Compensação financeira à CP por serviço público ultrapassa o previsto no contrato, indica AMT

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

Segundo regulador, "a CP defende que o contrato existente está desajustado e é pouco flexível, face à necessidade de alguma liberdade para gestão da oferta e das operações”.

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) considera que “as compensações financeiras por obrigações de serviço público atribuídas à CP atualmente assumem um valor que ultrapassa o previsto no contrato”, segundo as conclusões de um relatório divulgado esta quarta-feira.

Segundo a AMT, na sequência da ação de supervisão que realizou no segundo semestre de 2023 a operadores de serviço público de transporte de passageiros e à gestora da infraestrutura ferroviária, “verifica-se a existência de ajustes/alterações à oferta prevista no contrato sem que, contudo, para a generalidade das situações tenha sido obtida qualquer aprovação formal”.

De acordo com o regulador, “face a esta situação, a CP defende que o contrato existente está desajustado e é pouco flexível, face à necessidade de alguma liberdade para gestão da oferta e das operações”. Por sua vez, “a empresa defende uma necessidade premente de atualização” de um anexo ao contrato, sobre “Investimentos e Cronograma”, face à “existência de desvios no que respeita ao investimento programado”.

Assim, “encontra-se em elaboração pela CP uma proposta que procede à análise e sistematização destes desvios”.

A CP comprometeu-se depois a enviar à AMT o relatório de análise dos desvios ao investimento programado. Enviou, neste âmbito, um diploma que aprovou “o Plano de Investimento em Material Circulante Ferroviário para a CP, que inclui a aquisição de 117 unidades automotoras elétricas” e uma portaria “que autoriza a CP a proceder à reprogramação dos encargos plurianuais relativos ao contrato para “aquisição de máquinas de venda automática e respetivos serviços de manutenção”.

A AMT levou a cabo este trabalho para verificar se o desempenho operacional do serviço prestado “está a ser monitorizado e fiscalizado em conformidade com os indicadores constantes dos respetivos contratos de serviço público” e “avaliar a fiabilidade e rigor dos procedimentos de tratamento da informação e de reporte às entidades competentes, no contexto da avaliação do cumprimento dos objetivos de desempenho e do cálculo de eventuais penalidades contratuais no âmbito dos referidos contratos”.

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CGTP exige que ACT e Segurança Social controlem recurso ao lay-off

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

"Não é legítimo que as empresas se estejam a financiar à custa da Segurança Social através deste regime", indica a central sindical, apontando o caso recente da Autoeuropa.

A CGTP alertou esta quarta-feira para o “acesso abusivo e imoral” ao lay-off, exigindo que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e a Segurança Social controlem a utilização deste regime, dando o exemplo da Autoeuropa.

Em comunicado, a central sindical denuncia “um aumento excessivo do número de empresas que recorrem ao regime do lay-off [redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho], sem que nada na atual situação económica do país aparentemente o justifique”.

Para a CGTP, um “caso paradigmático destas situações parece ser o da Autoeuropa, que recorre a este regime alegadamente por motivos de ordem tecnológica relacionados com a descarbonização da fábrica e renovações técnicas, mas claramente sem a verificação de qualquer situação de crise empresarial nos termos exigidos pela lei”.

“Uma vez que, como é do conhecimento público, esta empresa aufere lucros milionários, e não estando obviamente em causa a sua viabilidade, disporia certamente de meios próprios para proceder à sua modernização e manter os postos de trabalho, sem recorrer à Segurança Social”, argumenta a central sindical.

Neste contexto, a CGTP-IN exige que “as entidades competentes, nomeadamente a ACT e a Segurança Social, procedam em todos os casos a um efetivo controlo dos motivos que fundamentam o recurso a este regime, procedendo à sua comprovação e não se limitando a aceitar tacitamente como bom qualquer requerimento feito pelas empresas”.

“Não é legítimo que as empresas se estejam a financiar à custa da Segurança Social através deste regime”, realçando que o “sistema público de Segurança Social destina-se a garantir a segurança económica dos cidadãos, dos trabalhadores no ativo e dos reformados e em geral de qualquer cidadão em situação de carência económica e não pode continuar a ser usado para financiar as empresas e os seus investimentos”.

No parlamento, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (Sitesul), afeto à CGTP, acusou a Autoeuropa de recorrer “de forma abusiva” ao regime de lay-off, para financiar a modernização da fábrica de automóveis de Palmela.

