1/4 dos advogados responderam ao inquérito da Ordem

O Inquérito é conduzido por uma equipa multidisciplinar de investigação do ISPA (Instituto Universitário), coordenada por António Caetano, também coordenador do último Inquérito.

Cerca de um quarto do total dos advogados (24%) com inscrição ativa responderam ao Inquérito à advocacia portuguesa. “Em resposta ao repto lançado pela Ordem dos Advogados 24% dos Advogados e Advogadas com inscrição ativa responderam ao Inquérito à Advocacia Portuguesa”, segundo a Ordem dos Advogados garantiu ao ECO/Advocatus. Ou seja: dos 36.268 (contabilizados a 27 de junho deste ano), quase 9 mil responderam ao repto.

“Congratulamo-nos com a adesão ao Inquérito da qual resultou uma amostra muito significativa da profissão que será objeto de análise e tratamento pela equipa multidisciplinar de investigação do ISPA a qual, partindo dos dados recolhidos, realizará a caracterização social, económica, demográfica e profissional da Advocacia Portuguesa, a divulgar no início do próximo ano.
Acreditamos que daí resultará um maior conhecimento das necessidades, receios e expectativas de cada Advogado e Advogada no presente e para o futuro, o qual contribuirá para a definição das futuras decisões e estratégias da Ordem dos Advogados para garantir o exercício digno da nossa profissão”, concluiu o mesmo comunicado.

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA) – liderado pela bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro – promoveu este Inquérito à advocacia portuguesa, para conhecer o perfil dos advogados de hoje, “as suas necessidades, preocupações, o modo como exercem a profissão, como veem a Ordem dos Advogados e a Justiça, e que desafios consideram mais relevantes para o futuro da profissão”, segundo explicou o Conselho Geral em comunicado.

O Inquérito foi conduzido por uma equipa multidisciplinar de investigação do ISPA (Instituto Universitário), coordenada por António Caetano, também coordenador do último Inquérito.

Nos seus quase 100 anos de existência a Ordem dos Advogados realizou três inquéritos à profissão, em 1972, 1985 e 2003. Volvidos 20 anos desde o último Inquérito aos Advogados Portugueses, numa altura que eram apenas 21 871 inscritos. Atualmente são quase 37 mil advogados inscritos.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus.Hugo Amaral/ECO

Retrato da classe em 2023

O número de advogados inscritos na Ordem dos Advogados voltou a subir em 2023. Segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) do Ministério da Justiça, existem atualmente 40.065 advogados, mais 1.261 do que em 2022, um novo recorde.

Dos 40.065 advogados contabilizados em Portugal em 2023, mais da maioria são do sexo feminino, totalizando cerca de 57%, ou seja 22.852 advogadas, outro recorde. Já advogados do sexo masculino foram contabilizados 17.213, ou seja cerca de 43% da classe.

No que concerne ao número de estagiários, em 2023 existiam 3.431, ou seja, cerca de 8,6% dos advogados inscritos. Um ligeiro aumento face a 2023, em que estavam inscritos 3.372. Também entre os estagiários o sexo feminino impera com 2.248 advogadas face aos 1.183 advogados.

Ao longo dos últimos anos este número tem vindo a crescer, verificando-se apenas sete quebras no número de advogados inscritos nos anos de 1988, 1991, 1996, 2002, 2007, 2009 e 2020. A maior quebra foi em 2007, em que estavam registados 22.345 advogados face aos 25.716 em 2006, ou seja, um decréscimo de 3.371. Mas esta descida teve uma razão: decorria o bastonato de Marinho e Pinto e por alguns meses desse ano houve suspensão de inscrição de advogados estagiários.

Quanto ao género, foi no ano de 2006 que pela primeira vez exerceram advocacia mais mulheres do que homens. Nesse ano contabilizaram-se 12.996 advogadas face aos 12.720 profissionais do sexo masculino. Desde então que o sexo feminino tem dominado a classe, com exceção do ano de 2008. Recorde-se que a advocacia esteve durante vários anos restringida às mulheres e só em 1918 é que viram assegurado o seu direito de acesso à profissão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas preocupada com transparência de propriedade dos media

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

"Em Portugal, um caso de grande visibilidade desencadeou debates sobre o quadro legislativo", aponta a Comissão Europeia, referindo-se à Global Media.

