Europeus já gastavam mais 11% com luz e gás antes do início da guerra
Preços médios da luz e do gás pagos pelas famílias da UE aumentaram cerca de 11% no último semestre de 2021, antes mesmo do início da guerra na Ucrânia.
A crise energética na União Europeia já se fazia sentir antes do início da guerra na Ucrânia, que agravou a subida dos preços da energia em todo o mundo. No segundo semestre de 2021, os preços da eletricidade aumentaram 11,3% em termos homólogos para os consumidores domésticos, fixando-se em 23,70 euros por 100 kWh. Quanto aos preços médios do gás, fixaram-se em 7,80 euros por 100 kWh, isto é, um aumento de 11,4%, face a igual período de 2020, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.
Na segunda metade do ano passado, “os preços médios da eletricidade doméstica na UE aumentaram acentuadamente“, refere o gabinete de estatísticas. Um aumento que se agravou no início deste ano, com a invasão da Rússia à Ucrânia.
No caso da eletricidade, o Eurostat nota que o aumento verificou-se em 25 dos 27 Estados-membros da UE, sendo que a maior subida foi na Estónia (um aumento de 50%), seguida pela Suécia (49%) e Chipre (36%). Em contrapartida, as únicas quedas foram observadas na Eslováquia (-6%) e na Hungria (-0,1%).
Esta tendência de aumento de preços foi também sentida nos preços médios do gás natural para os consumidores domésticos europeus. Os preços médios do gás aumentaram em 20 dos 24 Estados-membros, sendo que os maiores disparos foram registados na Bulgária (103%), seguida pela Grécia (96%) e pela Estónia (83%). Em contraciclo, a Eslováquia registou o maior recuo (-12%), seguida pela República Checa (-5%) e por Portugal (-1%).
O Eurostat sinaliza ainda que os “impostos e taxas representaram 36% da fatura de eletricidade cobrada às famílias na UE” no segundo semestre de 2021, ao passo que o peso destes dois fatores na conta de gás é de 30%.
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