Em audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão da Assembleia da República, em 10 de julho, o presidente do Instituto da Segurança Social (ISS) disse que o pedido da fábrica de automóveis da Autoeuropa tinha sido validado dois dias antes (em 08 de julho), depois de empresa ter cumprido “os requisitos formais”.

Já a inspetora-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho garantiu que houve um “motivo tecnológico” que justificou o recurso ao lay-offna Autoeuropa e que a empresa cumpriu a legalidade com uma negociação prévia com os trabalhadores.

“A ACT verificou que de facto existe um motivo tecnológico e que houve negociação com a Comissão de Trabalhadores”, disse Maria Fernanda Campos, durante uma audição no dia 17 de julho na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão da Assembleia da República, a requerimento do grupo parlamentar do PCP.

A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, decidiu aplicar o regime de lay-off a 3.742 dos 4.900 trabalhadores da empresa num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho, no âmbito de um processo de descarbonização e alterações tecnológicas de infraestruturas da fábrica, que são necessárias para a produção de novos modelos de automóveis.

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Navigator é a mais sustentável do setor florestal no mundo

  • ECO
  • 24 Julho 2024

Com uma pontuação de 11,6 neste ranking, a Navigator lidera esta lista composta por 85 empresas globais que fazem parte do cluster de indústrias de papel.

A The Navigator Company lidera a lista das papeleiras no mundo com menor risco ESG para investidores, de acordo com o ESG Risk Rating 2024 da Sustainalytics, divulgado esta quinta-feira.

Com uma pontuação de 11,6 neste ranking, a Navigator lidera esta lista composta por 85 empresas globais que fazem parte do cluster de indústrias de Paper & Forestry. Ademais, encontra-se também em primeiro lugar no subconjunto de 63 das que integram o cluster papel e polpa, estando no top 5% entre mais de 16.200 empresas mundiais em todos os segmentos de atividade.

À data de 12 de julho, a Navigator surge, assim, na franja inferior do nível de risco “baixo”, informa a nota enviada às redações. Os ESG Risk Ratings da Sustainalytics medem a performance em sustentabilidade de uma empresa e, para tal, avaliam a exposição aos riscos materiais ESG, relacionados com fatores ambientais, sociais e de governo societário, bem como a forma como a empresa faz a sua gestão.

A aposta contínua no reforço das práticas relativas aos aspetos ambientais, sociais e de governance do negócio da empresa traduz-se numa sólida gestão da sua exposição aos riscos ESG, avaliada em mais de 70 indicadores do framework da Sustainalytics, o que permitiu evoluir de forma muito significativa neste rating, indica o comunicado.

De acordo com fonte oficial da companhia, no final de 2022, a Science Based Targets initiative (SBTi) aprovou as metas de de redução das emissões de gases com efeito de estufa da Navigator e, por outro lado, é membro do WBCSD – World Business Council for Sustainable Development, é a única empresa portuguesa a participar no Forest Solutions Group, grupo setorial para a floresta daquela organização.

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Netanyahu defende unidade com EUA contra “eixo de terror” do Irão

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

Netanyahu defendeu que os Estados Unidos e Israel devem "manter-se unidos" para derrotar aqueles que querem "destruir a civilização", referindo-se a um "eixo de terror" patrocinado pelo Irão.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu esta quarta-feira perante o Congresso norte-americano em Washington que os Estados Unidos e Israel devem “manter-se unidos” para derrotar aqueles que querem “destruir a civilização”, referindo-se a um “eixo de terror” patrocinado pelo Irão.

“Os Estados Unidos e Israel devem estar juntos, porque quando estamos juntos o que acontece é que nós ganhamos e eles perdem”, declarou sob fortes aplausos de membros das duas câmaras do Congresso. Na parte inicial da sua intervenção, o líder israelita criticou o “eixo de terror” alegadamente patrocinado pelo Irão no Médio Oriente. “O eixo de terror do Irão desafia os Estados Unidos, Israel e os nossos amigos árabes. Não é um choque de civilizações, mas um choque entre a barbárie e a civilização”, declarou.

O primeiro-ministro israelita disse igualmente estar “confiante” sobre o resultado das negociações para libertar os reféns detidos pelo Hamas, desde o ataque executado pelo grupo islamita palestiniano no sul de Israel em 7 de outubro que deixou quase 1.200 mortos. “Estou convencido de que estes esforços podem ser coroados com sucesso”, disse Netanyahu, agradecendo ao Presidente norte-americano, Joe Biden, “pelos seus esforços incansáveis” em nome dos reféns.

