Bayrou vai convocar partidos a 1 de setembro para evitar queda do Governo
Bayrou admitiu reunir os partidos, incluindo os líderes da oposição de extrema-direita e de esquerda, na próxima segunda-feira, numa tentativa de evitar uma potencial queda do executivo.
O primeiro-ministro francês, François Bayrou, confirmou esta quarta-feira que vai convocar os líderes dos partidos para uma reunião a 1 de setembro, num gesto interpretado como uma tentativa de evitar uma provável queda do Governo.
Durante uma entrevista à estação francesa TF1, Bayrou admitiu reunir os partidos, incluindo os líderes da oposição de extrema-direita e de esquerda, na próxima segunda-feira, 1 de setembro, numa tentativa de evitar uma potencial queda do executivo devido à votação da moção de confiança convocada para dia 8 do mesmo mês.
Bayrou indicou que não conseguiu contactar os líderes dos partidos “porque estavam de férias”, mas salientou que está pronto para “discutir todos os assuntos” exceto o seu plano orçamental para 2026 que prevê cortes na ordem dos 44 mil milhões de euros. O primeiro-ministro anunciou na segunda-feira que iria submeter-se a uma moção de confiança no parlamento francês devido à sua proposta de orçamento que é altamente impopular.
Partidos como a França Insubmissa (LFI, esquerda radical), o Partido Comunista Francês (PCF) e a União Nacional (extrema-direita), declararam pouco depois do anúncio de Bayrou que iriam votar para derrubar o Governo.
Esta quarta, a porta-voz do Eliseu (presidência), Sophie Primas, fez questão de sublinhar que, a 08 de setembro, não se trata de dar confiança a Bayrou para o projeto de orçamento, mas sim para a verificação da situação das contas públicas do país e da necessidade de corrigir a trajetória, e que a forma de o fazer virá mais tarde.
Sophie Primas garantiu que o Conselho de Ministros, reunido esta quarta, não discutiu os cenários possíveis no caso de se concretizarem as expectativas mais do que prováveis da queda do Governo. Entre esses cenários está a possibilidade de o Presidente, Emmanuel Macron, nomear outro primeiro-ministro, na esperança (quase excluída à partida) de obter uma maioria parlamentar, mas também a convocação antecipada de eleições legislativas.
O líder da União Nacional, Jordan Bardella, já considerou que a melhor maneira de resolver a atual instabilidade política em França é convocar eleições legislativas antecipadas ou o Presidente Emmanuel Macron demitir-se. Também o líder da França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, pediu a demissão de Macron, uma possibilidade excluída pela porta-voz presidencial.
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