FNS2024: Excesso de regulação não é solução para aplicação de IA

  • ECO Seguros
  • 10 Julho 2024

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), subiu ao palco do Fórum Nacional de Seguros onde respondeu às questões que mais inquietam o setor.

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, acredita que “o excesso de regulação da União Europeia “não é a solução” para aplicar tecnologias de inteligência artificial nas operações das seguradoras.

Em entrevista na 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, evento organizado pelo ECOseguros e pela Zest, José Galamba de Oliveira partilhou a sua perspetiva sobre o uso de IA nos seguros: defende que deve caber a cada empresa a responsabilidade de aplicar ética e corretamente as IA – até porque a incorreta aplicação pode abalar a sua reputação – e considera que aplicação ética das IA está no ADN dos seguros.

Veja aqui a entrevista na íntegra a José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores.

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EDP assegura contrato para venda de energia verde nos EUA

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

O projeto deverá entrar em operação em 2025. A energia verde será produzida por um projeto solar de 150 MWac no condado de Fulton, Estado do Ilinóis, nos EUA.

A EDP Renováveis (EDPR) assegurou um contrato de 15 anos com uma sociedade tecnológica para a venda de 90% da energia verde produzida através de um projeto solar nos Estados Unidos, foi comunicado esta quarta-feira ao mercado.

A EDP, através da sua subsidiária EDP Renováveis […] assegurou um ‘Power Purchase Agreement’ (PPA) de 15 anos com uma sociedade tecnológica para a venda de 90% da energia verde produzida por um projeto solar de 150 MWac no condado de Fulton, Estado de Ilinóis, nos Estados Unidos da América”, lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este projeto, que deverá entrar em operação em 2025, representa, segundo a elétrica, uma oportunidade para expandir os 3,1 gigawatts (GW) de capacidade solar em operação e em construção na América do Norte. A EDP disse, na mesma nota, continuar a reforçar o seu perfil de baixo risco e a estratégia de crescimento, baseadas em projetos competitivos de longo prazo.

Na sessão desta quarta da bolsa, as ações da EDP subiram 0,76% para 3,56 euros.

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Demissão dos gestores da Aicep foi uma questão de opção e “confiança”

O ministro da Economia garantiu que Madalena Oliveira e Silva, ex-AICEP escolhida para nova administração, "nunca teve verificação de incentivos" e "está completamente imunizada" na Operação Maestro.

A dissolução da anterior administração da AICEP, para nomear uma nova equipa liderada por Ricardo Arroja foi uma decisão motivada por uma questão de opção do novo ministro da Economia, que quis indicar uma equipa da sua confiança, justificou esta quarta-feira Pedro Reis, na audição do Ministro de Economia, sobre a dissolução do Conselho de Administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a pedido do PS.

“Não me ouvirão uma crítica à anterior administração da AICEP. Não foram essas as razões que me levaram a pedir a dissolução”, garantiu o ministro da Economia, justificando a decisão com a necessidade de “um novo impulso” e referindo que era importante normalizar o espaço que existe de nomear equipas de confiança”.

É uma questão de confiança e quando muito uma questão de opção”, reforçou, afastando que a decisão de afastar os anteriores membros da administração se deve a motivações políticas.

Pedro Reis reiterou que este “é um ciclo novo”, em que o “processo de internacionalização e captação de investimento mudou por completo”, com o governante a mostrar grande confiança na missão da AICEP na promoção no exterior e na aposta na marca Portugal.

Quanto à escolha de Ricardo Arroja, o ministro elogiou o currículo internacional do economista, assim como a sua experiência na temática multilateral na exportação e internacionalização, assim como o seu papel no setor financeiro.

Madalena Oliveira e Silva “completamente imunizada” na Operação Maestro

Questionado pelo deputado do PS sobre a escolha de Madalena Oliveira e Silva, então quadro da AICEP e ex-administradora da AICEP entre abril de 2017 e junho de 2023, para seguir para a nova administração, e o seu eventual envolvimento na Operação Maestro, uma vez que estava na agência enquanto decorreu o alegado esquema fraudulento de obtenção, desde 2015, de milhões de euros para 14 projetos cofinanciados por fundos europeus, e que envolveu também a AICEP, Pedro Reis garantiu que Madalena Oliveira e Silva “nunca teve verificação de incentivos” e “está completamente imunizada sobre essa matéria”.