“Deem-nos as ferramentas mais rapidamente e terminaremos o trabalho mais depressa”, pediu o chefe do Governo israelita, após ter criticado recentemente a administração do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por bloquear um fornecimento de bombas. Netanyahu propôs o estabelecimento de uma zona desmilitarizada na Faixa de Gaza após a guerra contra o grupo islamita Hamas, que seria administrada pelas autoridades civis palestinianas, mas rodeada por um controlo militar israelita.

Na sua visão para o território, afirmou que “a desmilitarização e desradicalização de Gaza” podem conduzir “a um futuro de segurança, prosperidade e paz”. O primeiro-ministro israelita não fez qualquer referência à formação de um governo único para a Faixa de Gaza e para a Cisjordânia, ou à criação de um Estado palestiniano independente, que são os planos oficiais dos Estados Unidos.

Dezenas de congressistas e senadores norte-americanos estiveram ausentes durante o discurso do primeiro-ministro israelita, de acordo com a agência Associated Press e a cadeia televisiva CNN. Segundo a AP, Netanyahu foi calorosamente recebido pelo presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, e por outros legisladores republicanos que organizaram o seu discurso, enquanto no exterior, junto ao Capitólio, milhares de pessoas protestavam contra a guerra na Faixa de Gaza.

“Hoje e todos os dias, a América deve estar ombro a ombro com Israel”, disse Johnson. A presença do chefe do Governo israelita fará dele o primeiro líder estrangeiro a discursar quatro vezes numa sessão conjunta do Congresso, superando o antigo primeiro-ministro britânico Winston Churchill.

Alguns influentes democratas e políticos independentes como o ex-candidato presidencial Bernie Sanders, boicotaram o discurso de Netanyahu. Outra ausência foi a da vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, que atua como presidente do Senado e que alegou ter uma viagem já programada. A senadora democrata Patty Murray, de Washington, recusou-se a comparecer, e a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi disse que, em vez disso, iria reunir-se com famílias de vítimas israelitas do grupo islamita palestiniano Hamas.

Os republicanos criticaram que a ausência de Harris, mas o candidato republicano à vice-presidência, JD Vance, também disse que não iria comparecer no discurso de Netanyahu, alegando a necessidade de fazer campanha. O discurso de Netanyahu foi também assinalado por fortes protestos de milhares de manifestantes junto do edifício do Capitólio contra a invasão da Faixa de Gaza por Israel em perseguição do Hamas e que já provocou nos últimos nove meses cerca de 40 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais.

No seu discurso perante o Congresso, Netanyahu classificou os manifestantes pró-palestinianos como “idiotas úteis do Irão”. De acordo com a agência Associated Press (AP) e a cadeia televisiva CNN, dezenas de congressistas, sobretudo democratas, faltaram ao discurso do chefe do Governo israelita.

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Portugal “de braços abertos” ao investimento angolano, diz Montenegro

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

"Angola abre às empresas portuguesas as portas desta região, deste continente, e Portugal abre para as empresas angolanas as portas de Europa, as portas de outro grande mercado", disse Montenegro.

O primeiro-ministro português disse esta quarta-feira que Portugal está “de braços abertos” para o investimento angolano e que pode ajudar também a abrir as portas da Europa às empresas angolanas. Luís Montenegro, no seu segundo dia de visita a Angola, dirigia-se a empresários angolanos e portugueses presentes no Fórum Económico Portugal-Angola, depois de visitar a Feira Internacional de Luanda (Filda) onde percorreu o pavilhão de Portugal e conversou com os responsáveis de algumas das 20 empresas nacionais presentes.

O primeiro-ministro afirmou que o executivo tem a intenção de ter um regime fiscal mais amigo do investimento para atrair investimento para Portugal, numa referência implícita à proposta do Governo de descida do IRC dos atuais 21% para 15% em três anos, que ainda não foi debatida nem votada no parlamento. O chefe do governo realçou que há muitas empresas portuguesas que já estão a exportar e que contribuem para as exportações angolanas e que Portugal está “de braços abertos” para acolher em Portugal de empresas angolanas.

“Nós estamos mesmo de braços abertos a que possam acreditar na economia portuguesa”, disse aos empresários, sublinhando que “Angola abre às empresas portuguesas as portas desta região, deste continente, e Portugal abre para as empresas angolanas as portas de Europa, as portas de outro grande mercado”.

