Sindicato e Generali discutiram integração da Liberty

  • ECO Seguros
  • 23 Julho 2024

A seguradora italiana continua a estudar o modo de integrar os colaboradores da Liberty na sua estrutura portuguesa. A haver saídas, o plano não está ainda definido.

Representantes da Generali em Portugal reuniram com dirigentes do STAS – Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora, sublinhando que o futuro dos funcionários da Liberty na Generali se encontra “em grande parte das situações ainda em fase de análise e de decisão”.

Em comunicado, o STAS refere que manifestou “a sua preocupação com a manutenção dos postos de trabalho e a existência de uma eventual redução dos ativos, foi esclarecido que um eventual plano de saídas não está ainda definido, nem em termos de condições, nem de timings”.

A antiga Liberty, que tinha sede em Madrid, foi adquirida pelo grupo italiano e designa-se agora Generali Seguros y Reaseguros, S.A. – Sucursal em Portugal, enquanto a Generali Seguros é uma companhia portuguesa que integra as marcas Generali Tranquilidade, LOGO e Açoreana.

Últimos dados prévios à compra pela Generali em 2023, indicavam que a Liberty em Portugal contava com 344 colaboradores, distribuídos entre a sede, em Lisboa, o Polo Técnico no Porto, e nas principais cidades do continente e ilhas. O sindicato afirma que foi atualizado “sobre o número atual de trabalhadores e respetivas faixas etárias”.

No que respeita a eventuais duplicações ou redundâncias de funções, o STAS foi esclarecido que “essa análise não está feita, sendo a mesma concretizada numa fase mais adiantada do processo”.

Outro tema abordado pelo STAS foi o do teletrabalho, tema especialmente relevante já que março de 2021 a Liberty propôs, com sucesso, aos colaboradores, a utilização definitiva do trabalho à distância em Portugal e Espanha. Segundo o sindicato “apesar de o modelo futuro não estar ainda definido, haverá uma consulta às estruturas representativas dos trabalhadores e um envolvimento do STAS de forma a garantir que os direitos dos trabalhadores/as são salvaguardados, tendo o mesmo exigido participar no desenho do novo modelo de teletrabalho”.

Finalmente, uma outra questão abordada pelo STAS foi a da uniformização da negociação coletiva, uma vez que a Generali Seguros y Reaseguros SA – Sucursal em Portugal está abrangida pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do setor e a Generali Seguros SA por um Acordo de Empresa (AE) próprio.

O STAS foi ouvido pelos representantes da Generali em reunião de informação e consulta, prevista no Código de Trabalho, no âmbito do processo de transmissão de unidade económica.

NOTA: Foi confirmado o número de colaboradores da Liberty no número de 344 e não 533 como inicialmente referido.

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Governo muda presidente da AIMA

  • Lusa
  • 23 Julho 2024

Com a transferência de Luís Goes Pinheiro para a estrutura de missão para as migrações, Pedro Portugal Gaspar, até agora diretor-geral do Consumidor, foi nomeado presidente da AIMA.

O Governo anunciou esta terça-feira a transferência do atual presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para a nova estrutura de missão para as migrações e nomeou Pedro Portugal Gaspar como novo líder da entidade.

Em comunicado enviado à Lusa, o executivo anunciou que Pedro Portugal Gaspar, até agora diretor-geral do Consumidor, foi nomeado presidente da AIMA, “de forma a executar a nova orientação do Governo na política de migrações” e que o investigador académico Pedro Góis será o diretor científico do Observatório das Migrações.

A nova Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes de imigrantes, prevista no Plano de Ação para as Migrações, será liderada por Luís Goes Pinheiro e terá como missão “resolver o histórico dos mais de 400 mil processos de regularização pendentes de análise, acumulados ao longo dos últimos anos”.

“Considerando a especificidade operacional desta tarefa e o conhecimento detalhado da situação existente”, Luís Goes Pinheiro será o coordenador-geral de uma equipa que integra Manuel Teixeira, inspetor-chefe da PJ e antigo responsável pela área documental do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), e Nuno Fonseca, atual vogal da AIMA.

“A decisão do Governo justifica-se por esta equipa reunir os perfis técnicos necessários para as referidas funções e pela ambição demonstrada para concluir com sucesso as pendências acumuladas na AIMA e no extinto SEF, de forma a cumprir mais este objetivo delineado pelo Plano de Ação para as Migrações”, refere o governo.

