Shopping La Vie no Porto vai ser transformado em hub empresarial de 52 milhões

O centro comercial La Vie vai ser transformado num hub empresarial. O projeto foi concebido para atrair empresas locais e internacionais que procuram espaços de escritórios e comércio.

A Tikehau Capital, a gestora global de ativos alternativos, anunciou que vai investir 52 milhões de euros para transformar o centro comercial La Vie na baixa do Porto num novo hub empresarial. O hub de 30 mil metros quadrados, denominado Heart of Porto (HOP), tem inauguração prevista para 2026.

Numa nota enviada ao ECO, a Tikehau Capital explica que o ativo originalmente focado no comércio (o centro comercial La Vie) “será reinventado para servir como um catalisador para o crescimento das empresas que se estabelecem no Porto, com ofertas complementares nos setores de retalho e bem-estar”. O projeto resulta de investimentos estratégicos e da visão partilhada da Tikehau Capital e da Quest Capital.

Localizado a quatro minutos a pé do Mercado do Bolhão e dez minutos da Ribeira, o “projeto foi concebido para atrair empresas locais e internacionais que procuram espaços de escritórios e comércio que cumpram os padrões contemporâneos”, reforça ainda a gestora global de ativos.

“Temos o prazer de anunciar a requalificação deste novo hub empresarial no coração do Porto através da nossa estratégia de valor acrescentado no setor imobiliário. Este investimento reflete a nossa confiança no potencial económico do Porto e o nosso compromisso com a revitalização local”, afirma Emilio Velasco, head of real estate na Península Ibérica para a Tikehau Capital.

Com 44,4 mil milhões de euros de ativos sob gestão, o Grupo Tikehau emprega 778 colaboradores e soma 16 escritórios na Europa, Médio Oriente, Ásia e América do Norte.

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Tribunal da UE nega recurso de Portugal sobre ajudas de Estado à Zona Franca da Madeira

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Julho 2024

Um ano depois de ter rejeitado o recurso da Madeira à decisão da Comissão Europeia, que considerou "ilegais" as ajudas às empresas na Zona Franca, o TJUE negou agora o recurso do Estado português.

Tal como já tinha acontecido ao recurso apresentado pela Região Autónoma da Madeira, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) decidiu esta quinta-feira negar provimento ao recurso do Estado português interposto no âmbito das ajudas à Zona Franca, que foram consideradas “ilegais” pela Comissão Europeia em dezembro de 2020.

No acórdão proferido esta quinta-feira, o Tribunal de Justiça concorda com a interpretação do Executivo comunitário, julgando “parcialmente inadmissíveis e parcialmente improcedentes todas as alegações de Portugal”.

Segundo a instância europeia, o Tribunal Geral (a jurisdição do TJUE abaixo do Tribunal do Justiça, para a qual o Estado português tinha recorrido em primeiro lugar) “não cometeu nenhum erro de direito ao julgar que havia que determinar se a Comissão tinha tido razão ao concluir que Portugal tinha aplicado o Regime III em violação das Decisões de 2007 e de 2013”.

“E, consequentemente, ao considerar que esse regime, conforme aplicado, era substancialmente diferente do autorizado por essas decisões e, por isso, constituía um novo auxílio” executado por Portugal em violação do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), acrescenta.

Em causa está uma decisão da Comissão, em 4 de dezembro de 2020, que concluiu, após investigação das autoridades europeias, que “o regime da Zona Franca da Madeira não foi executado em conformidade com as condições aprovadas”. Na altura, explicou em comunicado que os benefícios fiscais previstos foram concedidos a “empresas que não contribuíram verdadeiramente para o desenvolvimento da região, incluindo em relação a postos de trabalho criados fora da Madeira (e mesmo da UE)”.

O Executivo liderado por Ursula von der Leyen deu então oito meses a Portugal para recuperar os auxílios dados às empresas da Zona Franca da Madeira que, por um lado, tivessem recebido mais de 200 mil euros ao abrigo deste regime e, por outro, não conseguissem demonstrar que os seus rendimentos tributáveis ou postos de trabalho criados estavam “ligados a atividades efetivamente realizadas na região”.

Formalmente chamada de Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), a Zona Franca tem mais de 2.400 empresas registadas, que são responsáveis por 82% do volume de exportações da região e geram receitas fiscais de 100 milhões de euros. Esta atividade dá emprego a 6.000 pessoas de forma direta, segundo dados citados pela Lusa.

Este centro beneficia de um regime fiscal mais favorável, nomeadamente um imposto mais baixo sobre o rendimento das pessoas coletivas quando os lucros resultam de atividades realizadas na Madeira — que, no período em apreço, era de 3% de 2007 a 2009, 4% de 2010 a 2012 e 5% de 2013 a 2020. Existem ainda mais benefícios, como a isenção de impostos municipais e locais. Uma das condições é as empresas criarem e manterem um determinado número de empregos na Madeira.

