Julian Assange declara-se culpado e sai em liberdade

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Fundador do WikiLeaks aceita uma acusação criminal de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais. Acordo implica pena de 62 meses de prisão, que já cumpriu no Reino Unido.

O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, declarou-se esta madrugada culpado de violar a lei de espionagem dos EUA por divulgar documentos confidenciais, no âmbito de um acordo com a justiça norte-americana.

Perante um tribunal federal das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Oceano Pacífico, Assange aceitou uma acusação criminal de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais.

Ainda assim, de acordo com o jornal The Washington Post, o australiano defendeu as suas ações. “Quando trabalhei como jornalista, incentivei a minha fonte a fornecer informações consideradas confidenciais para que eu pudesse publicá-las”, disse Assange.

A juíza Ramona Villagomez Manglona aceitou a confissão de Assange, de 52 anos, numa audiência que decorreu num tribunal localizado na ilha de Saipan, capital das Ilhas Marianas.

A defesa do australiano solicitou que a audiência fosse realizada no arquipélago devido à sua proximidade com a Austrália e porque Assange não queria viajar para o território continental dos Estados Unidos.

Após a confissão de culpa, os procuradores norte-americanos procederam à leitura do acordo com a defesa de Assange.

O acordo implica uma pena de 62 meses de prisão, o período que o australiano já cumpriu na prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido.

Assange aceitou ainda renunciar ao direito de apresentar recurso e comprometeu-se a destruir qualquer informação confidencial obtida pelo WikiLeaks.

O fundador do portal apareceu em tribunal acompanhado por Kevin Rudd, antigo primeiro-ministro da Austrália e atual embaixador australiano nos Estados Unidos.

O WikiLeaks disse na rede social X (antigo Twitter) que o avião de Assange partirá das Ilhas Marianas por volta das 12:15 (03:15 em Lisboa), com destino à capital da Austrália.

“Este é um desenvolvimento bem-vindo, mas também sabemos que estes procedimentos são sensíveis e devem ser respeitados”, disse o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, aos jornalistas em Camberra.

Assange estava detido em Belmarsh, no leste da capital britânica desde 2019, altura em que foi detido, após sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação.

Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange, acusado de 18 crimes de espionagem e de intrusão informática pela divulgação no portal WikiLeaks de documentos confidenciais, que em 2010 e 2011 expuseram violações de direitos humanos cometidas pelo exército norte-americano no Iraque e no Afeganistão.

Washington queria julgar Assange pela divulgação de mais de 700 mil documentos secretos. O australiano estava acusado pelas autoridades norte-americanas ao abrigo da Lei de Espionagem de 1917, enfrentando uma possível pena de até 175 anos de prisão.

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Hoje nas notícias: salários, escutas e barragens

  • ECO
  • 26 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os rendimentos reais das famílias tiveram no primeiro trimestre deste ano a maior aceleração desde a primavera de 2021. Há mais de 20 escutas telefónicas que envolvem António Costa na Operação Influencer, todas elas mantidas, segundo o Supremo Tribunal de Justiça, para garantir que a defesa dos arguidos as possa utilizar a seu favor no futuro. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Rendimentos reais têm a maior subida desde o desconfinamento

Os rendimentos reais por habitante, ajustados para incluírem contributos de bens e serviços garantidos pelo Estado, cresciam a um ritmo de 1,5% no final de março, acelerando face ao crescimento de 0,5% registado no final de 2023, segundo as últimas contas nacionais trimestrais divulgadas pelo INE. É a maior aceleração em quase três anos, sendo apenas superada pelo avanço registado no segundo trimestre de 2021, período marcado pela reabertura económica após os confinamentos pandémicos. Mas os ganhos, ao contrário de então, estão agora a ser canalizados para recuperar poupanças após o choque da inflação.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Há mais de 20 escutas a António Costa na Operação Influencer

Mais de duas dezenas de escutas envolvendo António Costa na Operação Influencer chegaram ao Supremo Tribunal de Justiça, que no início do caso ficou a cargo da investigação ao então primeiro-ministro. Segundo a mais alta instância judicial, todas as conversas telefónicas foram guardadas para garantir que a defesa dos arguidos as possa utilizar a seu favor no futuro. Nelas estão presentes conversas com ministros, secretários de Estado ou outras pessoas, mas nem todas são relevantes para o caso.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre)

Reavaliação do Fisco sobre barragens enche cofres das Câmaras

A reavaliação das barragens pela Autoridade Tributária, à luz das regras definidas pelo anterior Governo, que determinou que todos os elementos das centrais sejam considerados, está a aumentar significativamente o valor do imposto municipal sobre imóveis (IMI) a pagar pelos concessionários às câmaras. Exemplo disso é a barragem da Valeira, em São João da Pesqueira, que com a revisão da avaliação viu o seu valor tributário triplicar de 40,26 milhões de euros para 121,76 milhões.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível)