“O sucesso desta Estrutura de Missão é decisivo para estabilizar a situação dos imigrantes em Portugal e para o funcionamento da própria AIMA”, considera o Governo. A estrutura contará com até 100 especialistas, 150 assistentes técnicos e 50 assistentes operacionais.

Quanto à AIMA, o governo promete uma “mudança de orientação”, incluindo no novo conselho diretivo os nomes de Marta Feio, Luísa Coelho Ribeiro, César Teixeira e Mário Magalhães Pedro. “A nova liderança da AIMA irá implementar as medidas preconizadas no Plano de Ação para as Migrações apresentado no início de junho”, refere o executivo.

Um “novo ciclo envolve uma nova abordagem no desempenho da missão e competências”, bem como na “gestão dos seus recursos humanos e financeiros, uma reestruturação do respetivo âmbito funcional e uma transformação do seu papel no seio da política migratória, acrescentando-lhe uma vertente de atração de capital humano estrangeiro” para Portugal, acrescenta.

No plano, foi contemplada a “restruturação orgânica” que inclui o “Observatório das Migrações como órgão deste instituto público”. Caberá a este novo órgão da AIMA a “missão de produção, recolha, tratamento e difusão de informação e conhecimento respeitante ao fenómeno das migrações”.

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FNS2024: Sustentabilidade humana e tecnologia. Qual o futuro?

  • ECO Seguros
  • 23 Julho 2024

Democratização de acesso à informação e à tecnologia e como tal afeta a regularização de sinistros foi debatido no Fórum Nacional de Seguros 2024. Veja aqui.

A tecnologia avança, os postos de trabalho evoluem, o que precisam os trabalhadores de fazer para não ficar para trás sem descurar o seu bem-estar? Este foi um dos temas debatidos no palco do Fórum Nacional de Seguros 2024, evento organizado pelo ECOseguros e pela Zest.

O painel sobre o futuro da sustentabilidade humana e tecnologia foi moderado por Frederico Santos, Executive Customer Director da Carglass Portugal e reuniu Cassiana Tavares, Organisational Psychologist, autora de A Bíblia da Carreira, Hugo Janeiro,Technical Manager, Resources & Development Coordinator da Belron Group, José Augusto Vaz, Head of Claims Providers (Clinical and non-clinical) Generali Seguros.

Veja o painel na integra:

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Ageas Repara aposta na prevenção e lança guia para evitar entupimentos

  • ECO Seguros
  • 23 Julho 2024

O grupo segurador continua a apostar em medidas preventivas de sinistros, o que auxilia os clientes e pode diminuir as despesas com a cobertura de seguros.

As seguradoras estão cada vez mais a ir além da cobertura das despesas em caso de sinistro e a apostar na prevenção. A Ageas Repara, marca “Além dos Seguros” do grupo, apresentou em comunicado um conjunto de medidas para evitar entupimentos nas habitações.

Sérgio Lopo, Diretor Geral da Ageas Repara: “É fundamental compreender que os problemas de obstrução de sistemas de esgoto estão sempre associados a uma causa específica.”.

A marca especializada em serviços de diagnóstico, assistência técnica e soluções tecnológicas no âmbito da habitação e comércio começou por indicar que a água não escorrer corretamente pelo cano ou quando se ouvem sons vindos da tubulação do esgoto são sinais que o esgoto está entupido.

É fundamental compreender que os problemas de obstrução de sistemas de esgoto estão sempre associados a uma causa específica. Geralmente, esse motivo está relacionado com os hábitos diários adotados, pelo que se deve evitar tais comportamentos para prevenir ocorrências indesejadas”, afirma Sérgio Lopo, Diretor Geral da Ageas Repara.

Para prevenir o entupimento nos esgotos a marca aconselha a não colocar restos alimentares e gorduras na pia da cozinha e casas de banho; evitar que papel higiénico, fraldas descartáveis, toalhitas, produtos de higiene menstrual, roupas e outros objetos cheguem à rede de esgoto; não canalizar águas da chuva nos esgotos sanitários; manter a caixa de gordura, reservatório responsável pela retenção de gordura no lava-louça e máquina de lavar, e de inspeção sempre limpas, evitando assim entupimentos e a presença de insetos e odores desagradáveis; apenas em caso de necessidade extrema, reconstruir o sistema de esgotamento de água da habitação, com tubos de dimensões corretas e perfeita ligação e inclinação.

