Lufthansa reafirma “interesse alargado e estratégico” na privatização da TAP
Grupo alemão diz estar a "avaliar cuidadosamente" o caderno de encargos da privatização e "a examinar todos os requisitos".
A atravessar um processo de reestruturação, que vai passar pelo corte de 4.000 postos de trabalho até 2030, a Lufthansa garante que o interesse na privatização da TAP se mantém inabalado e está a analisar o caderno de encargos da operação.
“Estamos a avaliar a nossa potencial participação e investimento, em plena conformidade com o processo de venda e guiados pelo nosso interesse alargado e estratégico na TAP“, afirma o grupo alemão em respostas ao ECO e ao Observador.
“Como parceiro de longa data da Star Alliance e como investidor em novas instalações de manutenção em Portugal, continuamos a considerar o Lufthansa Group como o melhor parceiro para a TAP e para Portugal”, afirma a companhia, acrescentando que tem manifestado “de forma consistente” o seu “forte e duradouro interesse em adquirir uma participação na companhia aérea de bandeira portuguesa”.
O grupo dono das companhias Lufthansa, Swiss, Brussels Airlines, Austrian Airlines ou ITA (41%) salienta que “apoia a consolidação das companhias aéreas europeias”, congratulando o lançamento da privatização da TAP pelo Governo português. “Estamos atualmente a analisar o processo, a avaliar cuidadosamente o caderno de encargos publicado e a examinar todos os requisitos, tudo dentro do prazo de 60 dias”, afirma.
As companhias aéreas têm até ao dia 22 de novembro para enviar à Parpública a manifestação de interesse em participar na privatização de 49,9% da TAP, dos quais 5% para os trabalhadores. A Lufthansa apresentou esta segunda-feira, no seu “Dia do Investidor”, um novo plano estratégico para aumentar a rentabilidade do grupo.
Uma das medidas é a eliminação de 4.000 postos de trabalho até 2030, principalmente na Alemanha. A redução de pessoal, a maior desde a pandemia da Covid-19, será feita “em concertação com os parceiros sociais” e “o foco será colocado nos cargos administrativos, em vez das funções operacionais”, referiu a empresa alemã em comunicado.
O plano prevê também um reforço da integração das cinco principais companhias áreas, com a centralização da definição da política comercial ao nível do grupo.
A Lufthansa pretende ainda adicionar mais de 230 aeronaves até 2030, das quais 100 para o longo curso. “A maior modernização da frota na história da empresa é um elemento estratégico fundamental para a viabilidade futura e para o aumento da rentabilidade, bem como um claro compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a qualidade premium“, sustenta a companhia.
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