Revogação da compensação aos CTT preocupa concessionárias das autoestradas

A decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) de revogar o pagamento de uma compensação do Estado aos CTT pelo impacto da Covid-19 está a preocupar as concessionárias das autoestradas nacionais. Isto porque também elas têm formalizado pedidos de reposição do equilíbrio financeiro dos contratos, devido ao efeito nas suas receitas das medidas então decretadas para travar a propagação da pandemia. Os requerimentos das concessionárias fundamentam-se na ocorrência de evento de força maior ou nos alegados impactos decorrentes das medidas legislativas específicas adotadas durante a pandemia.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Só metade dos pedidos de estatuto de cuidador informal foram aprovados

Entre 2020 e 2023, houve 33.651 requerimentos para obter o estatuto de cuidador informal, 17.623 (52%) dos quais foram deferidos, 12.009 (36%) indeferidos e 12% dos casos estavam ainda num “estado intermédio”. Os dados, que constam do mais recente relatório da Comissão de Acompanhamento, Monitorização e Avaliação do Estatuto do Cuidador Informal, revelam que 2023 foi o ano que registou o maior número de pedidos (13.098), sendo que 5.971 foram aprovados, 4.298 tiveram resposta negativa e 2.829 ainda aguardavam por uma decisão. Face à escassez de deferimentos, os profissionais do setor defendem o aumento dos “critérios de elegibilidade” e que o reconhecimento da pessoa cuidada deixe de estar “dependente da titularidade das prestações definidas legalmente”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

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Grupo de 16 Nobel da Economia advertem para perigos das propostas de Trump

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

grupo de 16 galardoados com o Nobel avisa que um segundo mandato de Trump teria “um impacto negativo na posição económica dos EUA no mundo e um efeito desestabilizador na economia interna” do país.

Um grupo de 16 galardoados com o prémio Nobel da Economia advertem que as propostas do candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, reativarão a inflação e provocarão danos prolongados à economia do país.

“Embora cada um de nós tenha pontos de vista diferentes sobre as particularidades das políticas económicas, todos estamos de acordo que a agenda económica de Joe Biden é amplamente melhor do que a de Donald Trump”, afirmam os académicos numa carta à qual o site Axios teve acesso.

O texto é assinado, em primeiro lugar, por um dos vencedores do Nobel da Economia em 2021, Joseph Stiglitz, ao qual se juntam George A. Akerlof (2001), Angus Deaton (2015), Cláudia Goldin (2023), Oliver Hart (2016), Eric S. Maskin (2007), Daniel L. McFadden (2000) e Paul R. Milgrom (2020).

Completam a lista Roger B. Myerson (2007), Edmund S. Phelps (2006), Paul M. Romer (2018), Alvin E. Roth (2012), William F. Sharpe (1990), Robert J. Shiller (2013), Christopher A. Sins (2011) e Robert B. Wilson (2020).

Os economistas afirmam que um segundo mandato de Trump teria “um impacto negativo na posição económica dos EUA no mundo e um efeito desestabilizador na economia interna” do país.

“Muitos norte-americanos estão preocupados com a inflação e Donald Trump pode reativá-la com os seus orçamentos fiscalmente irresponsáveis”, escreveram os especialistas.

De resto, a economia deve ser um dos principais temas do primeiro debate da campanha presidencial, transmitido pela CNN na quinta-feira, entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e Donald Trump.

Entre as propostas de Trump estão um imposto mínimo universal de 10% sobe todas as importações e uma taxa de 60% sobre os produtos chineses.

Além disso, o magnata promete às empresas norte-americanas reduzir a sua tributação de 21% para 20% e pretende eliminar os impostos sobre as gorjetas dos trabalhadores dos setores de lazer e hotelaria.

Por sua vez, Biden mantém o plano de aumentar os impostos sobre as empresas e não aumentá-los para as famílias que ganhem menos de 400 mil dólares anuais.

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A Fundação Juegaterapia inaugura um cinema infantil no IPO de Lisboa em colaboração com a Disney

  • Servimedia
  • 26 Junho 2024

A Fundação Juegaterapia, uma instituição de caridade espanhola, em colaboração com a The Walt Disney Company Portugal, abriu o seu primeiro cinema infantil num hospital em Portugal.

Esta sala, inaugurada na ala pediátrica do Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO Lisboa), resulta das receitas da venda em Portugal dos Baby Pelones da Disney, uma série de bonecos inspirados em crianças que lutam contra o cancro.