Caso os canos entupam e ainda que haja a possibilidade de realizar um desentupimento manual com luvas resistentes, mangueiras, cabos flexíveis, uso de água quente entre outros, a Ageas Repara aconselha que o tratamento deve ser feito por um profissional qualificado. O mais recomendado e adotar uma método de criação de retina de limpeza de ralos.

Importa salientar que as principais causas para entupimentos são o cabelo, pelos e barba, papel higiénico, objetos, utilização de produtos químicos inadequados e sistema de esgotamento defeituoso.

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“Venda consultiva” pode “reduzir a imagem menos positiva” dos seguros

  • ECO Seguros
  • 23 Julho 2024

A (in)segurança financeira das empresas é influenciada pela contratação de seguros para determinados riscos. Responsáveis do setor acreditam que cabe captar clientes através de venda consultiva.

Todas as empresas correm riscos. Risco de falta de pagamento, risco de quebras de abastecimento ou até riscos nas suas instalações. Para alguns dos riscos, as seguradoras oferecem produtos que cobrem as despesas em caso de sinistro. No entanto, segundo os participantes do painel sobre a relação entre a segurança financeira das empresas e os seguros, muitas empresas tomam estes produtos como uma despesa e não como um investimento para manter o negócio estável.

Este painel contou com a participação de David Castro, diretor comercial da Caravela, Jorge Pinto, diretor de vendas e distribuição da Zurich e Rafael Jorge, diretor técnico da Lusitânia e foi moderado por Francisco Botelho, Diretor do Ecoseguros no palco do Fórum Nacional de Seguros, encontro que reuniu profissionais do setor na Alfandega do Porto e foi organizado pelo Ecoseguros e pela Zest.

Para os oradores, cabe às seguradoras apostar na literacia para os seguros através da prática de uma “venda consultiva”, fazendo o levantamento das necessidades das empresas relativamente aos riscos que estas enfrentam e apresentar-lhes a cobertura ideia para o seu negócio.

Veja aqui o painel na integra:

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Media Capital fecha semestre com prejuízo de 2,67 milhões

As receitas subiram 10%, para 76,3 milhões de euros, e o total de gastos operacionais aumentou 5%, para 73,9 milhões. Publicidade cresce 16%.

O grupo dono da TVI fechou o semestre com um resultado líquido negativo de cerca de 2,7 milhões de euros. Apesar de negativo, é uma melhoria de 44% em relação ao semestre homólogo. As receitas subiram 10%, para 76,3 milhões de euros, e o total de gastos operacionais aumentou 5%, para 73,9 milhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) é de 2,4 milhões de euros (versus 1,3 milhões negativos no primeiro semestre de 2023), com uma margem de 3,2% e o EBIT (lucros antes de Juros e impostos) é negativo em 1,1 milhões, uma recuperação de 77%.

Nos rendimentos, destaque para a publicidade, que cresceu 16%, para os 50,5 milhões de euros. Os outros rendimentos operacionais aumentaram 1%, para 25,8 milhões, revela o relatório enviado esta terça-feira à CMVM.

Este aumento é reflexo do crescimento concretizado quer no mercado publicitário de canal aberto, onde superou largamente o crescimento de mercado, quer no mercado de publicidade de canais de televisão paga onde cresceu em 40% face aos resultados atingidos no período homólogo”, justifica o grupo, que no período em análise liderou as audiências.

Na televisão, digital e entretenimento os rendimentos foram de 71,5 milhões (+9%) e os gastos 69,9 milhões (+1%). O EBITDA situou-se nos 2,5 milhões, que compara com os 2,7 milhões negativos do período homólogo, e o resultado operacional foi de 457 mil euros (versus 5 milhões negativos no primeiro semestre de 2023).

Em contraste com o crescimento na publicidade, os outros rendimentos operacionais, que englobam essencialmente proveitos de cedência de sinal, vendas de conteúdos e serviços multimédia, apresentaram uma descida de aproximadamente 1 milhão de euros (-5%). “Para este ligeiro decréscimo contribuiu a venda do catálogo histórico da série ‘Morangos com Açúcar’ verificada no ano anterior”, justifica o grupo.

