Seguradoras na era da Gen AI: as respostas emergentes do setor
O alargamento em apólices já existentes, as coberturas modulares e os gatilhos paramétricos são algumas das soluções já a ser utilizadas pelas seguradoras.
O setor segurador começa a reagir com soluções inovadoras, parcerias tecnológicas e novos modelos de subscrição nesta fase inicial em que Inteligência Artificial Generativa (Gen AI) está a transformar rapidamente o modo como as empresas operam e onde novos riscos difíceis de prever, quantificar e, sobretudo, segurar existem. A Geneva Association, uma associação internacional de companhias de seguros, realizou um estudo onde é possível perceber quais as soluções já a serem utilizadas pelo setor.
O mais recente relatório da Geneva Association, “Gen AI Risks for Businesses: Exploring the Role for Insurance” (out. 2025), baseado em entrevistas e inquéritos a líderes de seguros corporativos nos maiores mercados mundiais – a China, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Japão -, revela um conjunto de respostas emergentes das seguradoras.
Alargamento em apólices já existentes
A forma mais imediata contra os riscos apresentados pela Gen AI tem sido a integração de proteção contra eles mesmo em coberturas já existentes, como o ciberseguro, a responsabilidade profissional ou o seguro de erros e omissões. Assim, em vez de criar produtos completamente novos, várias seguradoras têm optado por extensões contratuais que reconhecem, por exemplo, danos provocados por modelos de IA, falhas de automação ou utilização indevida de conteúdos gerados por sistemas de inteligência artificial.
Coberturas modulares e complementares
Também começa a existir o desenvolvimento de produtos modulares, que permitem segmentar e segurar riscos específicos — como o viés algorítmico ou uso indevido de dados ou desinformação gerada por IA. Estas coberturas podem ser adicionadas a apólices principais, oferecendo assim uma maior flexibilidade e ajustamento ao perfil tecnológico de cada empresa.
Os gatilhos paramétricos
O relatório aponta também o uso crescente de gatilhos paramétricos — mecanismos que ativam a cobertura de riscos mediante a verificação de um evento objetivo, como uma falha de modelo ou uma interrupção automatizada. Este tipo de mecanismo, já usado noutros ramos, permite agilizar a subscrição e o pagamento de sinistros.
O relatório sublinha ainda que a colaboração será essencial: seguradoras, fornecedores de tecnologia e reguladores devem co-criar quadros de avaliação de riscos e sistemas de monitorização contínua que permitam reduzir a incerteza e melhorar a segurabilidade.
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