Football Leaks: Sessão com declarações de Rui Pinto adiada por pedido de afastamento da procuradora
A sessão de sexta-feira do julgamento do processo Football Leaks, para a qual estava previsto que Rui Pinto prestasse declarações, foi adiada devido ao pedido de afastamento da procuradora do MP.
A sessão de sexta-feira do julgamento do processo Football Leaks, para a qual estava previsto que Rui Pinto prestasse declarações, foi adiada devido ao pedido de afastamento da procuradora do Ministério Público pelo arguido Aníbal Pinto.
A informação foi avançada ao fim da noite de terça-feira pelo jornal Expresso e confirmada esta quarta-feira à agência Lusa por fonte ligada ao processo, que adiantou ter também sido adiada a audiência que estava agendada para dia 16 (segunda-feira), no Juízo Central Criminal de Lisboa, onde o julgamento decorre já desde setembro de 2020.
Em causa está um e-mail apresentado ao tribunal pela inspetora da Polícia Judiciária (PJ) Aida Freitas na última sessão, em 22 de abril, no qual o inspetor coordenador da investigação do processo ‘Football Leaks’, José Amador, convocava os colegas que seriam ouvidos em audiência para uma reunião com a procuradora Marta Viegas, que tem representado o Ministério Público na fase de julgamento.
Como consequência, o advogado Aníbal Pinto, igualmente arguido neste processo pelo crime de tentativa de extorsão, apresentou um incidente de recusa da magistrada, algo que terá agora de ser apreciado.
Rui Pinto, de 33 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de agosto de 2020, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.
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