“Estamos interessados em captar, em atrair os vossos investimentos”, exortou, frisando que existem em Portugal recursos humanos “de primeiríssima qualidade”, estabelecimentos de ensino superior “de excelência” e potencial de conhecimento adquirido em muitas áreas da economia para poder acolher esses investimentos.

“A minha presença aqui é também para vos dizer isso, para vos dizer (…) que nós confiamos muito naquilo que as empresas portuguesas podem fazer em Angola, mas quero também que os angolanos saibam que nós confiamos muito naquilo que os angolanos podem fazer em Portugal”, insistiu. O chefe do governo português afirmou que as decisões de investimento cabem as empresas mas assegurou que, do lado do executivo, o objetivo é facilitar os investimentos através das políticas públicas e fazer emergir o potencial que existe nas organizações e nas pessoas.

Montenegro usou a tradicional expressão angolana “estamos juntos” para destacar a proximidade no relacionamento político e económico, acrescentando que setores estratégicos para Angola como agricultura e pescas o são também para Portugal, mas também “juntos na língua” e na ligação de amizade e cultural. O ministro do Comércio e Indústria angolano, Rui Miguéns de Oliveira, abordou também no Fórum a importância do setor privado, “coluna vertebral” da economia angolana, dizendo que a segurança alimentar, é um desígnio nacional” para os próximos tempos

Acrescentou que Angola quer parcerias com “todos os que queiram trabalhar para esse efeito e apontou como exemplo de colaboração o setor dos vinhos, em que a experiência dos empresários portugueses pode ajudar Angola na produção, sendo um “espaço de complementaridade para produtores portugueses crescerem com empresários angolanos”.

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PS e Livre reúnem amanhã para pensar acordos à esquerda

  • ECO
  • 24 Julho 2024

O encontro é a quarta reunião do partido de Rui Tavares com os partidos de esquerda, depois de já ter reunido com o Bloco de Esquerda, PAN e PCP. 

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, vai reunir-se na quinta-feira com o porta-voz do Livre, Rui Tavares, no ‘quartel general’ dos socialistas no Largo do Rato, em Lisboa, à luz das futuras convergências à esquerda.

O encontro vai realizar-se pelas 14h30 na sede nacional do PS e é a quarta reunião do partido de Rui Tavares com os partidos de esquerda, depois de já ter reunido com o Bloco de Esquerda, PAN e PCP.

Na sequência das eleições do Parlamento Europeu, o Livre convidou os líderes do PS, Bloco, PCP e PAN para analisarem “a situação política atual”, bem como “pensar já o próximo acto eleitoral esperado, nomeadamente as eleições Autárquicas de 2025″.

O partido considerou “imprescindível” este diálogo entre forças progressistas e de esquerda nesta altura em que se colocam “grandes desafios para a democracia nacional e europeia”.

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Milhares protestam junto do Capitólio antes de discurso de Netanyahu

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

Com gritos de "genocida" e "criminoso de guerra", os milhares de manifestantes expressaram o seu repúdio contra Netanyahu discursar no Capitólio.

Milhares de manifestantes em protesto contra a guerra na Faixa de Gaza concentraram-se esta quarta-feira junto do Capitólio em Washington, onde o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, é esperado para discursar perante as duas câmaras do Congresso.

Gritando “vocês são uma vergonha”, os manifestantes viraram-se, na descrição da agência EFE, contra os congressistas que deverão assistir ao discurso do primeiro-ministro israelita, a convite dos líderes do Senado, o democrata Chuck Schumer, e da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson.

Manifestantes do chamado Movimento Juvenil Palestiniano alegaram que conseguiram introduzir uma grande quantidade de insetos (vermes e grilos) em corredores e divisões do edifício Watergate, onde Netanyahu e a sua delegação estão hospedados. Além disso, afirmaram que criaram o caos nas instalações ao ativar os alarmes de incêndio, embora o edifício esteja isolado e sob rigorosas medidas de segurança.

Transportando bandeiras e faixas palestinianas, os manifestantes que se juntaram no Capitólio acusaram os Estados Unidos de serem cúmplices da operação israelita na Faixa de Gaza, que segundo as autoridades locais, controladas pelo grupo islamita Hamas, já matou cerca de 40 mil pessoas, na maioria civis, desde 7 de outubro. De acordo com a EFE, o Capitólio encontrava-se hoje à tarde completamente cercado por polícias e manifestantes, que instalaram um palco a poucos metros do edifício sobre o qual se lia numa faixa “Palestina Livre”.