Uma auditoria aos serviços com alguma responsabilidade nas fraudes em investigação no âmbito da Operação Maestro, que investiga o empresário Manuel Serrão e o alegado uso fraudulento de fundos europeus, revelada esta terça-feira concluiu que houve “insuficiências” de gestão que vão obrigar à devolução de 30 milhões de euros de fundos europeus já pagos. O ministro da Economia deverá agora “ponderar ações adicionais”, nomeadamente disciplinares, na Aicep.

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Instituto da Segurança Social admite que lay-off na Autoeuropa só foi validado na 2.ª feira

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

A Autoeuropa justificou o recurso ao lay-off com motivos estruturais e tecnológicos. O regime afetou 3.742 dos 4.900 trabalhadores da empresa durante oito dias em junho e de 13 dias em julho.

O presidente do Instituto da Segurança Social (ISS) afirmou esta quarta-feira que o lay-off na Autoeuropa só foi validado na segunda-feira, mas admitiu que este estava praticamente aprovado desde que a empresa apresentou o pedido cumprindo os requisitos formais.

“O processo, digamos, estava de alguma forma validado do ponto de vista substantivo desde o momento em que a empresa apresentou os requisitos formais”, disse Octávio Oliveira, reconhecendo que houve alguns atrasos processuais para se fazer o enquadramento de trabalhadores que se encontravam de baixa médica.

Segundo Octávio Oliveira, a Segurança Social validou o pedido da fábrica de automóveis da Autoeuropa no passado dia 8 de julho (segunda-feira), prevendo-se que os valores devidos pela Segurança Social no âmbito do lay-off sejam processados no próximo dia 17 de julho e que o respetivo pagamento seja efetuado em 26 de julho.

O presidente do ISS respondia a perguntas dos deputados numa audição da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, a requerimento do grupo parlamentar do PCP, sobre as consequências do lay-off junto dos trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa e das empresas fornecedoras.

Na intervenção inicial, a deputada do PCP Paula Santos tinha manifestado “perplexidade” pelo facto de o lay-off ter sido aplicado aos trabalhadores da fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal, ainda antes de o pedido da empresa nesse sentido ter sido validado pelo ISS.

Durante a audição, Octávio Oliveira lembrou que a administração da empresa justificou o recurso ao lay-off com motivos estruturais e tecnológicos, previstos na lei, e que a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa aceitou a aplicação do mesmo, na sequência de uma cordo em que a empresa se comprometeu a completar os salários dos trabalhadores a 100%, no que respeita ao salário e subsídio de turno.

A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, decidiu aplicar o regime de lay-off a 3.742 dos 4.900 trabalhadores da empresa num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho, no âmbito de um processo de descarbonização e alterações tecnológicas de infraestruturas da fábrica, que são necessárias para a produção de novos modelos de automóveis.

Em negociação prévia com a Comissão de Trabalhadores, a Autoeuropa comprometeu-se a pagar, na íntegra, o salário e o subsídio de turno a todos os trabalhadores durante a aplicação do regime de lay-off.

Questionado pela deputada Ana Paula Bernardo (PS), sobre a evolução do lay-off no país, o presidente do ISS revelou que em 2022 recorreram a este instrumento .068 entidades empregadoras, com um total de 89.476 beneficiários, o que se traduziu num encargo de 132 milhões de euros.

Octávio Oliveira acrescentou que em 2023 recorreram ao lay-off 2.479 entidades, com um total 33.845 beneficiários e um encargo de 31 milhões de euros. Este ano, ainda segundo o presidente do ISS, até ao passado mês de junho, já recorreram ao lay-off 21.776 entidades empregadoras, a que corresponde um encargo de 23 milhões de euros.

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Generali e Sompo interessadas na seguradora Hiscox

  • ECO Seguros
  • 10 Julho 2024

As cotações da seguradora baseada na Bermuda deram um salto na Bolsa de Londres após notícias de uma possível aquisição e a alta mantém-se para a companhia vocacionada para cobrir riscos especiais.