Esta iniciativa da Fundação Juegaterapia começou há sete anos com a criação de um cinema no Hospital Gregorio Marañón, em Madrid (2015). Seguiu-se a abertura de salas de cinema noutros hospitais em Espanha, nomeadamente no Hospital de Burgos (2019), no Hospital Miguel Servet em Saragoça (2019), no Hospital Universitário de Valladolid (2019), no Hospital Universitário Torrecárdenas em Almería (2022) e no Hospital Reina Sofía em Córdoba (2022).

Em colaboração com a The Walt Disney Company, a Fundação Juegaterapia inaugura agora esta sala de cinema em Portugal, permitindo que as crianças e jovens internados no IPO de Lisboa tenham a experiência de ir ao cinema sem sair do hospital.

O novo cinema poderá exibir todos os clássicos da Disney, Pixar, Marvel e Star Wars através do Disney+, que estará disponível para as crianças acederem a alguns dos maiores êxitos do mundo do cinema e da televisão. Na inauguração, as crianças hospitalizadas assistiram a “Wish: O Poder do Desejo”, um dos mais recentes êxitos da Disney.

O cinema, concebido pelo estúdio espanhol Cousi Interiorismo, possui tecnologia áudio e vídeo de ponta e celebra o 90.º aniversário do Pato Donald, inspirando-se no Pato Donald e na sua companheira, Margarida, para dar vida à decoração da sala.

A sala terá também uma consola de jogos de vídeo PS4 para que as crianças e os jovens possam jogar entre si neste espaço e tem 16 lugares que podem ser reclinados para maior conforto, uma vez que muitos assistirão aos filmes durante os seus tratamentos de quimioterapia em regime ambulatório.

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Caldea inicia a transformação de spa em resort com a renovação da grande lagoa e actualiza a marca

  • Servimedia
  • 26 Junho 2024

Caldea, o centro de lazer termal de Andorra, iniciou uma fase de transformação com o objetivo de se tornar uma das estâncias termais mais importantes do sul da Europa.

O projeto tem dois eixos principais. Por um lado, a remodelação e modernização dos espaços numa perspetiva minimalista e moderna e a construção de um hotel de 4 estrelas na icónica Torre e, por outro lado, a atualização da estratégia da marca.

A grande lagoa é o principal ícone desta transformação e a primeira área onde foram tomadas medidas, com uma atualização da estética desta instalação que respeita a sua morfologia e as icónicas banheiras de hidromassagem. O espaço, que abrirá em agosto, terá um novo visual mais minimalista, com revestimentos e pavimentos brancos que transmitirão simplicidade, proximidade e elegância para desfrutar de pequenos prazeres num ambiente que convidará à evasão.

As obras prosseguirão nos próximos três anos com a construção de uma nova ponte de acesso sobre o rio que abrirá o edifício à cidade. A lagoa exterior será igualmente transformada em lago e outras zonas do edifício serão modernizadas. Finalmente, em 2026, será inaugurado um hotel na Torre.

Esta informação foi apresentada por Miguel Pedregal, diretor-geral de Caldea, num evento realizado nos Cinemas Illa Carlemany, onde Pedregal explicou que “a transformação de Caldea num resort é um passo natural na evolução dos spas e responde à insistente procura dos nossos clientes de poderem ficar no mesmo edifício”. Caldea estima que, com as ações planeadas e a incorporação do novo hotel, obterá um crescimento de 40% no volume de negócios até 2030, com receitas de 30 milhões de euros.

NOVA IDENTIDADE VISUAL

O segundo eixo da transformação consistiu na reformulação da estratégia da marca, estabelecendo um novo objetivo mais ambicioso e lançando uma nova identidade visual. A visão do novo Caldea é “Influenciar a melhor versão de Andorra e torná-la acessível a todos através de momentos inesquecíveis de boa vida”. Este novo objetivo torna Caldea definitivamente um embaixador da marca do país e eleva a promessa, que agora visa proporcionar momentos de boa vida a todos”, indicou o centro termal.

Ao mesmo tempo, a identidade visual foi atualizada e a Caldea tem um novo logótipo, uma nova cor corporativa e várias cores secundárias, uma tipografia personalizada e uma bateria de recursos gráficos, como a ilustração, que enriquecerão a comunicação nos diferentes canais. O novo logótipo, que continua a ter uma forma circular, é mais flexível e moderno e reflete o objetivo de garantir a excelência com uma experiência de 360 graus, repleta de momentos de absoluta quietude e outros mais lúdicos e vibrantes. “O novo logótipo, tal como a água, simboliza a fluidez de uma experiência de bem-estar que se adapta a todos os utilizadores”, afirmaram.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 26 de junho

  • ECO
  • 26 Junho 2024

Ao longo desta quarta-feira, 26 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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As organizações apelam a soluções para a situação iminente colocada pelo desafio demográfico

  • Servimedia
  • 26 Junho 2024

O Instituto Nacional de Estatística publicou as suas projeções demográficas, entre as quais se conclui que 30,5% da população terá mais de 65 anos em 2055.