A transparência da propriedade dos meios de comunicação social mantém-se como uma preocupação da Comissão Europeia no relatório de 2024 sobre o Estado de direito na União Europeia (UE), que pela primeira vez inclui quatro países candidatos.

“Persistem preocupações em vários Estados-membros no que respeita à governação independente ou à estabilidade financeira dos organismos de radiodifusão de serviço público, à transparência da propriedade dos meios de comunicação social, ao direito de acesso aos documentos públicos e à atribuição transparente e justa de publicidade estatal“, salienta o relatório.

Recorda que “em Portugal, um caso de grande visibilidade desencadeou debates sobre o quadro legislativo“, referindo-se às questões envolvendo um fundo financeiro e a Global Media, dona de vários títulos.

O reforço geral da independência dos órgãos que prestam serviço público de informação é reconhecido pela Comissão, que, no entanto, refere que “em Itália, embora existam regras destinadas a garantir que os meios de comunicação social de serviço público forneçam informações independentes e pluralistas, persistem desafios relacionados com a eficácia do seu sistema de governação e financiamento“.

Roma deve prosseguir, recomenda o executivo comunitário, o processo legislativo sobre o projeto de reforma relativo à difamação, à proteção do segredo profissional e das fontes jornalísticas, evitando simultaneamente qualquer risco de impacto negativo sobre a liberdade de imprensa e garantir que tem em conta as normas europeias em matéria de proteção dos jornalistas”.

Também a Eslováquia está sob a lupa de Bruxelas neste aspeto, depois da adoção, em julho, de legislação criando um novo organismo público de radiodifusão “o que suscita preocupações quanto à futura independência do organismo de radiodifusão”.

O executivo comunitário refere ainda inquietude face à deterioração das condições de trabalho dos jornalistas, na Eslováquia, reconhecendo a melhoria no que respeita à sua segurança.

A UE assinala no seu relatório de 2024 que 68% das recomendações feitas no ano anterior foram atendidas.

Pela primeira vez, foram incluídos quatro países candidatos à UE: Albânia, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia.

Para Bruxelas, em comparação a emissão do primeiro relatório (2020), os Estados-membros “muito mais bem preparados para detetar, prevenir e enfrentar os desafios emergentes, o que contribui para a resiliência das democracias europeias e para a confiança mútua no interior da UE”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Devíamos tentar baixar todas as portagens” e não eliminar “uma ou outra”, defende ministro

Miguel Pinto Luz reafirmou esta quarta-feira no Parlamento que o Governo considera "injusta" a supressão das portagens nas ex-SCUT.

O Governo “aceita com tranquilidade e respeito” a decisão do Presidente da República de promulgar a legislação proposta pelo PS para acabar com as portagens nas ex-SCUT, mas o ministro das Infraestruturas defende que todas as portagens deviam baixar em vez de se eliminar em algumas autoestradas.

“O Governo não concorda com a supressão dessas portagens. É injusta. Não olha para o país como um todo. Devíamos tentar baixá-las todas e não circunstancialmente e oportunisticamente uma outra“, afirmou Miguel Pinto Luz na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.

O ministro das Infraestruturas e Habitação afirmou ainda que reage “com tranquilidade e respeito” à decisão do Presidente da República em promulgar o fim das portagens nas ex-SCUT. “Aguardamos a publicação do diploma e a seu tempo o primeiro-ministro dará a sua opinião”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou esta terça-feira o diploma do Parlamento que põe fim, a partir de 2025, às portagens em algumas das antigas SCUT (autoestradas sem custos para os utilizadores) e nos troços onde não existam vias alternativas.

Previsto entrar em vigor em 1 de janeiro de 2025, o objetivo do diploma é acabar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 – Pinhal Interior; A22 – Algarve; A23 – Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; e A28 – Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE lança consulta pública sobre novas orientações de governação e cultura de risco

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

O BCE lançou uma consulta pública sobre o novo projeto de orientações de governação e cultura de risco, que fornece aos bancos um roteiro nestas áreas.