A cotação das ações da seguradora Hiscox subiram mais de 10% na segunda-feira após ter sido revelado pelo jornal Insurance Age do interesse pela sua aquisição por parte da italiana Generali e pelo lado da japonesa Sompo.

Após a subida, que se manteve nos últimos dois dias, valor das ações indicou uma capitalização bolsista de 4,26 mil milhões de libras e um price to earnings ratio de 7,69. Vendeu cerca de 3,6 mil milhões de dólares em 2023, lucrando líquido 626 milhões.

A Hiscox tem a BlackRock como maior acionista com 3,4% e uma dispersão de capital de quase 95%. É representada em Portugal pela Innovarisk Seguros e apresenta-se como uma das seguradoras de nicho com maior notoriedade e com grande presença no mercado de Londres, nomeadamente na Lloyd’s. Ainda em Portugal, detém um hub em Lisboa com mais de 300 colaboradores a trabalhar para toda a Europa.

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Semana de 4 dias de trabalho? “Queiramos ou não, tema já está em discussão”, diz Pedro Reis

Ministro da Economia admite que é inevitável uma discussão séria sobre a semana de quatro dias e o impacto nas empresas e na economia.

Quer se queira ou não a discussão sobre a semana de quatro dias de trabalho irá mesmo acontecer em Portugal e o ministério da Economia será “um ator ativo nessa discussão”. A garantia é do ministro Pedro Reis, que destaca que é fundamental que o país esteja alinhado a nível internacional.

“A semana de 4 dias, queiramos ou não pôr o tema à discussão, o tema entra à discussão. Já está em discussão no mundo”, referiu Pedro Reis, no Parlamento, acrescentando que “tem que ser feita uma discussão séria para ver o que semana de 4 dias comporta, implica, impacta” e “é neste tempo.”

Questionado sobre este tema pelo Livre e, mais tarde, confrontado pelo Chega, Pedro Reis adiantou que concorda com o que o primeiro-ministro diz sobre este tema e “para salvaguardar a profundidade da discussão que é preciso fazer temos que ir mais a fundo.”

O governante, que tutela a pasta da Economia, referiu que isto poderá implicar alguma “plasticidade” de alguma forma de trabalhar, notando ainda que a pandemia trouxe mudanças significativas, como o trabalho híbrido, novas tendências que não irão desaparecer.

Para Pedro Reis é, no entanto, fundamental garantir que “estas medidas são tomadas em alinhamento o mais internacional possível.”

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Campanha que apela à adoção de crianças nos EUA por causa das armas com assinatura portuguesa

  • + M
  • 10 Julho 2024

A campanha marca presença em outdoors em Londres, Madrid, Paris e Lisboa, e vai continuar a ser implementada em mercados selecionados. Conta também com um vídeo que visa reforçar a mensagem.

A agência portuguesa Stream and Tough Guy, em parceria com a Atlantic New York (cofundada pelo português João Coutinho) é a responsável por assinar “Save us from the USA”, campanha contra a violência das armas nos Estados Unidos da América (EUA), que está a dar que falar na comunicação social internacional.

São várias as publicações, principalmente dentro do setor do marketing, que publicaram artigos sobre a campanha que apela a que pessoas de outros países adotem crianças norte-americanas e as resgatem da violência das armas, como a Campaign ou a Newsweek.

A campanha, ao estilo de anúncios clássicos de jornais, marca presença em outdoors nas cidades de Londres, Madrid, Paris e Lisboa, sendo que vai ser dada continuação à sua implementação em mercados selecionados a nível global, segundo nota de imprensa.

“Os EUA não conseguem salvar as suas crianças da violência das armas, por isso dirigimos este apelo a pessoas de outros países: por favor, salvem estas crianças dos EUA. Considere adotar uma criança americana“, lê-se nos outdoors da campanha.

A campanha conta também com um vídeo que visa reforçar a mensagem e que está disponível no YouTube, redes sociais e site da campanha. Vai também chegar ao país norte-americano através de paid media em redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube.