Neste contexto, diferentes organizações apelaram a soluções específicas para a situação iminente colocada pelo desafio demográfico.

Por seu lado, o presidente da Sociedade Espanhola de Geriatria e Gerontologia (SEGG), José Augusto García Navarro, considera que é necessário começar a falar da importância do “exercício físico, da interação social e de uma boa alimentação, mas também da pobreza”, sublinhando que “as políticas de investimento nas pensões são políticas de investimento e não políticas de despesa”.

A proposta da DomusVi para garantir os cuidados aos idosos nos próximos anos inclui: promover um pacto de Estado para os cuidados, aumentar o investimento e o financiamento, incentivar a colaboração público-privada, garantir a liberdade de escolha e apostar num modelo híbrido, entre outros.

No passado dia 10 de junho, a Confederação Espanhola de Organizações de Idosos participou na Assembleia Geral da plataforma AGE Europe, onde salientou a necessidade de cooperação com as instituições europeias para a criação de um intergrupo sobre longevidade e solidariedade intergeracional no Parlamento Europeu.

Há alguns dias, o Observatório Estatal da Solidão Indesejada já assinalava que a grande maioria da sociedade considera que a luta contra a solidão deve ser uma questão prioritária para as administrações públicas, um dos desafios que se colocam na velhice.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 26 Junho 2024

Miranda Sarmento é ouvido em audição parlamentar e Luís Montenegro vai à Assembleia para o debate quinzenal. INE divulga dados do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação.

No mesmo dia em que o ministro das Finanças é ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública sobre a cobrança de impostos relativos às barragens, também o primeiro-ministro Luís Montenegro vai estar presente na Assembleia da República para o debate quinzenal. O Conselho de Finanças Públicas divulga um relatório sobre o desempenho do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o INE apresenta os dados relativos ao Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação durante maio.

Audição do ministro das Finanças

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, é ouvido esta quarta-feira na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, no âmbito dos requerimentos apresentados pelos grupos parlamentares do Chega, Bloco de Esquerda e PSD sobre a cobrança de impostos relativos às barragens.

Debate com o Primeiro-Ministro na Assembleia da República

Esta quarta-feira é também dia de debate quinzenal na Assembleia da República com o primeiro-ministro Luís Montenegro. À discussão com o líder do Governo e do PSD, segue-se o debate preparatório do Conselho Europeu.

Como foi o desempenho do Serviço Nacional de Saúde em 2023?

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) divulga esta quarta-feira um relatório sobre o desempenho do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2023. De acordo com um relatório divulgado no final de fevereiro, os resultados das entidades públicas empresariais (EPE) integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) agravaram-se em 2022 com a retoma após a pandemia e com a subida da inflação, atingindo no total um saldo negativo de 1,3 mil milhões de euros.

INE divulga dados do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação

O órgão estatístico português vai apresentar esta quarta-feira os dados relativos ao Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação durante maio. Em fevereiro, o valor mediano da avaliação bancária na habitação foi de 1.596 euros por metro quadrado (euros/m²), representando um aumento de 16 euros (1%) face a março, o valor mais elevado de sempre.

AMT e ANAC ouvidas na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação

Já na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação vão ser ouvidas a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). Na mesma sessão vai ainda ser apreciado e votado um requerimento apresentado pelo Chega para a audição do ex-primeiro-ministro António Costa e do ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, “na sequência de notícias sobre as razões da demissão da Ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener”. Além disso vai ser apreciado e votado o requerimento da Iniciativa Liberal para a audição do presidente do Conselho de Administração Executivo da Infraestruturas de Portugal (IP), Miguel Cruz, para “escrutínio do ponto de situação da segurança e obras ferroviárias, nomeadamente, do Ferrovia 2020 e PNI 2030″.

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Pera rocha vale exportações de 85 milhões e 10 mil empregos em Portugal

No ano passado, os cerca de 2.500 produtores nacionais exportaram pera rocha para um total de 20 mercados. Associação do setor destaca lugar no pódio dos frutos mais vendidos no estrangeiro.

Mais de 200 produtores nacionais e internacionais reúnem-se esta quinta e sexta-feira na Vila de Óbidos para o Interpera, o maior congresso internacional dedicado à pera. A Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP) atesta quePortugal é o maior produtor de pera rocha na Europa, com 2.500 produtores e uma área de 11.297 hectares”.