O Banco Central Europeu (BCE) lançou uma consulta pública sobre o novo projeto de orientações de governação e cultura de risco, que fornece aos bancos um roteiro nestas áreas, informou em comunicado.

As orientações, que substituem a declaração de supervisão de 2016 e estarão abertas a consulta pública até 16 de outubro, clarificam as expectativas das autoridades de supervisão quanto à composição e ao funcionamento dos órgãos e comités de gestão e especificam os papéis e as responsabilidades das funções de controlo interno.

Salienta igualmente a importância da cultura de risco e define as expectativas relativamente aos quadros de apetência pelo risco dos bancos.

Além disso, reflete as recentes atualizações das normas estabelecidas pela Autoridade Bancária Europeia (European Banking Authority – EBA) e fornece exemplos de boas práticas recolhidos pelo BCE com o objetivo de servir de ponto de referência prático para as instituições de crédito.

Num blogue do BCE, o vice-presidente do conselho de supervisão do BCE, Frank Elderson, explicou que as principais causas das deficiências na composição dos conselhos de administração são a diversidade limitada, o papel limitado dos administradores não executivos e a presença sistemática de gestores nas reuniões das funções de supervisão e dos comités.

Por conseguinte, considerou que, embora tenham sido realizados progressos nestas áreas, os bancos devem continuar a trabalhar na implementação de normas de governação, enquanto a instituição intensificará o controlo e utilizará todos os instrumentos disponíveis para garantir que as medidas de supervisão são aplicadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Politécnico da Guarda constrói residência universitária com 151 camas

“Pela parte do Politécnico da Guarda está tudo preparado para avançar rapidamente no terreno", até porque "as verbas do PRR têm de ser executadas na totalidade antes de 2027”, lembra o presidente.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai construir uma nova residência de estudantes com 151 camas, num investimento de 3,7 milhões de euros, tendo obtido aprovação de financiamento até 85% do valor total pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A requalificação da antiga Residência Gulbenkian para estudantes, sob gestão do município, também viu aprovado o financiamento de verbas europeias.

Pela parte do Politécnico da Guarda está tudo preparado para avançar rapidamente no terreno, [até porque] as verbas do PRR têm de ser executadas na totalidade antes de 2027”, afirmou o presidente do IPG, Joaquim Brigas.

“Esperamos e desejamos que do lado da Câmara Municipal da Guarda se passe o mesmo em relação à residência de estudantes que lhe cabe recuperar, uma vez que o financiamento desta obra pelo PRR também foi aprovado”, assinala o responsável. Joaquim Brigas lembra que o instituto pediu ao município a cedência das antigas residência da Gulbenkian para as recuperar, “tendo a câmara preferido avançar ela própria com o projeto”.

Pela parte do Politécnico da Guarda está tudo preparado para avançar rapidamente no terreno, [até porque] as verbas do PRR têm de ser executadas na totalidade antes de 2027.

Joaquim Brigas

Presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Já a residência universitária, a construir no campus do politécnico sob gestão do IPG, foi aprovada pelo Painel de Avaliação Independente das candidaturas ao financiamento por verbas europeias do PRR.

Os resultados do relatório de avaliação das candidaturas aguardam agora a formalização pela Agência Erasmus+ da aprovação da candidatura do IPG, assim como a homologação pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.

O IPG também já conseguiu aprovar uma residência estudantil para Seia com 100 novas camas, mediante a requalificação de uma antiga fábrica. Este projeto resultou de uma parceria com a Estamo — empresa pública que gere o património imobiliário do Estado — e a obra está a cargo da Construção Pública (antiga Parque Escolar), sob gestão do IPG. “A futura residência vai ser fundamental para captar mais estudantes para Seia num futuro próximo”, sublinha Joaquim Brigas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Kamala Harris à frente de Donald Trump em sondagem para a Reuters

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Julho 2024

A sondagem foi realizada nos dois dias seguintes à saída de Joe Biden da corrida presidencial. Campanha de Trump apresentou queixa contra campanha de Harris por ficar com donativos de Biden.

