Porto vai ter 124 fogos com renda acessível financiado pela Ageas

Nesses fogos serão praticadas rendas abaixo do valor de mercado por um período mínimo de 10 anos. As tipologias disponíveis incluem fogos de tipologia T0 a T3 com rendas entre os 525 e os 950 euros.

A freguesia de Campanhã deverá ter 124 novos fogos de renda acessível destinados a famílias de classe média. Esta informação foi avançada pelo Grupo Ageas Portugal que vai financiar este projeto habitacional – Build to Rent – pioneiro em Portugal.

O projeto Jardins do Oriente prevê que as rendas mensais variem entre os 525 e os 950 euros. Investimento é da Ageas Portugal.

O projeto denominado de Jardins do Oriente é feito em parceria com o Município do Porto, responsável pelo arrendamento e com a Garcia Garcia com a construção a seu cargo.

Nesses fogos serão praticadas rendas abaixo do valor de mercado por um período mínimo de 10 anos. As tipologias disponíveis incluem dois fogos T0, 36 T1, 71 T2 e 15 T3, com rendas mensais que variam entre os 525 e os 950 euros.

A solução visa ser mais uma resposta do Município do Porto no âmbito da sua Política Municipal de Habitação à “crescente dificuldade da classe média em aceder à habitação a preços compatíveis com os rendimentos atuais”.

O Município do Porto terá que pagar o valor das rendas à seguradora, no entanto, este valor mensal será “direta e proporcionalmente suportado pelas rendas que receberá dos seus inquilinos”. No final das contas, não resulta nenhum encargo direto deste acordo para o município, mas este irá atribuir subsídios às famílias para apoiar os custos da renda.

“O Município, enquanto arrendatário, suportará o valor das rendas, pelas quais será ressarcido, através do valor a pagar pelos subarrendatários, verdadeiros beneficiários do programa de rendas acessíveis”, explica Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto.

Ou seja, “o único encargo a suportar pela autarquia diz respeito aos eventuais subsídios que vierem a ser atribuídos e que se estima que representem 160 mil euros por ano. Este subsídio, que na fase inicial do programa Porto com Sentido poderia chegar a 30% da renda, hoje chega, nalguns casos, a atingir os 50%, servindo o propósito de amenizar, ainda mais, o valor pago pelos inquilinos”, clarifica Rui Moreira.

A concretização deste empreendimento decorre no âmbito da atualização do programa municipal “Porto com Sentido”, que acomodará alterações da legislação nacional, nomeadamente em matéria de arrendamento acessível e Simplex urbanístico. É neste contexto que o projeto será apresentado e discutido na reunião do executivo municipal no próximo dia 16 de junho, sendo mais um passo na implementação de soluções inovadoras para a política de habitação na cidade.

O projeto Jardins do Oriente, no Porto, é o primeiro projeto de investimento privado em larga escala de arrendamento acessível em Portugal”, afirmou Luís Menezes, CEO do Grupo Agras Portugal. “Este passo reforça o nosso posicionamento enquanto investidor responsável e sustentável, com foco no pilar ‘S’ de ESG, esperando que o sucesso deste projeto possa alavancar mais investimento em habitação acessível”, acrescenta o responsável.

“Contribuir para uma solução concreta de acesso à habitação para a classe média, numa lógica de parceria público-privada, reflete o nosso compromisso com a construção de cidades mais inclusivas e sustentáveis”, afirma Miguel Garcia, Administrador da construtora Garcia Garcia.

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