Com gritos de “genocida” e “criminoso de guerra”, os milhares de manifestantes expressaram o seu repúdio contra Netanyahu, que chegou à capital norte-americana na segunda-feira e que, na quinta, pretende reunir-se com o líder da Casa Branca, Joe Biden, e com a sua vice-Presidente, Kamala Harris.

A política democrata assumiu no domingo a candidatura às presidenciais de 05 de novembro contra o republicano Donald Trump, com o qual também é aguardado um encontro com Netanyahu na Florida. “Ele vem obter a aprovação dos Estados Unidos para a sua guerra”, acusou um dos organizadores do protesto no palco, acompanhado por pessoas de outros estados, que viajaram para Washington em autocarros.

Os manifestantes acusaram ainda o Presidente norte-americano de genocídio, e exigiram que os Estados Unidos deixem de ser cúmplices do massacre contra o povo palestiniano. Na terça-feira, a Polícia do Capitólio deteve cerca de 200 pessoas que protestavam junto do Congresso.

Estas concentrações por ocasião da visita de Netanyahu acontecem pouco mais de dois meses após vagas de grandes protestos em universidades dos Estados Unidos, que se estenderam depois à Europa, contra a ofensiva israelita na Faixa de Gaza. O atual conflito foi provocado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que provocou quase 1.200 mortos e acima de 200 pessoas levadas na condição de reféns.

Em retaliação, Israel lançou desde então uma operação militar aérea e terrestre em grande escala na Faixa de Gaza, deixando o enclave palestiniano destruído e, segundo a ONU, mergulhado num desastre humanitário.

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Lula da Silva diz que fome é a mais degradante das privações

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

Presidente brasileira critica "escolhas políticas, porque o mundo produz alimentos mais do que suficientes" e, por isso, falta um esforço global para "criar condições de acesso aos alimentos".

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, apelou esta quarta-feira aos líderes do G20 para agirem em conjunto para encontrar soluções sustentáveis capazes de erradicar a fome globalmente, que classificou como “a mais degradante das privações humanas”.

“A fome é a mais degradante das privações humanas. É um atentado à vida, uma agressão à liberdade”, disse Lula da Silva numa reunião do G20, onde apresentou a Aliança Global contra a Fome a Pobreza, proposta do Brasil, que lidera o grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia. Logo no início do seu discurso, Lula da Silva afirmou que o projeto de uma Aliança Global contra a fome e a pobreza é um dos pontos altos do seu terceiro mandado.

“Participar dessa reunião ministerial que lança as bases para a Aliança contra a Fome e a Pobreza, é um dos momentos mais relevantes dos 18 meses deste meu terceiro mandato. Neste espaço tão simbólico – o Galpão da Cidadania – damos um passo decisivo para recolocar esse tema de uma vez por todas no centro da agenda internacional”, disse o Presidente brasileiro.

Aberta a todos os países, a iniciativa pretende coordenar ações e parcerias técnicas e financeiras para apoiar a implementação de programas nacionais nos países que aderirem e ainda o financiamento de políticas públicas para a erradicação da fome e da pobreza no mundo. Lula da Silva considerou “estarrecedores” os dados divulgados quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre a insegurança alimentar no mundo.

O número de pessoas que vivem com fome no planeta aumentou em mais de 152 milhões desde 2019. Isso significa que 9% da população mundial (733 milhões de pessoas) está subnutrida, segundo a organização.

Lula da Silva criticou os super-ricos e citou as crises que tem afetado o mundo, a pandemia de covid-19, conflitos armados que interrompem a produção e distribuição de alimentos, eventos climáticos extremos, protecionismo e subsídios agrícolas como causas da fome e da pobreza, mas referiu que não resultam apenas de fatores externos, mas sim “de escolhas políticas porque o mundo produz alimentos mais do que suficientes” e, portanto, falta um esforço global para “criar condições de acesso aos alimentos”.

“A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza nasce dessa vontade política e desse espírito de solidariedade. Ela será um dos principais resultados da presidência brasileira do G20. O seu objetivo é proporcionar renovado impulso às iniciativas existentes, alinhando esforços nos planos doméstico e internacional”, explicou o chefe de Estado brasileiro. A Aliança lançada pelo Brasil, disse, será gerida com base num secretariado alojado nas sedes da FAO em Roma e em Brasília, com uma estrutura pequena, formada por pessoal especializado e funcionará até 2030, quando será desativada.