A desistência de Joe Biden da corrida à Casa Branca, e a declaração de apoio à vice-presidente para tomar o seu lugar como candidata democrata, deram um forte impulso a Kamala Harris, que, nas 24 horas seguintes, angariou um recorde de 81 milhões de dólares em donativos.

Agora, uma sondagem a nível nacional da Reuters/Ipsos, conduzida online entre 22 e 23 de julho e divulgada esta quarta-feira, põe Kamala Harris à frente de Donald Trump por dois pontos percentuais: a californiana recolhe 44% das intenções de voto dos eleitores registados, face a 42% para o candidato republicano, sendo que foram questionados 1.241 norte-americanos adultos (dos quais 1.018 eleitores registados) e a margem de erro é de três pontos percentuais.

Na sondagem anterior da Reuters e do Ipsos, datada de 15 e 16 de julho, Trump e Harris surgiam empatados com 44% das intenções de voto. No início do mês, o ex-presidente liderava por um ponto percentual.

É costume verificar-se um aumento de apoio nas sondagens após um candidato ser formalmente nomeado pelo seu partido na respetiva convenção. Porém, não parece ser o caso de Donald Trump, que na semana passada aceitou a nomeação formal dos republicanos e, pelo menos nesta nova sondagem, não beneficia desse maior apoio.

Ao mesmo tempo, o aumento de apoio a Kamala Harris deve ser visto com alguma cautela. Tendo em conta a maior cobertura mediática, por se tratar de uma nova candidatura, o crescimento das intenções de voto pode ser temporário, segundo os especialistas em sondagens.

Além disso, ainda que os inquéritos realizados a nível nacional deem sinais importantes do apoio do eleitorado aos candidatos, o resultado costuma ser decidido nos chamados Swing States (como, por exemplo, a Pensilvânia e o Michigan), onde nenhum dos dois grandes partidos norte-americanos costuma apresentar uma maioria absoluta nas intenções de voto.

Trump apresenta queixa contra Harris por “herdar” donativos da campanha de Biden

Ainda na terça-feira, a campanha de Donald Trump apresentou uma queixa junto da Comissão Eleitoral Federal contra Kamala Harris, em que acusa a atual “número 2” da Casa Branca de violar as leis federais de financiamento ao ficar com os fundos da campanha presidencial de Joe Biden.

De acordo com o The New York Times, na denúncia, feita por um advogado da campanha do candidato republicano, argumenta-se que a campanha democrata não podia mudar o nome de “Biden para Presidente” para “Harris para Presidente”, depois o atual Presidente ter desistido da reeleição no domingo e, posteriormente, ter transferido 91 milhões de dólares (84 milhões de euros) para a campanha da sua vice.

Isto é pouco mais do que uma contribuição excessiva e velada de 91,5 milhões de dólares de um candidato presidencial para outro, ou seja, da antiga campanha de Joe Biden para a nova campanha de Kamala Harris. Isto ridiculariza as nossas leis de financiamento de campanhas“, refere a queixa de oito páginas.

Esta queixa é parte da estratégia da campanha de Donald Trump para tentar abrandar o ímpeto que Kamala Harris tem conseguido gerar junto do eleitorado e dos financiadores da sua campanha desde que se tornou a presumível candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 5 novembro.

A campanha da atual vice-presidente argumenta, por sua vez, que os comités Biden/Harris sempre estiveram autorizados para os dois candidatos. “Alegações judiciais infundadas – como as que fizeram durante anos, para tentar suprimir votos e roubar eleições – só a eles irão distrair“, responderam os democratas, em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Há condições de mercado” para fazer privatização da TAP, diz Pinto Luz

O ministro das Infraestruturas afirmou que a venda da companhia aérea está numa fase de recato e avançará em tempo oportuno.

O ministro das Infraestruturas reiterou esta quarta-feira no Parlamento que “a TAP é para privatizar” e que o processo iniciado pelo PS não foi interrompido pelo novo Governo. Será relançado em tempo oportuno.

