Tripulantes de cabina aprovam adesão à greve geral

Adesão à greve de dia 11 de dezembro foi aprovada por 82% dos associados na assembleia geral do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

Os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabine da TAP, SATA ou Easyjet aprovaram este domingo em assembleia geral de emergência a adesão à greve geral de dia 11 de dezembro.

A adesão foi aprovada com 2305 votos a favor (82,3%), 320 votos contra (11,4%) e 177 abstenções. A assembleia tinha como ponto único aprovar a adesão à paralisação convocada pela UGT e CGTP.

Ainda assim, a assembleia foi suspensa e deixada em aberto “com a possibilidade de a retomar no prazo mínimo tido como pertinente pela Mesa da Assembleia Geral e mediante comunicação aos Associados para este efeito”, para o caso de existirem alterações de circunstâncias em relação à greve geral.

A direção do sindicato, liderada por Ricardo Penarróias, divulgou a semana passada um comunicado onde defende a adesão à greve contra as alterações à legislação do trabalho propostas pelo Executivo. “Este pacote é um retrocesso civilizacional sem precedentes e que nem sequer está alinhado com as economias que este governo tem como referência”, considerou.

“O momento exige consciência social de forma a combater este ataque sem precedentes ao movimento sindical, às convenções coletivas e à proteção familiar que terá impacto não só nesta geração como nas futuras”, dizia também o comunicado, acrescentando que “o Governo não está a reformar o Código do Trabalho — está a testar o país”.

Certa é já também a adesão do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), o mais representativo entre o pessoal de terra da TAP e também entre os trabalhadores do handling da Menzies, confirmaram ao ECO dirigentes da estrutura sindical. “É expectável um grande impacto na atividade da TAP”, afirma Paulo Duarte, presidente do SITAVA. A paralisação afetará também outras companhias como a SATA, ANA e Portway.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) mantém “a esperança numa revisão séria da Ministra do Trabalho em relação às medidas propostas pelo Governo para a reforma laboral, de modo a que seja possível existir um acordo com os Trabalhadores“, afirma numa nota enviada ao ECO. Mas avisou que caso não exista esta aproximação do Governo em relação às exigências das centrais sindicais, “o SPAC terá de levar o tema da adesão à greve a assembleia geral.

 

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