Jerónimo Martins vai comprar restantes 20% da sociedade que tem com Luís Vicente

O acordo de compra do grupo Luís Vicente pela JMA envolve a aquisição da totalidade da participação na ‘joint venture’ dedicada à produção e venda de fruta e legumes.

A Jerónimo Martins confirmou esta quarta-feira que vai adquirir a participação que lhe falta para atingir os 100% do capital da sociedade conjunta com o Nuvi, o grupo que reúne os investimentos do empresário Luís Vicente. A dona do Pingo Doce detém uma posição de 80% na Supreme Frutis, uma joint venture dedicada à produção e venda de fruta e legumes, mas terá de ficar com a sua totalidade.

A informação consta do relatório e contas consolidado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), onde consta, pela primeira vez, uma menção à compra do grupo hortifrutícola de Torres Vedras pela Jerónimo Martins Agroalimentar (JMA).

“Em 14 de outubro de 2025, foi celebrado um acordo para a aquisição do grupo Luís Vicente (unidade dentro do grupo Nuvi dedicada à produção e comercialização de fruta e produtos hortícolas) pela subsidiária Supreme Fruits, Lda. (Supreme Fruits). Este acordo prevê ainda a aquisição dos 20% que o grupo ainda não detém na Supreme Fruits”, lê-se no documento enviado à CMVM.

A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos recorda ainda que o acordo ainda se encontra “sujeito a determinadas condições”, nomeadamente a aprovação por parte da Autoridade da Concorrência.

A operação veio a público em meados de outubro (sem valor divulgado) com a garantia de que manteria todos os postos de trabalho e daria “continuidade” à atividade da empresa oestina, agora sob a liderança de um “parceiro de referência, com vasta experiência e ambição neste setor”.

A parceria entre a Jerónimo Martins e a Nuvi, do empresário Luís Vicente, remonta a 2023. Ambas criaram a Supreme Fruits, na qual realizaram um investimento inicial de sete milhões de euros. No ano passado, a dona do Pingo Doce aumentou de 50% para 80% a participação na empresa, que em cerca de 200 hectares faz produção de frutos de caroço, como pêssegos, nectarinas e ameixas e mandarina tango, cuja primeira colheita está prevista para 2027.

O relatório financeiro consolidado, publicado esta quarta-feira, analisa os nove primeiros meses do ano, data em que a Jerónimo Martins – que também detém em Portugal o cash & carry Recheio – alcançou um resultado líquido de 484 milhões de euros, o que equivale a uma subida de 10% dos lucros em termos homólogos. O crescimento até setembro foi alavancado pela polaca Biedronka, a marca da ‘joaninha’ que está a expandir também para a Eslováquia.

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