“A TAP é para privatizar, num processo iniciado pelo PS”, afirmou Miguel Pinto Luz na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação. Foi lançado pelo Executivo anterior, com a aprovação do decreto-lei em setembro do ano passado. “Qual reativar o processo? Nunca o travámos”, disse o ministro.

A privatização está numa “fase de recato, de reavaliações, de definição de modelos” e será relançado em “momento oportuno”, afirmou Miguel Pinto Luz, sem adiantar uma data. Mais tarde, acrescentou que o Governo “tem pressa” na privatização.

O ministro garantiu, no entanto, que “o mercado tem hoje condições de liquidez e dinâmica de mercado para se cumprir esse desiderato“.

(notícia atualizada às 14h31)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há 55 mil candidatos para as 26 mil casas do PRR. Governo está a avaliar financiamento para mais 29 mil

O ministro das Infraestruturas assumiu no Parlamento que Simplex Urbanístico e revisão da lei dos solos está atrasada e apontou novas datas.

O ministro das Infraestruturas afirmou esta quarta-feira no Parlamento que há 55 mil candidaturas ao programa 1º Direito, que tem previstas apenas 26 mil casas, no âmbito do PRR. Miguel Pinto Luz afirmou que o Governo está a avaliar formas de financiamento para construir mais 29 mil casas de forma a responder a todos os pedidos. Acusou ainda o Governo anterior de não ter destinado verbas suficientes para a medida.

“Há 55 mil candidatos”, apontou o governante na audição na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação. “Estamos a encontrar capacidade operativa para financiar as 29 mil [habitações] que faltam”, acrescentou, defendendo que tem de “haver um choque de oferta, mais oferta cooperativa, mais oferta privada, mais oferta pública”.

Miguel Pinto Luz deixou ainda críticas ao Governo anterior, acusando-o de não prever no PRR as verbas necessárias para as 26 mil habitações. “Era expectável que houvesse mecanismo que fizesse ajuste aos preços face à inflação”, disse, acrescentando que foi necessário direcionar “800 milhões a mais do Orçamento do Estado, o correspondente a 50% da rubrica [no PRR]”. “Este erro de cálculo vem de trás. A opção deste aumento orçamental é desde governo”, rematou.

O ministro assinalou ainda que já foram ainda assinados acordos com as autarquias, “o que permitiu
desbloquear os processos das 26 mil habitações. Uma medida importantíssima para conseguirmos cumprir com os prazos estabelecidos”.

Simplex Urbanístico em agosto e revisão da lei dos solos em setembro

O ministro das Infraestruturas reconheceu ainda no Parlamento que o Simplex dos licenciamentos e a revisão da lei dos solos estão atrasados, avançando com novos prazos. O primeiro ficou agendado para agosto e o segundo para setembro.

Miguel Pinto Luz afirmou na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, que “há atrasos na apresentação do Simplex [dos licenciamentos] e na lei dos solos, de algumas semanas”, o que atribui à necessidade de auscultação das partes interessadas, como os municípios ou promotores imobiliários.

O ministro adiantou que o Simplex dos licenciamentos avança em agosto e a revisão da lei dos solos em setembro. Sobre esta última, referiu que será alargada a possibilidade de afetação de solo rústico para Habitação a Custos Controladas ou habitação acessível, sejam de iniciativa pública ou de privada.

Miguel Pinto Luz elencou ainda as medidas já tomadas ou em curso, como a revogação do arrendamento forçado, a garantia pública aos jovens para viabilizar o financiamento
bancário, a Isenção IMT e IS Jovem e a agilização dos programas de subsídio de renda, eliminando
as restrições, designadamente nas caducidades.

Recordou também que está a ser reformulado o Porta 65, “para fazer com que o apoio chegue a um universo mais alargado de jovens e com menos fatores de exclusão, como a imposição de renda
máxima admitida como requisito de candidatura”. Acrescentou ainda que o Executivo está a trabalhar para “corrigir as distorções introduzidas ao Regime de Arrendamento Urbano nos
últimos 8 anos”, tendo criado um grupo de trabalho, estando “neste momento em contacto com associações desta área”.

