Crédito ao consumo dispara 40% no primeiro trimestre

Fim da pandemia e aumento da confiança das famílias impulsionou o crédito ao consumo no primeiro trimestre: banca deu financiamentos de 1,9 mil milhões no arranque do ano.

O fim da pandemia e o aumento da confiança das famílias em relação à economia fizeram disparar o crédito ao consumo no primeiro trimestre do ano. Os bancos e financeiras deram financiamentos de quase 1,9 mil milhões de euros aos consumidores no arranque do ano, o que representa um disparo de 42% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o país ainda se encontrava condicionado pelas medidas da Covid-19.

Foram concedidos 1,88 mil milhões de euros às famílias para a compra de automóveis, eletrodomésticos, férias e outros bens e serviços nos três primeiros meses deste ano, revelou o Banco de Portugal esta segunda-feira.

Mesmo em relação a 2019, os números mostram que o novo crédito ao consumo já está cerca de 7% acima dos níveis registados antes da pandemia, mostram os dados do supervisor.

Os especialistas associam o aumento do crédito ao consumo ao alívio das restrições e da incerteza com a pandemia, que tinham provocado o adiamento de muitas decisões de consumo da parte das famílias. E isto enquanto a economia se prepara para crescer, aumentando a confiança dos consumidores (apesar do impacto da guerra iniciada em fevereiro). Esta segunda-feira a Comissão Europeia reviu em alta o crescimento do PIB português para 5,8% este ano, a maior taxa na Europa.

Crédito ao consumo acelera

Fonte: Banco de Portugal

Guerra e nova vaga não travam crédito ao consumo

Nem mesmo os receios com a guerra da Rússia na Ucrânia ou com uma nova vaga da pandemia abrandaram a procura por crédito pelos consumidores durante o mês de março, que atingiu os 711 milhões de euros, representando uma subida de quase 13% em relação ao mês anterior e de 30% em relação a março de 2021.

Todas as finalidades de crédito ao consumo registaram subidas em março, mas o crescimento foi mais expressivo no crédito pessoal, que inclui educação, saúde, energias renováveis, lar, crédito consolidado e outras finalidades: aumentou 12,4% em termos mensais, para 357 milhões de euros.

O crédito concedido através de cartões de crédito também subiu significativamente, embora os montantes sejam menos expressivos: aumentou mais de quase 22%, para 119 milhões de euros.

Por seu turno, os montantes para financiar a compra de carro aumentaram 9,4%, para 236 milhões de euros em março.

(Notícia atualizada às 11h38)

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