A campanha é lançada pela organização norte-americana Change the Ref, que se insurge contra a violência provocada por armas de fogo, e que foi co-criada por Manuel e Patricia Oliver, cujo filho foi assassinado num tiroteio escolar em 2018.

“Depois de seis anos implorando, exigindo e sugerindo opções para minimizar a violência das armas no nosso país, não temos mais entidades que nos poderiam ajudar. A nação tornou-se insensível à realidade absurda de pessoas inocentes que são baleadas porque um grupo de políticos decidiu vender as suas almas à indústria das armas. Hoje, chamamos a atenção internacional com a principal intenção de revelar um sistema corrupto que glorifica as armas acima de tudo”, dizem Manuel e Patricia Oliver, citados em comunicado.

Segundo se refere em nota de imprensa, citando dados da KFF, a violência com armas de fogo é a principal causa de morte entre crianças nos EUA, onde a taxa de mortalidade infantil e adolescente é 28,6 vezes maior do que em “nações comparáveis”.

Embora haja hoje em dia mais campanhas e movimentos anti-armas do que nunca, os EUA continuam a ser um lugar inseguro para crianças, graças aos legisladores financiados que se recusam a fazer algo para travar a epidemia de violência das armas“, acrescenta-se na mesma nota.

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Trabalhadores do Alfeite preocupados com situação do estaleiro

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

Trabalhadores pediram uma reunião com Nuno Melo para saber que medidas estão a ser estudadas para resolver a situação do estaleiro que o governante centrista disse estar “tecnicamente falido”.

A comissão de trabalhadores do Arsenal do Alfeite pediu esta quarta-feira ao ministro da Defesa uma reunião para saber que medidas estão a ser estudadas para resolver a atual situação financeira do estaleiro, que querem manter público.

“Ficámos preocupados quando o senhor ministro disse que tinha pedido que fosse estudada a situação do Arsenal e que as medidas podem ser controversas e aí ficámos muito preocupados com o que é que o Governo poderá querer fazer com o Arsenal porque só faz sentido um Arsenal do Alfeite público, ao serviço do país, dos trabalhadores e da Marinha”, disse à Lusa António Pereira, membro da comissão de trabalhadores.

Os trabalhadores do Arsenal do Alfeite reuniram-se esta quarta em plenário geral em frente ao Ministério da Defesa para exigir a realização de uma reunião com o ministro da Defesa, Nuno Melo, com o objetivo de tentar perceber que medidas estão a ser estudadas para resolver a situação do estaleiro que o governante centrista disse ter recebido “tecnicamente falido”.

António Pereira salientou que os trabalhadores não sabem que medidas estão a ser analisadas mas rejeitou uma eventual privatização: “Não queremos que seja a solução para um estaleiro que tem como cliente potencial a Marinha, aqui até está em causa a questão da soberania nacional”. O membro da comissão de trabalhadores realçou que “o diagnóstico está feito” e que falta um governo “que queira de facto de uma vez por todas investir no Arsenal”.

António Pereira alertou que o estaleiro necessita de meios humanos, uma vez que conta atualmente com 400 trabalhadores que muitas vezes são deslocados de “grandes projetos”, mais demorados, para ir resolver reparações urgentes da Marinha o que muitas vezes prejudica o cumprimento de prazos.

Além de serem apenas 400, António Pereira salientou que recentemente foram admitidos alguns trabalhadores novos, que necessitam de ser formados e a média de idades ronda os 50 anos – pessoas que poderão pedir a reforma sem conseguir passar conhecimentos técnicos a quem entrou.

Os trabalhadores aguardam agora que o ministro da Defesa, Nuno Melo – que se encontra em Washington, nos Estados Unidos da América, no âmbito da cimeira da NATO – os receba. No passado dia 25 de junho o ministro da Defesa Nacional afirmou que recebeu o Arsenal do Alfeite “tecnicamente falido” e que contraiu empréstimos de cerca de dois milhões de euros para pagar salários e cumprir obrigações fiscais.

Recebemos um Arsenal do Alfeite tecnicamente falido, com inúmeros navios retidos muito acima do prazo previsto para a sua manutenção, causando um dano grande para o cumprir de missões, para a eficácia da Marinha Portuguesa mas a que teremos de dar resposta”, anunciou.

