Guardadores de malas dos EUA procuram 20 pessoas para Portugal

Agregador de locais para guardar bagagens em 40 países instalou sede europeia em Lisboa e terá novo escritório no início do verão. Regime de trabalho é flexível.

A americana Bounce escolheu Lisboa como sede europeia da plataforma para guardar malas em 40 países. A tecnológica, que criou uma rede de negócios locais onde os turistas podem depositar as suas bagagens enquanto passeiam pela cidade, quer fazer crescer o negócio e a equipa em Portugal. Tem cerca de 20 vagas em aberto, propondo um modelo de trabalho flexível.

“Entre várias opções que analisámos, escolhemos Lisboa por causa do fantástico ambiente de crescimento de startups e do ecossistema tecnológico. É importante para nós estarmos num contexto em que o nosso negócio possa escalar e Lisboa é uma das principais cidades do ecossistema tecnológico europeu”, explica responsável de crescimento da startup, Edoardo Piccinin, em declarações à Pessoas/ECO.

Atualmente, a empresa conta com 15 trabalhadores na capital portuguesa, em departamentos como engenharia, vendas e crescimento. Mas não quer ficar por aqui. “Por agora, temos cerca de 20 posições abertas em departamentos como engenharia, vendas, crescimento, gestão e operações”, detalha o responsável.

2022 também vai ficar marcado pela mudança de instalações, porque o primeiro escritório apenas pode acomodar até oito pessoas. “Daqui a menos de dois meses vamos para um novo local, onde poderemos acomodar até mais de 50 pessoas. Somos uma startup em grande crescimento”, detalha Edoardo Piccinin.

Apesar da mudança de escritório, a empresa diz que os funcionários podem trabalhar de onde quiserem. “Sentimos que as pessoas devem estar no local que mais lhes for conveniente. Não nos preocupamos muito se vão todos os dias ao escritório ou se preferem trabalhar a partir de casa.”

Com mais de 7.000 parceiros em mais de 1.000 cidades, a Bounce concretizou a sua série A de investimento no final de abril. A injeção de capital de 12 milhões de dólares (11,39 milhões de euros) contou com a participação das sociedades Andressen Horowitz e General Catalyst, que também apostaram em tecnológicas como Airbnb, Uber e Stripe.

Anatomia do negócio

Nascida em 2018 nos Estados Unidos, a Bounce gere uma rede de locais como hotéis, cafés, lojas e espaços de aluguer de bicicletas onde os turistas podem guardar as suas malas enquanto passeiam pela cidade. A empresa norte-americana não é proprietária de qualquer um destes locais e garante toda a curadoria.

Nem todas as lojas podem ser nossas parceiras. Quando recebemos um pedido, entramos em contacto com os espaços para verificar a localização e a capacidade para prestar o serviço. Também ajudamos os espaços nas primeiras reservas”, explica o responsável.

Para usar o serviço, o consumidor tem de fazer a reserva através da página ou da aplicação móvel da empresa. Depois de escolher o sítio, tem de pagar cinco euros por dia cada bagagem, independentemente do tamanho. Os items guardados estão protegidos por um seguro com cobertura de até 10 mil dólares.

Em Portugal, há mais de 80 locais onde as bagagens podem ser guardadas, em cidades como Lisboa, Porto, Aveiro, Lagos, Faro e Albufeira.

Entre várias opções que analisámos, escolhemos Lisboa por causa do fantástico ambiente de crescimento de startups e do ecossistema tecnológico. É importante para nós estarmos num contexto em que o nosso negócio possa escalar e Lisboa é uma das principais cidades do ecossistema tecnológico europeu

Edoardo Piccinin

Responsável de crescimento da Bounce

No caso dos lojistas, a Bounce fica com metade das receitas por cada transação, para garantir o processamento dos pagamentos, os custos de aquisição de clientes e assegurar a promoção dos locais onde guardar as bagagens.

Depois de ter sobrevivido aos dois confinamentos da pandemia — e de ter pago mais de um milhão de dólares aos negócios locais –, a Bounce consegue obter mais receitas no mercado europeu do que no mercado norte-americano.

Atualmente com “dezenas de milhares” de utilizadores por mês, a empresa acredita que no final do verão irá crescer e passará a contar com “centenas de milhares” de clientes.

A Bounce tem ainda um segmento de negócio para guardar encomendas que depois são levantadas pelos consumidores.

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