Excedente, PIB, dívida pública e carga fiscal: guia para não se perder na ‘chuva de números’
A menos de três semanas da entrega do Orçamento do Estado para 2026, o INE e o Banco de Portugal divulgaram e reviram indicadores importantes para a economia e finanças públicas. Veja aqui.
Excedente, rácio da dívida pública, crescimento da economia, carga fiscal e taxa de poupança das famílias foram alguns dos dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ou pelo Banco de Portugal. O ECO preparou um guia de bolso com os principais números.
1%
O Estado registou um excedente orçamental de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre deste ano, tal como em igual período do ano passado.
1,9%
Isolando apenas o segundo trimestre deste ano, é este o valor do excedente orçamental, correspondendo a 1.412 milhões de euros. O valor fica abaixo dos 2,5% registados no segundo trimestre de 2024.
0,5%
É afinal o valor do excedente orçamental registado na globalidade de 2024. O INE reviu em baixa o valor face aos 0,7% estimados anteriormente.
0,3%
O Governo prevê fechar este ano com um excedente orçamental de 0,3%. O Fundo Monetário Internacional é mais otimista e prevê um saldo positivo de 0,5%, enquanto o Banco de Portugal prevê um défice de 0,1%.
90,2%
É o rácio de dívida pública esperado pelo Ministério das Finanças para este ano, uma revisão em baixa face aos 91,5% esperados anteriormente.
93,6%
O Banco de Portugal melhorou o rácio da dívida pública do ano passando. Afinal, situou-se em 93,6% ao invés de 94,9% e menos 3,3 pontos percentuais do que em 2023.
2,1%
Afinal, a economia portuguesa cresceu 2,1% em 2024, uma revisão em alta face aos 1,9% estimados anteriormente. A melhoria do PIB nominal para 289,4 mil milhões influenciou os restantes indicadores.
35,2%
A carga fiscal baixou ligeiramente no ano passado para 35,2% do PIB. Trata-se de um recuo de 0,1 pontos percentuais face ao rácio registado em 2023, de 35,3%. “Como o crescimento nominal da receita fiscal e contributiva (6,7%) foi inferior ao do PIB (7,1%), a carga fiscal em percentagem do PIB diminuiu 0,1 pontos percentuais, para 35,2% em 2024 (35,3% no ano anterior)”, indica o INE.
12,6%
As famílias portuguesas pouparam 12,6 euros por cada 100 euros de rendimento disponível no segundo trimestre. A taxa de 12,6% revela uma subida de 0,2 pontos percentuais face ao primeiro trimestre.
5,3%
Foi o aumento registado da despesa corrente, em resultado do aumento da outra despesa corrente (10,5%), das remunerações dos empregados (7,7%), dos encargos com juros (1,9%) dos encargos com prestações sociais (4,7%) e do consumo intermédio (2,4%), enquanto os subsídios diminuíram 12,2%.
3,7%
O crescimento de 3,7% da receita corrente traduz aumentos na outra receita corrente (19,5%), na receita de impostos sobre a produção e importação (6,6%) e nas contribuições sociais (1,9%).
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