(notícia atualizada às 12h17)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Zona Euro está à beira da estagnação

A recuperação da economia perdeu força em julho, com as duas maiores economias da Zona Euro a darem sinais preocupantes, abrindo margem para o BCE cortar as taxas de juro em setembro.

A recuperação económica da Zona Euro perdeu força em julho, com o setor privado a registar um crescimento quase nulo, segundo os dados provisórios do índice de gestores de compras (PMI) divulgados esta quarta-feira.

O HCOB Flash Eurozone Composite PMI, um barómetro da atividade económica no bloco da moeda única, caiu para 50,1 pontos em julho, o valor mais baixo dos últimos cinco meses que compara também com os 50,9 pontos registados em junho. Este valor, apenas ligeiramente acima da marca dos 50 pontos que separa o crescimento da contração, aponta para uma economia à beira da estagnação.

“Será isto a pausa de verão? Parece um pouco, já que a economia da Zona Euro mal se mexeu em julho”, afirma Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, citado no relatório.

O abrandamento foi particularmente notório no setor dos serviços, onde o índice recuou para 51,9 pontos, o nível mais baixo em quatro meses. Já a indústria continua a ser o calcanhar de Aquiles da economia europeia, com o índice a cair para 45,6 pontos, o valor mais baixo em sete meses.

Os dados deste indicador calculado pelo Hamburg Commercial Bank indica que as duas maiores economias do espaço do euro deram sinais preocupantes. A Alemanha registou uma contração da atividade pela primeira vez em quatro meses, enquanto França acumulou o terceiro mês consecutivo de queda.

Se apenas o crescimento fosse considerado, haveria um forte argumento para um corte das taxas de juro em setembro pelo BCE.

Cyrus de la Rubia

Economista-chefe do Hamburg Commercial Bank

Apesar do cenário pouco animador, há algumas notas positivas. As pressões inflacionistas continuam a diminuir, com os preços de venda a aumentarem ao ritmo mais lento desde outubro passado. Isto poderá dar algum alívio aos consumidores, cujo poder de compra tem sido corroído pela inflação persistente.

No entanto, o economista do Hamburg Commercial Bank alerta que “se apenas o crescimento fosse considerado, haveria um forte argumento para um corte das taxas de juro em setembro pelo BCE”. Contudo, os dados dos preços não trouxeram o alívio esperado, o que poderá complicar a tarefa do banco central na sua luta contra a inflação.

O relatório sugere ainda que, embora um corte das taxas em setembro seja provável, poderá ser mais difícil manter essa trajetória nos meses seguintes, a menos que a desaceleração se transforme numa recessão profunda.

Este abrandamento da economia da Zona Euro surge num momento delicado, com as tensões geopolíticas a aumentarem e a incerteza a pairar sobre o comércio global. Os próximos meses serão cruciais para determinar se esta é apenas uma pausa temporária ou o início de um período mais prolongado de estagnação económica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Endividamento da economia dá salto de 6,8 mil milhões em maio

Dívida das administrações públicas, empresas e famílias deu um salto de 6,76 mil milhões em maio, a maior subida desde fevereiro de 2023. Setor público foi o principal responsável por esta evolução.

O endividamento da economia nacional voltou a aumentar em maio, pelo terceiro mês seguido. Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a dívida das administrações públicas, empresas e famílias deu um salto de 6,76 mil milhões de euros face a abril. Foi a maior subida desde fevereiro de 2023.

Depois de ter subido em março, abril e maio, o endividamento da economia atingiu os 808,4 mil milhões de euros, mas mantendo-se abaixo do máximo histórico de 812 mil milhões, batido em setembro de 2023.

O grande responsável por esta evolução foi o setor público, que aumentou o endividamento em 5,4 mil milhões de euros em maio, “o que foi motivado, em grande medida, pela emissão líquida de títulos do Tesouro”, segundo o Banco de Portugal.