No ano passado, os produtores nacionais de pera rocha exportaram 85 milhões de euros para 20 países, com Europa (50%), Marrocos (20%) e Brasil (20%) a ocuparem o pódio.

“A pera é um dos frutos mais exportados em Portugal, está no top três“, sublinha Filipe Ribeiro, presidente da associação, em declarações ao ECO/Local Online, calculando que o setor emprega diretamente cerca de dez mil pessoas em Portugal.

Nos últimos 12 anos, a produção média foi de 174.286 toneladas anuais, das quais 60% são destinadas à exportação. O presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha recorda que os “dois últimos anos foram maus a nível de produção”, mas prevê que este ano a produção esteja acima do ano passado e ultrapasse as 115 mil toneladas.

No ano passado, a colheita dos associados da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha rondou as 107 mil toneladas, evidenciando uma quebra de 13% na produção relativamente a 2022, quando foram colhidas mais 16,5 toneladas do fruto. Os associados são responsáveis por 90% do total da produção nacional.

“Até ao lavar dos cestos ainda é vindima. Não conseguimos descortinar o valor concreto porque não sabemos se vão existir quebras até a altura da colheita, que decorre entre agosto e setembro. Há uma doença que ataca perto da colheita e não sabemos se vai ter uma incidência muito grande ou muito pequena”, realça Filipe Ribeiro.

Estes dados vão ser discutidos a partir desta quarta-feira no Interpera em Óbidos, no distrito de Leiria. O encontro, que acontece pela segunda vez em Portugal, realiza-se poucas semanas antes da colheita e “é o local onde produtores de vários países partilham as expectativas para a campanha desse ano a nível nacional e internacional”, explica Filipe Ribeiro, sublinhando a importância do fórum em que “se discutem as problemáticas, desafios e oportunidades inerentes à produção de pera com diferentes players do setor a nível mundial”.

Organizado pela Assembleia das Regiões Europeias Produtoras de Frutas, Legumes e Hortaliças (AREFLH) e pela ANP o evento, que se realiza desde 2008, será ainda marcado por visitas técnicas a pomares, centrais de distribuição e centros de investigação da região Oeste, e por debates e mesas redondas com especialistas nacionais e internacionais em agricultura. Em 2023, o Intepera foi realizado em Lérida (Espanha).

Os pomares de Pera Rocha estendem-se por cerca de 10.000 hectares, abrangendo 29 concelhos com Denominação de Origem Protegida (DOP). Em 2003, a Denominação de Origem Protegida “Pera Rocha do Oeste” foi formalmente reconhecida pela Comissão Europeia, reforçando a identidade única deste produto. O líder da associação nacional explica que 84% das pereiras estão concentrados no Oeste, abrangendo 2.158 explorações agrícolas.

Produção penalizada pela alterações climáticas

As condições climáticas adversas dos últimos anos resultaram em quebras de produção acentuadas. O presidente da ANP explica que há dois fatores a ter em conta: os “invernos estão cada vez mais amenos” e “o período de floração é altamente instável ora com temperaturas muito altas, ora com temperaturas muito baixas”. Esta instabilidade climática provoca alterações no calibre. Filipe Ribeiro realça ainda os “acidentes fisiológicos, as doenças e a incidência do escaldão solar que não era habitual no Oeste”.

A Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha tem vindo a trabalhar com investigadores nacionais com vista ao melhoramento genético da Pera Rocha, visando adaptá-la às mudanças climáticas e aumentar sua resistência a doenças, sem perder suas características distintivas.

O líder da associação salienta que esta quebra é transversal a toda a Europa e dá inclusive o exemplo de Itália, que, calcula, “há dez anos produzia 800 mil toneladas de pera por ano e neste momento produz 150 mil”.

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Portugal lidera na diáspora futebolística do Euro 2024

O Euro 2024 é um espelho da globalização do futebol moderno, onde os craques da bola são nómadas e os clubes de futebol centros de poder. A seleção das Quinas é um claro exemplo dessa realidade.

O Campeonato Europeu de Futebol de 2024 que está decorrer na Alemanha até 14 de junho não é apenas um palco de competição entre seleções nacionais dentro das quatro linhas. O Euro 2024 é também um reflexo da globalização da indústria do futebol espelhado numa autêntica “diáspora futebolística”.

Este fenómeno é evidente na composição das equipas, com muitos jogadores a atuarem fora dos seus países de origem e também na influência dos clubes que dominam o torneio com um grande número de jogadores convocados.

Entre as seleções presentes no Euro 2024, a Albânia e a Dinamarca destacam-se por terem todos os seus jogadores a atuar fora dos respetivos países. Este facto sublinha a dependência destas seleções de talentos que se desenvolvem em ligas estrangeiras, uma tendência que se tem acentuado nos últimos anos.