Portugal começou por apresentar um recurso da decisão junto do Tribunal Geral da UE, que foi rejeitado em setembro de 2022, recorrendo depois ao Tribunal de Justiça da UE. Mas também esta instância deu agora razão à Comissão.

Além do Estado português, também a Região Autónoma da Madeira recorreu da decisão do Executivo comunitário, tendo igualmente visto rejeitados os recursos apresentados primeiro junto do Tribunal Geral e depois no Tribunal de Justiça da UE.

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Bancos reduzem taxa de juro dos depósitos a prazo pelo quinto mês

Taxa de juro média das novas aplicações a prazo baixou 0,03 pontos para 2,72% em maio. Remuneração dos depósitos continua a cair desde o início do ano.

Os bancos reduziram a remuneração dos depósitos a prazo de particulares pelo quinto mês consecutivo em maio, antes de o Banco Central Europeu (BCE) ter começado a baixar as taxas de juro de referência na Zona Euro em junho.

A taxa de juro média das novas aplicações a prazo baixou de 2,75% em abril para 2,72% no mês seguinte, reforçando a tendência decrescente que se verifica desde o início do ano, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal. Em dezembro havia superado a barreira dos 3%, um máximo de 12 anos, mas tem vindo a cair desde então.

Apesar disto, as famílias continuaram a aplicar as suas poupanças em depósitos a prazo. Em maio, um valor histórico superior a 105 mil milhões de euros estava aplicado a prazo nos bancos.

De acordo com o supervisor, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 10,6 mil milhões de euros em maio. “O elevado volume de novas operações de depósitos foi determinado, em grande medida, pela reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, sem renovações automáticas, que atingiram a maturidade em maio”, indica o Banco de Portugal.

Em comparação com a Zona Euro, onde a taxa de juro média se situou nos 3,09%, baixando também em relação ao mês anterior, Portugal manteve a sétima taxa mais baixa. Irlanda, Espanha, Croácia, Chipre, Grécia e Eslovénia registaram remunerações ainda mais baixas do que a portuguesa.

Nos novos depósitos com prazo até um ano, a classe de prazo que representou 96% das novas aplicações em maio, a taxa média baixou 0,04 pontos percentuais para 2,75%. A remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos também diminuiu, passando de 2,01% para 1,97%. Em contrário, nos novos depósitos de 1 a 2 anos, a taxa de juro média registou um salto de 0,13 pontos percentuais para 2,16%.

No segmento das empresas, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo caiu 0,09 pontos percentuais para 3,30%. As empresas fizeram novas aplicações a prazo de aproximadamente 7,6 mil milhões, sendo que 99% deste montante foram aplicados até um ano.

Na reunião de 6 de junho, o BCE reduziu a taxa de juro de referência em 25 pontos base, naquele que foi o primeiro corte em cinco anos, baixando a taxa de depósito para 3,75%. Os analistas esperam mais dois cortes ao longo deste ano.

(Notícia atualizada às 11h13)

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Luís Bernardo e João Tocha alvos de buscas. Em causa suspeitas de corrupção

O empresário do setor da comunicação e ex-assessor de José Sócrates, Luís Bernardo, está a ser alvo de buscas, esta quinta-feira, por parte da PJ. Sob o consultor recaem suspeitas de corrupção.

O empresário e ex-assessor de José Sócrates, Luís Bernardo, está a ser alvo de buscas, esta quinta-feira, por parte da Polícia Judiciária (PJ), avança a CNN Portugal. Sob o consultor e ex-diretor de comunicação do Benfica recaem suspeitas de corrupção, por uma alegada viciação das regras de contratação pública. Também João Tocha, amigo de Luís Bernardo e consultor, é alvo desta operação.

Em comunicado, a PJ confirmou as buscas e avançou que se investigam factos suscetíveis de enquadrar a prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação, participação económica em negócio, abuso de poderes (titulares de cargos políticos) e abuso de poder (regime geral). “Em causa estão fortes suspeitas de favorecimento de empresas do setor da comunicação, publicidade, marketing digital e marketing político, por parte de diversas entidades públicas”, lê-se no comunicado.

Segundo explicou a PJ, esta operação, denominada “Operação Concerto”, executou 34 mandados de busca e apreensão, 10 buscas domiciliárias e 13 não domiciliária em organismos públicos, e 11 buscas não domiciliárias em empresas, em Lisboa, Oeiras, Mafra, Amadora, Alcácer do Sal, Seixal, Ourique, Portalegre, Sintra e Sesimbra.

