Montenegro elogia “aproximação do PS” na imigração. Pedro Nuno manterá “análise crítica” à era Costa
“Vemos com um sentido muito positivo o anúncio do principal partido da oposição de aproximação com a visão do Governo em matéria de imigração”, afirmou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse esta terça-feira que vê como muito positiva a “aproximação” do PS à posição do Governo em matéria de imigração.
“Saber que as duas principais forças políticas do país têm princípios de proximidade nas suas políticas de imigração é um elemento importante que valoriza a competitividade da nossa economia e a condição humana de cada um daqueles que, vindo para Portugal, vê um horizonte de tempo alargado”, afirmou, numa conferência de imprensa ao lado do homólogo cabo-verdiano após a VII Cimeira Portugal – Cabo Verde.
Luís Montenegro respondia a uma questão acerca das declarações do líder socialista, Pedro Nuno Santos, que admitiu, em entrevista ao Expresso, que não se fez tudo bem nos últimos anos quanto à imigração. Criticado, entretanto, por elementos do próprio partido, prometeu apresentar uma solução legislativa que permita regularizar imigrantes que estão a trabalhar, mas recusa recuperar a manifestação de interesse.
“Queremos que os [imigrantes] que vêm para Portugal não venham de passagem, muitas vezes para transitarem para outros países da União Europeia“, reiterou o chefe do Governo português, realçando que não quer quebrar, mas antes “estimular” a relação dos imigrantes com os seus países de origem.
Já esta terça-feira, em declarações aos jornalistas em Aveiro, Pedro Nuno Santos referiu que “a imigração é importante para o país e para a nossa economia”, mas salientou que “o país tem de ter capacidade e condições para receber quem vem para cá trabalhar – e é muito importante preservar a coesão social e nacional”.
Questionado sobre se esta mudança de posição foi a pensar nas eleições autárquicas, como sugeriu o ex-ministro da Educação socialista João Costa, o secretário-geral do PS respondeu que “há um trabalho permanente de olhar para a frente e também para o que correu menos bem e deve ser alterado”. “Isso faz parte de um trabalho de avaliação de um partido maduro”, acrescentou.
“Como é que o PS vai recuperar a confiança do povo português se não tiver a capacidade de olhar para o que fez e de retirar conclusões? Esse trabalho de análise crítica [sobre os anos de governação de António Costa] vai continuar, sem hesitação”, prometeu o líder socialista.
(Notícia atualizada às 14h42)
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