Metade dos custos serão cobertos pelo Brasil. Quero registar a minha gratidão aos países que já se dispuseram a contribuir com este esforço. A Aliança tampouco criará fundos novos. Vamos direcionar recursos globais e regionais que já existem, mas estão dispersos”, apontou o Presidente brasileiro.

Lula da Silva afirmou ainda que recebeu com satisfação os anúncios feitos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo Banco Africano de Desenvolvimento, que estabelecerão um mecanismo financeiro para o uso do capital híbrido dos Direitos Especiais de Saque em apoio à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

“É gratificante saber que a segurança alimentar será um tema central na agenda estratégica do Banco Mundial nos próximos anos e que a Associação Internacional para o Desenvolvimento fará nova recomposição de capital para ajudar os países mais pobres (…) A Aliança Global nasce no G20, mas é aberta ao mundo”, concluiu.

A ideia é que cada país elabore o seu próprio plano e defina as suas metas de combate à fome e à pobreza, e que a Aliança ajude a cumpri-las com dotações financeiras e também com tecnologias e conhecimentos. A iniciativa começou a ser discutida na cimeira dos chefes de Estado do G20 do ano passado, em Nova Delhi, quando os membros do grupo aceitaram a proposta de Lula da Silva de incluir pela primeira vez o tema da erradicação da fome na sua agenda.

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Fundação de 40 milhões encolhe em 29% os lucros da Jerónimo Martins no primeiro semestre

Dona do Pingo Doce lucrou 253 milhões de euros entre janeiro e junho. Vendas aumentaram 12,3%, apesar da “forte deflação" nos cabazes alimentares. Portugal já só vale 18,5% do negócio do grupo.

A dona do Pingo Doce fechou o primeiro semestre com lucros de 253 milhões de euros, menos 29% do que nos primeiros seis meses do ano passado, apesar do crescimento de 12,3% nas vendas, para 16,3 mil milhões de euros. A justificar a queda nos resultados está a incorporação da dotação inicial de 40 milhões de euros da recém-criada Fundação Jerónimo Martins e a subida dos custos financeiros face ao período homólogo.

Em comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo retalhista liderado por Pedro Soares dos Santos assinala o crescimento das vendas, que baixa para 5,5% se excluído o efeito da valorização do zloty e do peso colombiano, apesar da “forte deflação registada nos cabazes de quase todas as insígnias ao longo do semestre”.

“Tal como antecipámos, o ano de 2024 tem sido marcado, após um ciclo inflacionário, pelos duros efeitos da combinação de uma acentuada trajetória de correção dos preços alimentares com a subida significativa dos custos. Sabíamos que, agravada pelo ambiente de consumo contido, a competição pelos volumes seria muito forte e mantivemos o foco estratégico na competitividade, investindo fortemente em preço sem descurar a qualidade global das propostas de valor”, destaca o presidente.

Numa mensagem incluída no reporte dos resultados em que fala numa combinação “com uma intensidade nunca vista” de uma rápida queda dos preços alimentares com um aumento expressivo dos custos, “colocando forte pressão sobre as margens” da companhia, o líder da Jerónimo Martins antecipa que este cenário de deflação alimentar e de elevada inflação de custos se vai manter na segunda metade do ano.

Entre janeiro e junho, o EBITDA consolidado subiu 3,5%, para mil milhões de euros, “acusando a pressão do investimento em preço e da desalavancagem operacional”. A respetiva margem reduziu-se em 54 pontos base face ao primeiro semestre do ano anterior, de 6,9% para 6,4%. A dívida líquida disparou 37,3%, situando-se agora nos 3,2 mil milhões de euros.

Considerando já o investimento inicial para lançar uma operação de supermercados na Eslováquia, a expansão e remodelação das redes de lojas e o reforço da operação logística na Polónia, em Portugal e na Colômbia – um dos novos centros de distribuição da Ara abriu no início deste ano –, o programa de investimento para 2024 deverá ascender a cerca de 1,2 mil milhões de euros, em linha com o realizado no ano passado.

