Dow Jones e S&P 500 em alta ligeira com Fed à porta

Wall Street abriu ligeiramente em alta, com a exceção do Nasdaq que desce. Os olhos dos investidores estão postos na reunião da Fed, mas para já digerem os resultados de cotadas como a Starbucks.

Esta quarta-feira é o dia. Ao final da tarde, a meio da sessão bolsista em Wall Street, o presidente da Fed, Jerome Powell, deve anunciar uma subida dos juros nos Estados Unidos. A decisão já é esperada pelos investidores, mas especula-se sobre a dimensão do aumento. Por isso, o foco estará na conferência de imprensa onde Powell poderá dar pistas sobre a trajetória dos juros nos próximos meses, assim como a redução do balanço da Fed.

No arranque da sessão em Nova Iorque, os principais índices norte-americanos, com a exceção do Nasdaq, negoceiam ligeiramente em alta, acumulando três dias de ganhos. O Dow Jones sobe 0,1%, para 33.162,37 pontos, e o S&P 500 valoriza 0,03%, para 4.176,55 pontos. Já o Nasdaq, o índice tecnológico que tende a ser penalizado pela subida dos juros, desce 0,08%, para 12.553,56 pontos.

Os economistas acreditam que a subida dos juros rondará os 50 pontos base nesta reunião, mas há quem especule que pode chegar aos 75. Também quase certo é que a Fed irá anunciar o início da redução do seu balanço de nove biliões de dólares, acumulado durante a última década de quantitative easing — o nome dado à política monetária expansionista através da compra de ativos, principalmente dívida pública.

Enquanto aguardam pela decisão da Fed — que será a maior subida dos juros (50 pontos base) desde maio de 2000 –, os investidores estão a digerir os resultados da Starbucks e da AMD, com ambas as cotadas a revelar receitas acima do esperado. As duas empresas seguem a valorizar mais de 6% neste início de sessão.

Também é de notar a subida das ações da Moderna superior a 6%, depois de a farmacêutica ter revisto em alta as vendas no segundo semestre de 2022, prevendo mais receita com as vacinas na segunda parte do ano do que na primeira. Na terça-feira, a Pfizer manteve a sua previsão de receita para 2022 inalterada, após consecutivas revisões em alta durante a pandemia.

Contudo, nos mercados financeiros, o sentimento é globalmente negativo. Segundo um inquérito da American Association of Individual Investors, as expectativas de que as cotações vão cair nos próximos seis meses subiram significativamente, para 59,4%. A última vez que as expectativas estiveram neste nível foi em março de 2009 durante a crise financeira.

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