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A Geórgia e a Suíça seguem de perto no plano da exportação dos seus talentos, com 92% dos seus jogadores a jogar no estrangeiro, enquanto a Polónia, a Sérvia, a Eslováquia e a Eslovénia apresentam 89% dos seus plantéis a atuar fora de portas.

Portugal não fica muito atrás, com 77% dos seus craques a jogar no estrangeiro, contando-se apenas 6 jogadores nacionais a jogar na Liga Portugal — Diogo Costa, Pepe e Francisco Conceição (FCPorto), António Silva e João Neves (SL Benfica), Gonçalo Inácio (Sporting CP).

No canto oposto surge a Inglaterra, como sendo a seleção com mais jogadores a atuar na liga doméstica, a Premier League, com apenas 8% dos seus jogadores a jogar no estrangeiro. Itália e Alemanha também mantêm uma forte base de jogadores nas suas ligas nacionais, com 12% e 23, respetivamente, dos seus plantéis a defenderem as cores de clubes fora do sue país natal.

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Clubes que são autênticas seleções

O Euro 2024 não só destaca o talento das seleções nacionais, mas também reflete a influência e a qualidade dos clubes europeus. É disso exemplo o Manchester City e o Inter de Milão, ao terem o estatuto dos clubes que cederam mais jogadores ao Euro 2024, com 13 jogadores cada por sete seleções distintas.

Estes números refletem a qualidade e a profundidade dos plantéis destes clubes, que são capazes de fornecer talentos para várias seleções nacionais. O Barcelona, o Paris Saint-Germain e o Real Madrid seguem de perto nesta competição, com 12 jogadores cada, demonstrando a sua influência no cenário futebolístico europeu.

O Euro 2024 é mais do que uma competição. É uma vitrine da diversidade e da interconexão do futebol moderno. E enquanto os adeptos vibram com cada golo e cada defesa, fica claro que o futebol, tal como o mundo, é cada vez mais um jogo sem fronteiras.

Os clubes portugueses também têm uma presença notável no Euro 2024, com cinco clubes a emprestarem 13 jogadores a sete seleções nacionais. O Benfica é o clube português mais representado, com seis jogadores, incluindo João Neves e António Silva na seleção das Quinas. Segue-se o FC Porto com três atletas, o Sporting com dois, e o Boavista e Famalicão com um jogador cada.

No entanto, no campeonato das ligas de futebol, a Liga Portugal surge apenas na 12.ª posição entre as que mais jogadores oferecem ao Euro 2023, ficando atrás de ligas como a Saudi Pro League, da Arábia Saudita, a Premier Liga, da Ucrânia, e da Süper Lig, da Turquia.

Entre as ligas que mais brilham neste campeonato europeu está a inglesa Premier League com 96 jogadores, a que somam mais 18 atletas do Championship. Significa que, em média, por cada 10 jogadores presentes no Euroe 2024, 2 jogam em Inglaterra. Este número impressionante reflete a qualidade e a competitividade do campeonato inglês, que atrai talentos de todo o mundo.

A Serie A italiana é a segunda liga mais representada no Euro 2024, com 90 jogadores. A liga italiana tem uma longa tradição de excelência tática e defensiva, e continua a ser um destino popular para jogadores de todo o mundo. Clubes como a Juventus, Inter de Milão, AC Milan e Nápoles são conhecidos por atrair e desenvolver talentos internacionais.

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Entre seleções que dependem de talentos exportados e clubes que se transformam em autênticas seleções multinacionais, este torneio é um verdadeiro mosaico de culturas e estilos de jogo.

Enquanto a Albânia e a Dinamarca se destacam pela sua diáspora futebolística, com todos os seus jogadores a atuar fora de portas, a Inglaterra mantém-se firme com a maioria dos seus craques a jogar na Premier League. E se o Manchester City e o Inter de Milão parecem ter decidido transformar o Euro numa extensão dos seus treinos, clubes como o Sporting, Benfica e Porto mostram que o talento português continua a brilhar nos maiores palcos do futebol europeu.

No final, o Euro 2024 é mais do que uma competição. É uma vitrine da diversidade e da interconexão do futebol moderno. E enquanto os adeptos vibram com cada golo e cada defesa, fica claro que o futebol, tal como o mundo, é cada vez mais um jogo sem fronteiras. Que vença o melhor, ou pelo menos, que todos se divirtam a tentar!

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Peritos querem nova agência para segurança e saúde no trabalho

Peritos deixam 83 recomendações no novo livro verde, nomeadamente a criação de uma nova agência para a segurança e saúde no trabalho, a introdução destes temas no ensino e a proteção dos migrantes.