Nos primeiros seis meses do ano, o canal generalista somou 15,3% de share (target Universo) contra 14,7% do principal concorrente. A TVI atingiu, assim, uma vantagem de 0,6 pontos percentuais, sendo que no final do primeiro semestre do ano passado atingiu -0,6 pontos. No horário nobre a TVI alcançou 17,3% de share. A vantagem cifra-se, agora, nos 0,9 pontos percentuais. No target Adultos a TVI obteve 15,8% (total dia) e 17,8% (prime-time)”, destaca o grupo.

Na produção audiovisual o resultado operacional foi negativo em 937 mil euros, valor que compara com os 561 mil negativos do primeiro semestre de 2023, e o EBITDA foi de 308 mil euros (-49%), com uma margem de 1,5%. Também nesta área os rendimentos cresceram 10%, para os 20,2 milhões, mas os gastos aumentaram 12%, para os 19,9 milhões.

“Os gastos operacionais, excluindo amortizações, depreciações, provisões, imparidades e reestruturações, aumentaram em 11% face ao período homólogo, resultado do aumento da atividade e de uma clara aposta na
qualidade da produção dos conteúdos”, descreve.

No segmento Outros os rendimentos operacionais apresentaram uma redução de 8%, para 5,1 milhões, e os gastos operacionais aumentaram 8%, para 5 milhões. O EBITDA foi de 74 mil euros, uma descida de 92%. O endividamento líquido no final do primeiro semestre de 2024 situou-se nos 29,8 milhões. No início do ano foram distribuídos dividendos no montante de 3,5 milhões.

Vários são os fatores externos que contribuíram para o desempenho do primeiro semestre, mas a evolução do mercado publicitário será o mais importante de assinalar. Registou-se um crescimento na televisão paga, mais até do que o negócio digital — negócio esse que, nos anos mais recentes, tem estado a desviar receita ao negócio da televisão”, aponta o grupo também dono da CNN Portugal. “Foi, aliás, o comportamento positivo das marcas e dos anunciantes que nos motivou e nos encorajou a lançar um novo canal na televisão paga”, adianta ainda o grupo que se prepara para lançar em agosto um novo canal generalista.

“Se é certo que a redução de custos no primeiro semestre de 2024 e o aumento de receita do Grupo geraram uma melhoria de EBITDA face ao período homólogo, é também certo que o Grupo tem como objetivo a sua melhoria substancial no segundo semestre do ano”, aponta a Media Capital.

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Pedro Nuno responde a Montenegro: PS quer efeito da redução de IRS já este ano nas tabelas de retenção

Pedro Nuno Santos diz que "não há nenhuma razão para que o Governo não repercuta já a redução de IRS em 2024". "Foi mesmo essa a promessa do Governo", atira. O Chega vai apresentar uma recomendação.

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, desafiou o Governo a refletir já, em 2024, a descida do IRS do PS, promulgada por Belém, por via da redução das tabelas de retenção na fonte. “A partir deste momento, não há nenhuma razão para que o Governo não repercuta já a redução de IRS, em 2024. Foi mesmo esse o compromisso e a promessa do Governo, quando avançou com a sua proposta de redução do IRS”, afirmou esta terça-feira em resposta às declarações do primeiro-ministro que exigiu uma “clarificação” por parte do PS e Chega.

Caso o Governo não avance com a redução das tabelas de retenção ainda este ano, Pedro Nuno Santos só pode concluir que “se trata de uma birra”, atirou.

 

“Não há nenhuma razão para que não haja ajustamento nas tabelas de retenção na fonte. Por isso, temos a expectativa que tenha reflexo na vida dos portugueses desde já. Se o Governo for coerente com o que disse em abril, vai refletir essa redução já em 2024″, reforçou o secretário-geral.

Pedro Nuno Santos esclareceu que “essa decisão” não cabe ao Parlamento, caso contrário poderia estar a ser violada a norma travão, que impede que os deputados aprovem uma quebra de receita superior à que foi orçamentada para o corrente ano. “Esta é mesmo uma decisão do Governo”, sublinhou.