“As diligências realizadas visam consolidar a indiciação de que, às empresas referenciadas pela investigação, terão sido adjudicados contratos, por ajuste direto ou por consulta prévia, em clara violação das regras aplicáveis à contratação pública, designadamente, dos princípios da concorrência e da prossecução do interesse público, causando elevado prejuízo ao Erário Público”, explica a PJ.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal confirmou também em comunicado que estão a ser investigadas matérias relacionadas com contratação pública, “existindo suspeitas de que diversas empresas comerciais da área de prestação de serviços de comunicação e marketing participaram num esquema concertado que passava pela apresentação de propostas em concursos públicos, criando falsamente um cenário de aparente concorrência e legalidade mas tendo em vista garantir, à partida, quais seriam as vencedoras das adjudicações”. Os factos terão ocorrido entre 2020 e 2024.

Segundo apurou a CNN Portugal, entre os os visados está a empresa Wonder Level Partners (WLP), de Luís Bernardo, alegadamente pela forma como ganha contratos para liderar a comunicação de entidades públicas por ajuste direto ou consulta prévia. Um dos casos de suspeita de viciação das regras da contratação pública diz respeito ao Tribunal Constitucional.

A investigação acredita que foi montado um esquema de criação de aparência fictícia de legalidade, verificando-se que em vários concursos de consulta prévia surgem em simultâneo, alegadamente simulando serem concorrentes, a WLP de Luís Bernardo; a First Five Consulting de João Tocha; a Remarkable, de um sócio de João Tocha; e a Sentinelcriterion de um sobrinho de Luís Bernardo.

Na operação desta quinta-feira participaram cerca de 150 elementos da Polícia Judiciária, inspetores e peritos da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística e da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática da PJ, além de oito magistrados do Ministério Público, no DCIAP.

“A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ prosseguirá a investigação, com a análise aos elementos probatórios recolhidos, através do seu exame e eventual intervenção pericial, visando o apuramento integral de todas as condutas criminosas, o seu cabal alcance e, bem assim, a sua célere conclusão”, refere a PJ. O inquérito encontra-se sujeito a segredo de justiça e é dirigido pelo DCIAP com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

(Notícia atualizada às 12h04)

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UE avança com penalização às importações de carros elétricos chineses. Taxa vai até aos 38%

  • Lusa
  • 4 Julho 2024

Estão aplicados direitos compensatórios a três produtores chineses: BYD Auto (17,4%), Gelly (19,9%) e SAIC (37,6%).

A Comissão Europeia vai impor direitos de compensação provisórios sobre as importações de veículos elétricos provenientes da China, para responder ao que considera “subsidiação injusta” por parte de Pequim para a produção destes automóveis, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o executivo comunitário anunciou que a “Comissão impôs direitos de compensação provisórios sobre as importações” destes automóveis, nove meses depois do início de uma investigação à subsidiação estatal de veículos elétricos por parte da China.

Os direitos compensatórios são um tipo de tributação cobrada sobre bens importados para compensar os subsídios concedidos aos produtores desses bens no país exportador, e serão aplicados a partir de sexta-feira, dia 5 de julho.

Com base na investigação, a Comissão concluiu que a cadeia de valor dos veículos de baterias elétrica na China beneficiam de subsídios injustos, e estão a colocar a ameaçar os produtores de veículos elétricos na União Europeia“, sustentou a Comissão.

Fonte europeia disse à Lusa que a investigação de quase 300 páginas encontrou subsídios governamentais ao longo de toda a cadeia de produção destes automóveis. Estão aplicados direitos compensatórios a três produtores chineses: BYD Auto (17,4%), Gelly (19,9%) e SAIC (37,6%).

A Comissão Europeia disse que está em contacto permanente com as autoridades chinesas para encontrar uma solução que não dependa de restrições económicas.

Em causa está a investigação iniciada em outubro passado às subvenções estatais chinesas a fabricantes de automóveis elétricos que entraram rapidamente no mercado da UE e que são vendidos a um preço bastante menor que os dos concorrentes comunitários.

A Comissão Europeia já tinha ameaçado aumentar, a partir do início de julho, as tarifas das importações de veículos elétricos da China pela UE, após ter concluído provisoriamente haver práticas desleais de Pequim em benefício de construtores chineses.

Segundo a Comissão Europeia, os veículos chineses têm uma penetração de 8% no mercado comunitário – que poderá duplicar para 15% em 2025, se a mesma taxa se mantiver – e custam menos 20% do que os europeus.

Em meados de maio, os Estados Unidos anunciaram novas tarifas no valor de 18 mil milhões de dólares (16,6 mil milhões de euros) sobre as importações de produtos chineses, sendo os veículos elétricos os mais atingidos, com taxas que sobem de 25% para 100%

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Governo quer reintroduzir incentivos fiscais para residentes não habituais

  • ECO
  • 4 Julho 2024

'Pacotão' do Governo para estimular a economia inclui o regresso de incentivos fiscais para atrair estrangeiros. Medida irá incluir apenas salários e rendimentos profissionais.

O Governo pretende reintroduzir incentivos fiscais para atrair estrangeiros para Portugal, no âmbito do plano alargado de apoio às empresas e à economia, que será anunciado esta quinta-feira, após o Conselho de Ministros.

