S&P confere rating de “A” à Fidelidade e antecipa crescimento de 10% nos próximos três anos

A classificação de "A" atribuído pela agência de notação financeira americana à Fidelidade destaca a solidez financeira, o crescimento sustentado e a independência da Fidelidade face à Fosun.

2ª Conferência Anual ECOSeguros - 28OUT21
Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade: “É o resultado de uma disciplina financeira rigorosa, de uma gestão prudente e de um foco claro na criação de valor para clientes, acionistas e parceiros”.Henrique Casinhas/ECO

A Fidelidade passou a integrar o universo de empresas avaliadas pela agência de risco creditício Standard & Poor’s (S&P), que atribuiu um rating “A” à seguradora e à sua subsidiária de resseguros, com perspetiva estável. Está avaliação surge após a Fitch ter atualizado em setembro de 2024 o rating da Fidelidade para “A+”.

“O reconhecimento das duas principais agências internacionais de rating reforça a confiança na estratégia que temos vindo a seguir”, refere Rogério Campos Henriques, CEO da companhia, em comunicado.

Na base da avaliação dos analistas da S&P estão três pilares fundamentais para a atribuição deste nível de risco:

  • A dimensão e diversificação geográfica do grupo, “com posições de liderança em Portugal e operações internacionais relevantes, nomeadamente no Peru, Chile, África e Ásia”,
  • “A capitalização sólida”, com os analistas da S&P a destacarem a o facto da empresa apresentar um rácio de solvência II de 194% no final do ano passado
  • “A qualidade e equilíbrio do portefólio de negócios”, os analistas da agência de notação de risco a sublinharem a capacidade da empresa apresentar uma quota de mercado de 30% em Portugal, tanto em ramos Vida como Não Vida, e uma “crescente diversificação internacional que representa cerca de 30% dos prémios”.

O relatório da S&P refere que a empresa registou “um crescimento de 12,6% das receitas de seguros em 2024” e apresentou “resultados líquidos de 173,5 milhões de euros (253 milhões, incluindo interesses minoritários), demonstrando rentabilidade sustentável“. Além disso, os analistas sublinham que a “o grupo registou um crescimento das receitas de seguros de 12,6% em 2024, para 3,86 mil milhões de euros” e “nos últimos dois anos, a empresa registou uma taxa de crescimento anual composta de cerca de 10%”.

Os analistas da Standard & Poor’s estimam que “o rácio de Solvência II do grupo se estabilizará em torno de 190%” e que “a adequação de capital estará ao nível de confiança de 99,95%”.

A S&P mostra-se também confiante no futuro da Fidelidade. “Prevemos que a Fidelidade continuará a crescer entre 5% e 10% nos próximos três anos e manterá um rácio combinado de cerca de 92%”, lê-se no relatório. A agência projeta ainda que “o resultado líquido antes de interesses minoritários crescerá para cerca de 400 milhões de euros até 2027”.

Do ponto de vista da solidez financeira, os analistas da S&P estimam que “o rácio de Solvência II do grupo se estabilizará em torno de 190%” e que “a adequação de capital estará ao nível de confiança de 99,95%”, sublinhando que “a Fidelidade continuará a gerar resultados transitados suficientes para compensar o aumento das necessidades de capital decorrentes do crescimento orgânico e inorgânico.”

Um aspeto particularmente valorizado na avaliação da S&P é a autonomia operacional da seguradora face ao seu acionista maioritário, o grupo chinês Fosun. “Desligamos as nossas notações da Fidelidade da do Fosun”, explica a agência, “porque consideramos a Fidelidade como isolada do seu proprietário maioritário Fosun, devido à forte supervisão regulatória e à sua independência operacional e financeira da empresa-mãe”. Esta independência é garantida por “uma estrutura jurídica separada, um elevado grau de autonomia operacional, um conselho de administração independente e um acionista minoritário considerável”, salientam os analistas.

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