Nova rede de embaixadores quer tornar emprego no setor dos transportes mais diverso
Participação feminina no emprego no setor dos transportes ainda é baixa. Nova rede de embaixadores coordenada pela portuguesa TIS está a trabalhar para reforçar diversidade no setor.
Há uma nova rede composta por 92 embaixadores (de 23 países europeus) apostada em tornar o setor dos transportes mais inclusivo e diverso, do ponto de vista do emprego e da utilização. A TIS, consultora portuguesa especializada em mobilidade, foi contratada pela Comissão Europeia para criar esta rede, da qual deverão sair pistas para potenciais novos regulamentos europeus.
“Entre os embaixadores, temos operadores, utilizadores e membros da academia. A composição é muito diversa. Da discussão entre os embaixadores, vão sair propostas de ação, que, depois, poderão originar medidas, projetos e políticas da Comissão Europeia, que facilitem e acelerem a diversidade no setor“, explica ao ECO Daniela Carvalho, diretora de projetos internacionais da TIS.
De acordo com a responsável, o Executivo comunitário já tem um plano de ação para a diversidade nos transportes e para dar resposta à escassez de mão de obra no setor, mas este poderá vir a ser afinado, fruto do trabalho desta nova rede de embaixadores.
Dos referidos 92 embaixadores, quatro são portugueses. Além de Daniela Carvalho, fazem parte Rita Filipe, doutoranda em transportes e mobilidade, Olga Pereira, vereadora do Município de Braga, e Diogo Martins, conselheiro da CP para os clientes com necessidades especiais.
No âmbito desta rede, já foram organizadas duas conferências internacionais com o alto patrocínio da Comissão Europeia e a próxima deverá acontecer já neste trimestre, em Bruxelas.
Até lá, questionado sobre o que é preciso hoje mudar nas profissões dos transportes para as tornar mais atrativas para as mulheres, Daniela Carvalho refere, em conversa com o ECO, as condições dos veículos e das infraestruturas. “São precisos parques seguros com condições para condutoras de veículos pesados“, apela a responsável.
Importa explicar que, neste momento, apenas 22% dos trabalhadores do setor dos transportes são mulheres, e em algumas profissões, como pilotos e maquinistas, essa percentagem é ainda menor (2 a 5%).
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