Portugal vale apenas 18,5% das vendas

Em Portugal, onde “persistem sinais de pressão sobre as famílias relacionados com taxas de juro e impostos elevados, esperando-se, por isso, que o consumo se mantenha pouco dinâmico ao longo do resto do ano”, as vendas do Pingo Doce cresceram 5,9%, atingindo quase 2,4 mil milhões de euros. O grupo nota, porém, que a insígnia “operou com deflação no cabaz, sendo notório o contributo do forte aumento de volumes registado nestes primeiros seis meses do ano”. No Recheio, a progressão foi inferior (2%), totalizando 645 milhões de euros.

Em conjunto, o Pingo Doce e o Recheio valeram “apenas” 18,7% das vendas do grupo. Com um contributo de quase 71%, o porta-aviões continua a ser a polaca Biedronka. Na primeira metade do ano, em que passou a ter mais 51 lojas no país e realizou 104 remodelações, o volume de negócios da insígnia que lidera o retalho alimentar na Polónia ascendeu a 11,5 mil milhões de euros, uma subida de 11,9% em euros e de 4,5% em moeda local.

Já a cadeia de drugstores Hebe, que nos primeiros seis meses do ano ganhou 17 lojas no mercado polaco – tem agora um total de 359 lojas na Polónia e duas na República Checa – registou vendas de 271 milhões de euros, 30,6% acima do mesmo período do ano passado (+22% em moeda local).

Finalmente, na Colômbia, onde a Jerónimo Martins esteve “centrada em garantir a preferência dos consumidores num contexto muito exigente”, as vendas da Ara dispararam 32,1%, atingindo 1,4 mil milhões de euros no semestre (+13,3% em moeda local). A insígnia sul-americana inaugurou 59 novas lojas neste período, chegando a 30 de junho com um parque de 1.349 localizações. Prevê abrir outras 150 no resto do ano.

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Pedidos de apoio a PME em Angola “já têm eco” nas políticas do Governo, diz Montenegro

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

O primeiro-ministro, de visita a Angola, lembra que as PME têm através "do Banco Português de Fomento, uma linha de apoio à internacionalização" das empresas com fundos europeus.

O primeiro-ministro respondeu esta quarta-feira a apelos de apoio às pequenas e médias empresas (PME) portuguesas a operarem em Angola, dizendo que estes “já têm eco” no desenho das políticas e instrumentos de financiamento do Governo português. Luís Montenegro falava no encerramento do Fórum de Negócios Angola-Portugal, dedicado ao tema do setor agroalimentar, no âmbito da visita oficial a Angola que termina na quinta-feira.

“Para além dos reflexos que o aumento da linha de crédito Portugal-Angola que ontem anunciei, em 500 milhões de euros, nós temos em Portugal, através da intervenção do Banco Português de Fomento, uma linha de apoio à internacionalização das nossas empresas com fundos europeus – InvestEU – que ascende a 3.600 milhões de euros, dos quais 2.500 milhões estão destinados precisamente às pequenas e médias empresas”, frisou.

Para além disso, acrescentou, “o Governo está empenhado também em ajudar aquelas que já foram PME a agora ascenderem à categoria de grandes”.

Numa intervenção antes no mesmo Fórum, o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, dirigiu-se diretamente a Luís Montenegro a quem pediu que, no financiamento às empresas que trabalham em Angola, que “guardem uma fatia de 10% para as PME”, salientando que este foi também um desejo já expresso pelo embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte

Empresários ouvidos pela Lusa na Filda queixaram-se também de falta de apoio às PME exportadoras e das dificuldades de acesso aos programas de internacionalização e de investimento, defendendo soluções mais direcionadas para este tipo de empresas. Montenegro considerou que “a resposta está dada” a estes apelos, reiterando que as linhas de apoio às empresas que favorecem a internacionalização “vão repercutir-se nos mercados que escolherem” e o mercado angolano é “muito relevante” para Portugal.

O primeiro-ministro realçou que, nas linhas de financiamento já disponíveis, 711 milhões de euros são para “investimento direto na investigação, no conhecimento, na inovação e na digitalização, que são pressupostos de competitividade das empresas para elas também se poderem internacionalizar”. Na sua intervenção, Montenegro quis deixar palavras de gratidão e de esperança sobre o passado, presente e futuro das relações entre os dois países.

“A minha primeira palavra é de gratidão. Gratidão às empresas, gratidão aos empresários e gratidão aos trabalhadores. Aos muitos milhares de trabalhadores portugueses que estão hoje aqui em Angola e aos muitos milhares de trabalhadores angolanos que estão hoje em Portugal”, disse, reiterando que os cidadãos que falam português têm prioridade para entrar em Portugal.