A notícia é avançada, esta quinta-feira, pelo Financial Times, que aponta assim para o regresso do regime de residentes não habituais, eliminado no ano passado pelo anterior governo.

Ao jornal britânico, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, explicou que o Executivo iria revelar o plano para “atrair algumas pessoas” para o país como parte de um pacote de medidas destinadas a estimular o crescimento. Segundo Miranda Sarmento, o regime irá incluir a mesma taxa fixa de 20% do imposto sobre o rendimento, mas irá cobrir apenas “salários e rendimentos profissionais”.

“Vai excluir dividendos, mais-valias e pensões, o que era um problema entre Portugal e países como a Finlândia ou a Suécia”, disse. Estes países mostravam-se contra os incentivos fiscais introduzidos em 2009 para impulsionar a economia portuguesa após a crise económica, por considerarem que a medida atraia reformados que deixaram de pagar impostos nos seus países de origem.

No entanto, a medida terá de passar no Parlamento, onde o Governo terá de contar com o apoio do PS ou do Chega. Ao Financial Times, Miranda Sarmento mostrou-se confiante de que os partidos da oposição irão apoiar a medida ou abster-se, permitindo a sua aprovação.

O Governo irá apresentar um ‘pacotão’ de medidas para estimular a economia, entre as quais a redução de IRC em dois pontos percentuais por ano, até aos 15%, com um impacto orçamental na ordem dos 1.500 milhões de euros, apurou o ECO junto de uma fonte governamental.

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Fisco cancelou quase 2 milhões de euros em benefícios fiscais a empresas com dívidas

  • ECO
  • 4 Julho 2024

A maior parte das declarações corrigidas pela Autoridade Tributária diz respeito a benefícios que resultavam de reduções da taxa de IRC.

Ao longo do último ano, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) cancelou 1,8 milhões de euros em benefícios fiscais a empresas sediadas em Portugal, pelo facto de as sociedades em causa terem dívidas ao Fisco, noticia o Público (acesso pago). De acordo com o relatório de combate à fraude relativo a 2023, a AT cessou benefícios fiscais em 1.072 declarações de IRC.

O fim dos benefícios fiscais aplica-se às empresas que “apresentavam dívidas no final do período de tributação em que se verificou o facto tributário, que teve como consequência a reposição da tributação-regra”, isto é, do cálculo do imposto de acordo com o princípio geral, sem a aplicação das normas que permitem a aplicação dos benefícios fiscais.

Segundo o documento, foram corrigidas 107 declarações de IRC relativamente a deduções ao rendimento das empresas, num valor de 1,48 milhões de euros; 33 declarações de IRC relativamente a deduções à coleta de IRS, equivalentes a correções de 173,3 milhões de euros; e 931 declarações de IRC referentes a benefícios que resultavam de reduções da taxa de IRC, com 191 milhões de euros retificados.

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#20 A melhor seleção, o melhor jogador e a desilusão

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

A fase a eliminar é um bicho papão inevitável. Num abrir e fechar de olhos, podes estar a preparar as malas para ir para casa. Em apenas quatro dias, mais oito equipas foram eliminadas da competição: Itália, Dinamarca, Eslováquia, Geórgia, Bélgica, Eslovénia, Roménia e Áustria. O Pepe bem disse que é fundamental uma “concentração competitiva”. Nenhum jogo é fácil e se não matas, morres. Terminados os oitavos-de-final e em contagem decrescente para os “quartos”, é hora de fazer um balanço sobre a próxima fase, especialmente no que diz respeito à melhor seleção, melhor jogador e desilusão.

Os 3 Cantos dos Oitavos-de-Final

Melhor Seleção: Espanha

O ataque da Espanha é um furacão que arrasa tudo à sua frente. Quase parece que está em treino. Combina a inteligência dos médios (Rodri e Fabián Ruiz em altas) com a explosividade dos extremos Nico Williams e Lamine Yamal. A exibição do extremo do Athletic Club contra a Geórgia foi irrepreensível e o seu golo foi a cereja no topo do bolo. Mostrou o quão perigoso é se lhe dão espaço. Há ainda um claro contraste entre a qualidade individual dos avançados com os defesas da Espanha. A Geórgia aproveitou e conseguiu adiantar-se no marcador, mas depois veio a chuva de golos. Mencionar também o desempenho da Suíça e Países Baixos, que foram muito completos perante os seus adversários: Itália e Roménia, respetivamente.