Na altura, o governante e presidente do CDS-PP disse ter pedido que lhe fosse apresentado, no prazo de 30 dias, um conjunto de “possibilidades de saneamento da situação trágica financeira atual do Arsenal do Alfeite e propostas quanto a possíveis medidas que tenham em vista um outro modelo que garanta à Marinha portuguesa o que a Marinha necessita”.

O Arsenal do Alfeite já atravessou, no passado, graves problemas financeiros que se chegaram a traduzir em atrasos de salários e até do subsídio de Natal em 2020 aos mais de 400 trabalhadores que constituem esta empresa, responsável pela reparação e manutenção dos navios da Marinha portuguesa.

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ERC lança na 5.ª feira em consulta pública sobre projeto estratégico para mandato

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

No total, foram 10 os eixos apresentados por Helena Sousa que constam no projeto que será colocado em consulta pública na quinta-feira, sendo a modernização da ERC um dos principais.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) apresentou à comissão parlamentar de Comunicação o projeto de 10 eixos estratégicos para o mandato 2023-2028 e vai lançar na quinta-feira uma consulta pública sobre o mesmo.

Ouvida na comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, a presidente da ERC, Helena Sousa, mostrou disponibilidade do regulador para a comunicação social para colaborar com os deputados em várias mudanças legislativas para o setor da comunicação.

No total, foram 10 os eixos apresentados por Helena Sousa que constam no projeto que será colocado em consulta pública na quinta-feira, sendo a modernização da ERC um dos principais.

A ERC precisa de se adaptar, precisa de se modernizar, precisa de se capacitar em termos de meios, de competências, para responder a esta transformação, que é uma transformação profunda“, afirmou.

“Neste quadro eu diria que há muito a fazer e aquilo que há para fazer no quadro do digital é absolutamente transversal a toda a atividade da ERC”, acrescentou, sobre o que considerou ser “o primeiro grande desafio” ao longo de todo o mandato.

Noutros campos, Helena Sousa sublinhou a necessidade de uma colaboração com os legisladores para a alteração e reformulação de “uma parte” da legislação que precisa de se adaptar às novas realidades tecnológicas — tanto na própria ERC, como na legislação em vigor.

A ERC sozinha não pode regular bem sem os instrumentos necessários para o mundo em que vivemos hoje“, sublinhou.

O reforço do alcance da reguladora foi também abordado pela presidente como alguns dos pilares deste mandato, pretendendo-se reforçar o papel da ERC entre os reguladores nacionais e internacionais, aproximar a entidade dos regulados e dos seus representantes, mas também desenvolver redes com a academia e centros de investigação.

A nível estrutural do próprio regulador, Helena Sousa sugeriu que deve haver um desenvolvimento e promoção de financiamento adequado às competências da ERC.

Junto da sociedade, pediu um maior combate à desinformação e a promoção da literacia mediática, sendo que esta deve ser dirigida “a todos os públicos” e não apenas a crianças ou mais jovens.

Junto do jornalismo, esclareceu que dois dos eixos assentam sobre a contribuição para a promoção da qualidade do jornalismo e sobre a sustentabilidade do setor.

Helena Sousa considerou que o setor da comunicação social precisa de apoio e que é possível fazê-lo “com critério, com rigor, com exigência, com independência”.

Ao mesmo tempo, registou que deve haver “mecanismos de autorregulação e de corregulação“, num diálogo transversal entre os vários intervenientes no setor da comunicação social e do jornalismo.

A autorregulação não é suficiente, nós precisamos de desenvolver mecanismos de autorregulação e de corregulação, e, por isso, parece-nos absolutamente fundamental trabalhar com sindicatos de jornalistas, com a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e com outras entidades que possam contribuir para o desenvolvimento de um jornalismo mais exigente”, defendeu.

O projeto para o mandato plurianual será lançado para consulta pública na quinta-feira.