O secretário-geral dos socialistas não revelou se, ainda assim, vai apresentar uma iniciativa legislativa para clarificar que o partido defende um alívio fiscal este ano por via da diminuição dos descontos. Já o Chega vai dar entrada de um projeto de resolução para recomendar o Executivo que reduza, ainda em 2024, as tabelas de retenção na fonte, adiantou ao ECO o líder do partido, André Ventura.

O líder do PS corrigiu ainda o primeiro-ministro, quando Luís Montenegro acusou o Parlamento “de se substituir ao Governo em matéria de ação executiva como a determinação da política fiscal”. “Ao contrário do que o primeiro-ministro disse, política fiscal é da reserva da Assembleia da República, por isso, não há nenhuma intromissão no trabalho do Governo”, vincou.

(Notícia atualizada às 19h37)

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Montenegro pede esclarecimentos a Chega e PS antes de mexer nas tabelas de retenção do IRS

Montenegro avisou que "a decisão da Assembleia da República se querer substituir ao Governo em matérias que são claramente de ação executiva" tem "consequências", nomeadamente financeiras.

O primeiro-ministro avisou que “a decisão da Assembleia da República de se querer substituir ao Governo em matérias que são claramente de ação executiva” tem “consequências”, nomeadamente do ponto de vista orçamental e de “escolhas políticas”. Luís Montenegro pediu ainda ao PS e Chega que clarifiquem se a descida nas tabelas de retenção da fonte se aplica no próximo ano ou ainda este ano.

Poucas depois depois do Presidente da República ter promulgado sete diplomas da Assembleia da República, alguns dos quais aprovados contra a vontade do Executivo – como é o caso da redução das taxas de IRS, do alargamento do IVA de 6% na eletricidade e do fim das portagens nas ex-Scut –, o primeiro-ministro não tardou a reagir, apesar de sublinhar que o Governo respeita a decisão.

A decisão da Assembleia da República de se querer substituir ao Governo em matérias que são claramente de ação executiva” tem “consequências do ponto de vista da política orçamental para o próximo ano e eventualmente já para o ano em curso”, disse Luís Montenegro, em declarações transmitidas pela RTP3, a partir de Luanda.

O Chefe de Governo lembra que algumas destas medidas foram aprovadas “em contraponto com aquilo que é o programa do Governo”, pelo que considera que se trata de uma “deturpação” e lembra que, além do “impacto financeiro, têm um impacto nas escolhas políticas”.

As consequências financeiras “têm um reverso da medalha que é o que vamos deixar de poder fazer em função dessas decisões da Assembleia da República”, indicou. E desafiou a oposição a explicar como irá compensar as perdas para os cofres do Estado. “O que é interessante para o país é que quem promoveu estas alterações, diga ao país o que oferece em troca”.

Por outro lado, o primeiro-ministro pediu ao PS e ao Chega que clarificassem se recomendariam ao Governo que a descida do IRS, promulgada por Belém, através da redução das tabelas de retenção na fonte, se aplica no próximo ano ou ainda este ano. “Os dois partidos deviam clarificar” a intenção, rematou.

A resposta do líder do PS não tardou a chegar, com Pedro Nuno Santos a referir que “a partir deste momento, não há nenhuma razão para que o Governo não repercuta já a redução de IRS, em 2024. Foi mesmo esse o compromisso e a promessa do Governo, quando avançou com a redução do IRS”, ripostou.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h44)

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Vodafone Portugal desiste em definitivo da compra da Nowo

  • ECO
  • 23 Julho 2024

Operadora não vai recorrer do chumbo ao negócio decidido pela Autoridade da Concorrência, abrindo caminho à oferta da Media Capital pela Nowo, que é detida pela espanhola MásMóvil.

Nem recorre aos tribunais nem aciona o recurso extraordinário previsto na lei para levar o processo ao Governo. Três semanas depois de a Autoridade da Concorrência (AdC) ter chumbado em definitivo a compra da Nowo, a Vodafone Portugal anuncia a desistência do negócio.

A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada ao ECO por fonte oficial da operadora: “A Vodafone, apesar de discordar, dará cumprimento à decisão final da Autoridade da Concorrência de proibição da compra da Nowo”, que é detida pela espanhola MásMóvil.

