Conheça os salários do setor segurador em 2026

  • ECO Seguros
  • 20 Outubro 2025

O setor segurador vai acelerar a procura por talento especializado em 2026, impulsionado por novas exigências regulatórias e pela digitalização. A fonte é o estudo anual da Michael Page.

O setor segurador português vai continuar a investir na procura por profissionais qualificados em 2026, revelou o relatório Estudos de Remuneração 2025 agora divulgado pela Michael Page, consultora de recursos humanos com área especializada no setor liderada por Inês Paes de Vasconcelos.

Álvaro Fernández, diretor geral da Michael Page Portugal. “A atração e retenção de talento afirmam-se como desafios centrais, exigindo políticas de gestão de pessoas mais inovadoras, transparentes e alinhadas com as novas expectativas do mercado.”QSP Summit 29 junho, 2022

As áreas com um papel preponderante

De acordo com o estudo, o grande motor desta procura por profissionais qualificados, particularmente nas áreas consolidação, reporting, contabilidade e planeamento e controlo de gestão, são as exigências regulatórias cada vez mais rigorosas que acabaram também por voltar as atenções para temas de compliance e reporting.

Simultaneamente, as áreas de Transformação e Inovação também têm vindo a ganhar protagonismo, impulsionadas pela inteligência artificial e pela necessidade de aumentar a eficiência e a capacidade de resposta ao cliente. Já nas áreas técnicas, a aposta recai em Subscrição, Data Analytics e Atuariado – funções que exigem maior especialização e domínio de ferramentas analíticas avançadas.

No que respeita aos corretores de seguros, a tendência é a consolidação através de operações de fusões e aquisições (M&A), o que leva à integração de novas equipas e à redistribuição de funções. Assim, os principais players do mercado conseguem expandir o seu papel, transformando-se em consultoras de risco com múltiplas áreas de negócio, e atraem profissionais de outros setores e com diferentes formações académicas.

Já os profissionais do setor parecem valorizar o modelo híbrido de trabalho, que se tornou a norma.

“Num contexto laboral marcado pela instabilidade a vários níveis, os profissionais assumem um papel cada vez mais ativo na definição do seu percurso, valorizando não apenas a componente salarial, mas também flexibilidade, oportunidades de desenvolvimento, cultura organizacional sólida e propósito nas funções que desempenham”, começa por dizer em comunicado Álvaro Fernández, diretor-geral da Michael Page. “Do lado das empresas, a atração e retenção de talento afirmam-se como desafios centrais, exigindo políticas de gestão de pessoas mais inovadoras, transparentes e alinhadas com as novas expectativas do mercado”, refere ainda.

Salários no setor segurador

O estudo da Michael Page refere então que o uso estratégico de dados, as competências digitais e a gestão de talento em ambientes cada vez mais globais serão as tendências de mercado que se irão verificar em 2026. Já em relação aos salários, as perspetivas salariais refletem o dinamismo do setor. Cerca de 78% dos profissionais indicam que tiveram um aumento no último ano. As remunerações para funções técnicas como a de Gestor de Sinistros, por exemplo, começam nos 21 mil euros na zona do Porto. Já um atuário sénior pode ganhar por volta dos 68 mil na zona de Lisboa. Nas funções de negócio, um Diretor Comercial Rede de Mediadores pode auferir até 77 mil euros na zona de Lisboa.

Fonte: Michael Page, Estudos de Salários 2026.

 

A Michael Page assinala que os valores de faturação ou crescimento correspondem a 2025 ao período compreendido entre janeiro e outubro, na área da Grande Lisboa e Grande Porto. A consultora explica que o estudo de remuneração apresentado foi realizado “graças ao conhecimento do mercado e à constante relação com clientes e candidato”.

“A informação contida neste estudo é o resultado de uma análise empírica de três fontes de informação diferentes: base de dados, perfis de candidatos e clientes e publicação de anúncios na imprensa e na internet, sobre 16 setores”, explicam, acrescentando que “o estudo reflete as tendências do mercado de trabalho de quadros médios e superiores em grandes empresas e não a média geral do mercado português.”

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