Operação ‘Mais Valia’. Buscas na Federação Portuguesa de Futebol por suspeitas de corrupção

Até ao momento, foram constituídos dois arguidos, o ex-deputado do PS, António Gameiro, e o antigo secretário-geral da FPF, Paulo Lourenço.

A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas na Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em causa estão suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada. A Operação ‘Mais-Valia’ contou com 20 buscas relacionadas com a venda da antiga sede da FPF a casas particulares, instituição bancária, estabelecimentos e sociedades de advogados, em Lisboa, Setúbal e Santarém.

Até ao momento, foram constituídos dois arguidos, o ex-deputado do PS, António Gameiro, e o antigo secretário-geral da FPF, Paulo Lourenço, adiantou o Lusa.

O advogado Paulo Lourenço trabalhou como secretário-geral entre 2012 e 2018, na federação, e como assessor jurídico do então presidente, Fernando Gomes. Já António Gameiro, doutorado em Direito, foi deputado socialista, eleito cinco vezes por Santarém, tendo deixado a Assembleia da República em 2023.

Segundo comunicado da PJ, “no decurso da investigação foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda da antiga sede pertencente à Federação Portuguesa de Futebol, na Rua Alexandre Herculano, nº 58, Lisboa. O imóvel foi vendido por onze milhões duzentos e cinquenta mil euros”.

Na investigação estão em causa suspeitas de recebimento indevido de vantagem, de corrupção, de participação económica em negócio e de fraude fiscal qualificada. As diligências foram executadas por 65 Inspetores e 15 Especialistas de Polícia Científica da PJ, contando ainda com a participação de cinco juízes de instrução criminal, seis magistrados do Ministério Público e quatro representantes da Ordem dos Advogados.

“A investigação prosseguirá com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias, visando o cabal apuramento da verdade e a sua célere conclusão”, concluiu o comunicado.

O objetivo das buscas é recolher informação relacionada com negócios imobiliários durante o mandato de Fernando Gomes e Tiago Craveiro à frente da Federação.

Segundo explicou o diretor nacional da PJ, Luís Neves, em causa está “a venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol”, revelando ainda que foram efetuadas 20 buscas a pessoas singulares, coletivas e sociedade de advogados. A investigação teve início em 2021.

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