A 4 de julho, quase dois anos depois de ter sido anunciada a intenção de compra, a entidade reguladora liderada por Nuno Cunha Rodrigues anunciou que adotou uma decisão final que proíbe esse negócio, por considerar que lesaria a concorrência e prejudicaria os consumidores.

Num longo comunicado, em que apresenta a sua versão da fita do tempo, a AdC explicou como esta concentração entre a Vodafone e a Nowo levaria a “aumentos significativos de preços, reforço do poder de mercado, reforço das barreiras à entrada e reforço das condições de equilíbrio cooperativo da indústria”.

A desistência definitiva por parte da Vodafone abre caminho à Media Capital, que está a negociar a compra a Nowo. Como o ECO avançou na segunda-feira, a dona da TVI e da CNN Portugal, que tem Mário Ferreira como acionista, está já em contacto com os reguladores, estando neste momento a proceder à due diligence para anunciar o negócio, provavelmente em agosto.

Entretanto, numa nota enviada à CMVM, a Media Capital disse estar “atenta às movimentações do mercado e disponível para analisar eventuais oportunidades de negócio que possam surgir”. “Não existe, contudo, nesta data, informação relativamente à concretização de um negócio que tenha caráter preciso e que deva, nos termos da legislação aplicável, ser divulgada ao mercado”, acrescentou a empresa, que nos primeiros seis meses deste ano registou prejuízos de 2,67 milhões de euros.

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Hungria mantém veto de fundos da UE à Ucrânia

  • Lusa
  • 23 Julho 2024

"Enquanto a Ucrânia não resolver esta questão, que todos se esqueçam do pagamento dos 6,6 mil milhões de euros", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro,

As autoridades húngaras irão manter o seu veto aos 6,6 mil milhões de euros do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz para a Ucrânia enquanto permanecer o bloqueio de Kiev ao trânsito de petróleo russo, foi divulgado esta terça-feira. A decisão foi anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, em entrevista à televisão privada ATV, numa alusão ao fundo europeu que Budapeste bloqueia desde maio.

“Enquanto a Ucrânia não resolver esta questão, que todos se esqueçam do pagamento dos 6,6 mil milhões de euros”, afirmou. A Hungria e a Eslováquia solicitaram na segunda-feira à Comissão Europeia a mediação com a Ucrânia, após Kiev ter incluído a petrolífera Lukoil na sua lista de sanções, implicando o fim do trânsito de petróleo para os dois países através do oleoduto Druzhba (Amizade).

O ministro sublinhou que a Hungria não apoiará o financiamento da União Europeia (UE) para o envio de armamento à Ucrânia enquanto permanecer em risco a segurança energética do país centro-europeu, que atualmente assume a presidência semestral rotativa do Conselho da UE.

“A decisão da Ucrânia de não permitir à Lukoil o trânsito de petróleo através da Ucrânia implica uma ameaça fundamental para a segurança dos fornecimentos energéticos à Hungria e à Eslováquia”, afirmou, na segunda-feira, o porta-voz do Governo húngaro, Zoltan Kovacs, na rede social X.

A Hungria e a Eslováquia dependem essencialmente das importações de petróleo russo, e apesar das sanções à Lukoil terem afetado o intercâmbio, os dois países continuam a receber fornecimentos de outras empresas russas. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e o seu homólogo eslovaco, Robert Fico, ambos definidos de “pró-russos”, têm-se oposto ao apoio militar à Ucrânia na sequência da invasão russa e defendem uma solução negociada para terminar com o conflito.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014. Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

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Unicórnio Sword lança fundação nos EUA. Chega a Portugal a “médio prazo”

Promover o conhecimento científico sobre como combater a dor é uma das missões, tendo a fundação já atribuído um prémio de 10 mil dólares. Atuação da fundação é nesta fase só nos EUA.

Virgílio Bento, Fundador e CEO da Sword Health

A unicórnio Sword Health anunciou esta terça-feira o arranque da Sword Foundation nos Estados Unidos para continuar a “libertar dois mil milhões de pessoas da dor”. A fundação tem como missão ajudar as comunidades carenciadas a aceder a cuidados de saúde e ainda apoiar o desenvolvimento científico para o combate à dor. “Queremos estender o impacto da Sword Foundation a Portugal no médio prazo”, diz a empresa ao ECO.