Assim, “a ERC irá lançar a consulta pública sobre este projeto, com o propósito de permitir um debate e reflexão transparentes e alargados, a toda a sociedade portuguesa, sobre as prioridades do regulador dos media para os próximos anos“, refere um comunicado hoje divulgado pelo regulador, após a audição no parlamento

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IRS Jovem e IRC fora do Orçamento do Estado para 2025 “é um passo atrás na negociação”, avisa Alexandra Leitão

A líder parlamentar do PS acusa o Governo de "truque" e "falácia", uma vez que o impacto da perda de receita com as medidas fiscais "têm de estar orçamentadas".

A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, classificou de “truque” e “falácia” a decisão do Governo de tirar propostas fiscais como o IRS Jovem ou a descida do IRC do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), porque “o impacto ao nível da perda de receita tem de estar orçamentado, ou seja, compromete sempre o OE“, afirmou esta quarta-feira, em declarações ao ECO.

A reação do maior partido da oposição surge depois de o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ter revelado que todas as medidas fiscais previstas pelo Governo no pacote para estimular a economia, como a redução gradual do IRC, não entrarão na proposta do OE2025, chegando à Assembleia da República sob a forma de pedidos de autorização legislativa.

“O IRS Jovem já deu entrada neste Parlamento como um pedido de autorização legislativa e a descida do IRC terá a mesma formulação. Nenhuma destas medidas, nem nenhuma das outras medidas fiscais, dentro do pacote de economia, estarão no articulado do Orçamento do Estado”, anunciou o governante esta quarta-feira de manhã durante uma audição da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP). Na prática, “deixam de ser motivo de discussão ativa” nas negociações entre o Executivo e os partidos para viabilizar o documento, sustentou.

Mas, para Alexandra Leitão, o efeito é “exatamente o contrário”. “O Governo quer aprovar com a direita medidas tão importantes e que o PS já amplamente criticou, como o IRS Jovem e a descida do IRC, a montante da discussão orçamental. E depois vem pedir ao PS para viabilizar um Orçamento que vai ser condicionado com perdas de receita já aprovadas com o Chega e a IL?”, atirou.

“Isto é um recuo, um passo atrás nas negociações. O Governo está a dar um péssimo sinal, está a mostrar que não quer trabalhar com o PS”, reforçou. A líder do grupo parlamentar socialista salientou ainda que “o PS já mostrou disponibilidade para dialogar, mas os sinais que estão a ser dados são muito negativos”.

E lembrou que o PS é, “por princípio, contra a descida transversal do IRC, porque é uma medida com elevado custo e sem grande impacto económico, e contra o IRS Jovem“, proposto pelo Executivo, “por ser totalmente injusto”.

Aprovar estas duas medidas antes de OE2025, através de diplomas autónomos, “vai ter sempre impacto orçamental, vai condicionar a discussão do Orçamento e outras opções que poderiam ser aprovadas”, frisou.

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Ator George Clooney defende substituição de Joe Biden

  • Lusa
  • 10 Julho 2024

"É devastador dizê-lo, mas o Joe Biden com quem estive há três semanas na angariação de fundos não era o (...) de 2010. Ele nem sequer era o Joe Biden de 2020", disse o ator.

George e Amal ClooneyLusa

O ator e apoiante do Partido Democrata George Clooney juntou-se esta quarta-feira, num artigo de opinião no jornal The New York Times, aos apelos a que Joe Biden abandone a corrida presidencial norte-americana.

Algumas semanas depois de ter protagonizado uma angariação de fundos que alcançou um montante recorde para a campanha de reeleição do atual Presidente, Clooney garantiu adorar Biden, mas defendeu que com ele como candidato o Partido Democrata perderia a corrida presidencial e o controlo no Congresso. “Esta não é apenas a minha opinião; é a opinião de todos os senadores, membros do Congresso e governadores com quem falei em privado”, escreveu Clooney.

A estrela de cinema de Hollywood argumentou que o partido deveria escolher um novo candidato na convenção do próximo mês, assumindo que o processo seria “confuso”, mas “despertaria” os eleitores a favor dos democratas. No artigo, menciona em particular como exemplos de responsáveis que o país deveria ouvir agora a vice-presidente Kamala Harris e os governadores Wes Moore de Maryland, Gretchen Whitmer de Michigan e Gavin Newsom da Califórnia.