Os peritos defendem que deve ser criada uma nova agência para a segurança, saúde e condições do trabalho, a partir dos recursos já existentes na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e na Direção-Geral da Saúde (DGS). Esta é uma das 83 recomendações que constam do Livro Verde, documento que vai ser discutido esta quarta-feira na Concertação Social, e ao qual o ECO teve acesso.

Foi em julho do ano passado que o Governo nomeou uma comissão de especialistas para estudar o futuro da segurança e saúde no trabalho. Um ano depois, o trabalho desses peritos vai ser agora debatido na Concertação Social, sendo que o Governo quer, conforme consta do seu programa, desenhar uma estratégia plurianual sobre estas matérias.

Do Livro Verde, constam 83 recomendações, a começar pela criação de uma nova agência portuguesa para a segurança, saúde e condições do Trabalho, que agregaria a prevenção dos riscos profissionais.

“Tal permitirá evitar que a gestão pública da prevenção esteja espartilhada e colocada em segundo plano, como acontece atualmente, com perda de sinergias que vão além da dispersão das políticas, quer de segurança e higiene do trabalho, quer de saúde do trabalho, dentro de organismos cuja missão maior é de natureza diferente”, sublinham os especialistas, no documento ao qual o ECO teve acesso.

Para os autores do estudo que agora será debatido, seria preciso dotar essa nova agência “dos meios necessários para atuação eficiente”. Sugerem, por isso, atribuir-lhe o montante orçamentado “há largos anos” para políticas públicas de promoção da segurança e saúde no trabalho, “por afetação de verba correspondente da Taxa Social Única”.

De resto, uma das funções dessa agência, destacam os mesmos, seria elaborar “com regularidade” informação de suporte aos empregadores “sobre a legislação aplicável e a elucidação de dúvidas com ela conexas“. Por exemplo, notas técnicas e guias de orientação e boas práticas, que “de forma clara e adaptada à dimensão das empresas e setores a que se aplica permitam um cumprimento mais eficaz das normas aplicáveis”.

Além disso, recomendam que sejam desenvolvidas de forma sistemática, através desta agência, auditoras ao funcionamento dos serviços de segurança e saúde no trabalho.

Por outro lado, os especialistas aconselham que seja criado um plano para que os temas da segurança e saúde no trabalho sejam, de modo gradual, introduzidos no ensino básico e secundário. Isto “por forma a aumentar o grau de perceção do risco, em múltiplas dimensões, ao longo do percurso escolar”, afirmam.

Defendem também um plano específico para o ensino profissional, bem como a sensibilização das instituições do ensino superior “para a necessidade de introdução de conteúdos” deste nos cursos de licenciatura e mestrado, adequados à área formativa.

O que podem fazer as empresas?

Entre as 83 recomendações do Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, 17 dizem respeito às entidades empregadoras. Os especialistas aconselham, por exemplo, a promoção de formação contínua “de conhecimentos e competências de liderança ao nível específico da segurança e saúde do trabalho“.

Outra sugestão é a criação de canais de comunicação eficazes entre os trabalhadores e os serviços de segurança e saúde no trabalho, para reportar preocupações, “designadamente de fatores de risco para a segurança ou a saúde que não sejam objeto de medidas de prevenção”.

Quanto à saúde mental, os peritos defendem a implementação de programas de prevenção dos fatores de risco psicossociais, bem como de programas de promoção do bem-estar psicológico, físico e social, “principalmente ao nível do stress, burnout, assédio, violência e na conciliação entre o tempo de trabalho e o tempo de lazer”.

Aliás, sobre o assédio, é mesmo recomendado que sejam criados planos de ação com políticas e procedimentos internos específicos para situações desse tipo, bem como de violência laboral e para comportamentos discriminatórios e desadequados.

Além disso, o Livro Verde aconselha que sejam criados mecanismos de “enquadramento e acompanhamento adequado em segurança e saúde no trabalho” para os trabalhadores das empresas de trabalho temporário, e apela à proteção dos trabalhadores migrantes, que se encontram frequentemente em condições de trabalho “muito penosas”.

Uma outra recomendação dos peritos é estabelecer a obrigatoriedade de as empresas ou os organismos da Administração Pública só poderem contratar empresas prestadoras de serviços de apoio – como limpeza, manutenção, restauração e reparação – que “evidenciem ter serviços de segurança e saúde no trabalho organizados para os seus trabalhadores“.

Além deste Livro Verde, a reunião desta quarta-feira da Concertação Social servirá para fazer um balanço do acordo de rendimentos. O Governo já disse que o vai cumprir (embora tenha sido assinado pelo Executivo de António Costa), mas admitiu revê-lo e adicionar novos tópicos.