“Avançamos na nossa missão de libertar dois mil milhões de pessoas da dor diariamente no nosso negócio, mas não se trata apenas de criar soluções, mas também de abordar esta crise de forma mais ampla, promovendo a igualdade de acesso aos cuidados, bem como à investigação no domínio da dor, que é por isso que estamos lançando a Sword Foundation”, diz Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health, citado em comunicado.

O parceiro de lançamento da fundação é a Team RWB, a principal comunidade de saúde e bem-estar para veteranos militares dos EUA. Através desta parceria, a Sword fornecerá sua solução Thrive para membros selecionados da Equipe RWB. Para já, Portugal não está coberto pelo âmbito de atuação da fundação.

Fundação em Portugal? Só a “médio prazo”

“Foi hoje lançada a Sword Foundation com atividade nos EUA de momento. Vamos alargar o nosso impacto a mais geografias, o que incluirá naturalmente Portugal”, começa por referir fonte oficial da unicórnio, quando questionada pelo ECO. “Queremos estender o impacto da Sword Foundation a Portugal no médio prazo”, diz ainda.

“Uma das iniciativas estratégicas da Sword Foundation é promover a investigação científica na área da dor. Introduzimos recentemente o Prémio Horizon, que vai reconhecer e celebrar anualmente descobertas científicas revolucionárias nesta área”, refere ainda fonte oficial da unicórnio.

“O primeiro prémio foi atribuído a Christophe Tanguay-Sabourin com o trabalho científico publicado na revista ‘Nature Medicine’. Este trabalho de investigação inovador explora as possibilidades abertas pela IA/ML na compreensão de doenças humanas, neste caso, aplicado à dor crónica. O investigador foi premiado com 10.000 dólares para continuar a desenvolver o seu trabalho de investigação“, detalha.

A unicórnio não revela o orçamento global anual alocado à Sword Foundation. “Não partilhamos estes dados.”

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Revogação da taxa extraordinária sobre alojamento local tem o ‘ok’ do Presidente

O Presidente da República promulgou a revogação da CEAL, aliviando o setor de alojamento local. O decreto também ajusta o IMI para imóveis antigos e facilita a mobilidade labotal.

O Presidente da República promulgou esta terça-feira um decreto que autoriza o Governo a revogar a Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local (CEAL). A CEAL, introduzida pelo programa “Mais Habitação” do anterior Governo, impunha uma taxa fixa de 15% sobre uma base tributável variável, afetando imóveis de natureza habitacional em zonas de maior densidade populacional, especialmente no litoral.

Esta medida foi amplamente criticada por operadores do setor, que a consideravam uma penalização injusta e prejudicial ao desenvolvimento do turismo e à sustentabilidade financeira dos pequenos operadores.

Além das medidas relacionadas com o alojamento local, o decreto inclui disposições para eliminar obstáculos fiscais à mobilidade geográfica por motivos laborais.

Com a aprovação da revogação da CEAL pelo Parlamento, com votos favoráveis dos partidos que suportam o Executivo (PSD e CDS-PP), do Chega, Iniciativa Liberal e PAN, e contra dos partidos PS, PCP, Livre e BE, a medida será eliminada, trazendo um alívio significativo para os operadores do setor de alojamento local.

O decreto também aborda a fixação do coeficiente de vetustez, que é o número de anos decorridos desde a data de emissão da licença de utilização ou da conclusão das obras de edificação.

Este coeficiente será aplicado aos estabelecimentos de alojamento local para efeitos da liquidação do IMI, ajustando o valor tributável dos imóveis conforme a sua antiguidade.

Além das medidas relacionadas com o alojamento local, o decreto inclui disposições para eliminar obstáculos fiscais à mobilidade geográfica por motivos laborais. Esta iniciativa visa facilitar a realocação de trabalhadores, contribuindo para uma maior flexibilidade e dinamismo no mercado de trabalho.

O Presidente da República sublinhou que este decreto, juntamente com outros seis diplomas promulgados esta terça-feira, “terão de encontrar cobertura no Orçamento do Estado para 2025, a fim de poderem ser executados, não sendo, por isso, irrelevantes para contribuir para o debate e aprovação do Orçamento para o próximo ano“, notando ainda que, “deste modo contribuindo também para a estabilidade financeira, económica e política do nosso país.”

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