Melhor jogador: Diogo Costa

Não há palavras. Quem viu, viu. A exibição de Diogo Costa entra facilmente na história do futebol português, sobretudo pelo que fez entre os 116 minutos e o penálti final de Bernardo Silva. Primeiro, tudo podia ir por água abaixo no momento em que Pepe (não apaga a sua imperial exibição) ofereceu a bola a Benjamin Sesko. O tempo passou mais devagar, a pressão era gigante e Diogo Costa ainda foi maior. E depois, o que aconteceu para lá dos 120 minutos, ainda mais inédito foi. O primeiro guarda-redes a defender três penáltis num desempate de grandes penalidades de um Campeonato de Europa. Salvou Portugal e isso tem muito peso. A fazer lembrar o golo acrobático de Jude Bellinghamaos 95 minutos que evitou uma eliminação desastrosa da Inglaterra, frente à Eslováquia. Não esquecer grandes exibições como Ruben Vargas (Suíça), Antonio Rudiger (Alemanha), Nico Williams (Espanha), Cody Gakpo (Países Baixos) e Merih Demiral(Turquia).

Maior desilusão: Portugal

Não era descabido dizer que Portugal era a equipa com mais probabilidades de passar aos quartos-de-final, entre todos os jogos dos “oitavos”. Isto num plano teórico, devido à diferença de planteis. Contudo, foi o único jogo a ir para grandes penalidades, após uma exibição muito pobre. Nesta fase a eliminar, é comum não haver jogos fáceis, pois ninguém quer ir para casa e dão o máximo dentro das suas capacidades. E no caso de Portugal, a Eslovénia é uma equipa que se organiza muito bem defensivamente. Ainda assim, espera-se, pede-se e exige-se mais. Muitíssimo mais e é também um reflexo da fase de grupos. Diogo Costa deu uma segunda oportunidade, a ver se Portugal aproveita contra a França.

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Fórum Nacional de Seguros 2024: O poder das parcerias

  • ECO Seguros
  • 4 Julho 2024

Depois de dois dias dedicados a painéis de debate e entrevistas sobre o setor segurador, a terceira edição do Fórum Nacional de Seguros chegou hoje ao fim. O evento recebeu mais de 2500 pessoas.

A terceira edição do Fórum Nacional de Seguros terminou, esta quarta-feira, depois de dois dias de debates, palestras e várias entrevistas sobre o setor segurador. Ao todo, foram mais de 2500 as pessoas que marcaram presença neste evento, que decorreu na Alfândega do Porto.

O primeiro dia ficou marcado pela enorme afluência de profissionais, que visitaram os mais de 40 stands presentes no FNS e assistiram aos painéis de debate da conferência. E hoje, apesar de o evento ter decorrido apenas durante a manhã, também voltou a encher com os vários players do setor segurador, que continuavam a promover as suas marcas.

Essa promoção acontece quase que de forma natural a todas as marcas que participam no Fórum Nacional de Seguros por ser um espaço que junta a maior parte das empresas do setor segurador em Portugal. Zenaida Frias, da AQS, reconheceu este feito ao partilhar que o principal objetivo de marcarem presença no evento é precisamente para “a angariação de novos players, que pretendam fazer uma troca de sinergias”.

A mesma ideia foi partilhada por Sofia Oliveira, Diretora dos Ramos Saúde e Vida e Acidentes Pessoais na IBK: “Sem dúvida que o fórum é um dos momentos altos da atividade e não podíamos deixar de comparecer na Alfândega, que reúne quase todas as seguradoras e onde há uma partilha de conhecimento imensa”.

Novos stands e novas marcas

Este ano, o Fórum Nacional de Seguros também ficou marcado pelas novas marcas que decidiram marcar presença no evento com os seus stands, quer para divulgar o seu trabalho, quer para angariar novos parceiros. Paulo Ferreira Almeida, Executive Committee Member Head of Distribution North da VCS, é um desses exemplos e explicou: “Nós estamos aqui pela primeira vez porque é um evento onde toda a comunidade de seguros se junta e há uma troca de experiências e de partilhas. Queremos absorver um bocadinho disso e estabelecer uma mais-valia para os nossos associados e parceiros, que estão mais nesta zona do país“.

Por sua vez, Nuno Catarino, administrador comercial da Una, uma seguradora com “oferta para todos os ramos, seja para empresas, seja para particulares”, garantiu que o que os motivou a participar no FNS 2024 foi a necessidade de estar “junto da rede de mediação, que são os participantes deste fórum e dos nossos distribuidores e clientes, que são os mediadores, por isso não podíamos faltar“.

Esta proximidade com o terreno também foi mencionada por Ricardo Raminhos, Administrador Executivo da Mgen Portugal, como fator decisivo para estarem presentes no evento. “Nós temos a maior parte da nossa atividade baseada no modelo de distribuição com os mediadores de seguros, portanto faz todo o sentido estar aqui com eles e acompanhá-los nesta jornada, discutir o que vem a seguir e qual a próxima fase de evolução de mercado“, disse.

João Aguiar, Mediador da Zurich, foi mais longe e disse, até, que o Fórum Nacional de Seguros “devia acontecer mais vezes”, ideia corroborada por João Silva, Diretor de Seguro de Crédito e Caução da Specialty Risks, que acrescentou: “Este fórum é, sem dúvida, o maior palco para a indústria dos seguros. Achamos que temos de cá estar porque como somos uma empresa relativamente recente, faz todo o sentido que estejamos ao pé dos nossos clientes, que são os outros corretores e agentes”.

