TUMO vence “Nobel da educação” e prova que “é possível reinventar a aprendizagem”
Presente em Lisboa, Coimbra e Porto, o TUMO é uma rede internacional de educação criativa e tecnológica. Acaba de ganhar a medalha de ouro do WISE Prize for Education.
A medalha de ouro do WISEPrize for Edudcation – frequentemente descrito como o “Nobel da educação” – foi atribuída este ano ao TUMO, programa complementar ao ensino formal que, em Portugal, tem centros em Lisboa, Porto e Coimbra. Em declarações ao ECO, Pedro Santa Clara, mentor do projeto no país, defende que esta distinção é o reconhecimento de que é possível “reiventar a aprendizagem através de uma abordagem humanizada da tecnologia“.
“A conquista do WISE Prize for Education é um reconhecimento extraordinário da visão e do impacto global do TUMO. Validada por um painel internacional e escolhida entre 427 candidaturas, esta distinção reforça que é possível reinventar a aprendizagem através de uma abordagem profundamente humanizada da tecnologia”, assinala o responsável.
“Para nós, em Portugal, é também uma enorme inspiração: confirma que o modelo que estamos a implementar em Coimbra, Lisboa e Porto está alinhado com o que de mais inovador se faz no mundo na área da educação“, continua o mesmo.
Esta foi a primeira vez que a TUMO se candidatou a este prémio. A seleção envolveu seis finalistas escolhidos por um painel internacional, tendo a TUMO sido selecionada como vencedora, “por apresentar uma solução que aborda tanto a utilização da inteligência artificial (IA) como objetivo de aprendizagem quanto a utilização da IA como meio pedagógico“, destaca Pedro Santa Clara.
Associado a esta distinção, está um prémio de 500 mil dólares (cerca de 431 mil euros). Questionado sobre os investimentos que serão feitos com esse montante, o referido mentor esclarece que o prémio é atribuído ao TUMO enquanto organização internacional, sendo que o valor será “investido na expansão e evolução da plataforma TUMO Path e da abordagem AI co-learner, reforçando o desenvolvimento de percursos personalizados e a integração de novas competências ligadas à inteligência artificial generativa”.
“Este investimento beneficia diretamente toda a rede internacional, incluindo Portugal, uma vez que os centros nacionais utilizam as mesmas metodologias, tecnologias e currículos. Ou seja: o avanço da plataforma será incorporado na experiência dos milhares de jovens que frequentam os centros portugueses”, detalha Pedro Santa Clara.
"Em Portugal, o programa chegou em 2023 e já conta com centros em Coimbra, Lisboa (2024) e, desde 2025, no Porto, cada um com capacidade para 1.500 jovens por semana, num modelo 100% gratuito e complementar ao horário escolar.”
O TUMO é um programa complementar ao ensino formal, gratuito dirigido a jovens dos 12 aos 18 anos, que definem o seu próprio percurso de aprendizagem numa série de áreas, como robótica, programação, cinema ou música.
Hoje é uma das maiores redes internacionais de educação criativa e tecnológica, tendo nascido na Arménia em 2011. Mais de 35 mil jovens frequentam semanalmente os seus centros em vários países. “Em Portugal, o programa chegou em 2023 e já conta com centros em Coimbra, Lisboa (2024) e, desde 2025, no Porto, cada um com capacidade para 1.500 jovens por semana, num modelo 100% gratuito e complementar ao horário escolar”, explica Pedro Santa Clara.
Ao ECO, adianta ainda que, ao longo do último ano letivo, mais de dois mil jovens passaram pelos centros de Coimbra e Lisboa. “São estudantes provenientes de mais de 250 escolas — públicas, privadas, TEIP, colégios internacionais e comunidades de aprendizagem – e representam mais de 40 nacionalidades“, indica.
“O TUMO existe precisamente para isto: democratizar o acesso a oportunidades educativas transformadoras. Num país onde o contexto socioeconómico continua a influenciar fortemente as aspirações dos jovens, proporcionar espaços em que todos aprendem juntos é essencial para quebrar ciclos de desigualdade. As atividades extracurriculares de qualidade, como as que o TUMO oferece, têm um papel determinante na expansão de horizontes, na construção de competências e na elevação das ambições educativas”, remata o responsável.
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