“Este acréscimo verificou-se, sobretudo, junto do exterior (2,3 mil milhões), das administrações públicas (1,6 mil milhões) e do setor financeiro (1,5 mil milhões)”, acrescenta o supervisor.

Dívida da economia dispara

Fonte: Banco de Portugal

Por seu turno, o endividamento do setor privado cresceu 1,3 mil milhões de euros, “em resultado do aumento do endividamento das empresas (900 milhões), maioritariamente perante o exterior, e do endividamento dos particulares, de 400 milhões), junto do setor financeiro”.

Do total do endividamento da economia, 443,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e famílias) e 365,1 mil milhões ao setor público (administrações públicas e empresas públicas), segundo os dados do Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h18 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investimentos do PRR nos Hospitais de Lisboa, Sintra e Seixal em risco. CNA pede renegociação de metas

Comissão de Acompanhamento do PRR identifica nove investimentos como críticos, entre os quais os investimentos nos equipamentos dos Hospitais de Lisboa, Sintra e Seixal.

A Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR) recomendou esta quarta-feira que seja avaliado urgentemente a renegociação das metas associadas aos investimentos dos equipamentos dos Hospitais do Seixal, Sintra e Amadora.

No relatório de acompanhamento do Plano de Recuperação, a entidade liderada por Pedro Dominguinhos identifica nove investimentos ou medidas como estando em estado “crítico”. Entre estas, encontra-se a aquisição de equipamentos para estes três hospitais.

“Não é possível outra recomendação, para além da necessidade evidente de um acompanhamento da parte da tutela, com a articulação de todas as entidades envolvidas”, refere, alertando que “a probabilidade de incumprimento da meta PRR, face às situações relatadas é real, sendo de acrescentar os riscos que naturalmente devem ser considerados para obras desta natureza e magnitude”.

Recomenda, assim, que “possa ser avaliado com urgência, em conjunto com a EMRP [Estrutura de Missão “Recuperar Portugal], a necessidade de de renegociação das metas associadas, em antecipação ao risco de incumprimento”.

Pede ainda que “sejam tomadas todas as precauções para que não sejam efetuadas aquisições de equipamentos sem local de instalação previamente designado e preparado, evitando-se correr o risco de obsolescência ou deterioração dos mesmos”.

A CNA-PRR enfatiza “a importância de serem prestadas informações públicas sobre o desenvolvimento destes investimentos, no sentido de promover a transparência de comunicação de resultados no âmbito do PRR”.

Outro dos investimentos considerado crítico é o das acessibilidades 360º, que pretende apoiar pessoas com deficiência. A CNA alerta para o impacto da demora na avaliação de candidaturas, considerando que “quanto mais tempo passa sem execução, menor é a probabilidade de execução das obras em tempo”, quer devido à “desmobilização dos produtores, quer porque há cada vez mais solicitações de menor valor”.

“Esta pressão na construção civil também propicia um aumento nos respetivos orçamentos, aponta. Apela assim para que os novos investimentos para intervenção nas vias públicas tenham ‘luz verde’ o mais rapidamente possível e seja criado um grupo de trabalho com as autarquias e as Comunidades Intermunicipais para “encontrar soluções conjuntas ao nível da intervenção em habitações privadas, equacionando-se a possibilidade de atribuição de Vales Acessibilidade às famílias, à semelhança dos Vales Eficiência”.

Classificada como “crítico” está também a instalação e/ou modernização dos centros tecnológicos especializados, segundo a CNA, embora reconheça o acompanhamento mais próximo deste investimento por parte do Ministério da Educação, Ciência e Inovação e o Plano de Ação.

CNA aconselha negociação com Bruxelas sobre derrapagem do prazo da linha vermelha

A entidade por Pedro Dominguinhos aconselha Portugal a negociar com a Comissão Europeia uma solução para a derrapagem do prazo de conclusão da extensão da linha vermelha do metro de Lisboa até Alcântara.

Este investimento é classificado como “crítico”, com a CNA a recomendar que a Estrutura de Missão Recuperar Portugal indique que a medida falhará o cumprimento do prazo, informando a Comissão Europeia, de modo a procurar “soluções que mitiguem a situação, sendo necessária uma intervenção rápida”.