Achamos que este certame começa a ter uma expressão nacional e até internacional e, por isso, achamos que é o sítio ideal para divulgarmos a nossa empresa”, reconheceu, ainda, Luís Nascimento, diretor-geral da Credimédia.

Bons resultados motivam regressos ao fórum

Se, por um lado, houve novas marcas a apresentarem-se no FNS 2024, por outro lado foram muitas as empresas que regressaram, algumas pelo terceiro ano consecutivo, como a Cleva. “Nós temos participado no evento desde a primeira edição. Sentimos que é ótimo este evento aqui no Norte, já que a nossa empresa também nasceu aqui no Porto. Portanto, significa muito para nós podermos estar num evento com esta magnitude, sabendo que, em termos de mercado de seguros, é um dos grandes eventos que se realizam em Portugal”, Sofia Amorim, Sales and Marketing Director da Cleva.

Nuno Castelo, Diretor da Segurajuda, destacou o “networking muito interessante” que conseguiram fazer no ano passado, “tanto com seguradoras, como com outros distribuidores”. “Decidimos que seria o fórum ideal para voltar este ano, repetir a experiência, encontrar esses mesmos seguradores e mediadores para oferecer essa experiência de seguros diferentes, de especialidade”, afirmou.

“Nós estivemos presentes nas últimas duas edições e, de facto, este é um evento que reúne todo o mercado, não só os mediadores, mas também corretores, os próprios distribuidores e alguns parceiros de negócio, nomeadamente as empresas tecnológicas. É um fórum onde, além de promovermos a nossa marca, podemos chegar junto da rede de distribuição. É um meio que pretendemos continuar a utilizar no futuro e daí termos voltado”, garantiu, por sua vez, Paula Serra, Diretora Comercial e de Marketing da ASISA Portugal.

A mesma promessa de regresso foi feita por Juan Carlos Muñoz, CEO da Arag Portugal: “Nós estamos muito contentes com o fórum. Estamos aqui desde o primeiro ano e o evento está a melhorar a cada edição. Este ano está a ser um sucesso porque realmente há aqui muita gente e melhoraram os temas do auditório. Portanto, vamos continuar a vir durante muitos anos“.

Este evento está de parabéns, é um evento quase único em Portugal. Cada vez está a ser mais reconhecido pelo setor e cada vez estão mais profissionais cá. As pessoas têm muita curiosidade e quem não está cá fica esquecido. Está a tornar-se uma referência”, acrescentou, ainda, Cláudio Gonçalves, Diretor-Geral da Nacional Gest.

Olhar este fórum como uma referência também é o motivo da participação da Fidelidade no evento desde a primeira edição, de acordo com Ana Russo, Diretora da Área de Mediação da seguradora: “Como líder de mercado que somos, é óbvio que a Fidelidade tem sempre de estar presente neste momento“.

Um local de partilha e de troca de ideias

Ainda dentro dos razões que motivam os regressos, a partilha de ideias foi, sem dúvida, a mais mencionada. Sérgio Pereira, Senior Full Stack na Randtech Computing, afirmou mesmo que este evento promove o conhecimento do que se está a fazer no mercado. “Conhecemos novas pessoas e também damos a conhecer o que temos feito durante este último ano, uma vez que tem havido muita evolução”, disse.

Há aqui uma partilha dos desafios e das soluções dos diferentes atores, quer seguradoras, quer a rede de agentes e corretores, não só para proteger os clientes, mas também para endereçar os desafios das necessidades dos clientes e os riscos emergentes. Também há uma partilha de quais devem ser as abordagens e o que ainda é necessário continuar a promover”, acrescentou Alexandra Catalão, Diretora Geral Nacional da Rede de Agentes Ageas.

Por essa razão, Marta Graça Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Real Vida Seguros, referiu, ainda, que “é essencial que fóruns como este aconteçam para a divulgação e a consciencialização ao nível da proteção. É uma forma de estarmos próximos dos agentes e dos outros parceiros”.

O facto de reunir vários parceiros também foi apontado por Carla Azevedo Gomes, partner da SPS Advogados, que partilhou: “Este é um fórum que cada vez mais cresce e reúne mais atores desta área. Pelo terceiro ano consecutivo, decidimos aliar-nos a esta experiência porque reunia num só evento uma série de parceiros das áreas que nós temos como áreas core de negócio no escritório”.

“O fórum é um evento onde gostamos de estar. É bem organizado, traz notoriedade, até porque está aqui toda a gente, e é uma oportunidade de poder trocar ideias, opiniões, de perceber o que é que os nossos pares estão a fazer e de fazer parcerias“, sugeriu Ezequiel Silva, Diretor Geral da Seguramos.