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Só dois municípios do Algarve seguiram recomendações e subiram preços da água este ano

Face à situação de seca, o regulador da água recomendou que os municípios algarvios subissem as tarifas da água. Porém, até ao momento, apenas dois o fizeram.

A Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) indica que apenas dois municípios algarvios implementaram a recomendação desta entidade de aumentar os preços da água na região, em resposta à situação de seca.

Até ao momento, apenas duas entidades gestoras adotaram os tarifários sazonais recomendados pela ERSAR“, afirma a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, em resposta ao ECO/Capital Verde sobre a adesão à recomendação de subida das tarifas.

Os dois municípios que fizeram revisões do tarifário do serviço de abastecimento de água e adotaram as tarifas que a ERSAR recomendou foram Vila do Bispo e Lagos, indica o regulador. O município de Loulé chegou a solicitar um parecer à ERSAR relativo à implementação destes tarifários, mas não terá avançado com a aplicação da medida.

A recomendação do regulador era subir as tarifas de abastecimento de água consoante o nível de consumo. Até aos 5 metros cúbicos (m3) mensais, as tarifas deveriam manter-se; entre os 5 e 15 m3, o aumento no preço seria de 15%; dos 15 aos 25 m3 as tarifas encareceriam 30% e, finalmente, para consumos acima dos 50 m3, o salto proposto é de 50%.

Importa sublinhar que se uma família que esteja no segundo escalão (que é onde está a grande maioria das famílias) poupar 15% no consumo, o aumento vai ser nulo. Nos restantes escalões, se os consumidores adotarem a mesma postura, também não vão sentir a subida dos tarifários”, indicava a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em fevereiro.

No caso dos utilizadores não-domésticos, uma vez que não existem escalões de consumo e é difícil definir “consumo essencial”, tendo em conta a respetiva heterogeneidade, a ERSAR recomenda um aumento da tarifa variável do serviço de abastecimento de água de 15%.

Estas medidas devem ser tomadas “sem prejuízo da aplicação de tarifários especiais, designadamente para famílias numerosas e tarifários sociais”, ressalva o regulador.

O presidente da AMAL, António Pina, acredita que “já não faz sentido continuar com esta medida”, tendo em conta o alívio na situação de seca que se regista este ano, e que determinou mesmo que o Governo aliviasse os cortes ao consumo que estão em vigor, no passado mês de maio. Na opinião do líder da AMAL, seria contraditório comunicar às famílias que os cortes impostos serão menores, mas o preço, ainda assim, subiria.

O Governo amenizou recentemente os cortes ao consumo na região, apoiando-se num cenário melhor do que o esperado, embora ressalve que vai fazer nova monitorização em agosto. A agricultura terá de reduzir o consumo para 13% (em vez dos anteriores 25%), assim como o turismo (cujo corte era de 15%), e no setor doméstico a restrição baixa de 15% para os 10%.

Tal como o ECO/Capital Verde noticiou, os preços cobrados pelos serviços de abastecimento e saneamento da água no Algarve têm-se mostrado consistentemente abaixo da média nacional. No Algarve, o município com o preço de abastecimento mais barato é Albufeira, que cobrou, em 2022, 6,71 euros pelo consumo mensal de 10 metros cúbicos, não muito distante do mínimo nacional. No saneamento, o preço mais acessível da região foi praticado em Monchique.

Alerta e medidas de contingência mantêm-se

O Algarve mantém o estado de alerta por motivo de seca que foi decretado no final de 2023, embora as medidas de contingência tenham algum alívio, de acordo com as decisões do Conselho de Ministros que foram publicadas na passada sexta-feira.

Em larga medida, o cenário de contenção na região mantém-se quase inalterado: fontes desligadas, lavagens de veículos suspensas, rega de jardins só em raras exceções.

A pressão do caudal de água, por exemplo, vai continuar reduzida ao mínimo possível. Não pode ser usada água da rede pública ou de outras origens de água natural para regar de espaços verdes e jardins públicos, “com ressalva das exceções necessárias para assegurar sobrevivência de árvores de caráter singular ou monumental”. A ocorrer rega, só com água reutilizada e entre as 20 horas da noite e as 8 horas da manhã.

A lavagem de veículos — desde carros a trotinetes — não pode ocorrer, exceto se for efetuada em estabelecimentos licenciados para a atividade comercial e que tenham sistemas de recirculação de água, ou utilização de esponja e balde fora dos estabelecimentos comerciais.

Mantém-se proibida a lavagem de pavimentos, logradouros, paredes e telhados, exceto se for água reutilizada. Este tipo de água deve ser usado sempre que disponível também para a lavagem de contentores de resíduos urbanos, cuja periodicidade da lavagem deve ser reduzida. A monitorização e reparação de ruturas nas redes de distribuição de água deve estar disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.

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