Desemprego em Portugal recua, mas continua acima da OCDE

Portugal começou o ano de 2025 com o desemprego a recuar, mas continua, ainda assim, acima da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, enquanto por cá a taxa está em 6,2%, no conjunto dos países dessa organização situa-se em 4,8%.

“A taxa de desemprego da OCDE manteve-se, de modo geral, estável no seu mínimo histórico de 4,8%. Este valor foi atingido em março de 2023 e a taxa tem continuado próxima desse nível desde essa altura”, informa a organização, numa nota enviada esta manhã às redações.

Em concreto, há vários meses que a taxa de desemprego da OCDE tem estado situada em 4,9%, tendo recuado 0,1 pontos percentuais para o tal mínimo histórico de 4,8% em janeiro deste ano.

Em comparação, em Portugal a taxa de desemprego fixou-se em 6,2% em janeiro, abaixo dos 6,4% registados no mês anterior e o valor mais baixo desde outubro de 2022.

Portugal manteve-se, assim, acima da média da OCDE, ainda que tenha sido um dos 11 países da organização que começaram o ano com o desemprego a recuar em cadeia.

Por outro lado, em três países, janeiro foi sinónimo de um aumento do desemprego: Austrália (que passou de 4,0% para 4,1%), Áustria (que passou de 5,4% para 5,5%) e Finlândia (que passou de 8,7% para 8,9%). Já em 19 dos países da OCDE o indicador em questão não registou alterações no arranque do ano.

Quanto ao conjunto da União Europeia, a nota divulgada esta manhã indica que a taxa de desemprego se manteve em 5,8%, continuando em mínimos históricos.

Apesar dos desafios — das guerras às tensões comerciais –, os mercados de trabalho continuam, desde modo, a dar provas de resiliência. Em Portugal, também tem sido essa a tendência, embora haja “entorses”, como o desemprego jovem, que continua consideravelmente acima da média global.