Também Solange Gregório, Managing Director da Saúde Prime, do grupo Future Healthcare, destacou a presença de vários atores do setor como fator diferenciador deste fórum: “Em termos de setor, tem agregado todo um ecossistema de A a Z. Acho que está cada vez está mais rico e que tem feito um papel excelente na divulgação deste setor”.

Este ecossistema potencia as trocas de ideias, que Rui Ferreira, Gerente da Milénia, reconheceu “alavanca”. “Através das sinergias que fazemos aqui, conseguimos alavancar e ter novos clientes, novos contratos e deixar os nossos clientes satisfeitos“. Além das sinergias com clientes, David Pereira, Presidente da APROSE, ressalvou a parceria com o ECO Seguros. “Participamos desde o princípio, somos parceiros da ECO Seguros para toda a atividade porque fazemos uma espécie de simbiose relacional, já que os objetivos são os mesmos, ou seja, falar da atividade seguradora, da evolução e de todos os seus componentes“, concluiu.

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Centeno diz ser “possível” cortar juros em todas as reuniões do BCE

  • ECO
  • 4 Julho 2024

Governador do Banco de Portugal diz que decisões do BCE estão dependentes dos dados, notando que a sua evolução tem apoiado o alívio das taxas de juro na Zona Euro.

Sem se comprometer com números, Mário Centeno considera que “é possível cortar juros em todas as reuniões” do Banco Central Europeu (BCE). Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), o governador do Banco de Portugal diz que as decisões dependem dos dados, cuja evolução tem apoiado o alívio da política monetária, admitindo uma nova descida já no próximo encontro em Frankfurt, em 18 de julho.

Devemos focar-nos na dimensão da política monetária sempre no médio prazo e não tanto no que se passa mês após mês. Isto é verdade para a inflação, mas também é verdade para as taxas de juros”, aponta Centeno. Embora recuse entrar na “aritmética” de previsões quanto ao número de cortes nas taxas de juro este ano e em 2025, adianta que o próximo movimento, “com uma elevadíssima probabilidade, vai ser de cortar de novo”.

Acerca do voto contra a descida de juros na reunião de junho, Centeno retira o peso a essa decisão individual. Reconhecendo “sensibilidades distintas” entre os membros do conselho do BCE, prevê que, “consoante se vá amadurecendo o processo de descida das taxas, esse consenso possa ser mais alargado”. “Mas também já só se pode alargar a mais uma pessoa”, frisa.

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Pedro Nuno avisa Governo que PS não pode ser ignorado no Orçamento do Estado

  • Lusa
  • 4 Julho 2024

Pedro Nuno Santos defende que o PS "não tem uma atitude irresponsável perante o país". E sobre a disponibilidade do Governo negociar com o PS diz que "os sinais até agora não são bons".

O líder do PS avisou que só é possível superar a posição de que “é praticamente impossível” viabilizar o Orçamento do Estado se o Governo não ignorar os socialistas, recusando ficar “aprisionado a uma governação” com que discorda.

“O PS não está de corpo presente no Parlamento, não pode ser ignorado, não pode ser aprisionado a uma governação com a qual discordámos de forma estrutural, de forma profunda”, disse na quarta-feira à noite Pedro Nuno Santos na Grande Entrevista da RTP3.

Numa fase da entrevista em que foi questionado sobre a disponibilidade do PS para viabilizar o próximo Orçamento do Estado, o líder do PS reiterou que “é praticamente impossível” o PS viabilizar um orçamento “que é a tradução ipsis verbis de um programa do Governo” que os socialistas não apoiam.

Esse praticamente impossível só é superável na medida em que o Governo estiver na disposição de não ignorar o maior partido da oposição. Ignorando o maior partido da oposição, achando que tem o direito a apresentar e a ver aprovado, está enganado, isso não vai acontecer”, avisou.

Sublinhando que o PS “não tem uma atitude irresponsável perante o país”, Pedro Nuno Santos enfatizou que “os sinais até agora não são bons”.

“Se o Governo tiver essa vontade, procurar, estiver de boa-fé. Não basta dizer que queremos um consenso e depois não nos mexermos, não estarmos disponíveis para ouvir. Se não houver essa vontade, aí vai ser impossível”, alertou.

Depois de o primeiro-ministro ter avisado que não colocaria mais um cêntimo na proposta para as forças de segurança — o que já considerou um fracasso –, o líder do PS criticou um “primeiro-ministro em público a fazer um ultimato”. “As forças de segurança têm razões para reivindicar, ganham pouco e há muito para fazer”, defendeu, considerando que é preciso corresponder às reivindicações “dentro da margem orçamental” do país.

“Pode parecer que governar é apresentar PowerPoints, mas governar não é apresentar PowerPoints. É resolver problemas complexos”, condenou.

Sobre a acusação do ministro dos Assuntos Parlamentares de que o PS está a “contra governar” com “vontade de dinamitar legislatura”, o líder socialista considerou-a “absurda” e avisou que “não vão condicionar o PS”.

