Seguradoras rejeitam contribuir para o Fundo de Resolução da banca

O presidente da associação que junta todas as seguradoras em Portugal reagiu às declarações de Paulo Macedo, CEO da CGD. José Galamba de Oliveira diz que já contribuem para muitos fundos.

O setor segurador já contribui para vários fundos, como o Fundo de Garantia Automóvel e o Fundo de Acidentes de Trabalho, destaca ao ECOseguros José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS). A afirmação é uma reação às declarações de Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD) durante a apresentação de contas do banco realizada na passada quinta-feira , em que defendeu o alargamento da base de contribuintes para o Fundo de Resolução da banca, incluindo também as seguradoras nesse grupo.

Para além da referência às atuais contribuições, Galamba de Oliveira acrescenta: “Espera-se, também, que venha a existir um Fundo para Catástrofes para o qual as seguradoras serão, naturalmente, chamadas a contribuir”.

O presidente da APS sublinha que, “havendo um conjunto de fundos específicos do setor segurador, fará mais sentido que todos os fundos do setor segurador venham a ter um enquadramento próprio e articulado entre si”. Nesta perspetiva, acrescenta, “não faz sentido que os seguradores venham a contribuir para o Fundo de Resolução da Banca”.

Defendendo que “não parece fazer sentido misturar as águas”, defende que se o seu setor for chamado a esta responsabilidade, “também deveríamos ter a Banca a contribuir para um eventual Fundo de Catástrofes a constituir”.

Lembre-se que a CGD participa com 15% no capital da maior seguradora em Portugal, a Fidelidade, responsável por quase 30% de quota de mercado, e o banco nomeia dirigentes para a seguradora que é controlada pelo grupo Fosun, que detém 85% do capital.

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