Sondagens revelam PS a subir e AD a descer
Duas sondagens apontam para empate técnico entre PS e AD, mas com o primeiro a subir face à queda do segundo. Noutro barómetro, os socialistas surgem mesmo à frente, acima da margem de erro.
Com o país à espera de saber se tem de ir novamente a eleições, na sequência da crise política provocada pela polémica em torno da empresa familiar do primeiro-ministro, as sondagens da Intercampus, Pitagórica e Aximage estão a apontar para uma subida das intenções de voto no PS, por oposição a uma descida da Aliança Democrática (AD). Em duas delas, surgem em empate técnico devido a uma margem de erro de quatro pontos percentuais.
Se as eleições fossem hoje, de acordo com a sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios, o Correio da Manhã e a CMTV, 25% dos inquiridos dizem que votariam nos socialistas e 23,5% na coligação formada pelo PSD e o CDS. No caso do partido liderado por Pedro Nuno Santos, trata-se de uma subida de três décimas face ao inquérito realizado no final de janeiro, enquanto a AD cai 0,9 pontos percentuais. Porém, como a margem de erro da sondagem é de 3,9%, estes resultados representam, na verdade, um empate — um cenário que não muda com a distribuição dos indecisos (12,7%).
Quanto aos restantes partidos, o Chega não capitaliza o momento de maior fragilidade do Governo, mantendo os 15,2% do último barómetro da Intercampus. A Iniciativa Liberal, por sua vez, reforça as intenções de voto de 6,1% para 7%. À esquerda, os bloquistas descem quatro décimas, para 4,8%; a CDU e o PAN mantêm-se com 3% cada um; e o Livre é o único partido a subir, de 3,4% para 3,9%.
Num cenário de possíveis coligações, e assumindo que a AD exclui o Chega, a esquerda consegue quase 40% das intenções de voto, ficando à frente de uma aliança entre PSD, Iniciativa Liberal e CDS (30,5%). De sublinhar que o trabalho de campo desta sondagem foi feito entre 4 e 10 de março, o que coincidiu com as duas moções de censura — a primeira de iniciativa do Chega e a segunda do PCP — e do anúncio pelo primeiro-ministro da apresentação de uma moção de confiança.
Já o barómetro da Aximage de março, realizado para o Diário de Notícias, e cujo trabalho de campo decorreu entre 6 e 8 de março, coloca os socialistas à frente com 30,8% das intenções de voto, enquanto a coligação dos sociais-democratas com os centristas recolhe 25,8%. Face ao barómetro anterior, o PS ganha 2,7 pontos percentuais e a AD perde 3,5 pontos percentuais. Neste caso, mesmo com a margem de erro (+/- 4,0%), a vitória seria do partido de Pedro Nuno Santos.
Este barómetro revela ainda uma ligeira descida, para 17,3%, das intenções de voto no Chega, com a IL a surgir em quarto lugar (7,1%). O Bloco de Esquerda sobe para 4,3%, enquanto o Livre se fixa nos 2,5%, seguindo-se a CDU (2,4%) e o PAN (0,8%). Ao mesmo tempo, aumentou significativamente o número de indecisos e de quem não sabe em quem votar (ou não quer responder ao barómetro), que passaram para 12,3% e 2,7%, respetivamente.
Na segunda-feira, a sondagem da Pitagórica para a TSF, o Jornal de Notícias, a TVI e a CNN Portugal apontava para uma descida das intenções de voto na Aliança Democrática — de 35,6% antes da comunicação de Luís Montenegro para 33,5% na semana seguinte –, enquanto o PS subiu 1,6 pontos percentuais, para 28,8%. Significa que as duas maiores forças políticas permanecem em empate técnico, tendo em conta que a margem de erro da sondagem é +/- 4,0%, mas encurtam a distância de 8,4 pontos percentuais para 4,7 pontos percentuais.
As intenções de voto no Chega, por sua vez, caíram de 17,4% para 13,5%, sendo o partido que mais desce. Simultaneamente, a Iniciativa Liberal sobe mais de um ponto percentual e surge com 6,7% das intenções de voto que, somados aos votos da Aliança Democrática, ficam no patamar dos 40%. À esquerda, a CDU está em quinto lugar, apesar da descida de 3,6% para 3%. Isto porque beneficia da queda do Livre para sétimo, com 2,4% das intenções de voto (quando na semana anterior tinha 4,8%). O Bloco de Esquerda aparece em sexto lugar, registando uma subida de 1,5% para 2,9% das intenções de voto.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Sondagens revelam PS a subir e AD a descer
{{ noCommentsLabel }}