Questionado sobre se tem mantido muitos encontros com Luís Montenegro, Pedro Nuno disse que não teve muitos e os contactos foram “muito pontuais”.

“Um Governo que tem um apoio parlamentar tão reduzido tem de fazer um esforço para conseguir alargar entendimentos que sustentem a governação. Não podemos ser ignorados e depois estar-se à espera que o PS levanta o braço”, reiterou.

Já no tema da Justiça, o líder do PS recusou fazer avaliações sobre o mandato da Procuradora-Geral da República, considerando positivo que Lucília Gago se tenha disponibilizado a ser ouvida no Parlamento.

Sobre a entrevista da ministra da Justiça a propósito do perfil do futuro PGR, Pedro Nuno Santos disse concordar em absoluto com duas características que foram identificadas pela governante: “capacidade de liderança e capacidade de comunicação”.

Já questionado se o PS devia ser ouvido pelo Governo no momento de indicar uma nova pessoa para a PGR, Pedro Nuno Santos disse: “Se fosse primeiro-ministro ouvia o principal partido da oposição”.

Quanto às declarações de João Galamba, que disse ter ficado magoado com a falta de contacto de Pedro Nuno Santos a propósito da Operação Influencer, o líder do PS escusou-se a fazer comentários sobre as relações de amizade. “A condenação da forma como João Galamba foi tratado, aí não tenho nenhuma hesitação. Não é aceitável, não é compreensível e eu não consigo ficar indiferente. Não fico indiferente”, disse a propósito do antigo ministro ter sido escutado durante quatro anos.

Sobre o apoio do Governo à candidatura de António Costa ao Conselho Europeu ter sido previamente conversado entre o atual e o antigo primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos afirmou que “não estava a par nem tinha que estar a par”.

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Hoje nas notícias: Taxas de juro, IVA das empresas e OE2025

  • ECO
  • 4 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O governador do Banco de Portugal admite que é possível baixar os juros em todas as reuniões do Banco Central Europeu. O Governo prepara-se para aprovar uma medida que alarga o universo de empresas abrangidas pelo regime de IVA de caixa, elevando o volume de negócios anual limite dos atuais 500 mil euros para dois milhões de euros. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Centeno diz ser “possível” cortar juros em todas as reuniões do BCE

Sem se comprometer com números, Mário Centeno considera que “é possível cortar juros em todas as reuniões”. Em entrevista, o governador do Banco de Portugal diz que as decisões do Banco Central Europeu (BCE) dependem dos dados, cuja evolução tem apoiado o alívio da política monetária. “Devemos focar-nos na dimensão da política monetária sempre no médio prazo e não tanto no que se passa mês após mês. Isto é verdade para a inflação, mas também é verdade para a taxa de juros”, aponta.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo alarga regime de IVA de caixa para volumes de negócios até dois milhões

Entre as 60 medidas do pacote destinado a aumentar a competitividade da economia, que será aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, consta o alargamento do universo de empresas que podem liquidar o IVA apenas no momento em que se verifique o pagamento da fatura e não na sua emissão. Atualmente, o regime de IVA de caixa abrange empresas com um volume de negócios até 500 mil euros, mas, com esta medida, o limite sobe para dois milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

“Se Governo quer aprovar OE tem de esforçar-se por negociar”, diz Mendonça Mendes

António Mendonça Mendes diz, em entrevista, que “se o Governo pretende aprovar o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), tem de se esforçar por o negociar”. Para o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e adjunto de António Costa, não é altura para o Executivo pedir aos partidos da oposição qual é o seu posicionamento relativamente a um documento que desconhecem, questionando: “Em que momento vai iniciar o processo de negociação orçamental? Antes de aprovar em Conselho de Ministros a proposta de lei e enviar para a AR, ou depois, no Parlamento?”.

Leia a entrevista completa na Renascença (acesso livre)

Fisco cancelou 1,8 milhões em benefícios fiscais a empresas com dívidas

Ao longo do último ano, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) cancelou 1,8 milhões de euros em benefícios fiscais a empresas sediadas em Portugal, pelo facto de as sociedades em causa terem dívidas ao Fisco. De acordo com o relatório de combate à fraude relativo a 2023, a AT reviu 1.072 declarações de IRC relativas aos anos fiscais de 2020, 2021 e 2022, fazendo cair incentivos como deduções ao rendimento das empresas, deduções à coleta do IRC e ainda benefícios que resultavam de reduções da taxa de IRC.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Plataformas informáticas falham e causam caos na comunidade educativa

O prazo para as matrículas do 6.º ao 9.º ano e 11.º termina sexta-feira e muitos pais ainda não conseguiram inscrever os filhos devido a falhas nas plataformas informáticas, que têm estado a funcionar de modo intermitente. O programa E360 é utilizado também por muitas escolas para lançar notas, mas, perante as falhas, muitos docentes estão impedidos de o fazer.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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