em setembro passado.

A saída de Braga, a quarta cidade em que a Farfetch estava presente no país, além de Lisboa, Porto (Matosinhos) e Guimarães, ocorreu ainda antes da entrada dos sul-coreanos da Coupang, num período em que a tecnológica de sangue português estaria já a enfrentar dificuldades. Foi no dia 29 de novembro que a empresa, sem que nada o previsse, decidiu cancelar a apresentação de resultados referentes ao terceiro trimestre do ano, precisamente o período no qual o primeiro unicórnio português avançou com a descontinuação dos escritórios em Braga e no Porto, o que mostra que estas decisões já visavam tentar estancar os problemas de liquidez.

Já este ano, um novo ajuste nas equipas. O Centro de Creative Operations (CrOps) que a empresa mantinha em Leça do Balio, em Matosinhos, foi encerrado no final do maio e as pessoas transferidas para a unidade de Guimarães, no Avepark, conforme avançou o ECO. Apesar do encerramento da unidade de operações em Matosinhos, a Farfetch manteve operações nesta localização – mas mais curtas.

Recentemente, o escritório da Lionesa diminuiu a área utilizável para metade, “dado que não justifica a dimensão do mesmo pela quantidade de gente que o utiliza (visto que grande parte dos colaboradores está em full remote)”, conforme explicou ao ECO uma fonte próxima da empresa.

O Fuse Valley, onde a Farfetch previa instalar o seu novo centro tecnológico, foi projetado pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels.Fusão

Com estas mudanças, grande parte das equipas portuguesas transitaram para os “principais” locais da Farfetch no país: Guimarães e a Lionesa. Na gaveta ficaram os planos para o megaprojeto imobiliário em Matosinhos, o chamado vale da Farfetch (Fuse Valley), apesar de a promotora imobiliária do projeto garantir que este é para continuar, mesmo que não inclua a Farfetch.

Este mega projeto imobiliário no valor de 200 milhões de euros, anunciado em 2021, além do futuro campus global da Farfetch, previa acolher outras empresas, um hotel e 42 apartamentos. O projeto inicial previa que dos 140 mil metros quadrados, 60 mil fossem ocupados pela Farfetch.

Em termos de distribuição de equipas, tirando aquelas que tiveram que ser recolocadas, devido ao encerramento de escritórios, a distribuição mantém-se. Em Lisboa estão os departamentos de programação/tecnologia e serviço ao cliente e operações.

Nos escritórios de Matosinhos que a empresa mantém abertos, pelo menos por agora, contabiliza-se a equipa de desenvolvimento da plataforma, serviços financeiros e gestores de contas das lojas associadas, bem como uma parte do serviço ao cliente. É para esta unidade que a Farfetch está a contratar. Segundo a informação disponibilizada na página de carreiras da companhia, há atualmente 41 oportunidades de trabalho abertas para Matosinhos (Porto).

A empresa está a procurar desde supervisores de contas de pagamentos, até analistas de dados, engenheiros de software, especialistas na gestão de talento até um gestor de operações financeiras.

Guimarães é agora a nova casa do centro de operações, além de manter toda a parte “criativa” do negócio. No Avepark, nas Taipas, há profissionais com diversos perfis, desde os fotógrafos especializados que estão responsáveis por fotografar todos os produtos que depois serão catalogados para o site, assim como os “stylists“. Além das pessoas associadas a todo este fluxo de produção, há ainda equipas de engenharia de processo, planeamento, compras, gestão de projetos, design, traduções e descrições, gestão de catálogo ou análise de dados.

Em termos de organização de equipas, segundo adiantou um trabalhador ao ECO, “o modus operandi continuou igual, as mesmas responsabilidades e prioridades mas distribuídas por bastante menos gente.”

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Governo prolonga prazo de concurso para armazenamento de energia

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

O concurso tem um investimento de 99,75 milhões de euros e foi lançado, em 31 de julho, através do Fundo Ambiental.

O prazo para candidaturas ao concurso para armazenamento de energia na rede elétrica nacional, com um investimento de cerca de 100 milhões de euros, vai ser prolongado de 2 para 9 de setembro, anunciou esta terça-feira o Governo.

“O Ministério do Ambiente e Energia prolongou até 09 de setembro o prazo para a submissão de candidaturas ao aviso do Fundo Ambiental que visa promover a flexibilidade de rede e o armazenamento de energia na rede elétrica nacional”, informou o Governo, em comunicado.

O concurso tem um investimento de 99,75 milhões de euros e foi lançado, em 31 de julho, através do Fundo Ambiental, sendo que as candidaturas tinham de ser submetidas no portal desta entidade, inicialmente, até ao dia 2 de setembro, prazo que agora foi prolongado por sete dias.