Com foco na idade de Biden (81 anos), no artigo sublinham-se as diferenças durante o recente evento em Los Angeles e outros anteriores. “É devastador dizê-lo, mas o Joe Biden com quem estive há três semanas na angariação de fundos não era o (…) de 2010. Ele nem sequer era o Joe Biden de 2020. Ele era o mesmo homem que todos nós testemunhámos no debate” televisivo com o opositor Donald Trump, escreveu.

A prestação débil do democrata no debate lançou um coro de apelos para que seja encontrado novo candidato, o que o atual Presidente rejeita, motivando na terça-feira um inédito apelo do conselho editorial do jornal The New York Times ao Partido Democrata para que promova um novo candidato às presidenciais de novembro.

Também esta quarta, Nancy Pelosi, antiga Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e uma das principais figuras do Partido Democrata, sugeriu que Biden deveria repensar a sua candidatura. “Cabe ao Presidente decidir se se vai candidatar. Estamos todos a encorajá-lo a tomar essa decisão, porque o tempo está a esgotar-se”, disse Pelosi, em declarações ao programa “Morning Joe” da MSNBC, quando lhe perguntaram se Biden tinha o seu apoio explícito.

Notando o respeito do partido por Biden, a democrata salientou que as pessoas querem que ele tome uma decisão, uma mensagem que contrasta com o apoio explícito dado terça-feira por uma parte importante da direção democrata no Capitólio. “O que quer que ele decida, vamos em frente”, disse Pelosi.

Até agora, cerca de uma dezena de congressistas democratas de menor visibilidade manifestaram dúvidas sobre Biden ser a melhor hipótese para vencer a 05 de novembro, mas o Presidente também ganhou o apoio, entre outros, da bancada hispânica dos democratas no Congresso e também dos afro-americanos. De acordo com as últimas sondagens, Trump está à frente de Biden e tem vindo a alargar a margem, sobretudo desde o debate de 27 de junho.

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Google nomeia Lino Cattaruzzi como novo diretor geral para Espanha e Portugal

Lino Cattaruzzi, 51 anos, vai ocupar o cargo deixado vago em março por Fuencisla Clemares, que foi promovida a outra função. Bernardo Correia mantém-se no cargo de "country manager".

Lino Cattaruzzi tem 51 anos e já trabalhou para a Google a partir de vários países nos últimos 15Google

A partir de setembro, Lino Cattaruzzi será o diretor geral da Google em Espanha e Portugal. O gestor está há 15 anos na empresa e ocupará o cargo deixado vago por Fuencisla Clemares, que foi promovida para outra função em março deste ano.

A informação foi confirmada pela Google num comunicado enviado aos jornalistas espanhóis, ao qual o ECO também teve acesso. Bernardo Correia continuará a ser o country manager da Google Portugal e o principal rosto da empresa no país, visto que esta mudança de liderança ocorre num cargo distinto.

De acordo com o comunicado, “a partir do mês de setembro”, Lino Cattaruzzi será “responsável por continuar a promover a digitalização da sociedade e das empresas em Espanha e Portugal”. Até aqui, Cattaruzzi geria a partir de França alguns dos “principais clientes” de publicidade da multinacional, como a Unilever, a Nestlé, a dona da Louis Vuitton e até a Volkswagen, de acordo com a sua nota biográfica.

Cattaruzzi, com 51 anos, é natural de Buenos Aires (Argentina) e soma no currículo passagens por vários mercados enquanto funcionário da Google, começando em Dublin (Irlanda) em 2008, passando pela Califórnia (EUA), Argentina (onde foi diretor geral durante dois anos) e México (onde liderou a Google durante três).

A partir do Dubai (Emirados Árabes Unidos), comandou também as “operações do negócio” de todo o mercado do Médio Oriente e África do Norte, durante meia década.

Antes de entrar na Google, o novo diretor-geral em Espanha e Portugal teve “vários cargos de liderança” na AOL. “No seu tempo livre, gosta de cozinhar. (…) É casado e tem três filhos”, indica, por fim, o comunicado da empresa.

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