Por outro lado, citou o exemplo das duas empresas que visitou nos arredores de Luanda – Powergol e Refriango – para manifestar a esperança na “capacidade empreendedora, de assumir riscos, de pegar no produto das empresas e reinvesti-lo a bem da criação de novos negócios”.

“A gratidão é sobretudo por aquilo que nós já fomos capazes de fazer e a esperança é sobretudo por aquilo que nós ainda vamos fazer no futuro, que é o mais importante”, disse, repetindo uma expressão que tem utilizado ao longo desta visita oficial, de que as relações entre Portugal e Angola são “relações para todas as horas”.

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Direção do Instituto Português do Desporto e Juventude cai. Governo quer “mudança de orientação”

Mandatos do presidente Vítor Pataco e do vogal Carlos Pereira terminaram a 2 de julho. Já o mandato da vice-presidente Selene Martinho terminaria em 2028 e da vogal Sílvia Vermelho em 2026.

O Governo decidiu dissolver o conselho diretivo do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), tendo em vista dar “uma nova orientação à gestão” do organismo. Ao ECO, o Ministério dos Assuntos Parlamentares diz tratar-se de “um procedimento normal e regular, sem qualquer caráter de urgência, sendo que ainda não houve designação dos novos membros”.

A decisão foi publicada em Diário da República na terça-feira e produz efeitos a partir desta quarta-feira. No despacho, assinado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares e pela ministra da Juventude e da Modernização, o Governo justifica a decisão com “a premente necessidade de repensar as políticas de juventude em Portugal”.

“É imprescindível a mudança de orientação à gestão do IPDJ, que assegure a concretização dos objetivos das áreas governativas do desporto e da juventude e modernização, com a definição de uma gestão eficiente e profícua dos seus recursos humanos e financeiros”, acrescenta o despacho.

Os mandatos do atual presidente Vítor Pataco e do vogal Carlos Pereira terminaram no passado dia 2 de julho. Já o mandato da vice-presidente Selene Martinho terminaria no dia 2 de agosto de 2028 enquanto o da vogal Sílvia Vermelho terminaria a 29 de setembro de 2026, explica o Ministério dos Assuntos Parlamentares, ao ECO.

De acordo com o diploma publicado em Diário da República, os atuais membros mantêm-se em funções até serem substituídos. “Face ao exposto, tratou-se de um procedimento normal e regular, sem qualquer caráter de urgência, sendo que ainda não houve designação dos novos membros do Conselho Diretivo“, adiantou a tutela liderada por Pedro Duarte, em resposta a questões colocadas pelo ECO. O Governo não diz, no entanto, quando pretende ter a nova direção em funções.

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Capital de risco junta shopping de Torres Novas ao Tavira Gran Plaza

Gerido pela Point Capital Partners e com dotação de 100 milhões de euros, o fundo de capital de risco Shoppings Iberia I reforça o portefólio com a aquisição do TorreShopping, inaugurado em 2005.

O fundo de capital de risco Shoppings Iberia I, que já detém o centro comercial Tavira Gran Plaza, no Algarve, vai assumir também o controlo do centro comercial TorreShopping, em Torres Novas, através da aquisição de 100% do capital social da sociedade DPPFB.

A operação, já notificada à Autoridade da Concorrência, reforça o portefólio deste fundo vocacionado para o investimento em centros comerciais e centros de retalho, que tem uma dotação de 100 milhões de euros e é gerido e representado pela Point Capital Partners.

Fundada em 2021 e dedicada à gestão de fundos de capital de risco, investimento imobiliário e empreendedorismo social, a Point Capital Partners tem sede em Lisboa e tem como sócios Luís Paulo Tenente, antigo CEO do Banif Capital, e Sérgio Silva, CEO do Vigent Group, da Trofa, que é dono da metalomecânica Metalogalva e da empresa alimentar Brasmar.

Inaugurado em abril de 2005, o TorreShopping era até agora dirigido por Joaquina Romão e foi alvo de um projeto de remodelação e ampliação conduzido pela CBRE, num investimento avaliado em cinco milhões de euros e que foi concluído em 2020.

Considerado o maior centro comercial da região, desde essas obras de renovação, que duraram cerca de um ano, passou a contar com mais de 50 lojas – as últimas a abrirem portas foram as cadeias de baixo custo dinamarquesas Flying Tiger e Normal -, cinemas e uma zona de restauração.

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