Os projetos elegíveis podem receber até 30 milhões de euros, tendo em vista a “crescente necessidade de otimizar e gerir a rede elétrica de forma flexível, especialmente à luz da atual conjuntura geopolítica e seus impactos no mercado energético”. A iniciativa visa acelerar a transição energética em Portugal, instalando pelo menos 500 megawatts (MW) de capacidade de armazenamento de energia na rede elétrica até 2025, como previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Para a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, este concurso é “uma oportunidade única para empresas e instituições que desejam contribuir para um futuro energético mais sustentável e independente em Portugal, e, assim, fazerem parte da solução para os desafios energéticos atuais”, aponta, citada em comunicado.

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Governo autoriza financiamento de 180 milhões para construção e renovação de escolas

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

A maior fatia vai para a CCDR do Centro (60 milhões de euros). O Norte e Lisboa e Vale do Tejo recebem 50 milhões e 12 milhões serão atribuídos ao Algarve e oito milhões para o Alentejo.

O Governo vai autorizar um financiamento de 180 milhões de euros para a construção e renovação de escolas para garantir o cumprimento das metas no âmbito do PRR, anunciou esta terça-feira o Ministério da Coesão Territorial. “O Governo vai autorizar as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) a atribuir financiamento aos municípios, até ao montante de 180 milhões de euros, para a construção e renovação de escolas”, refere o executivo em comunicado.

De acordo com o gabinete do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, a medida vai permitir aprovar candidaturas que, inicialmente, não estavam contempladas no concurso lançado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O executivo quer, assim, acautelar atrasos nos projetos que já foram contratualizados no âmbito do PRR e, através deste overbooking, garantir que é cumprida a meta fixada, que prevê a construção ou renovação de 75 escolas até junho de 2026.

“Este investimento adicional cria uma rede de segurança que nos permitirá, perante eventuais atrasos na conclusão das intervenções financiadas pelo PRR, cumprir as metas previstas e não desperdiçar verbas”, sublinha o ministro Castro Almeida, citado em comunicado. Dos 180 milhões de euros agora autorizados, a maior fatia vai para a CCDR do Centro (60 milhões de euros). O Norte e Lisboa e Vale do Tejo recebem 50 milhões de euros, 12 milhões de euros serão atribuídos ao Algarve e oito milhões de euros para o Alentejo.

As intervenções a financiar serão selecionadas de acordo com a “maturidade do projeto”, refere a tutela, que explica que a primeira prioridade serão as escolas já em fase de construção, seguidos dos projetos adjudicados e, por fim, dos projetos com aviso de concurso já publicado.

“Em caso de empate na seleção das intervenções, aplicar-se-á o critério da ordem de receção de candidaturas ao concurso aberto em janeiro de 2024”, acrescenta o comunicado. Os contratos ao abrigo do PRR, que representam um investimento de 450 milhões de euros, já foram todos assinados.

“Numa próxima fase, serão financiadas as demais escolas abrangidas pelo acordo celebrado com a Associação Nacional de Municípios, estando, para esse efeito, a decorrer um procedimento de empréstimo junto do Banco Europeu de Investimento”, acrescenta a tutela.

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Starbucks em dificuldades volta a trocar de CEO

As vendas da Starbucks estão a cair há dois trimestres seguidos e as ações já perderam 20% desde janeiro. Com os fundos ativistas à porta, a empresa acaba de nomear um novo líder: Brian Niccol.

Unidade de produção de café da fábrica Nestlé, Porto - 26OUT20
O atual CEO da Starbucks foi despedido do cargo para dar lugar a um novo líderHugo Amaral/ECO

A Starbucks nomeou um novo CEO, pouco mais de um ano depois de o líder atual ter assumido essa função. A popular rede de cafetarias está sob pressão dos investidores após ter registado dois trimestres consecutivos de quebra nas vendas, e numa altura em que as margens estão a ser pressionadas pelo aumento dos preços do café.

Brian Niccol é o gestor escolhido para comandar os destinos da Starbucks a partir do dia 9 de setembro, sucedendo a Laxman Narasimhan, na liderança desde março de 2023. Atualmente, Niccol é CEO da cadeia de restaurantes Chipotle e também já foi líder do Taco Bell. É também administrador da retalhista Walmart.

A saída de Narasimhan é imediata, incluindo do Conselho de Administração, revela a Starbucks num comunicado. A atual CFO, Rachel Ruggeri, assume o cargo de CEO interina até à chegada do novo responsável. Com a notícia, as ações da Starbucks estão a valorizar mais de 22% em bolsa, para máximos desde fevereiro.

Esta dança das cadeiras ocorre depois de os fundos Elliott Investment Management, do investidor ativista Paul Singer, e Starboard Value terem adquirido grandes quantidades de ações da Starbucks, segundo a imprensa especializada, com os títulos a acumularem perdas de 20% desde o início deste ano.

(Notícia corrigida a 14 de agosto, às 7h: Laxman Narasimhan assumiu a função de CEO em março de 2023 e não em setembro de 2022, como indicava a versão anterior desta notícia. As nossas desculpas.)

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