No que toca ao metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, mantém o estado “crítico”, por estar em fases pré-concursais.

No relatório pode ainda ler-se o estado “crítico” aplicado a duas medidas no âmbito da transição digital das empresas. No que toca às aceleradoras digitais, a CNA insta à “máxima celeridade” na adaptação da plataforma, a atualização contínua das regras e a avaliação de sinergias com outros serviços. Já relativamente aos Digital Innovation Hubs dá conta que, apesar da Associação Nacional de Inovação (ANI) ter iniciado um trabalho “meritório” de acompanhamento, o investimento encontra-se “com grandes atrasos” e gera “preocupação”.

A CNA considera também crítica a medida referente à transição digital na educação, alertando para “riscos muito elevados” na concretização dos investimentos relacionados com as provas digitais e com a ampliação do wi-fi face ao calendário previsto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PRR. Falta de mão de obra na construção civil é risco para meta de 2026

Comissão de Acompanhamento do PRR alerta que concursos a lançar nos próximos meses exigem capacidade de resposta por parte das empresas de construção civil, a braços com dificuldades na contratação.

A Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR) alertou esta quarta-feira que as dificuldades de contratação de mão de obra na construção civil podem colocar em causa o cumprimento das metas previstas para o final do primeiro semestre de 2026.

O presidente da CNA-PRR, Pedro Dominguinhos, destacou que “o volume de investimento público e obra pública [prevista para execução do PRR] envolve uma dimensão não conhecida nos últimos anos em Portugal”.

“Temos um volume de obra de largas centenas de milhões de euros, em particular na área da habitação, saúde e educação, que é muito significativo e muito exigente e que naturalmente exige para além de empresas qualificadas uma quantidade de mão-de-obra muito relevante”, salientou, em conferência de imprensa do relatório de acompanhamento de execução do PRR, em Lisboa.

A CNA-PRR alerta, no relatório divulgado esta quarta-feira, que “esta é uma área particularmente sensível, exigindo capacidade de resposta por parte das empresas de construção civil, onde as dificuldades de recrutamento de mão de obra, em Portugal e no estrangeiro, são uma realidade, e podem colocar em causa a meta final de junho de 2026”.

A Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) assinala que esta foi uma preocupação da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), em reunião realizada com a entidade.

Pedro Dominguinhos assinalou que “uma parte significativa dos recursos humanos que trabalham no setor da construção é estrangeira, uns que estão cá e outros que necessitam de vir”. Neste sentido, recomenda a definição de mecanismos “céleres” na concessão de vistos de trabalho e/ou residência, exemplificando o conhecimento de empresas na área do “turismo e construção que tinham pessoas identificadas em diferentes países”, como Marrocos e Cabo Verde” e “demoram meses para conseguir trazer essas pessoas para cá”.

No entanto, alertou ser necessário “interligar esta vinda com a formação”, bem como “garantir as condiçõs de habitação para que essas pessoas possam viver dignadmente”.

O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) e da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, em 11 de julho, em declarações à Lusa, alertou que o setor da construção está a “enfrentar dificuldades acrescidas na contratação de trabalhadores estrangeiros”, devido às “recentes alterações à lei de estrangeiros”.

Segundo Manuel Reis Campos, num setor onde a falta de trabalhadores já era “um problema crítico”, com défice estimado de 80.000 profissionais, esta alteração “aumenta a rigidez e a morosidade dos processos de legalização, exacerbando a escassez de mão-de-obra qualificada”.

A CNA dá ainda nota que entre novembro de 2023 e o fim de junho de 2024 foi lançado um conjunto de novos avisos, fruto da reprogramação aprovada em outubro de 2023, estando atualmente aprovados mais de 18 mil milhões de euros investimento.

“Apesar deste valor significativo, faltam ainda lançar alguns avisos para investimentos que implicam seleção de beneficiários finais o que, face ao tempo de execução que resta, exige uma execução muito célere“, adverte.

(Notícia atualizada às 11h27, com declarações do presidente da CNA-PRR)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.